sexta-feira, 30 de junho de 2023

NÃO COMETERÁS ADULTÉRIO (II)

A VERDADE:

"Adão e Eva foram milagrosamente criados por Deus. Mas, desde então, todas as pessoas tem sido geradas no ventre. Nascer é a extensão do milagre da criação. O ato sexual foi designado por Deus para o prazer do esposo e da esposa e para a procriação da raça humana. Não foi estabelecido como uma diversão comum ou uma afeição a ser demonstrada de modo promíscuo".


A VERDADE EXPLICADA:

Nós não temos dez sugestões no Livro de Êxodo. Nós temos Dez Mandamentos. Deus não submeteu estes mandamentos à nossa aprovação, mas à nossa obediência. Ele não nos recomendou não cometer adultério. Ele ordenou que não o façamos.

Mas, por que? Por que Deus Se mostra tão avesso ao sexo fora do casamento?

A união física entre um homem e uma mulher é a única que produz uma alma vivente e imortal. Ela tem o poder de produzir vida. Este é o maior dom de Deus, com exceção da salvação.

E o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem tornou-se alma vivente...” (Gn 2.7). “Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu, e tomou uma de suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que Deus tomou do homem, formou uma mulher e trouxe-a a Adão...” Gn 2.21,22).

Adão e Eva foram milagrosamente criados por Deus. Mas, desde então, todas as pessoas tem sido geradas no ventre. Nascer é a extensão do milagre da criação. O ato sexual foi designado por Deus para o prazer do esposo e da esposa e para a procriação da raça humana. Não foi estabelecido como uma diversão comum ou uma afeição a ser demonstrada de modo promíscuo.

Por esse motivo os pais cristãos devem ensinar seus filhos não somente as funções normais do sexo, mas também as suas finalidades. O objetivo do sexo não pode ser inteiramente exposto numa palestra pública fora de um contexto de valores. Tirando-se esses valores teremos nada mais que cópulas irracionais. Como as aves no quintal, as cenas de deboche e nos filmes pornográficos.

É o diabo e não Deus que tem trazido a desonra ao leito conjugal. É o diabo e não Deus que tem tornado culposo o ato sexual. O Criador idealizou o mais prazeroso dos dons para presentear a raça humana, porém, satanás vituperou-a e o arremessou na sarjeta. Se você quer uma imagem de amor e romance segundo a ótica de Deus leia e releia o Cântico dos Cânticos, de Salomão, no Antigo Testamento. Não há mais lindo poema de amor. Compare estas páginas com o conteúdo das revistas expostas nas bancas de jornais e você começará a ver como temos regredido moralmente.

A união carnal entre um homem e uma mulher é a mais íntima possível. Exatamente como foi no Jardim do Éden, Deus tem preparado uma mulher para cada homem e um homem para cada mulher. Sua composição mental, espiritual e física é destinada a um companheiro só. Acreditar na viabilidade de um triângulo amoroso é não somente uma quebra de votos, mas uma desordem que causará um impacto negativo em todos os seus sagrados sentimentos.

Adão e Eva viveram no Jardim do Éden em seu estado natural por muito tempo, sem qualquer sentimento de vergonha e culpa. Não sofriam qualquer tipo de recriminação. Somente quando admitiram que satanás se interpusesse entre eles sentiram-se culpados e passaram a ter medo: “E chamou o Senhor Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás? E ele lhe disse: Ouvi a tua voz soar no jardim e temi, porque estava nú e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nú...?”

Não! Você jamais poderá pôr a culpa em Deus. Ele não a originou. Ela se manifesta através das obras de satanás que se alojam em seu coração e consciência, quando se produz o triângulo amoroso. Satanás é mentiroso. Ele está espalhando a inverdade de que Deus é uma invenção em nossa sociedade. Que Ele não entende as necessidades biológicas do homem e da mulher.

Eu lhe peço para tapar os ouvidos a esta filosofia infernal. Deus conhece as nossas necessidades. Deus cuida do nosso bem e da nossa felicidade. Deus quer que você goze saúde, satisfação e vida amorosa. Eis porque Ele exclama do Seu trono: “Não cometerás adultério...”

