sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

ELE É MEU IRMÃO

A VERDADE:

"Não são apenas os negros que sofrem injustiças. Basta rodar pelas cidades brasileiras e presenciar criancinhas de todas as cores sofrendo em preto e branco. Mas como seria bom se ambos pudessem estar na mesma foto de felicidade e se aquele momento jamais amarelecesse! Se jamais perdesse o brilho de Natal!"


A VERDADE EXPLICADA:

Quando me sinto cansado, geralmente pego uma revista e procuro distrair-me com as ilustrações. Sempre gostei de ilustrações. De paisagens e de gente bonita. Até das propagandas, gosto. Aquele jogo de cores e harmonia de espaços fazem-me muito bem. Dias atrás, fui abordado por uma exaustão terrível e resolvi espairecer-me. Acomodei-me no sofá e pus-me a folhear uma conhecida revista. Desta vez, no entanto, minha distração sairia do terreno do mero espairecimento. Não digo que foi uma experiência espiritual. Talvez um choque daqueles que levaram Saquia Muni a escrever os Triptakas.

No ritual de virar as páginas, deparei-me com uma fotografia que certamente passará à história como o mais perfeito símbolo da opressão. Lá estava um garoto angolano; em suas costas, precocemente curvadas, o irmãozinho. É difícil dizer quantos anos tinha aquele menino. Fosse um adolescente, para ele jamais haveria puberdade. Naquele corpo esquelético e naquela expressão indefinida, a natureza parecia em estado de coma. Tive a impressão de estar olhando um egresso de Treblinka. Tive impressão, também, de estar diante de um nordestino, este irmão de tantas secas e irrigações abortadas. Aliás, uma outra impressão tive ainda. De estar sendo olhado. Aquele adolescente reunia as derradeiras forças e açoitava-me um protesto sentido e agudo.

Não me detive muito naquela página. Virei-a com um misto de indecisão e incômodo. Na página seguinte, vejo Bush e Gorbachov. O primeiro, preocupado com os índices de popularidade. O segundo, com a abertura política nas repúblicas soviéticas. Eles discutem a distensão entre o Oriente e o Ocidente. No final do encontro, declaram-se temerosos quanto ao destino do mundo. Que oriente, porém haverá na existência de um guri, cuja fortuna jamais avançou além do ocidente de uma promessa que está sempre no ocaso? Cuja popularidade é anônima e o índice de vida é sempre zero? Cuja abertura é o próprio sepulcro? E que encontro pode haver em todas as suas preocupações? Entre ambos os estadistas e o angolaninho, há uma distância de milímetros. Mas, com certeza, os dois mandatários jamais tomarão conhecimento do drama Betinho. Sim, Betinho é o nome do adolescente angolano. O repórter julgou de pouca importância informar-se acerca de seu nome completo. Talvez fosse Gilberto ou Roberto Vobumba; isso não vem ao caso: ele sempre será conhecido como Betinho.

Continuo a folhear a revista. Brigite Bardot dá prosseguimento à cruzada em prol da preservação do reino animal. Ela despende tempo e dinheiro a cuidar dos bichos. Estes, contudo, parecem não precisar de tantos desvelos. São muito mais fortes do que o angolano que teima na adolescência. Achei confuso tudo aquilo. E se Betinho pudesse compartilhar do leite que bebe aqueles animais? Se pudesse beliscar os nacos de carne de que se alimentam aqueles felinos? Se tivesse acesso à mesma assistência médica? Mas Betinho não está na moda, nem lembra ecologia. Nem bicho é Betinho, apesar de dizerem que ele vive como bicho.

Percorro mais algumas páginas. Constato que o mundo anda preocupadíssimo com o destino da Amazônia. Segundo dizem os ecologistas, a Amazônia é o pulmão do mundo. Se ela vier a desaparecer a humanidade desaparecerá. Até o roqueiro Sting encetou uma campanha em favor da Amazônia, mas nem se lembra de Betinho. Sim, do angolano Betinho! Que não sabe o que é ecologia, mas está em extinção. Que nunca derrubou uma árvore e é abatido no verdor da vida por uma distribuição injusta de riquezas. Ele nunca fez queimada na floresta, porém a indiferença dos poderosos queima-o todos os dias. Jamais ofendeu o pulmão do mundo, mas o mundo está deixando que ele morra de tuberculose. Betinho nunca matou um animal, no entanto está morrendo como bicho. Jamais sujou o mar, porém a praia de sua inocência está poluída com promessas mentirosas.

O anúncio seguinte deixa-me mais melancólico. Uma linda garotinha loira segura uma boneca. Seus olhinhos inocentes perdem-se no encanto daquele universo tão seu. Mas o que tem sido a vida de Betinho? Um brinquedo nas mãos dos demagogos, que só se lembram de Angola e Biafra quando a fome de uma e a miséria da outra rendem dividendos políticos. Primeiro vieram os portugueses. Durante quatrocentos anos extraíram tudo da terra de Betinho. Vieram depois os russos e cubanos com a revolução e arrancaram o que ainda restava da mesma Angola. Só que os outros não vieram com mão amiga e Betinho continuou só. Sem infância e sem esperança. As fotos das duas crianças, entretanto, poderiam estar trocadas. Se as coisas tivessem sido diferentes para Betinho, ele poderia estar segurando um carrinho; a garotinha loira, numa Angola curitibana ou paulista. Não são apenas os negros que sofrem injustiças. Basta rodar pelas cidades brasileiras e presenciar criancinhas de todas as cores sofrendo em preto e branco. Mas como seria bom se ambos pudessem estar na mesma foto de felicidade e se aquele momento jamais amarelecesse! Se jamais perdesse o brilho de Natal!

