A VERDADE:
"Deus quer usar os jovens e os anciãos. Aqueles porque tem saúde, talento, resistência e vigor. Estes porque já possuem algum amadurecimento que os habilitará a orientar a obra com mais firmeza. Ambos devem ser prestigiados e enviados. Deus pode chamar a Moisés com oitenta anos e a Josias, com sete".
A VERDADE EXPLICADA:
Talvez esta interrogação já tenha subido ao seu coração: quando começar? A ela tem sido dadas várias respostas, muitas das quais por inspiração completamente anti-bíblica. Vale a pena pensarmos seriamente em suas consequências. As razões que não são de Deus também não merecem ser nossas. Como as justificaríamos? Por que as endossaríamos?
Alguns acham que somente devemos iniciar um trabalho missionário depois de grandes reservas monetárias.
A princípio, parece ser a voz da prudência que fala. Algo elogiável parece emergir de tão firme conceito, pois demonstra, superficialmente, pelo menos, um pensamento amadurecido de administrador experiente, que não deseja ver fracassos em sua empresa.
Que diria, no entanto, Abraão, de tal conceito? Como entender a afirmativa bíblica – profundamente bíblica – de que o justo viverá da fé? Como entender que tenhamos de dar o passo de confiança irrestrita no Senhor JESUS, se estamos esperando VER para CRER? Não é verdade que JESUS ensinou absolutamente o contrário? “Bem-aventurados os que não viram e creram...” A obra missionária será porventura uma tarefa de 'Tomés'? Agrada-se Deus de nossa desconfiança rotulada de cautela?
Temos que entender que nossos recursos nunca serão um capital disponível, suficientemente capaz de promover uma gigantesca empresa missionária em terras de além-mar. Deus espera que enviemos o primeiro missionário, apesar das grandes necessidades locais. Oswald Smith nos conta de como assumiu o pastorado da Igreja do Povo, numa época de graves crises financeiras e a primeira providência que tomou foi pregar sobre Missões e arrecadar ofertas para o sustento de novos obreiros. Nunca houve arrependimento naquele servo de Deus pela diretriz seguida. As igrejas que contribuem para missões nunca ficam mais pobres, pois é o mais rendoso investimento que alguém pode empreender neste mundo.
Alguns outros acham que somente devemos enviar missionários ao exterior quando toda a área de nossa atividade estiver completamente evangelizada.
Penso que este pensamento não é meramente humano. Tem algo de satânico. É uma estratégia infeliz que o inimigo armou em muitas vidas, obrigando-as a uma negligência absoluta e uma falta de amor cruel para com os povos necessitados da evangelização.
É forçoso recordar que muitos dos que advogam tal tese estão completamente parados em questão de evangelismo. Há igrejas que se negam a enviar obreiros ao exterior, sob o pretexto de cuidarem de sua região, quando, em verdade nem obreiros, nem cultos, nem nada, está sendo feito em favor da cidade onde se radicam.
Creio que no Tribunal de Cristo muitas surpresas hão de ser trazidas à luz. Haverá a prestação de contas, com certeza, diz a Bíblia. Deus é fiel e justo em Seus pensamentos e decisões. Ele não tomará por inocente o culpado, o culpado das desgraças das nações, não obstante estar a Seu alcance a realização de grandes projetos evangelísticos. NUNCA EVANGELIZAREMOS TOTALMENTE A NOSSA PÁTRIA. Temos que ir adiante, qualquer que seja a situação nacional. Porque, uns Deus levanta para Jerusalém, outros para a Judéia e Samaria e finalmente muitos outros para os confins da terra.
Daniel Berg e Gunnar Vingren não esperavam a evangelização total da Suécia, para virem ao Brasil. Doutra forma, ainda estaria virgem do Evangelho pentecostal esta terra do Cruzeiro do Sul. Deus lhes disse que a hora do Brasil havia chegado.
Há outros que se negam a pensar em Missões porque não acham elementos capazes para a obra.
Quando nós depreciamos excessivamente os nossos amados irmãos em Cristo, estamos simplesmente nos superestimando. “Para estas coisas, quem é idôneo...?” Às vezes nega-se o apoio a um moço com chamada, porque é muito jovem e não possui experiência. Mas também se nega a um ancião porque é muito velho e lhe faltam forças para realizar a obra. Cremos que é chegado o tempo de serem tiradas as máscaras. Deus está levantando homens e mulheres para a obra missionária. Talvez alguns estejam realmente iludidos, talvez outros estejam sob influência de algum relatório, ou livro, ou jornal, ou mera informação. Mas, há os verdadeiramente chamados e compete-nos enviá-los, em Nome de JESUS.
Deus quer usar os jovens e os anciãos. Aqueles porque tem saúde, talento, resistência e vigor. Estes porque já possuem algum amadurecimento que os habilitará a orientar a obra com mais firmeza. Ambos devem ser prestigiados e enviados. Deus pode chamar a Moisés com oitenta anos e a Josias, com sete.
