A VERDADE EXPLICADA:
"Terrorismo, aquecimento global e crise econômica levam países a paulatinamente aceitarem que o Estado controle mais a vida das pessoas".
O século 21 começou com três eventos que impactaram tremendamente o mundo, dando uma guinada na formação da chamada Nova Ordem Mundial – isto é, do cenário do final dos tempos, conforme vaticinado nas Sagradas Escrituras: os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, que mataram milhares de pessoas; a tragédia do tsunami em 24 de dezembro de 2004, que ceifou a vida de cerca de mais de um milhão de pessoas; e a crise econômica mundial, iniciada oficialmente em setembro de 2008 e que desestabilizou economicamente a maior potência do mundo, os Estados Unidos. Sob os efeitos desses três eventos, a Nova Ordem Mundial tem se erguido.
Depois dos atentados terroristas de 2001, governos ocidentais que antes eram avessos a uma maior intromissão do Estado na vida das pessoas, e também eram grandes defensores da privacidade de seus cidadãos, passaram a controlar mais a liberdade de ir e vir e a promover, em certa medida, uma invasão de privacidade por parte do Estado a fim de controlar mais as informações sobre a vida das pessoas, em nome de uma maior segurança para os cidadãos. Curiosamente, os reality shows (criados no final dos anos 90) também passaram a se tornar uma coqueluche nas tevês mundiais nesse período, habituando as pessoas à ideia de perda de privacidade em nome de um benefício maior (na tevê, um prêmio e a fama; na vida real, a promessa de mais segurança por parte do Estado). Não que isso tenha sido orquestrado, idealizado, mas é, com certeza, uma manifestação do espírito do nosso tempo.
Por sua vez, a tragédia do tsunami de 2004 despertou as pessoas a darem mais ouvidos à tese do aquecimento global antropogênico (provocado pelo homem) e irreversível. Não que o tsunami tenha sido causado pelo aquecimento global, mas o episódio trágico voltou os olhos da população mundial para as tragédias naturais e, consequentemente, para a tese do aquecimento global. Criou-se, a partir daí, uma mobilização mundial em prol dessa causa, fomentando a proposta dos defensores de uma Nova Ordem Mundial de que grandes problemas mundiais só podem ser resolvidos se os países abrirem mão de parte de sua soberania em favor de organismos internacionais gerenciadores de crises.
Em seguida, foi a vez da crise econômica mundial, que levou o G-20 a, no início do ano, defender o fim do sigilo bancário e um controle maior das movimentações das instituições e empresas. Outro efeito foi a defesa de uma maior presença do Estado na economia e na vida das pessoas e instituições, controlando bancos, seguradoras e outras instituições, e tornando o cidadão mais dependente do Estado.
Enfim, o resultado de todos esses fenômenos é que os Estados estão controlando mais a vida de seus respectivos cidadãos e, ao mesmo tempo, estão cedendo parte de sua soberania em favor de um maior controle dos organismos internacionais. Ora, em Daniel (2.41-43; 8.23 e 11.36), e Apocalipse (cap.13), é profetizado que haverá, antes da consumação dos tempos, um último governo mundial, que será o cenário de ascensão do Anticristo. Porém, esse cenário só será possível com a diminuição das soberanias nacionais para a implementação de um governo mundial e com o maior controle dos governos sobre a vida das pessoas e das instituições, e é isto que estamos vendo acontecer paulatina e inexoravelmente.
A revista Exame, edição 951 de 9 de setembro, trouxe uma reportagem especial sobre como está os Estados Unidos hoje após um ano de crise econômica mundial. Na matéria, um dos diagnósticos dados pela maioria esmagadora dos economistas entrevistados é que, ao intervir de forma tão incisiva na economia, a administração Obama está criando as bases para a próxima crise econômica. E boa parte da população americana já percebeu isso. Não é à toa que, além de 49% da população americana não estar gostando da administração Obama de forma geral, 60% declaram que discordam profundamente das medidas tomadas pelo presidente na área da economia. Isso porque, a cada dia, o governo americano, em vez de apertar o cinto, aumenta mais os gastos públicos e já ameaça aumentar os impostos para continuar a gastança. Simultaneamente, também começa a alimentar o dragão da inflação imprimindo mais dinheiro para financiar a dívida pública americana, que já chega a colossais 13 trilhões de dólares.