Transito agora por uma matéria acerca dos pastores eletrônicos. Aqueles astros que ficaram famosos mais pelos escândalos do que pelos serviços prestados à causa do Mestre. Um deles, num ato patético, afirmou que se não conseguisse oito milhões de dólares, praticaria o haraquiri. Verifiquei, então, que Betinho era mais corajoso do que ele. Com certeza Betinho já está morto, porém não se suicidou. Morreu de fome! Os dólares que poderiam salvar-lhe a vida foram dados a um mercenário. A um homem que se acostumou a viver da credulidade alheia. Que promete curas e milagres, mas é incapaz de multiplicar pães e peixes para salvar um pobre africano que tomba com a barriga vazia. E a melhor maneira de se multiplicar pães e peixes é dividir o caviar de cada dia.

Adiante, a revista anuncia os novos laureados com o Prêmio Nobel. Um professor inglês ganha o Nobel de Medicina, mas não terá condições de curar a tuberculose de Betinho. Um americano recebe o Nobel de Física, porém jamais se esforçará para quebrar a relatividade que existe entre o primeiro mundo e o mundo de Betinho. O Nobel de Química cabe a um francês, que pouco poderá fazer para alterar a fórmula da situação que tanto aflige aquele adolescente angolano. Um belga é agraciado com o Nobel de Economia e parece que não convencerá as nações ricas a

repartirem as migalhas de seus superávits com o esfaimado Betinho. O prêmio de Literatura é outorgado a um outro americano, que não consegue retratar a resignação machucada do olhar de Betinho. Não encontra figura de linguagem nem de retórica para descrever aquela expressão. Quanto ao Nobel da Paz, é dado a uma organização que luta pelo respeito aos direitos humanos. Mas se esquece daqueles que, como Betinho, jamais terão seus mais elementares direitos resguardados.

Tentei distrair-me com essa revista, mas folheei apenas misérias e injustiças. Fechei-a. Sinto, contudo, que Betinho ainda não adormeceu. Talvez adormeça amanhã. Sim, amanhã será um grande dia para a corrida espacial. A NASA lançará mais um ônibus espacial. Cinco cosmonautas farão parte dessa nova aventura: quatro americanos e um asiático. Mas Betinho não quer voar tão alto. Ele quer apenas chegar até amanhã com o que ainda lhe resta da vida de hoje. Ah! Ia me esquecendo! Na reportagem sobre a fome que aumenta consideravelmente em Angola, o repórter dirigiu uma pergunta a Betinho:

REPÓRTER: “Você não se cansa de carregar este menino?”

BETINHO: “Não, ele é meu irmão!”



Autor: Claudionor Corrêa de Andrade

(Fonte: MP. 1249/Março 1991)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

E MATEUS ESTAVA LÁ!

 A VERDADE:

"E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago..." (At 1.13)


A VERDADE EXPLICADA:

Viram a ênfase nesse versículo? Claro que ele por si só diz muita coisa, mas é igualmente importante observar que entre os apóstolos mencionados, estava Mateus, o publicano, ou cobrador de rendimentos públicos entre os romanos. Segundo Buckland, "...entre os judeus era odiosa a profissão dum publicano. Os galileus, principalmente, submetiam-se a esses cobradores com a maior repugnância, indo até ao ponto de considerarem ilegítimo o pagamento do tributo..." (v.Mt 22.17).

A sua chamada está assim descrita no Evangelho que leva o seu nome: "E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem chamado Mateus e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu..." (Mt 9.9) Após esse episódio, o de ter sido escolhido e chamado pelo Mestre, Mateus demonstrou sua real conversão à causa do Senhor: "...depois ele mostrou sua afeição ao Mestre e o seu interesse pela felicidade espiritual dos seus antigos companheiros, convidando um grande número de publicanos para uma festa, em que se oferecia a ocasião de ouvir o Divino Pregador. Foi escolhido por JESUS Cristo para ser um dos doze apóstolos..." (Mt 10.3). (Buckland)

A propósito, um apóstolo para ser reconhecido como tal, "...era essencialmente requerido que o eleito tivesse sido companheiro de JESUS desde o Seu batismo até à ascenção..." (Buckland). Noutras palavras, era requerido, também, que o mesmo tivesse andado com o Senhor durante o período do Seu ministério. E assim, foi com Mateus até ao ponto deste ter escrito seu próprio Evangelho, voltado especificamente ao povo judeu, senão vejamos: "Em todo o livro se encontram sinais de ter sido escrito por um hebreu cristão familiarizado com os sagrados escritos do seu país e profundamente penetrado no seu espírito. O seu principal fim, ao escrever a vida de JESUS, parece ter sido mostrar que o rejeitado Mestre de Nazaré é, realmente, o prometido rei de Israel". (Buckland)

E foi Mateus testemunha ocular dos passos, prodígios, sinais e maravilhas que o Mestre realizou durante o Seu ministério terreno, e até mesmo de Seu sofrimento no Calvário. Após o episódio da crucificação e ressurreição, os "...onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes havia designado..." (Mt 28.16). Entre eles estava Mateus, o apóstolo-evangelista, que ouviu da boca do Senhor as seguintes palavras: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado..." (Mt 28.19,20)

Mas, JESUS determinou também "...que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes..." (At 1.4). E no tempo certo a promessa a que o Senhor JESUS fizera menção, aconteceu, no dia de Pentecostes. Segundo a narrativa bíblica, estavam no cenáculo: "...Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos..." (At 1.13,14). Note: Mateus estava entre os discípulos.

Na narrativa do capítulo 2 dos Atos, após o cenáculo ter sido visitado pelo Espírito do Senhor, e todos os que ali estavam serem cheios do poder de Deus e começarem a falar noutras línguas conforme o Espírito Santo lhes concedia, Pedro, então, como porta-voz do Senhor, pregou o maior sermão apostólico registrado nas Escrituras, e disse após o apelo dos que ali acudiram pela manifestação espiritual que estava acontecendo naquele local: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo..." (At 2.38). E continua a Palavra a dizer: "De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações..." (At 2.41,42).

