quarta-feira, 25 de julho de 2018

O PERIGO DA INCREDULIDADE!

A VERDADE:
"A luz ainda está convosco por um pouco. Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem. Quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz". (Jo 12.35,36)






























A VERDADE EXPLICADA:
As palavras registradas no texto acima foram proferidas por nosso Senhor JESUS Cristo, e marcaram o término duma época, em que o povo judaico podia aproveitar-se das bênçãos e favores divinos.

O povo de Israel, pelos seus constantes desvios, tornou-se endurecido e obstinado, a ponto de rejeitar todos os avisos da parte de Deus e crucificar o Seu Unigênito, JESUS. O Senhor JESUS Cristo, durante o Seu ministério, tinha declarado muitas vezes ser a luz do mundo; entretanto, a Sua Palavra sempre fora rejeitada e desprezada por aqueles que deviam recebê-la. Agora, que o Divino Mestre estava prestes a ir para aquele que O enviara, cumpria-Lhe advertir aquele povo de que o tempo estava a terminar, e que, por isso, consequentemente, ficariam responsáveis pelo seu futuro, todos quantos, tendo ouvido a Sua Palavra, permaneciam na incredulidade.

Efetivamente, terrível escuridão caiu sobre a nação judaica pelo crime da rejeição do Messias, tornando-se o judeu um homem sem pátria, sem leis, exposto ao escárnio e ao ódio de todas as nações.

Se lermos, com atenção, o capítulo 11 da Carta aos Romanos, veremos quantos e quão grandes eram os privilégios que tinha aquele povo, e, então, compreenderemos que, se Deus não poupou os ramos naturais, muito menos poupará os que, contra a natureza, foram enxertados na Oliveira da bem-aventurança, no dia em que esses se tornarem rebeldes e contradizentes. A Bíblia Sagrada nos mostra claramente que o maior pecado que leva o homem à perdição é a incredulidade, pois está escrito que Deus amou o mundo de tal maneira, que lhe deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que n'Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna; também está escrito que, aquele que não crê no Filho de Deus, não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele.

Se Deus manifestou o Seu grande amor para com o mundo, a ponto de oferecer o Seu próprio Filho, para fazer a propiciação dos pecados da humanidade, segue-se, logicamente, que o maior crime que o homem pode cometer é rejeitar a dádiva de Deus, pois, quem assim procede, rejeita e zomba daquele amor que levou JESUS ao Gólgota!

Diante disso, o único ato de reconhecimento a esse amor de Deus é o homem aceitar o sacrifício de JESUS. O homem que aceita a JESUS é um homem salvo, feliz, reconciliado e justificado diante de Deus, em virtude do sacrifício de Cristo, o que satisfez, por completo, as exigências justas da lei divina; e, sendo a doutrina da substituição, de caráter jurídico, ficam fora das penalidades da lei, todos aqueles que aceitam a JESUS como seu substituto.

Os que não O aceitam, porém colocam-se na posição de réus confessos, sem atenuantes, sem advogado; expostos à condenação, tanto mais quanto o seu maior crime é o de haverem rejeitado o Advogado que lhes foi oferecido.

JESUS Cristo morreu por nossos pecados; morreu como nosso substituto, e, portanto, o único preço que Deus considera válido, para o resgate duma alma, é o sacrifício do Seu Filho. Aceitá-Lo, é ficar imediatamente salvo da ira de Deus; rejeitá-Lo, é ficar eternamente condenado, pois a justiça de Deus é inflexível. No Calvário, encontram-se a justiça e o amor de Deus; amor para conosco, dando-nos o Seu Filho como nosso substituto, e justiça para com Ele, não O poupando, pois Ele tomou os nossos pecados sobre Si.

Não ficará inocente aquele que, no dia em que, ouvindo a doce nova do amor de Deus, permanecer na incredulidade. Os seus atos, por muito recomendável que seja, não o salvarão. O seu dinheiro, sua posição, nada lhe valerão no momento em que o suor da morte transpirar na sua fronte.

As missas que sua família mandar rezar pela sua alma nenhum valor tem, pois, além do purgatório ser uma ficção, e a missa uma crendice, na eternidade não há noção de tempo, pois, depois da morte segue-se o juízo (Hb 9.27). Só há dois caminhos a seguir, dois pontos extremos -- JESUS e satanás; céu e inferno. Não há meio termo. O homem ou é completamente salvo ou totalmente perdido. O advérbio quase não é usado na gramática de Deus.

Permitir que JESUS entre em seu coração é resolver o magno problema da vida, pois o resto virá depois. Assim, busque o reino de Deus e a Sua justiça; as demais coisas, portanto, vos serão acrescentadas (Mt 6.33).


(Pontos Luminosos)


quarta-feira, 18 de julho de 2018

PREPARADOS PARA A VITÓRIA

A VERDADE:
"Mas, como podem simples criaturas humanas atracarem-se com essas forças sobrenaturais invisíveis, intangíveis em lugares celestiais e rechaça-las?"






