Adultério e idolatria são virtualmente a mesma coisa. O amor entre um homem e uma mulher é a imagem do amor de Cristo por Sua Igreja. Por Igreja entendemos toda pessoa que nasceu de novo através do Espírito de Deus. Esta é uma união de amor. Nós estamos ligados a Cristo para a salvação. Um dia o Senhor JESUS voltará e nós seremos presenteados a Ele nas bodas do Cordeiro. JESUS voltará para uma noiva imaculada, uma noiva ataviada com vestidos de pureza e obediência.

Nosso relacionamento com o Senhor JESUS é um compromisso. Nós temos prometido viver perante Ele e para Ele. Cristo tem o direito de esperar que cumpramos nossas promessas, assim também seu esposo e sua esposa. O casamento é um compromisso de um para com o outro. Seja na riqueza, seja na pobreza, na saúde ou na doença, até que a morte os separe. O adultério quebra a sua palavra, quebra o seu relacionamento e promove a desconfiança, a culpa e o temor. Ele muda o homem de alma vivente, criada por Deus em semelhança de animal.

É maravilhoso que Deus nos recomende: “Não cometerás adultério...”

Talvez você ou alguém que você conheça já tenha cometido adultério. Há um preço exorbitante a ser pago por este pecado. E você terá que pagá-lo. Mas ele não é tão excessivo que você não possa ser perdoado e restaurado à completa pureza mental e espiritual. O profeta Isaias nos traz este conforto: “Vinde então e argui-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim se tornarão como a branca lã...” (Is 1.18).

O apóstolo João escreve promessa semelhante: “O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado...” ( I Jo 1.7). Todo pecado? É o que a Bíblia diz. O sangue de JESUS Cristo nos purifica de todo pecado. Suas culpas podem ser perdoadas hoje mesmo, desde que atente para as seguintes palavras de JESUS: “Vá, e não peques mais...”



Por: Dan Betzer

(Fonte: MP. 1245/Nov.1990)


sexta-feira, 23 de junho de 2023

NÃO COMETERÁS ADULTÉRIO (I)

 A VERDADE:

"Não é tão fácil resistir à tentação na forma em que ela se apresenta. O sexo é a causa da venda de muitos produtos, desde forro para automóveis até creme de barbear. Os best-sellers literários apregoam as obras do inferno".


A VERDADE EXPLICADA:

A investida atual sobre a sensibilidade moral chega bem perto da coerção. Pastores e mestres de ética cristã estão quase submersos pela crescente onda de imoralidade. Mas eles estão firmados no mandamento escrito em pedra pela mão de Deus séculos atrás: “Não cometerás adultério...”

A Bíblia torna esse preceito tão claro que até uma criança pode entender. A atividade sexual fora do casamento é pecado aos olhos de Deus. Contudo, Hollywood e os editores de revistas pornográficas acham que não: nada disso. Nada disso. Adultério é mera expressão de um estilo de vida normal. E filmes e livros, embebidos nas lágrimas dos lares desfeitos de suas estrelas e escritores sugerem a viabilidade do adultério.

A televisão também sacramenta o adultério. Um crítico de televisão escreveu angustiado que das dez maiores programações americanas, oito apresentam filmes sobre sexo. As revistas luxuosas tornam a imoralidade – até mesmo o incesto – uma atração para os olhos. As estatísticas mostram que um em cada cinco lares americanos admitem o incesto de alguma forma.

Eu nunca me engajei na pregação contundente contra a pornografia. Enquanto outros se dedicam a tomar tempo com esta “portinhola” do inferno, eu prefiro como Paulo, pregar a Cristo e Este crucificado.

Não é tão fácil resistir à tentação na forma em que ela se apresenta. O sexo é a causa da venda de muitos produtos, desde forro para automóveis até creme de barbear. Os best-sellers literários apregoam as obras do inferno.

A pressão social sobre as relações matrimoniais tem crescido cada vez mais. O divórcio tornou-se corriqueiro. Já não existe o medo de uma gravidez indesejada desde que o aborto está praticamente admitido.