Ora, Mateus estava entre os discípulos e certamente ouviu o discurso de seu companheiro Pedro que, usado por Deus, proferiu palavras que levaram quase três mil pessoas à salvação e à fé em JESUS Cristo e ao batismo em Seu Nome. Ora, será que Mateus permitiria, ou se calaria diante de uma situação em que se pudesse ser colocado em xeque o futuro de milhares de almas? No Evangelho que leva o seu nome, Mateus registrou as palavras do Mestre, ordenando, na Grande Comissão, "...portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome...", e agora Pedro o contradiz em seu inflamado discurso, instando a que todos os que creram fossem batizados no Nome de JESUS. Será que Pedro desobedeceu deliberadamente as palavras do Mestre? Ou será que Mateus, intimidado diante dos discípulos e da multidão ali presente resolveu calar-se, uma vez que o que  ele escreveu e testemunhou divergia do que acabara de presenciar e ouvir?

Ora, claro está que Deus, em Sua suprema sabedoria e misericórdia determinou que Seus discípulos esperassem pela promessa do Consolador, profetizada pelo profeta Joel, em Jerusalém e que dela não se afastassem. Enquanto esta não ocorreu, os discípulos mantiveram-se em comunhão e oração, até que as palavras de JESUS, registradas pelo apóstolo-evangelista, tiveram seu cumprimento quando do Pentecoste, e o próprio Mateus entendeu o que então significava ser batizado "EM NOME" do Pai, Filho e Espírito Santo na revelação no cenáculo.

Mateus, juntamente com os demais, também estava lá, e entendeu que o "...nome..." oculto na ordem de JESUS, revelou-se quando do sermão pregado por Pedro, inspirado pelo espírito do Senhor: o NOME é JESUS!!!


"Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo..." (At 2.38)


(Eli G.Maria)















sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

A VIDA É UMA TRAGÉDIA?

A VERDADE:

Sim, estimado amigo; é a fuga do homem às suas responsabilidades, que tem dado origem e que o sofrimento atinja, em nossos dias, uma porcentagem da população bem maior que em quaisquer épocas passadas. O que é já indício claro de que os homens caminham, como que numa aposta comum – ainda que se digladiando – para a catástrofe final!


A VERDADE EXPLICADA:

Pessoas apavoradas pelos acontecimentos que constantemente se desenrolam por toda parte, cujos efeitos atingem, de uma forma ou de outra, todo o ser humano, acham que a vida seja a grande tragédia da raça. Isto é, desconhecendo as causas que pelos séculos afora tem vindo a dar origem às mais variadas e horríveis experiências que, hoje mais do que nunca, se tem feito sentir no seio da humanidade, dão os fatos por explicados com expressões mais ou menos como esta: “A vida é uma tragédia...!” E não indagam mais do que isto. 

Agora, sem pretender de forma alguma menosprezar o drama que no mundo se vive atualmente, como iremos expressar-nos e provar por meio de palavras irrefutáveis, que tudo o que de mais belo, real e positivo existe no universo, e que, ao fim e ao cabo, é a grande razão de ser de toda a existência, é a mesma vida que tantos classificam de “tragédia”? 

Para começar, diremos que nós, os que ainda conseguimos ver as coisas pela lado ótimo e positivo, reconhecemos que o objetivo mais digno de estima que existe no mundo, a vida, ele se tornou em tragédia para milhões incontáveis, pelo simples fato de que, no meio dos mais atingidos, proliferam aqueles que se recusam deliberadamente a aceitar que tudo quanto existe no universo, inclusive a vida que tantos qualificam de tragédia, é obra realizada pelas mãos de um Criador onipotente, onisciente e onipresente e sumamente bom! E também porque a enorme maioria daqueles que, por outro lado, ainda acreditam na Sua existência não Lhe obedecem. 

A agravar a situação, porém, existe ainda o fato de que a tragédia se avoluma tanto mais quanto é certo que as pessoas que negam a existência de Deus, como aquelas que, crendo embora na Sua existência, desprezam os Seus caminhos, em regra, o fazem na tentativa desastrosa de calar a voz de uma consciência que lhes aponta as suas responsabilidades para consigo próprias, para com o semelhante e para com o seu Criador! 

Contudo, uma vez que o homem jamais conseguirá escapar da realidade da vida, virão a descobrir, talvez tarde demais, que a tragédia se lhes avolumou na razão direta da distância e da velocidade da fuga! 

Sim, estimado amigo; é a fuga do homem às suas responsabilidades, que tem dado origem e que o sofrimento atinja, em nossos dias, uma porcentagem da população bem maior que em quaisquer épocas passadas. O que é já indício claro de que os homens caminham, como que numa aposta comum – ainda que se digladiando – para a catástrofe final! 

Todavia, isto acontece não porque a vida seja em si a tragédia de que tantos alcunham, mas sim porque os homens, no seu afastamento do Criador, tem procurado alterar as leis criadas e estabelecidas pelo mesmo Criador. Por conseguinte, são os homens que cavam a sua própria ruína. 

Temos achado então, como que por equação matemática, a raiz do grande mal que grassa no mundo. Agora conhecemos a causa da situação aflitiva em que vive a humanidade. Temos descoberto o fator que deu lugar a que a vida se transformasse numa tragédia real para as pessoas que vivem separadas da realidade intrínseca da vida. E os efeitos produzidos pela separação tem-se feito sentir de tal modo, que as próprias pessoas que procuram fazer o melhor para andarem no caminho certo, chegam a ser atingidas por esses efeitos. 

Perante uma tal situação, que diremos ou que faremos? Será que não há solução para o problema humano? Quedar-nos-emos imóveis, à espera do fim trágico dos acontecimentos? Estamos num beco sem saída? 

Se nada mais nos restasse além daquilo que a história nos mostra que os homens são capazes de realizar, então poderíamos responder “sim”. Há, porém, uma realidade situada fora do âmbito das possibilidades humanas, que oferece a garantia de que a atual situação mundial poderia, ainda, ser mudada no sentido de uma vitória completa. Para isso bastaria que a humanidade se voltasse inteiramente para o Seu Grande Criador, pois Ele já preparou para todos o caminho da vida! Tão simples como isto. 