A VERDADE EXPLICADA:
"Por que a nossa luta não é..." Lendo estas primeiras palavras com as quais o apóstolo Paulo comenta a natureza do conflito cristão, sou levado a dizer a mim mesmo: Que verdade! Nesta era de janotas e de brincadeiras" onde prevalece um clima de subjetivismo e reina o utilitarismo, a luta em termos espirituais não está entre as muitas atividades das nossas igrejas; oramos, cantamos, louvamos, damos os nossos jantares beneficentes, mas a luta a que Paulo se refere, geralmente não se inclui em nossa vida.

Talvez eu tenha exagerado, mas vou me corrigir: lutamos, sim, mas é uma luta como a de Jacó. Quando Deus nos força a quebrar o espírito de autossuficiência, que fala tão alto em nossos corações, para transformar-nos em Israel, lutamos contra o esforço do nosso Pai.

Paulo, ao escrever sobre o conflito do cristão, dá ênfase ao contraste entre os tumultos e perseguições despertados por fantoches humanos dirigidos pelo poder das trevas e o conflito sobrenatural com as hostes dos espíritos maus. Em II Coríntios (1.8), ele se refere a uma situação literal e real de carne e sangue, a qual ele identifica como a tribulação que nos sobreveio na Ásia. É bem possível que esteja se referindo aos acontecimentos registrados em Atos capítulo 19. Gosto de pensar que os ingredientes que deram forma à "tribulação" ajudaram o apóstolo a descobrir o segredo, para que depois nos ensinasse a nossa luta. 

Guerrear se aprende guerreando em situações de combate, não com teorias e exercícios. Devemos precaver-nos contra as atividades que não nos levam a um confronto com o adversário. Onde quer que Paulo estivesse, suas atividades agitavam o inimigo, fazendo-o agir como um leão furioso. Em Éfeso, Paulo passou por dificuldades que o levaram a se despreparar da própria vida. Por isso preocupou-se muito para que seus amigos tivessem uma perspectiva certa e uma compreensão bem clara da relação que há entre nossa tribulação e nossa luta.

Os cristãos de Éfeso poderiam facilmente ter visto esse conflito armado apenas como uma ameaça física do "Sindicato dos Ourives", sob a orientação de Demétrio; poderiam ter pensado que essas tribulações resultassem de um choque entre o cristianismo e a cultura local. Para corrigir essas ideias, Paulo afasta o pensamento deles das causas humanas e leva-os a compreenderem as verdadeiras fontes da tribulação: "principados e potestades, dominadores deste mundo tenebroso, forças espirituais do mal".

Os ataques físicos que chegam através de circunstâncias, são apenas sintomas da real hostilidade de dirigentes do mundo das trevas sob o poder do príncipe do ar. Temos a obrigação de resistir a esses inimigos invisíveis. Mas, como podem simples criaturas humanas atracarem-se com essas forças sobrenaturais invisíveis, intangíveis em lugares celestiais e rechaçá-las? Paulo esforça-se para dar-nos uma resposta cabal. O clímax da carta de Paulo aos Efésios traria mais satisfação se fôssemos simples leitores de ficção, que leem o fim da história para saberem o que vai acontecer.

No que diz respeito a Paulo, todas as coisas emocionantes acontecem no começo da sua carta. Não é por isso que vamos pensar ser o fim dela um anticlímax e deixá-la de lado; ao contrário, a verdade valiosa acha-se especificamente detalhada, preparando-nos para o grande final no capítulo 6, onde a confrontação com os poderes sobrenaturais sob as ordens de satanás nos é apresentada como a conclusão lógica. Isso é tudo! A luta não começa nos nossos corações. Tem, como fundamento, a vitória poderosa sobre o 'inimigo', que JESUS Cristo conquistou na cruz. Por isso, tudo o que Deus fez com Ele, como resultado direto dessa vitória, também o fez conosco quando "...para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à Igreja...", o Seu corpo.

A exaltação da Cabeça "...acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio..." (Ef 1.21), longe de separá-la do Seu corpo na terra, tornou-nos participantes de tudo o que Deus deu a ela; assim, estamos assentados "...à sua direita nos lugares celestiais". No dizer de Paulo: "Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder..." (Ef 6.10). Ele nos mostra as verdades fundamentais, que já havia revelado antes. Satanás é um inimigo derrotado, com a cabeça esmagada. Nele não há poder; nada o fará destronar o Vencedor do Calvário, assentado à direita do Poder. Esta é a verdade que nos ajuda e fortalece. Há algo mais: tudo o que Deus fez para a Cabeça, fez para o corpo também! Significa que, pela cabeça, estamos em lugares celestiais também. Nosso fortalecimento no Senhor é aperfeiçoado à medida que, pela fé, reconhecemos o que Deus afirma haver realizado.