A derrocada para o inferno começa sutilmente com a admissão da ética situacional. A tese de Joseph Fletcher era que os Dez Mandamentos são diretrizes que devem ser ensinadas e se possível, praticadas. Mas, disse Fletcher, um homem e uma mulher, conforme as circunstâncias, podem fazer seu próprio julgamento moral.

Está bem, Senhor...”, diria ele, “...o problema é nosso e nós tomaremos as decisões. Sabemos que abominas o adultério e normalmente nós deveríamos concordar com os Teus estatutos. Mas, em nosso caso, precisamos interpretar diferente...” Mas as Escrituras insistem: “Não cometerás adultério...”



Por: Dan Betzer

(Fonte: MP. 1244/Out.1990)

sexta-feira, 16 de junho de 2023

MÚSICA OU O QUÊ?

 A VERDADE:

"Enquanto os sons indescritíveis e o talvez bem intencionado rapaz tentava imitar, ao mesmo tempo, Raul Seixas, Juca Chaves, fuzis M-16, aviões F-15 e mísseis, fui ficando sério, depois foi-me aparecendo um esgar no rosto e, finalmente, não suportando mais, pedi-lhe para desligar o aparelho".


A VERDADE EXPLICADA:

Naquela tarde admito que um jovem da igreja ficou realmente zangado comigo. Ele chegou todo contente, com uma fita cassete, para mostrar-me a música de um conjunto evangélico do qual ele disse gostar muito.

Quando a fita começou a tocar, pensei que havia algo errado com o gravador, ou mesmo com a fita, ou havia qualquer outra interferência semelhante. De dentro daquele aparelho eletrônico começou a sair uma parafernália de sons que jamais pensei serem possíveis a instrumentos musicais, ou à voz de seres humanos. Escutei grasnados, ganidos, trinados, chiados, sussurros, suspiros, roncos, balidos, cacarejos, sibilos, silvados, apitos, zumbidos, zurros, relinchos, estalos, assobios e até espirros!

Ao mesmo tempo pensava escutar britadeiras, betoneiras, rajadas de balas, explosões, serrotes, serras elétricas, esmeris, trovoadas, ventanias, foguetes, rojões, arranhados, estouros, marteladas, zoadas, enfim...

Depois disto o cantor principal do conjunto começou a cantar uma letra esquisita a respeito da crucificação de Cristo, torcendo completamente a doutrina da expiação, falando que o “Sistema” foi o único responsável pela crucificação, esquecendo-se de que Deus enviou o Seu Filho ao mundo para morrer pelos pecadores, independentemente da vontade do tal “Sistema”, o qual foi apenas um indireto cumpridor da vontade soberana de Deus.

Enquanto os sons indescritíveis e o talvez bem intencionado rapaz tentava imitar, ao mesmo tempo, Raul Seixas, Juca Chaves, fuzis M-16, aviões F-15 e mísseis, fui ficando sério, depois foi-me aparecendo um esgar no rosto e, finalmente, não suportando mais, pedi-lhe para desligar o aparelho.

Ele ficou muito zangado. Chamou-me de “quadrado”, “careta”, “retrógrado”, “alienado”, “velho”, “superado”, “reacionário”, “ignorante”, etc, etc, etc... Tudo isto na imaginação, é claro! Seus olhos fuzilantes, petrificantes, vesicantes, enregelantes e inflamados eram o suficiente para eu traduzir tudo o que ele estava imaginando.

Confesso que fiquei um pouco triste. Não por causa dele, mas por causa da influência terrível que a música popular norte-americana, inglesa, alemã, australiana e outras estão exercendo sobre a música brasileira e, por tabela, sobre a música chamada de “evangélica”.

Acredito piamente que a música sacra tem de ser inspirada e inspiradora ao mesmo tempo. Tem que ser influenciada pelos doces sentimentos do céu e não pelos sons revoltantes do inferno. O que muitos jovens infelizmente não sabem é que a música moderna, tocada pelas bandas famosas do mundo é inspirada pela revolta, pela frustração, pelas guerras, pela rebeldia contra Deus, pela apostasia, pelos sentimentos pervertidos de homossexuais, drogados e prostitutas, pelos desejos terrenos, animais e demoníacos, pelos fracassados espirituais, pelos endemoninhados, bruxos e demonistas, por aqueles que odeiam os seres humanos e são materialistas, fazendo do dinheiro o seu único deus.