Quando, há perto de dois mil anos, JESUS veio a este mundo, Ele disse: “...eu sou o caminho, e a verdade e a vida...” (Jo 14.6). E é na aceitação da mensagem contida nestas palavras que está a única chave que pode abrir a porta da resolução de todos os problemas humanos, os quais são bem maiores no domínio moral e espiritual do que em quaisquer outras áreas da vida, por mais estranho que pareça! Só JESUS tem a solução. 

Custa-lhe a crer, caro amigo? Então convido-o a que experimente receber a JESUS Cristo como Seu único Senhor e Salvador. Faça-o, porém, com inteira sinceridade; e cedo descobrirá que os horizontes de sua vida, outrora sombrios, se lhe tornarão risonhos e atraentes! E que, quanto à solução dos problemas mundiais, a fórmula inicial é a mesma e a única. 

A você carece de dar este passo. A humanidade necessita de fazer o mesmo e urgentemente. Porquanto tragédia bem maior que tudo quanto o mundo sofre em nossos dias aguarda, após a vida terrena, a quantos negligenciam preparar-se aqui para o Além. Sendo ainda de notar que, aqui na terra, os males humanos terminam com o exalar do último suspiro. Ao passo que, após a odisseia terrena, a tragédia dos que aqui não aceitarem a Cristo como Senhor e Salvador será eterna! Receba, pois, a JESUS Cristo, e seja salvo! 

Foi o mesmo JESUS quem disse: “Vinde a mim, todos... e eu vos aliviarei...” (Mt 11.28). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (...) Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado...” (Jo 3.16,18). 

 Compreenda a tremenda realidade. Aceite o maior tesouro que alguém jamais poderá achar: JESUS Cristo. E seja feliz para todo o sempre! 



Por: ALEXANDRE FERREIRA 

(Fonte: MP. 1202/Jun.1987) 

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

DEUS JÁ FOI VISTO POR ALGUÉM OU NÃO?

A VERDADE:

"A Bíblia relata que somente é possível ver a Deus através de JESUS, o Filho Unigênito, o único canal para se chegar a Deus na Nova Aliança".


A VERDADE EXPLICADA:

Essa é uma pergunta que não quer calar na história da humanidade. Vez ou outra surge essa questão, sempre após uma pesquisa na Bíblia. Nessa pesquisa, entre outros versículos, encontra-se o texto no Evangelho de João (1.18), que afirma: “...Deus nunca foi visto por alguém...” O ser humano sempre correrá atrás do místico, pois isso lhe deixa inquieto e curioso para desvendar os mistérios de sua existência. 

Os registros bíblicos, quando se referem à Deus sendo visto por pessoas, referem-se a uma forma de manifestação divina, chamada teologicamente de “teofania”. Teofania, no contexto teológico, é uma manifestação visível de Deus, quando Ele Se manifestava não em Sua plenitude, mas de uma forma que pudesse ser assimilado. Era quando Deus Se manifestava através de algo a alguém. Quando alguém via uma teofania, normalmente via algo grandioso, fora dos padrões normais. 

Essa manifestação teofânica se observa nos seguintes textos: “...e chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva...” (Gn 32.30). “...e sucedia que, entrando Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e punha-se à porta da tenda; e o Senhor falava com Moisés...” (...) “...e falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo; depois, tornava-se ao arraial...” (Ex 33.9-11). Essas passagens retratam a expressão da glória de Deus para com o homem. Mas alguém dizer que viu Deus face a face, de modo literal, não é possível, porquanto o texto sagrado afirma que “...Deus nunca foi visto por alguém...” e essa afirmação é literal. 

Algumas pessoas querem afirmar que Moisés viu Deus em Sua plenitude no episódio de Exodo (33.17-23), mas no episódio citado, encontramos mais uma vez a manifestação da glória de Deus. Era muito comum eles acharem que tinham visto a Deus devido à grandeza das manifestações. Quando lemos o texto de Isaías (6.5), vemos o profeta clamando “...ai de mim, ai de mim...” O fato de o profeta ter contemplado no primeiro versículo do capítulo 6 a manifestação teofânica da glória de Deus, o induz a pensar que está vendo literalmente a face de Deus, e isso não procede, pois estaria em contradição com as Escrituras, que assevera que ninguém jamais viu a Deus. 

A Bíblia relata que somente é possível ver a Deus através de JESUS, o Filho Unigênito, o único canal para se chegar a Deus na Nova Aliança. O texto da Primeira Epístola de João diz o seguinte: “...ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor. Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito. E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo. Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus. E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele...” (I Jo 4.12-16). 

Portanto, se alguém quer ver a Deus, precisa reconhecer o Filho e passar pelo Filho, com o Seu sacrifício na cruz do calvário, que possibilita o “religare”, ou seja, a possibilidade de a humanidade chegar à presença de Deus através do projeto salvífico realizado no calvário. JESUS mesmo disse: “...quem me vê a mim vê o Pai...” (Jo 14.9). Quando JESUS fala da unidade da fé, ele cita as Escrituras, “...crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras...” (Jo 14.11). 

Além do mais, quando chegarmos ao Céu com corpos glorificados, poderemos ver Deus pela primeira vez em Sua plenitude. 



Autor: GILBERTO CORREA DE ANDRADE

(Fonte: MP. 1554/Nov.2014)

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

DESPEDIDA QUE MARCOU UMA VIDA

A VERDADE:

“A despedida que mudou uma vida” deve ser objeto de meditação e oração para muitos daqueles que estão envolvidos com os negócios terrenos, enquanto muitas ovelhas do Senhor JESUS estão entregues à voragem dos lobos, e milhares e milhões de almas estão indo para a perdição eterna.


A VERDADE EXPLICADA:

“Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel...” (I Co 4.1,2).