"A verdadeira regra de fé", diz o Dr.Stuart Holden, "não é que vivamos uma vida terrena com a visão do céu, mas que somos chamados para uma vida celestial com a visão na terra". Oh! que todos os crentes possam reconhecer continuamente a glória que Deus nos prometeu em Sua Palavra, apropriar-se dela e ser fortalecidos por tudo o que Ele fez, desenvolvendo, assim, uma musculatura espiritual para poderem cumprir a vocação que lhes foi proposta! Mesmo que nossos pés estejam caminhando na terra, posicionalmente nossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.

Portanto, vamos à batalha, não da perspectiva de nossas circunstâncias aqui na terra, mas de cima, de nossa posição em Cristo.

Esta nossa posição com Cristo não é um terrível monte Evereste, que temos de escalar com nossas próprias forças. Deus já nos colocou lá em cima, no cume, pela virtude dessa posição, Sua vontade seja feita aqui na terra, como é feita nos céus, através dos que creem n'Ele. Não temos de lutar pela vitória porque "...somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou...". Nossa luta provém da Sua vitória; e desta situação tão favorável, revigorados pela força de Cristo e envolvidos pela armadura de Deus, as forças do mal são compelidas a recuar, à medida que resistimos a elas.

As palavras que Paulo mais enfatiza, ao desenvolver o conceito de conflito contra "...as forças espirituais do mal, nas regiões celestes..." (Ef 6.12), são: "resistir" e "permanecer inabaláveis". Nossa armadura de defesa garante total segurança, quando revestida pela oração, porque, em essência, o cinto, a couraça, o capacete e o escudo são JESUS Cristo. N'Ele nos completamos. A ênfase que se repete de "resistir", sugere que o perigo para o cristão e a vantagem para o inimigo é o crente abandonar sua posição e atacar o problema em nível humano, de carne e sangue. 

Para conseguir que o crente reaja dessa forma, o inimigo faz explodir uma tempestade num lago, um verdadeiro tumulto, ou as bestas ferozes de Éfeso trazendo-nos pânico e não dando tempo a que nos apeguemos as fatos tão objetivos das promessas de Deus. O diabo é um artista de pânico e joga pesado com a nossa consciência, principalmente nas situações de emergência. J.O.Fraser interpreta esse fato da seguinte forma: 

"Toda vez que, ao enfrentar uma dificuldade, seu espírito é derrotado e se desfalece, você perde o domínio sobre as forças das trevas, isto é, você fica por baixo, em vez de permanecer por cima delas, com Deus. O mesmo ocorrerá se seu ponto de vista for terreno, porque estará sob a força das trevas. Portanto, o domínio sobre elas depende do seu espírito permanecer acima delas, isto é, de você conhecer a perspectiva de Deus, o pensamento de Deus, o plano de Deus e os caminhos de Deus, habitando com Cristo, em Deus".


Arthur Mathews
(A Seara nª 325/Jul.1992)

quarta-feira, 11 de julho de 2018

COMO PODE O HOMEM SER JUSTO?

A VERDADE:
Neste tratado aprendemos qual caminho o homem deve trilhar a fim de se apresentar justo perante Deus. Aprendemos, também, que nenhum esforço humano é capaz de demover Deus da Sua intenção de mostrar ao homem que JESUS é o único e infalível caminho para a justificação.






























A VERDADE EXPLICADA:
Ninguém sabe quem era Jó. Os eruditos identificam-no indecisamente como um "Xeque" ou líder de clã árabe que vivia um Uz (a leste da Palestina, entre a Síria e Edom), um homem muito rico e de grande integridade. A Bíblia diz que era "...homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desviava do mal" (Jó 1.1). Um certo texto arqueológico menciona o nome de Jó e leva a data de mil e novecentos anos antes de Cristo.

Repentinamente, Jó sofreu uma série de reveses. Perdeu, num só dia de festa de aniversário, todo o gado, todos os camelos e todos os filhos. Ficou sem nada. Só a mulher escapou. Blasfemava, porém a Deus e o aconselhava a fazer o mesmo, pois a essa altura, Jó havia perdido também a saúde. O pobre Jó ficou sentado durante vários dias, procurando analisar o mistério do sofrimento que o envolvia. Três amigos compareceram, tentando confortá-lo, mas só tinham isto a dizer: que, evidentemente, seus sofrimentos e perdas eram o resultado dos pecados que ele havia cometido. Era um problema grande demais para Jó solucionar.

Será que o sofrimento é sempre por causa de pecados? Será que o infortúnio vem porque a pessoa era muito remissa em alguma coisa? Decerto Deus é justo e todos os Seus caminhos são retos. Mas como vamos conciliar isso com as calamidades que acontecem: a desventura, a dor e o sofrimento? Era este o problema de Jó. Certamente havia algum fator negativo, desconhecido ainda, atribuído a ele. Fator misterioso demais para ser discernido. "Como pode o homem (Jó neste caso) ser justo para com Deus?" Esta era a interrogação incisiva que, constantemente, repetia-se no íntimo de sua alma e que se fazia durante milênios, até que o apóstolo Paulo veio responder: "E as obras da lei? São necessárias?" Paulo responde: "A lei não resolve nada!"