É claro que, entre esses, existem os inocentes úteis. Úteis à causa primeva de satanás, de destruir o que existe de mais bonito nas pessoas. É claro que entre os grupos evangélicos existem aqueles que estão compondo e cantando músicas realmente inspiradas e inspiradoras. É suficiente ter discernimento espiritual, viver em contato com Deus, através da oração e da devoção pessoal, para descobrir quando uma música nos tira do chão e nos conduz aos portais do Paraíso. O mesmo discernimento dá-nos condições de descobrirmos quando uma música foi feita com o único intuito de chocar, de ser diferente, de revoltar os que a ouvem, ou então com a intenção de promover a vaidade pessoal dos que a compuseram e dos que a tocam, ou ambos.

O que aquele jovem talvez nem desconfie é que eu aprecio demais a música. O problema é que, hoje, para a maioria da juventude, ter bom gosto é um defeito. Gosto de hinos suaves ou vibrantes, lentos ou rápidos. Muitos jovens pensam que os mais velhos só gostam de hinos bem lentos. Não é verdade. Para que um hino mais vibrante, mais forte, mais rápido e, ao mesmo tempo, inspirado e inspirador, do que “Castelo Forte é Nosso Deus”?

Gosto de hinos que empregam címbalos, trompas e outros instrumentos de sopro e de percussão. Gosto de hinos com jeito de marchas militares, com ritmo de batalha, que nos dão a impressão de um exército marchando contra os inimigos espirituais e em direção ao céu. Gosto também de hinos que parecem o suave cicio de um regato cristalino passando entre arbustos e flores. Gosto de tudo o que é realmente bonito e que dá glória a Deus com sua beleza. Se isto é ser “quadrado”, fazer o quê?

Estes hinos que estão compondo e cantando hoje por aí, com vozes roucas, com gritos, com trejeitos, desafinados, sincopados, usando sustenido e bemóis em demasia e fora de hora, com ritmo alucinante, com muitas notas relativas e dissonantes e, ultimamente, com a tal “música progressiva” e “pop” e “tecno-pop” e “funk” e “house” e “hip-hop” e “reggae” e “break” e “tecno-eletrônica”, estou quase dizendo como Davi:

--Socorro, Senhor!

Quero crer que a verdadeira música teria que ser composta com notas bem ordenadas, escalas cromáticas e sons agradáveis aos ouvidos. O que está acontecendo hoje é o mesmo que sempre aconteceu na história do homem e que foi resumido pelo sábio Salomão:

Deus fez ao homem reto, mas eles buscaram muitas invenções...” (Ec 7.29)



Por: Paulo de Aragão Lins

(Fonte: MP. 1249/Mar.1991)


sábado, 10 de junho de 2023

MUSICA E MISSÃO

 A VERDADE:

"A Bíblia nos inspira para o louvor através da sublime arte musical.

Os textos são diversos, mas quero citar apenas dois por me falarem muito

de perto: “Celebrai com júbilo ao Senhor todos os moradores da terra...”,

e “...os meus lábios exultarão quando eu cantar, assim como a minha

alma que remiste...”


A VERDADE EXPLICADA:

Quais seriam as finalidades principais da música no culto e no

trabalho da Igreja em geral? Sem dúvida, a principal finalidade é a de

glorificar a Deus. Nunca ninguém deverá tomar parte num programa

musical da sua comunidade cristã visando meramente a uma exibição

pública ou simplesmente ao cultivo de sua arte.


O grande compositor Bach, conhecido mundialmente como o “Pai da

música sacra”, deixou exemplo singular e marcante, inscrevendo em suas

obras as iniciais S.D.G., significando que o seu trabalho era dedicado à

glória de Deus -- Soli Deo Gloriam.


A Bíblia nos inspira para o louvor através da sublime arte musical.

Os textos são diversos, mas quero citar apenas dois por me falarem muito

de perto: “Celebrai com júbilo ao Senhor todos os moradores da terra...”,

e “...os meus lábios exultarão quando eu cantar, assim como a minha

alma que remiste...”