Nos dias de sua mocidade, o evangelista Moody estabeleceu uma Escola Dominical num ponto de pregação na cidade de Chicago. Uma classe de moças completamente frívolas era ensinada por um moço comparativamente jovem, e que estava doente. Ele estava tuberculoso e de vez em quando tinha hemoptise(1).

Um dia, disse a Moody que ia para o lar de seus pais, no estado de Nova Iorque, provavelmente para morrer. Mas este professor estava muito triste e aflito porque não conseguira levar nem uma jovem ou aluna a aceitar a Cristo. Iria visitá-las com intuito de falar-lhes a respeito da salvação e queria levar Moody também. Foram e as moças, uma após outra caíram em si, oraram e deram seus corações ao Senhor JESUS. Dez dias após, todas as moças da classe tornaram-se crentes.

À noite, antes de despedir-se do professor, Moody convocou uma reunião de oração de despedida com as moças e disse-lhes que, naquela noite, Deus havia acendido em seu coração um fogo que nunca seria apagado. O professor falou à classe e leu o capítulo 4 do evangelho de João, referente às mansões celestiais. Espontaneamente, cada uma aluna orou, com lágrimas, pelo professor.

No dia seguinte, Moody foi à estação despedir-se do professor; antes do trem partir, as jovens se reuniram na estação, sem qualquer combinação prévia, experimentaram cantar, mas não puderam devido à emoção. Quando o trem partiu, o professor estava em pé, na plataforma posterior do carro, com as mãos apontadas para o céu numa atitude de súplica, a fim de que se encontrassem no céu.

Moody costumava dizer, quando contava isto, que este fato o desqualificou para a vida de negociante. Tinha experimentado um prazer do outro mundo, dizia ele, e não mais cuidaria de apenas ganhar dinheiro. Falar acerca da vida e obra de Moody seria como que “chover no molhado”. No entanto, quando com tristeza observamos que muitos homens que se dizem “chamados para o ministério”, estão preferindo deixar a Palavra para se dedicarem a uma vida de negócios, certos de que a figura e a obra de Moody e a de tantos outros nos despertam saudades.

O autor deste despretensioso artigo, que já está no fim de sua carreira e, possivelmente também no fim da sua jornada terrena, pode dizer com a autoridade de sua experiência e da humilde obra que conseguiu realizar, que mais vale ser um despenseiro pobre, porém, de consciência tranquila, a ser um despenseiro rico mas de consciência intranquila, que vive a lamentar o tempo disperso nos negócios desta vida.

A despedida que mudou uma vida” deve ser objeto de meditação e oração para muitos daqueles que estão envolvidos com os negócios terrenos, enquanto muitas ovelhas do Senhor JESUS estão entregues à voragem dos lobos, e milhares e milhões de almas estão indo para a perdição eterna.


(1) expectoração sanguínea ou sanguinolenta através da tosse, proveniente de hemorragia na árvore respiratória. É comum a várias doenças cardíacas e pulmonares.


Autor: MOYSES DE SÁ

(Fonte: MP nº 1196/Dez.1986)

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

DERRUBEM AS IMAGENS DOS SEUS ALTARES

A VERDADE:
A condenação divina da fabricação de imagens para culto, representando seres existentes no céu e na terra, é de tal modo clara, que durante séculos a Igreja Católica Romana tem eliminado dos seus catecismos o aludido mandamento.


A VERDADE EXPLICADA:
De vez em quando chegam às nossas mãos folhetos católicos romanos, contendo afirmações como estas: “Os protestantes atacam no catolicismo a veneração dos santos e as suas imagens. Mas eles também possuem em casa imagens e fotografias dos seus entes queridos e veneram-nas, estimam-nas. E dizem que a Bíblia proíbe essas imagens, não vendo que Deus mandou a Moisés colocar dois querubins de ouro na arca (Ex 25.18)”.


Imagens destinadas a culto
Aqui, consideraremos as objeções em causa, aliás, divulgadas há séculos pelos defensores do culto a Deus e aos “santos” através de imagens. Chamamos a sua atenção para o fato de as citações bíblicas aqui apresentadas (à exceção de Êxodo 20.4-6) serem extraídas da Bíblia Sagrada, traduzida pelos padres Capuchinhos, e com a respectiva aprovação eclesiástica.

Antes de mais nada, recordamos aqui que Deus proíbe, efetivamente, a fabricação de imagens destinadas a culto, bem como a veneração das mesmas. Da Bíblia traduzida da Vulgata pelo padre Matos Soares, com aprovação das autoridades católicas, transcrevemos o segundo mandamento do Decálogo, o qual reza o seguinte: “Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma do que há em cima no céu, e do que há em baixo na terra, nem do que há nas águas debaixo da terra. Não adorarás tais coisas, nem lhes prestarás culto; eu sou o Senhor teu Deus forte e zeloso, que vinga a iniquidade dos pais nos filhos, até à terceira e quarta geração daqueles que me odeiam; e que usa de misericórdia até mil (gerações) com aqueles que me amam e guardam os meus preceitos...” (Ex 20.4-6). Vejam-se, ainda, as referências bíblicas em Levítico 26.1; Salmos 134.15-18 (Bíblia católica; Salmos 135 na evangélica); Isaías 40.18-23; 44.9-20; 46.5-7; Jeremias 10.3-5; Habacuque 2.18,19 e I João 5.21.

A condenação divina da fabricação de imagens para culto, representando seres existentes no céu e na terra, é de tal modo clara, que durante séculos a Igreja Católica Romana tem eliminado dos seus catecismos o aludido mandamento.

A fim de se manter o número dos mandamentos no Decálogo, os católicos dividiram em dois o décimo, o qual trata exclusivamente da cobiça. Basta consultar o texto de Êxodo (20.17) em qualquer Bíblia editada pelos católicos, e depois confronte esse mandamento da lei divina com o nono e o décimo constantes nos referidos catecismos.