Se alguém perguntasse se houve algum caso de quem fosse justificado sem as obras da Lei, no Velho Testamento, Paulo responderia que sim, pois Abraão simplesmente creu em Deus e isso lhe foi imputado para a justiça (Rm 4.3).

A PERGUNTA IMPORTANTE DE JÓ
A própria consciência de todo homem atesta que ele está afastado de Deus. O pecado, em que todos nós incorremos, causou um terrível desastre. O pecador sente-se condenado. É como a pessoa que praticou fraude contra seu amigo. Imediatamente ele se sente isolado. Por isso Adão e Eva fugiram da Sua presença e procuraram esconder-se na floresta.

Agora, como pode ser corrigida esta situação? Esta é a pergunta de Jó e o objetivo de sua pesquisa. Paulo responde que existe só um caminho: o caminho da fé, sem quaisquer obras da lei.

A JUSTIFICAÇÃO PROCEDE DE DEUS E NÃO DO HOMEM
Somente Deus pode autorizá-la. As providências humanas são totalmente inadequadas. O ímpio, malfeitor como é, condenado, sujo, cheio de malfeitos, nada pode fazer para remediar sua lastimável situação. As lágrimas do remorso e as promessas com que jura nunca mais errar jamais apagam a rebelião contra Deus. A razão disso é muito simples: a obediência a Deus é um dever normal. Ela também não contém nenhum elemento reparador nem paga pelas infrações anteriores. Por exemplo: se eu tivesse ofendido um amigo ontem, nenhum ato de bondade feito hoje poderia quitar essa ofensa de ontem. Qualquer moralidade é sempre insuficiente para quitar o condenado perante a justiça de Deus.

Certa vez alguém perguntou a uma menina:
-- As pessoas te amam quando tu fazes arte?
Ela respondeu:
-- Elas não, mas mamãe me ama!
Aí está também o sentido do Evangelho! Deus, nosso Pai, nos ama!
Perguntaram-lhe ainda:
-- Por que a tua mãe te ama?
Ela respondeu:
-- Porque ela me ama!

Isso é o que Paulo também disse: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós..." (Rm 5.8). Explicar porque a mãe ama a filhinha é como explicar porque Deus ama o pecador: por causa do Seu amor. Ele é o autor da justificação. Ninguém pode justificar-se  a si mesmo, pois o homem é o autor do seu pecado. Afastar-se de Deus e pecar contra Ele, isso ele pode fazer. Mas consertar o que quebrou, isso ele não tem condições para fazer. Precisa de Alguém maior do que ele. Esse Alguém é JESUS que proveu a redenção. Paulo disse: "...sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus..." (Rm 3.24).

A NATUREZA DA JUSTIFICAÇÃO
"Justificar" é um termo legal. É da conversa de advogados e juízes. Para ilustrar o caso, vamos supor que um homem tenha sido acusado e esteja diante do tribunal para ser julgado. Para ser justificado, esse homem terá que estabelecer a sua inocência. Mas, se for condenado, não existe nenhum dispositivo da lei que possa conceder-lhe a justificação. Posteriormente, ele poderá ser solto da prisão, mesmo antes de vencer o tempo da pena estipulada, ou poderá ser perdoado, ou a sua sentença comutada, mas justificado nunca mais! O histórico do caso sempre ficará ali arquivado como documento contra ele. Na lei a única maneira de conseguir a justificação é estabelecer-se a inocência.

Mas agora vamos supor um caso que realmente pode acontecer. É o caso de um homem, após um processo legal e justo, que é condenado à morte por seu crime. Culpado ele é, e de maneira alguma pode ser justificado. Mas vamos supor que fosse possível um outro homem entrar nessa situação e assumir toda a culpa do condenado. Trocaria de lugar com ele e, por um processo misterioso, verdadeiramente, se tornaria aquele homem, tomando sobre si o próprio caráter do réu e transmitiria ao réu as suas próprias virtudes. Neste caso, o segundo homem seria aceito no lugar do primeiro, o réu. Só uma transformação de posição e de qualidades poderia resolver o seu problema.

Isso é exatamente o que tem acontecido conosco. JESUS tomou o lugar do réu, o pecador que ofendera a lei de Deus. Deus já fez o Seu pronunciamento, já registrado na Bíblia, que Ele aceitará qualquer pecador, qualquer réu, que pedir transferência de sua culpa para Seu Filho JESUS. Eu já aceitei esta proposta divina porque percebi que era a minha única saída do horrível dilema em que me encontrava. Agora Deus afirma que nenhuma condenação há para quem está em Cristo JESUS (Rm 8.1). E isto não é estória, não é um vago desejo qualquer. Mas é uma realidade! Gloria a Deus! JESUS é a resposta! Por Ele ser o nosso substituto, a justiça de Deus ficou satisfeita.