Quando começaremos? Não há desculpas válidas para a obra de Deus ser recusada ou omitida, ou esquecida ou negligenciada. O tempo de começá-la é agora. Cada um faça a sua parte, no santo e preciosos Nome de Cristo JESUS, o amado Filho de Deus. É tão pequena a lista de missionários brasileiros, que chega a causar rubor. Muitos se comprazem e se deleitam misticamente em enumerar os milhões de pentecostais que há no Brasil, nesta década. Mas, quando se pergunta: “Que estão eles fazendo pela salvação dos bilhões lá fora?” A resposta é negra, é trágica, é comprometedora: NADA!
Não estamos fazendo nada! Não temos quase ninguém lá fora. Apenas os primeiros estão indo. Quando irão os demais? Deus quer usar a Sua Igreja no Brasil para enviar um EXÉRCITO DE MISSIONÁRIOS a todos os países do mundo. Eles estão vivendo entre nós, cooperando conosco, atuando ao nosso lado, mas sua chamada não é para Jerusalém, é para os confins da terra.
Alguns que se negaram a fazer a obra foram afastados por Deus. Afastados do ministério, da igreja e até afastados da vida terrena. Que tal pensar nisso seriamente? Não há desculpas convincentes para esquecer a obra. Há, sim, uma exigência divina: façam agora, pois mais tarde será difícil. Quiçá, impossível!
Amanhã será tarde demais.
Nunca deveríamos fazer coro com os que alimentam o sonho de evangelizar o mundo amanhã, mais tarde, depois... Milhares de criaturas deixam este mundo diariamente, sem qualquer esperança de vida eterna. Nalguns países do mundo sequer chegou uma vez a pregação do evangelho de JESUS. Não faltam aqueles que pensam que o mundo todo é como o Brasil: que o avivamento está em escala universal, que em todos os países há milagres de conversões em massa, etc... Não, não é assim. O Brasil é o pais escolhido por Deus para este tempo do fim, mas dele depende a conquista de almas em muitas nações.
Tanto no velho continente europeu quanto na tradicional região africana, as necessidades são imensas, estupendas. E que dizer da Ásia? Religiões falsas imperam, o fetichismo aprisiona milhões, o comunismo encarcera corpos e almas, o humanismo destrói qualquer esperança. Oh! Este mundo sem Deus! Comprazer-nos-emos em esperar indefinidamente, para depois acudi-los? Permaneceremos em cultos festivos, sempre conosco mesmos, quando pródigos famintos estão a perecer de fome?
Se Deus está levantando os homens com uma chamada especial para a Sua obra hoje, hoje mesmo deveremos enviá-los. Amanhã é o dia proibido. Se deixarmos escapar de nossas mãos as oportunidades que Deus outorga hoje, amanhã será impossível.
“O que fazes, faze-o depressa.”
O desafio da obra missionária emerge súbita e excitantemente. Vamos deixar os nossos jovens dar os passos que Deus lhes está propondo! Vamos crer que Deus suprirá todas as necessidades! Vamos ter a fé suficiente para enviar agora, certos de que o suprimento não depende basicamente do homem, mas de Deus. Vamos desprender-nos de preconceitos mesquinhos que nos impediram de dar passos firmes, e encetemos a tarefa! A igreja de JESUS no Brasil tem presentemente as melhores condições em todo o mundo para conquistá-la. Não estamos nos referindo a condições econômicas, nem a razões culturais. Nossas condições são as melhores porque aqui o avivamento é maior. Muitos dos homens que Deus está chamando agora para a obra tem uma paixão incomum pela evangelização, estão absolutamente cheios do Espírito e farão, no Nome do Senhor JESUS, um trabalho gigantesco, que O honrará e fará o inimigo recuar.
Quando começar? Agora! Neste mesmo ano em que vivemos. Não temos de esperar o próximo balanço da igreja. Não temos de aguardar os relatórios de fim-de-ano. Por que depender de consultas à carne e ao sangue? A obra missionária é uma obra de homens espirituais. Muitas igrejas estão sofrendo o drama de tesoureiros incrédulos, homens completamente sem visão, os quais exercem uma pressão carnal sobre os pastores e estes não dão um passo sequer para o envio de novos obreiros. O governo da igreja, biblicamente, está com os pastores e não com os tesoureiros.
Às vezes são os cooperadores do pastor que o desiludem da obra. É indispensável que os fiéis servos do Senhor, militantes no santo ministério do Evangelho compreendam que a igreja é administrada pelo pastor – o anjo posto por Deus e os cooperadores não devem ser tropeço, senão uma bênção na obra.
Quando começar? Agora! Agora que continuamos com a maravilhosa liberdade do Senhor nesta pátria. Agora que esta nação desponta para um progresso nunca antes alcançado. Agora que nosso conceito está se firmando em bases sólidas no exterior. Agora, que Deus está convocando.
Que Deus ponha no coração de Sua Igreja no Brasil esta verdade lapidar: Há uma única ocasião propícia para fazer o trabalho missionário – AGORA!!!
Por: Geziel Gomes
(Fonte: MP. 1244/Out.1990)
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