O quando é desanimador. “O Estado americano vive imerso numa crise orçamentária sem solução e, bisonhamente, está pagando suas contas com notas promissórias. Caso os investidores percebam que Washington continuará seguindo esse caminho e que, com isso, o valor de seus títulos americanos vai ser corroído pela inflação, a mãe de todas as crises pode ter início”, afirma a matéria de Exame após consultar especialistas, entre eles quatro prêmios Nobel de Economia.
Como resultado disso, o dólar está se desvalorizando progressivamente, simplesmente “derretendo”, ao ponto de a proposta de uma moeda única mundial para substituir a moeda americana como reserva internacional, algo impossível anos atrás, já ser vista por muitos economistas não apenas como viável, mas também como inevitável. “O status do dólar como moeda de reserva mundial sempre facilitou a complacência americana em relação ao seu orçamento. Ver o dólar derreter repentinamente seria mesmo um cenário de pesadelo, especialmente para países com enormes reservas internacionais, como China e Japão. Como até hoje não surgiu um candidato à altura, o dólar segue como a moeda internacional. Mas, dadas as precárias condições físicas americanas e o alto risco de inflação nos próximos anos, cresce a pressão pela criação gradual de um novo sistema mundial de reserva”, afirma a matéria, que lembra ainda que a China está fazendo pressão há sete meses para que esse novo sistema mundial de reserva seja criado logo. Ou seja, quem seria um dos maiores prejudicados com o “derretimento” da moeda americana – a China, por ter boa parte dos títulos americanos – e poderia, portanto, não estar torcendo pelo fim do dólar como reserva mundial (posição que a moeda americana ocupa desde o fim da Segunda Guerra), está, diferentemente do que se imagina, pedindo a criação de uma nova moeda universal. A despeito do prejuízo que terá, a China insiste com a moeda única mundial por entender que o “derretimento” do dólar é inevitável e que os ganhos futuros com essa mudança poderão ser maiores do que os fortes prejuízos iniciais.
O premiado economista Paul Samuelson, um dos mais importantes economistas do mundo, afirma: “É quase inevitável que aconteça essa corrida contra o dólar”. Segundo Samuelson (e dez em cada dez especialistas), só há uma forma de isso não acontecer: se a economia americana voltar, de repente, a crescer de forma acelerada. Ao contrário, o status do dólar como reserva mundial está com os dias contados.
Como a economia americana demonstra que vai demorar um bom tempo até crescer num ritmo acelerado, as pressões tendem a aumentar. Logo, as chances da nova moeda mundial surgir é grande. Não é à toa que o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, já disse aos chineses em março que a proposta da nova moeda era considerada por ele “muito boa”. Para sermos mais precisos, disse Geithner exatamente o que se segue: “Particularmente, estou bastante aberto à ideia de uma nova moeda de reserva internacional para substituir o dólar”.
Em maio, os membros do Clube Bilderberg, composto pelos mais influentes homens do mundo ocidental na política, na mídia e na economia (e que investe dezenas de bilhões de dólares por ano na divulgação e implementação da ideologia da Nova Ordem Mundial), decidiram que vão fazer tudo que estiver ao seu alcance para influenciar no surgimento de uma nova moeda que seja universal, pois veem o fim do dólar e a criação de uma moeda única como um passo importantíssimo para a estabilidade da economia mundial. Mas, não é só isso: também veem essa nova moeda como um passo decisivo para a implementação da tão almejada Nova Ordem Mundial. Basta lembrar que a União Europeia, que nasceu décadas atrás apenas como uma comunidade de ajuda mútua das nações europeias, tornou-se de fato o que é após a implementação do euro como moeda oficial do continente.
Ora, se já há Organização das Nações Unidas, Tribunal Internacional, Organização Mundial do Comércio, etc, a partir do momento que for criada uma nova moeda mundial (e a proposta, segundo afirmam especialistas, é que a ONU, e não apenas o G-20, lidere a criação dessa moeda), a Nova Ordem Mundial já vai estar praticamente fundada. O mundo se tornará uma grande União Europeia (que lembra a profecia de Daniel sobre o “Império Romano” restaurado) é uma maquete de como será o governo mundial. As profecias bíblicas se cumprem mais uma vez.
(Matéria extraída na íntegra do jornal MENSAGEIRO DA PAZ nº 1493/Out. 2009)