OS RESULTADOS DA JUSTIFICAÇÃO
O pecador é remido da sua culpa. É perdoado dos delitos que ofenderam a lei e o amor de Deus. Sendo Deus o ofendido, é só Ele quem tem condições de nos perdoar. Sendo Ele um Pai, o Seu amor também se manifesta. Ele perdoa livremente.

Mas a justificação é mais do que remissão, mais do que um indulto ou perdão. Se fosse apenas perdão, ainda ficaríamos na posição dum criminoso, solto da penitenciária, que, não obstante, ainda tem um processo contra si. É um homem marcado, afastado, de certa forma, da sociedade, sem condições de encontrar emprego e sem direito de voto. Sua tendência para a vida marginal ainda está nele e não demora muito. Ele procura os velhos companheiros e a velha vida do crime. Mas Deus, quando liberta um pecador, ajuda o transgressor. Este recebe uma nova natureza, como JESUS ensinou a Nicodemos. O homem nasce de novo, entrando numa nova vida de alegria e paz espiritual. O Espírito de Cristo habita naquele coração e ajuda-o a viver de acordo com a vontade de Deus. Os maus costumes e os pensamentos ofensivos começam a desaparecer diante do influxo do poder espiritual. Graças a Deus, a justificação que Ele provê realmente transforma o mais vil pecador.

Contudo, não basta que a justificação esteja provida para nós. É necessário que busquemos a graça de Deus. Temos que aceitá-la. O homem perdoado pelo juiz naturalmente não continuará preso em sua cela. Quando o portão se abre, ele sai. Ele aceita o perdão. O pecador que não aceitar o perdão de Deus perderá todos os seus direitos. Como vamos aceitar o perdão que Deus oferece? Ninguém, em todo o universo, teria concebido este plano de salvação por remissão e justificação. É grande demais para a mente humana entendê-lo. E Deus não exige que ninguém o entenda. Mas o que Deus exige é que o pecador o aceite.

O PREÇO DA JUSTIFICAÇÃO
Não há nada a pagar. Como salário ou recompensa também a justificação não é oferecida. Martinho Lutero descobriu esta verdade. Em sua alma ecoou naquele estado de frustração igual ao de Jó, aquela palavra celestial: "O justo viverá por fé!" (Rm 1.17). Lutero fazia aquelas romarias, confessava seus pecados, castigava o corpo, fazia penitência, mas nada lhe valeu, até que descobriu que a justificação da alma é dada por Deus, mediante a simples fé em Suas promessas.


Lawrence Olson
(Raio de Luz 84/Mar.1992)





quarta-feira, 4 de julho de 2018

UM CORDEIRO PARA CADA CASA

A VERDADE:
"Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa..." (Ex 12.3)































A VERDADE EXPLICADA:
É a vontade de Deus que todos os membros da nossa família sejam salvos. Ele disse a Moisés e a Arão: "Falai a toda congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa.." (Ex 12.3). Salomão, por sua vez, disse: "Instrui ao menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele..." (Pv 22.6).

Desejo externar o meu mais profundo sentimento aos meus pais pelo que fizeram por mim. Por várias vezes tenho feito referências à minha querida mãe, e à grande influência espiritual que ela exerceu na minha vida. Posso dizer que estou no ministério evangélico porque ela orou por mim. Ela me consagrou ao Senhor antes de eu nascer. O mesmo fez com os meus dois irmãos, que também são pastores.

Muitas pessoas tem ouvido a leitura da carta que minha mãe me escreveu quando eu contava apenas um ano de idade, na qual me avisou do perigo da jornada da vida e de como eu poderia ser salvo por JESUS. Esta carta, sem que minha mãe pensasse ao escrevê-la, tem circulado em todo o mundo e despertado muita gente.

Um pastor, no sul de Minas Gerais, sua conversão ocorreu quando eu li essa mesma carta numa reunião. A minha mãe era conhecida como mulher de oração; ela passava horas e horas em santa intercessão diante do trono da graça. Dificilmente perdia um culto de oração, seu exemplo serviu para nós, os seus filhos, na nossa vida espiritual. Ela orava a favor do trabalho missionário e também por Gunnar Vingren, um dos pioneiros pentecostais no Brasil. Ele, nesse tempo iniciava o trabalho no Rio de Janeiro. Deus revelou à minha mãe que seu filho Lourenço seria também um missionário no Brasil, como de fato aconteceu!

Uma coisa havia em minha mãe: um supremo anelo pela salvação dos seus filhos. Foi esse o principal objetivo de toda sua vida, foi a sua maior preocupação. Ela não sossegou enquanto não obteve a certeza sobre este ponto -- a salvação de seus filhos. Deus havia despertado o seu coração para orar por isso.