Um pouco de história
Vejamos, rapidamente, como as imagens de escultura surgiram paulatinamente na cristandade. Não há precedente algum de semelhante prática entre os cristãos primitivos, quer nas páginas do Novo Testamento, quer nas igrejas. As próprias catacumbas de Roma (onde se refugiaram os crentes durante três séculos) abundam em símbolos cristãos, e não em imagens esculpidas de santos. Nessas pinturas, JESUS era representado por um cordeiro ou um leão, o Espírito Santo por uma pomba, a Igreja por um barco, etc...

David Schaff escreve na sua obra NOSSA CRENÇA E A DE NOSSOS PAIS: “A veneração de imagens e relíquias foi proclamada verdadeiro elemento da religião cristã pelo Concílio de Trento, o qual ensinou que objetos tais como „imagens de Cristo e da Virgem Mãe de Deus e de outros santos devem ser conservados, principalmente nas igrejas, e a eles se devem prestar a honra e veneração devidas‟. Elaborando as suas definições, aquele Concílio seguiu o decreto do 7º Concílio Ecumênico, que se reunira em Nicéia, no ano 787, e formalmente pusera termo à controvérsia entre o Oriente e o Ocidente sobre se as imagens deviam ser veneradas ou não. O imperador oriental, Leão, o Isauriano (716-741), opôs-se violentamente àquele culto, como o fez mais tarde Leão, o Armeniano (813-820).”

Na página 443 da aludida obra, Schaff revela: “A veneração de imagens não se implantou, todavia, sem tenaz oposição. O próprio uso de pinturas e esculturas nas igrejas foi condenado pelo Sínodo de Elvira, em 304, para que se não rendesse culto a tais objetos. Epifânio, falecido em 403, destruiu um retrato de Cristo que encontrara numa igreja da Palestina. Dois séculos depois, Sereno, bispo de Marselha, alijou as pinturas das igrejas, mas o seu ato provocou forte censura da parte de Gregório I, o qual sustentou que o que as Escrituras são para o leitor, as pinturas são-no para os ignorantes. Carlos Magno proibiu a multiplicação de imagens”.

Certo deputado evangélico afirmou no parlamento do seu país quando se discutia a colocação de crucifixos em lugares públicos: “São Jerônimo, Latâncio, Ambrósio e Santo Agostinho escreveram contra as imagens dos pagãos. Caçoaram delas, dizendo que os ratos faziam ninhos nas suas cabeças ocas. Ridicularizaram a cegueira das imagens e a imobilidade das mesmas. Tudo isso os pagãos teriam devolvido com juros, se o culto das imagens existisse na Igreja Cristã daqueles tempos, como existe hoje na nossa terra”.


Retratos de familiares
Consideremos agora o argumento dos retratos de familiares, que muitos ainda usam para justificar o culto à Divindade e aos santos, mediante pinturas e esculturas. Não é imprescindível ter as fotografias dos nossos familiares defuntos, a quem amávamos, para nos recordarmos deles, conforme argumentam os católicos. Os mesmos deverão estar no coração de cada um de nós. Necessitamos do “retrato” de Deus a fim de nos lembrarmos d’Ele, ou da imagem dos santos de modo a seguirmos os seus exemplos de virtude? Evidentemente que não!

Claro que possuímos fotografias dos nossos antepassados, expostas até em lugares de honra, contudo não lhes prestamos culto. Nenhum cristão esclarecido se ajoelhará diante dos retratos dos familiares, queimando-lhes incenso ou fazendo-lhes promessas. Não transportamos em procissão as imagens dos entes queridos, nem lhes entoamos ladainhas. Não celebramos o aniversário de sua morte com festejos, procissões, quermesses...

O Criador deverá ser adorado em espírito e em verdade, e não por intermédio de pretensas imagens, já que Ele é Espírito (Jo 4.23,24; At 17.29). Deus é lamentavelmente representado, em certos catecismos cristãos, por um “ancião” de cabelos compridos e barba branca! Um espírito, como se sabe, não tem forma física. Além disso, a Bíblia declara que ninguém jamais viu a Deus (Jo 1.18; I Tm 1.17). Disse alguém que “quando o Senhor está no coração do homem, a imagem é desnecessária; e quando não está, a imagem é completamente inútil.”

Objeta-se que os cristãos menos esclarecidos carecem de imagens de Deus e dos “santos” para serem ajudados na sua devoção. Essa ideia tem produzido resultados contraproducentes, visto haver induzido inúmeras pessoas à prática de atos supersticiosos e idolátricos. Os católicos reconhecem já esse inconveniente, e os novos templos que inauguram estão praticamente despidos de imagens... O verdadeiro retrato do Senhor – Sua personalidade, o Seu caráter e conselhos – encontra-se na Bíblia.

Eis o que pensa o ex-padre Antonio Pires a respeito do problema da veneração: “Os devotos das imagens dizem que as veneram e não adoram. Os dicionários desconhecem a diferença de sentido dessas duas palavras. O povo católico toma-as como sinônimas. As imagens são entronizadas nos mesmos altares onde os padres celebram missa. São incensadas como Deus, carregadas em procissões, alumiadas por velas e lamparinas, ornamentadas com flores e festejadas. O povo presta-lhes culto superior ao que presta a Deus. Pede-lhes favores como a Deus, faz-lhes promessas e paga-as com a entrega de dinheiro e valores.”


Subtilezas teológicas
Quanto à pretensa intercessão dos santos (defuntos), inquirimos: Quem pode demonstrar que um “santo”, no céu, ouve simultaneamente milhares de preces ao mesmo tempo, em várias partes do mundo, e algumas delas mentais, ou até simples gemidos da alma? Na hipótese afirmativa, como provar que os mesmos estão autorizados a transmiti-los a Deus, e até a exercerem uma certa influência sobre o Criador para deferimento do pedido?

Por outro lado, Deus é Espírito, e por isso é impossível representar o Criador através de qualquer figura. Quanto ao Senhor JESUS, d’Ele não existe pintura ou fotografia alguma. O que há são imagens diferentes umas das outras na cor da pele, nas feições, na estatura, etc... fruto da imaginação do artista.