Outro grande objetivo da música sacra é o da preparação para a

celebração do culto, tornando-o solene, repleto de inspiração e próprio para

o anúncio da Palavra. Grandes benefícios são oferecidos pela música à

elevação espiritual daqueles que se reúnem para a adoração. Os grandes

pregadores são unânimes em afirmar que a música tem sido precioso

elemento para o êxito das suas cruzadas missionárias. Moody, o grande

evangelista do século XIX, costumava contar em suas abençoadas

campanhas com a eficiente colaboração do grande cantor e compositor Ira

David Sankey. Atualmente o grande evangelista Billy Graham usa

eficientemente a música em suas campanhas. Há sempre um competente

grupo de músicos colaborando com o famoso pregador no abençoado

ministério que está exercendo em várias partes do mundo.


Indispensável e muito importante é, pois, a música no programa do

culto e na evangelização das multidões. Quantas e quantas vidas preciosas

tem sido levadas a Cristo conduzidas pela música de belos hinos! A beleza

da melodia aliada à inspiração da letra se constitui em bálsamo de

consolação para a alma aflita e direção para os sem rumo.


Li numa publicação missionária que, perto da Terra Nova, existe

uma ilha onde, por vezes, o nevoeiro é tão intenso que, ao regressarem os

pescadores do seu trabalho, não percebem a luz do farol que lhe indica a

entrada do porto. Sabem que a costa está próxima, mas temem qualquer

possível engano devido a escuridão, e o consequente impacto nas rochas. É

quando, então, seus familiares reúnem-se na praia e cantam com todas as

forças de que dispõem, dirigindo suas vozes de amor que orientam aqueles

pescadores até a luz do farol e à entrada do porto.


Assim, também o cântico inspirado na alegria redundante da

comunhão com o Altíssimo, pode conduzir ao “Porto Seguro” aquela vida

ansiosa por redenção e que ainda tateia nas trevas do engano. Sim, a música

tem sido um poderoso elemento de atração para os caminhos de Deus.



Por: ENY LUZ DE MOURA

(Fonte: MP. Fev.1990)



sábado, 3 de junho de 2023

MISSÕES: QUANDO COMEÇAR?

A VERDADE:

"Deus quer usar os jovens e os anciãos. Aqueles porque tem saúde, talento, resistência e vigor. Estes porque já possuem algum amadurecimento que os habilitará a orientar a obra com mais firmeza. Ambos devem ser prestigiados e enviados. Deus pode chamar a Moisés com oitenta anos e a Josias, com sete".


A VERDADE EXPLICADA:

Talvez esta interrogação já tenha subido ao seu coração: quando começar? A ela tem sido dadas várias respostas, muitas das quais por inspiração completamente anti-bíblica. Vale a pena pensarmos seriamente em suas consequências. As razões que não são de Deus também não merecem ser nossas. Como as justificaríamos? Por que as endossaríamos?


Alguns acham que somente devemos iniciar um trabalho missionário depois de grandes reservas monetárias.

A princípio, parece ser a voz da prudência que fala. Algo elogiável parece emergir de tão firme conceito, pois demonstra, superficialmente, pelo menos, um pensamento amadurecido de administrador experiente, que não deseja ver fracassos em sua empresa.

Que diria, no entanto, Abraão, de tal conceito? Como entender a afirmativa bíblica – profundamente bíblica – de que o justo viverá da fé? Como entender que tenhamos de dar o passo de confiança irrestrita no Senhor JESUS, se estamos esperando VER para CRER? Não é verdade que JESUS ensinou absolutamente o contrário? “Bem-aventurados os que não viram e creram...” A obra missionária será porventura uma tarefa de 'Tomés'? Agrada-se Deus de nossa desconfiança rotulada de cautela?