Ela possuía um livro intitulado "OS FILHOS PARA CRISTO", de Carlos Spurgeon. Desse livro uma mensagem gravou-se em sua alma: "um cordeiro para cada casa". Essa obra focaliza Cristo, o Cordeiro de Deus, morto no Calvário "para cada casa". Ela compreendeu que Cristo morreu por ela, e também pelos seus filhos, e que, pela fé ela veria os filhos entrarem no reino de Deus. Espero em Deus que este bendito pensamento penetre no coração de todas as mães crentes e que as despertem para rogar ao Senhor por seus filhos. Deus pode dar-nos um grande despertamento nos lares, coisa de que muito precisamos.

O CORDEIRO FOI SACRIFICADO POR TODA A CASA
Irmãos e irmãs em Cristo, vocês creem verdadeiramente nesta verdade que Cristo, o verdadeiro Cordeiro pascal, foi sacrificado também pelos filhos de vocês? Que nenhuma mãe ou pai crente permaneça indiferente ao estado espiritual dos seus filhos! Se estão lá no mundo, isso deve exigir um cuidado maior. Se JESUS pôde chorar sobre Jerusalém, de compaixão, será que os pais não podem chorar sobre seus filhos ainda não salvos? Se Cristo nos comove e o Espírito nos leva a orar pelos nossos filhos, é certo que Deus vai atender aos nossos rogos. Quem confia nesta verdade do Cordeiro morto para toda a casa verá crescer a sua fé e atendida a sua oração. Esta verdade não significa que todos os membros da família sejam salvos automaticamente; de maneira nenhuma! A salvação da alma sempre foi e será uma questão individual.

Cada pessoa por si terá de abrigar-se sob o sangue de JESUS. Ninguém é salvo por outra pessoa, mesmo por sua mãe, embora ela seja muito crente. Contudo, a oração de uma mãe contribui muito para a salvação do filho. Creio que muitos filhos de crentes já morreram fora da igreja, fora da graça salvadora. É uma calamidade! São filhos que vão passar a eternidade nas trevas. Que tristeza pensar em tal coisa! Pensar em que os filhos de crente batizados no Espírito Santo tenham rejeitado a Cristo só porque os pais não creram na promessa e não buscaram o cumprimento dela! Alguém pergunta: "Como pode Cristo ser o Cordeiro para cada casa?" Precisamos entender neste ponto uma grande verdade encontrada em toda parte das Escrituras, verdade muitas vezes desconhecida. E esta é sobre as promessas de Deus.

O CRENTE É UM HERDEIRO DAS PROMESSAS
Se com toda a sinceridade e fé em JESUS entregarmos nossos filhos aos cuidados do nosso Deus, então o dia virá em que esses filhos render-se-ão a Cristo. Pode acontecer mesmo depois que os pais dormirem no Senhor, mas acontecerá se o pedido for, com supremo desejo, feito a Deus. O Senhor não falta no cumprimento da Sua promessa! O problema é confiar em Deus. Não devemos ficar atribulados. O mesmo Cristo que acalmou o mar da Galiléia pode falar ao coração de nossos filhos que não querem saber do Evangelho. A convicção do Espírito Santo virá sobre os corações rebeldes, como já tem acontecido muitas e muitas vezes. O Cordeiro de Deus morreu por toda a casa, irmã ou irmão em Cristo JESUS!

DEUS OUVE AS ORAÇÕES
Joquebede semeou no coração de Moisés e ele tornou-se o maior legislador de todos os tempos. Ana orou, e Deus lhe deu Samuel, o profeta. Deus ouviu as orações de Mônica, e seu filho Agostinho converteu-se da vida dissoluta que vivia e tornou-se o grande pastor e líder da Igreja no quinto século. João Wesley, fundador da Igreja Metodista, atribuiu seu sucesso ao treinamento que sua mãe Susana lhe deu. A mãe de Carlos Spurgeon, o  Príncipe dos pregadores, orou assim: "Agora, Senhor, se meus filhos se perderem no pecado, não será porque não lhes falei". Ela criou seus filhos na instrução do Senhor. Essa atitude sadia de fé viva, produziu realmente um grande resultado.
Lembrem-se, pais, do que disse Paulo ao carcereiro de Filipos: "Crê no Senhor Jersus Cristo, e serás salvo tu e a tua casa..." A condição imposta foi somente crer. O fundamento era a confiança em Deus, que nunca volta atrás nas Suas promessas. Se os pais crerem em Deus, então os seus filhos serão salvos.

Oscar Johnson, um amigo da nossa família, muito jovem ainda, deixou sua terra natal, a Suécia. Sua mãe, ao despedir-se dele no cais do porto, disse-lhe: "Estou com medo, meu filho, de que sejas vencido pelas tentações lá na América. Mas se o mal te vencer,lembra-te de que estou orando por ti!" Convicto, Oscar prometeu à mãe que nada o separaria do amor de Cristo.