Certa vez um ministro cristão pronunciou-se do seguinte modo sobre a questão das imagens religiosas: “Realmente não há retratos de nosso Senhor JESUS Cristo que sejam fiéis. São todos eles ficções muitas vezes grosseiras. Fui aluno de padres alemães, que se rebelavam contra os franceses porque faziam retratos afeminados de “santos”, como eles diziam, ao passo que os padres franceses condenavam os alemães por acharem as suas imagens de olhar penetrante e duro, à semelhança de homens ríspidos, que não correspondiam à fé. Quer dizer, portanto, que são todas imagens fictícias. Direi mais ainda: Todos aqueles que penetram o Cristo glorioso, o Cristo santo, o Cristo perfeito, o Cristo puro, e olham para as imagens que d'Ele fazem os homens, todos os que conhecem o Cristo dos evangelhos voltam a face, porque pintor humano algum poderá jamais retratar a pureza do Divino Mestre.”

Sendo JESUS, o nosso Pai celestial, seria estranho que não nos dirigíssemos diretamente a Ele nas nossas súplicas. A oração-modelo, ensinada por JESUS, principia com as palavras: “Pai nosso que estais nos céus...” (Mt 6.9). Oramos a Deus sem necessidade de medianeiros humanos ou angélicos, porque esse é o caminho revelado pelas Escrituras evangélicas.



Autor: Fernando Martinez
(Fonte: MP.  nº 1202/Junho 1987)

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

CRISE FORTALECE PODER DO ESTADO NO MUNDO E IDÉIA DE MOEDA ÚNICA

A VERDADE EXPLICADA:

"Terrorismo, aquecimento global e crise econômica levam países a paulatinamente aceitarem que o Estado controle mais a vida das pessoas".


O século 21 começou com três eventos que impactaram tremendamente o mundo, dando uma guinada na formação da chamada Nova Ordem Mundial – isto é, do cenário do final dos tempos, conforme vaticinado nas Sagradas Escrituras: os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, que mataram milhares de pessoas; a tragédia do tsunami em 24 de dezembro de 2004, que ceifou a vida de cerca de mais de um milhão de pessoas; e a crise econômica mundial, iniciada oficialmente em setembro de 2008 e que desestabilizou economicamente a maior potência do mundo, os Estados Unidos. Sob os efeitos desses três eventos, a Nova Ordem Mundial tem se erguido.


Depois dos atentados terroristas de 2001, governos ocidentais que antes eram avessos a uma maior intromissão do Estado na vida das pessoas, e também eram grandes defensores da privacidade de seus cidadãos, passaram a controlar mais a liberdade de ir e vir e a promover, em certa medida, uma invasão de privacidade por parte do Estado a fim de controlar mais as informações sobre a vida das pessoas, em nome de uma maior segurança para os cidadãos. Curiosamente, os reality shows (criados no final dos anos 90) também passaram a se tornar uma coqueluche nas tevês mundiais nesse período, habituando as pessoas à ideia de perda de privacidade em nome de um benefício maior (na tevê, um prêmio e a fama; na vida real, a promessa de mais segurança por parte do Estado). Não que isso tenha sido orquestrado, idealizado, mas é, com certeza, uma manifestação do espírito do nosso tempo.


Por sua vez, a tragédia do tsunami de 2004 despertou as pessoas a darem mais ouvidos à tese do aquecimento global antropogênico (provocado pelo homem) e irreversível. Não que o tsunami tenha sido causado pelo aquecimento global, mas o episódio trágico voltou os olhos da população mundial para as tragédias naturais e, consequentemente, para a tese do aquecimento global. Criou-se, a partir daí, uma mobilização mundial em prol dessa causa, fomentando a proposta dos defensores de uma Nova Ordem Mundial de que grandes problemas mundiais só podem ser resolvidos se os países abrirem mão de parte de sua soberania em favor de organismos internacionais gerenciadores de crises.


Em seguida, foi a vez da crise econômica mundial, que levou o G-20 a, no início do ano, defender o fim do sigilo bancário e um controle maior das movimentações das instituições e empresas. Outro efeito foi a defesa de uma maior presença do Estado na economia e na vida das pessoas e instituições, controlando bancos, seguradoras e outras instituições, e tornando o cidadão mais dependente do Estado.


Enfim, o resultado de todos esses fenômenos é que os Estados estão controlando mais a vida de seus respectivos cidadãos e, ao mesmo tempo, estão cedendo parte de sua soberania em favor de um maior controle dos organismos internacionais. Ora, em Daniel (2.41-43; 8.23 e 11.36), e Apocalipse (cap.13), é profetizado que haverá, antes da consumação dos tempos, um último governo mundial, que será o cenário de ascensão do Anticristo. Porém, esse cenário só será possível com a diminuição das soberanias nacionais para a implementação de um governo mundial e com o maior controle dos governos sobre a vida das pessoas e das instituições, e é isto que estamos vendo acontecer paulatina e inexoravelmente.


A revista Exame, edição 951 de 9 de setembro, trouxe uma reportagem especial sobre como está os Estados Unidos hoje após um ano de crise econômica mundial. Na matéria, um dos diagnósticos dados pela maioria esmagadora dos economistas entrevistados é que, ao intervir de forma tão incisiva na economia, a administração Obama está criando as bases para a próxima crise econômica. E boa parte da população americana já percebeu isso. Não é à toa que, além de 49% da população americana não estar gostando da administração Obama de forma geral, 60% declaram que discordam profundamente das medidas tomadas pelo presidente na área da economia. Isso porque, a cada dia, o governo americano, em vez de apertar o cinto, aumenta mais os gastos públicos e já ameaça aumentar os impostos para continuar a gastança. Simultaneamente, também começa a alimentar o dragão da inflação imprimindo mais dinheiro para financiar a dívida pública americana, que já chega a colossais 13 trilhões de dólares.