Temos que entender que nossos recursos nunca serão um capital disponível, suficientemente capaz de promover uma gigantesca empresa missionária em terras de além-mar. Deus espera que enviemos o primeiro missionário, apesar das grandes necessidades locais. Oswald Smith nos conta de como assumiu o pastorado da Igreja do Povo, numa época de graves crises financeiras e a primeira providência que tomou foi pregar sobre Missões e arrecadar ofertas para o sustento de novos obreiros. Nunca houve arrependimento naquele servo de Deus pela diretriz seguida. As igrejas que contribuem para missões nunca ficam mais pobres, pois é o mais rendoso investimento que alguém pode empreender neste mundo.


Alguns outros acham que somente devemos enviar missionários ao exterior quando toda a área de nossa atividade estiver completamente evangelizada.

Penso que este pensamento não é meramente humano. Tem algo de satânico. É uma estratégia infeliz que o inimigo armou em muitas vidas, obrigando-as a uma negligência absoluta e uma falta de amor cruel para com os povos necessitados da evangelização.

É forçoso recordar que muitos dos que advogam tal tese estão completamente parados em questão de evangelismo. Há igrejas que se negam a enviar obreiros ao exterior, sob o pretexto de cuidarem de sua região, quando, em verdade nem obreiros, nem cultos, nem nada, está sendo feito em favor da cidade onde se radicam.

Creio que no Tribunal de Cristo muitas surpresas hão de ser trazidas à luz. Haverá a prestação de contas, com certeza, diz a Bíblia. Deus é fiel e justo em Seus pensamentos e decisões. Ele não tomará por inocente o culpado, o culpado das desgraças das nações, não obstante estar a Seu alcance a realização de grandes projetos evangelísticos. NUNCA EVANGELIZAREMOS TOTALMENTE A NOSSA PÁTRIA. Temos que ir adiante, qualquer que seja a situação nacional. Porque, uns Deus levanta para Jerusalém, outros para a Judéia e Samaria e finalmente muitos outros para os confins da terra.

Daniel Berg e Gunnar Vingren não esperavam a evangelização total da Suécia, para virem ao Brasil. Doutra forma, ainda estaria virgem do Evangelho pentecostal esta terra do Cruzeiro do Sul. Deus lhes disse que a hora do Brasil havia chegado.


Há outros que se negam a pensar em Missões porque não acham elementos capazes para a obra.

Quando nós depreciamos excessivamente os nossos amados irmãos em Cristo, estamos simplesmente nos superestimando. “Para estas coisas, quem é idôneo...?” Às vezes nega-se o apoio a um moço com chamada, porque é muito jovem e não possui experiência. Mas também se nega a um ancião porque é muito velho e lhe faltam forças para realizar a obra. Cremos que é chegado o tempo de serem tiradas as máscaras. Deus está levantando homens e mulheres para a obra missionária. Talvez alguns estejam realmente iludidos, talvez outros estejam sob influência de algum relatório, ou livro, ou jornal, ou mera informação. Mas, há os verdadeiramente chamados e compete-nos enviá-los, em Nome de JESUS.

Deus quer usar os jovens e os anciãos. Aqueles porque tem saúde, talento, resistência e vigor. Estes porque já possuem algum amadurecimento que os habilitará a orientar a obra com mais firmeza. Ambos devem ser prestigiados e enviados. Deus pode chamar a Moisés com oitenta anos e a Josias, com sete.

Quando começaremos? Não há desculpas válidas para a obra de Deus ser recusada ou omitida, ou esquecida ou negligenciada. O tempo de começá-la é agora. Cada um faça a sua parte, no santo e preciosos Nome de Cristo JESUS, o amado Filho de Deus. É tão pequena a lista de missionários brasileiros, que chega a causar rubor. Muitos se comprazem e se deleitam misticamente em enumerar os milhões de pentecostais que há no Brasil, nesta década. Mas, quando se pergunta: “Que estão eles fazendo pela salvação dos bilhões lá fora?” A resposta é negra, é trágica, é comprometedora: NADA!

Não estamos fazendo nada! Não temos quase ninguém lá fora. Apenas os primeiros estão indo. Quando irão os demais? Deus quer usar a Sua Igreja no Brasil para enviar um EXÉRCITO DE MISSIONÁRIOS a todos os países do mundo. Eles estão vivendo entre nós, cooperando conosco, atuando ao nosso lado, mas sua chamada não é para Jerusalém, é para os confins da terra.