Não demorou muito, porém, e o jovem foi, no Novo Mundo, dominado pelo vício da bebida. Lamentava: "Meu Deus, sou um escravo da bebida! Não posso resistir à tentação!" Falava assim com Deus, mas logo estava no botequim para embriagar-se. Nesse estado desesperador, o diabo sugeriu-lhe o suicídio como a única solução. Resolveu lançar-se às águas num cais do lago Michigan, para afogar-se. Mas na hora em que ia atirar-se surgiu um cão bravo que impediu seu caminho e fez Oscar desistir do intento.

No entanto, o vício o dominava cada vez mais e novamente resolveu terminar a sua existência nas águas do lago. Desta vez foi armado com um pau para defender-se do cão, pensando: "Agora nada me deterá do meu propósito de suicídio!", mas qual não foi a sua surpresa quando, ao chegar ao cais, foi fustigado por dezenas de gaivotas! Elas batiam-lhe fortemente com as asas. Nesse momento, ficou raivoso, e então ouviu uma voz que lhe dizia: "Você vai matar esses bonitos pássaros?" Resolveu voltar à casa. Ao deitar-se, notou que o corpo ficara marcado onde as gaivotas lhe bateram. Mas ainda o vício permanecia indomável.

Não adianta, concluiu ele, "vou suicidar-me mesmo. Desta vez com sucesso". Assim, pela terceira vez dirigiu-se ao lago Michigan. Mas quando seus pés tocaram no cais, parecia que todo o lago pegava fogo! Sentiu um calor infernal, e, horrorizado, compreendeu que se ele levasse a cabo seu plano, cairia mesmo no lago de fogo, de que fala a Bíblia. Resolveu nunca mais tentar suicídio e voltou para casa.

Longe, na Suécia, a mãe de Oscar continuava a orar pelo filho. Então outro milagre aconteceu. Oscar mudou-se para o norte do país onde empregou-se como cortador de árvores. Lá fazia muito frio, e frio de matar. Certo dia de inverno, ele embriagou-se e saiu pela estrada. Embriagado e cansado, deitou-se na neve. Teria morrido congelado se ali não chegasse um homem guiando uma carroça puxada por dois cavalos. Era noite, e os cavalos pararam e se recusaram a prosseguir. Saltando, o homem verificou que havia no caminho um corpo inerte sobre a neve. O carroceiro levou-o para casa, salvando-lhe a vida.

Quem mandou esse homem passar à noite, por aquela estrada pouco usada? Sem dúvida foi Deus, agindo em resposta às orações da mãe de Oscar. Logo depois, o moço entregou-se novamente a JESUS. Escreveu então uma carta à sua querida mãe, já velhinha, dizendo: "Mãe, as suas orações foram ouvidas. Agora está tudo bem entre a minha alma e o meu Deus".

Acompanhei a vida desse moço e sei que ele passou alegre para JESUS já em idade madura. Deus responde às petições de uma mãe que ora! Pais, reclamem para Cristo os vossos filhos!

AS PROMESSAS DO ANTIGO TESTAMENTO
Foi a Noé que Deus convidou dizendo: "Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração..." (Gn 7.1). Como Noé aceitou esse convite e salvou a sua família, assim também, quando aceitamos a Cristo, a "Arca" da salvação, pela fé, aceitamos juntamente a salvação da nossa família. Eu estou em Cristo hoje porque meus pais creram nesta verdade e conduziram seus três filhos para dentro dessa "Arca"!

No livro do Levítico (16.6), lemos que o sumo sacerdote Arão, sempre que oferecia o sacrifício de um novilho como oferta pelo pecado, fazia um sacrifício por ele mesmo e por sua casa.

AS PROMESSAS DO NOVO TESTAMENTO
A promessa de salvação para todos os membros da família, também no Novo Testamento está evidente. Na noite em que o carcereiro da cidade grega de Filipos, após o terremoto, veio correndo a Paulo e Silas, e perguntou: "Senhores, que devo fazer para que seja salvo?", recebeu de Paulo esta resposta: "Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa..." (At 16.31).

O centurião Cornélio recebeu um recado dum anjo que lhe disse: "Manda chamar Simão, por sobrenome Pedro, o qual te dirá palavras mediante as quais serás salvo, tu e a tua casa..." (At 11.14). E isso aconteceu com a chegada do apóstolo.

Pedro assegurou às esposas cristãs casadas com homens não-crentes, que cada uma delas poderia ganhar o seu marido para Cristo (I Pe 3.1). Lembremo-nos também de que Paulo escreveu a seu filho na fé, Timóteo, dizendo: "Tua fé sem fingimento, a mesma que primeiramente habitou em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, estou certo de que também habita em ti..." (II Tm 1.5). Esse é o legado mais rico que um filho ou filha pode receber de seus pais.

AS PROMESSAS DE DEUS SÃO CONDICIONAIS
Existem certos pré-requisitos para se receber as promessas de Deus. O Senhor fez a promessa a Noé porque era um homem justo. Em Deuteronômio (4.40), lemos: "Guarda, pois, os seus estatutos...que te ordeno hoje, para que te vá bem a ti e a teus filhos depois de ti".

É necessário criar os filhos "na disciplina e na admoestação do Senhor..." (Ef 6.4). O sábio Salomão recomendou: "Castiga a teu filho, enquanto há esperança..." (Pv 19.18). O sacerdote Eli deixou de disciplinar seus filhos e perdeu-os para sempre: "...seus filhos se fizeram execráveis, e ele não os repreendeu..." (I Sm 3.13). E de Abraão, que foi fiel, Deus disse: "Eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele..." (Gn 18.19). Veja mais esta grande promessa de JESUS; "...se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito". Aqui conhecemos a vontade de Deus através da Sua Palavra. Baseados nessa promessa, podemos perfeitamente pedir ao Senhor, com toda a confiança, a salvação de um filho ou de uma filha não-crente.

A salvação é coisa para toda a família! Graças a Deus!

ALGUNS CASOS DE CONVERSÃO DE FAMILIARES
Raabe, a meretriz, que morava em Jericó, creu que Deus destruiria a cidade. Por um ato de fé e arrependimento, ela atou o cordão de escarlate na janela de sua casa. Josué respeitou esse sinal combinado e salvou toda essa casa: os pais e os irmãos de Raabe (Js 2.13). Ela entrou na lista dos "Heróis da Fé" mencionada na Carta aos Hebreus 11.

Há alguns anos, certa mãe cristã lançou mão da promessa de Atos 16.31, "...tu e a tua casa..", e orou por seu filho que era detento numa penitenciária. Certa manhã chegou um telegrama do diretor desse estabelecimento penal, informando-a de que seu filho havia sido executado. Mas essa irmã não se conformou com tal notícia e disse logo ao Senhor: "Mas como pode ser isso? A Tua Palavra me assegurou que se eu cresse seria salva e, também, toda a minha asa. Meu filho faz parte da minha casa. Como pôde ele ir para a eternidade sem me deixar a certeza que foi salvo?" Ela leu outra vez o telegrama e depois releu a promessa em Atos. "Senhor", disse ela, "eu prefiro acreditar na Tua Palavra!"

Deixou o telegrama de lado e alegremente foi cuidar dos afazeres de casa, e cantar um hino. Na parte da tarde daquele mesmo dia chegou outro telegrama em que o mesmo diretor apresentava as suas desculpas por um erro terrível cometido: o filho da nossa irmã estava vivo e passava bem! Um outro prisioneiro é que fora executado e não o filho dessa crente. E ainda mais, ela continuou "exigindo" do Senhor a conversão do filho até que isso também aconteceu quando ele veio a conhecer JESUS como o seu Salvador pessoal.

Certo evangelista de grande fama, Paulo Rader, trabalhava em Chicago, onde minha esposa, a irmã Alice, muitas vezes o ouvia pregar. Ele contou que, na hora da morte de seu pai, um amigo perguntou ao moribundo: "Como pode o senhor partir para a eternidade com tanta tranquilidade, sabendo que vários filhos seus estão no mundo?" Este homem de Deus, idoso, respondeu com um sorriso: "Saiba, meu amigo, que há muitos anos eu e a minha senhora cumprimos o que a Palavra de Deus recomenda, ou seja, oramos ao Senhor JESUS e obtivemos a promessa de Atos, "..tu e a tua casa..." Criamos os nossos filhos nos caminhos do Senhor. Agora estamos tranquilos! O Senhor JESUS cumprirá a segunda parte da promessa. Deus vai trazê-los! Paulo Rader relatou que foi isso mesmo o que aconteceu. Todos os filhos e filhas desse casal entraram na "Arca" de segurança, foram todos salvos! Graças a Deus!

Pais crentes, quando vocês orarem, não temam e não se contentem com uma vaga esperança. Mas peçam com fé, sem nada duvidar (Tg 1.6), pois "...sem fé é impossível agradar a Deus..." (Hb 11.6) Não deem atenção à atitude de momento da parte de seus entes queridos. Mantenham seus olhos fixos na Palavra de Deus. A Bíblia é o ponto de contato entre a nossa alma e Deus. 

Quando o irmão ora pela conversão da sua família, está orando dentro da vontade de Deus. Portanto, ore diariamente, Ore com fé. Quem sabe se o próximo nome a ser escrito no Livro do Cordeiro não será o nome do seu filho ou filha, seu esposo ou esposa, seu pai ou mãe/ Quem sabe?


N.Lawrence Olson
(A Seara 229/Abr.1984)