Alguns que se negaram a fazer a obra foram afastados por Deus. Afastados do ministério, da igreja e até afastados da vida terrena. Que tal pensar nisso seriamente? Não há desculpas convincentes para esquecer a obra. Há, sim, uma exigência divina: façam agora, pois mais tarde será difícil. Quiçá, impossível!


Amanhã será tarde demais.

Nunca deveríamos fazer coro com os que alimentam o sonho de evangelizar o mundo amanhã, mais tarde, depois... Milhares de criaturas deixam este mundo diariamente, sem qualquer esperança de vida eterna. Nalguns países do mundo sequer chegou uma vez a pregação do evangelho de JESUS. Não faltam aqueles que pensam que o mundo todo é como o Brasil: que o avivamento está em escala universal, que em todos os países há milagres de conversões em massa, etc... Não, não é assim. O Brasil é o pais escolhido por Deus para este tempo do fim, mas dele depende a conquista de almas em muitas nações.

Tanto no velho continente europeu quanto na tradicional região africana, as necessidades são imensas, estupendas. E que dizer da Ásia? Religiões falsas imperam, o fetichismo aprisiona milhões, o comunismo encarcera corpos e almas, o humanismo destrói qualquer esperança. Oh! Este mundo sem Deus! Comprazer-nos-emos em esperar indefinidamente, para depois acudi-los? Permaneceremos em cultos festivos, sempre conosco mesmos, quando pródigos famintos estão a perecer de fome?

Se Deus está levantando os homens com uma chamada especial para a Sua obra hoje, hoje mesmo deveremos enviá-los. Amanhã é o dia proibido. Se deixarmos escapar de nossas mãos as oportunidades que Deus outorga hoje, amanhã será impossível.


“O que fazes, faze-o depressa.”

O desafio da obra missionária emerge súbita e excitantemente. Vamos deixar os nossos jovens dar os passos que Deus lhes está propondo! Vamos crer que Deus suprirá todas as necessidades! Vamos ter a fé suficiente para enviar agora, certos de que o suprimento não depende basicamente do homem, mas de Deus. Vamos desprender-nos de preconceitos mesquinhos que nos impediram de dar passos firmes, e encetemos a tarefa! A igreja de JESUS no Brasil tem presentemente as melhores condições em todo o mundo para conquistá-la. Não estamos nos referindo a condições econômicas, nem a razões culturais. Nossas condições são as melhores porque aqui o avivamento é maior. Muitos dos homens que Deus está chamando agora para a obra tem uma paixão incomum pela evangelização, estão absolutamente cheios do Espírito e farão, no Nome do Senhor JESUS, um trabalho gigantesco, que O honrará e fará o inimigo recuar.

Quando começar? Agora! Neste mesmo ano em que vivemos. Não temos de esperar o próximo balanço da igreja. Não temos de aguardar os relatórios de fim-de-ano. Por que depender de consultas à carne e ao sangue? A obra missionária é uma obra de homens espirituais. Muitas igrejas estão sofrendo o drama de tesoureiros incrédulos, homens completamente sem visão, os quais exercem uma pressão carnal sobre os pastores e estes não dão um passo sequer para o envio de novos obreiros. O governo da igreja, biblicamente, está com os pastores e não com os tesoureiros.

Às vezes são os cooperadores do pastor que o desiludem da obra. É indispensável que os fiéis servos do Senhor, militantes no santo ministério do Evangelho compreendam que a igreja é administrada pelo pastor – o anjo posto por Deus e os cooperadores não devem ser tropeço, senão uma bênção na obra.

Quando começar? Agora! Agora que continuamos com a maravilhosa liberdade do Senhor nesta pátria. Agora que esta nação desponta para um progresso nunca antes alcançado. Agora que nosso conceito está se firmando em bases sólidas no exterior. Agora, que Deus está convocando.

Que Deus ponha no coração de Sua Igreja no Brasil esta verdade lapidar: Há uma única ocasião propícia para fazer o trabalho missionário – AGORA!!!




Por: Geziel Gomes

(Fonte: MP. 1244/Out.1990)