O quando é desanimador. “O Estado americano vive imerso numa crise orçamentária sem solução e, bisonhamente, está pagando suas contas com notas promissórias. Caso os investidores percebam que Washington continuará seguindo esse caminho e que, com isso, o valor de seus títulos americanos vai ser corroído pela inflação, a mãe de todas as crises pode ter início”, afirma a matéria de Exame após consultar especialistas, entre eles quatro prêmios Nobel de Economia.


Como resultado disso, o dólar está se desvalorizando progressivamente, simplesmente “derretendo”, ao ponto de a proposta de uma moeda única mundial para substituir a moeda americana como reserva internacional, algo impossível anos atrás, já ser vista por muitos economistas não apenas como viável, mas também como inevitável. “O status do dólar como moeda de reserva mundial sempre facilitou a complacência americana em relação ao seu orçamento. Ver o dólar derreter repentinamente seria mesmo um cenário de pesadelo, especialmente para países com enormes reservas internacionais, como China e Japão. Como até hoje não surgiu um candidato à altura, o dólar segue como a moeda internacional. Mas, dadas as precárias condições físicas americanas e o alto risco de inflação nos próximos anos, cresce a pressão pela criação gradual de um novo sistema mundial de reserva”, afirma a matéria, que lembra ainda que a China está fazendo pressão há sete meses para que esse novo sistema mundial de reserva seja criado logo. Ou seja, quem seria um dos maiores prejudicados com o “derretimento” da moeda americana – a China, por ter boa parte dos títulos americanos – e poderia, portanto, não estar torcendo pelo fim do dólar como reserva mundial (posição que a moeda americana ocupa desde o fim da Segunda Guerra), está, diferentemente do que se imagina, pedindo a criação de uma nova moeda universal. A despeito do prejuízo que terá, a China insiste com a moeda única mundial por entender que o “derretimento” do dólar é inevitável e que os ganhos futuros com essa mudança poderão ser maiores do que os fortes prejuízos iniciais.


O premiado economista Paul Samuelson, um dos mais importantes economistas do mundo, afirma: “É quase inevitável que aconteça essa corrida contra o dólar”. Segundo Samuelson (e dez em cada dez especialistas), só há uma forma de isso não acontecer: se a economia americana voltar, de repente, a crescer de forma acelerada. Ao contrário, o status do dólar como reserva mundial está com os dias contados.


Como a economia americana demonstra que vai demorar um bom tempo até crescer num ritmo acelerado, as pressões tendem a aumentar. Logo, as chances da nova moeda mundial surgir é grande. Não é à toa que o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, já disse aos chineses em março que a proposta da nova moeda era considerada por ele “muito boa”. Para sermos mais precisos, disse Geithner exatamente o que se segue: “Particularmente, estou bastante aberto à ideia de uma nova moeda de reserva internacional para substituir o dólar”.


Em maio, os membros do Clube Bilderberg, composto pelos mais influentes homens do mundo ocidental na política, na mídia e na economia (e que investe dezenas de bilhões de dólares por ano na divulgação e implementação da ideologia da Nova Ordem Mundial), decidiram que vão fazer tudo que estiver ao seu alcance para influenciar no surgimento de uma nova moeda que seja universal, pois veem o fim do dólar e a criação de uma moeda única como um passo importantíssimo para a estabilidade da economia mundial. Mas, não é só isso: também veem essa nova moeda como um passo decisivo para a implementação da tão almejada Nova Ordem Mundial. Basta lembrar que a União Europeia, que nasceu décadas atrás apenas como uma comunidade de ajuda mútua das nações europeias, tornou-se de fato o que é após a implementação do euro como moeda oficial do continente.


Ora, se já há Organização das Nações Unidas, Tribunal Internacional, Organização Mundial do Comércio, etc, a partir do momento que for criada uma nova moeda mundial (e a proposta, segundo afirmam especialistas, é que a ONU, e não apenas o G-20, lidere a criação dessa moeda), a Nova Ordem Mundial já vai estar praticamente fundada. O mundo se tornará uma grande União Europeia (que lembra a profecia de Daniel sobre o “Império Romano” restaurado) é uma maquete de como será o governo mundial. As profecias bíblicas se cumprem mais uma vez.


(Matéria extraída na íntegra do jornal MENSAGEIRO DA PAZ nº 1493/Out. 2009)

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

CRESCIMENTO NA VIDA ESPIRITUAL

 A VERDADE EXPLICADA:

“Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.” (II Pe 3.18)


Introdução

Nenhuma verdade na Bíblia é mais importante do que a que os crentes devem amadurecer e crescer espiritualmente. Ao fazê-lo a sua vida vai ser mudada. Você vai começar a viver uma vida mais abundante, mais satisfatória. Deus está interessado na transformação da sua vida e muitos que vieram a Cristo, ainda não entenderam essa parte vital da vontade de Deus para nossas vidas.

Vamos olhar seriamente este assunto sobre crescer em JESUS Cristo e o que significa e pode significar para cada um de nós.


Equívocos sobre o crescimento espiritual.

O crescimento espiritual é automático.

1) A pessoa é salva pela misericórdia de Deus quando confia e recebe a Cristo. É instantâneo e uma ocorrência súbita. Isso acontece apenas uma vez e é imutável. Pode levar algum tempo para que uma pessoa compreenda o Evangelho e aceite-o, mas no momento em que ela o aceita o fato ou a posição em Cristo está estabelecida para sempre. “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Cor 5.17) “E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo principado e poder”. (Cl 2.10) “Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua glória e virtude” (II Pe 1.3) 

2) Quando você crê, é posicionado em Cristo. Você recebe toda a bênção espiritual e todas as coisas que dizem respeito à piedade. Você está completo em que é um filho de Deus. Está totalmente equipado para realizar tudo o que Deus tem para você, em sua vida. Não há segunda bênção, como muitos ensinam. Há apenas um Evangelho e é o Evangelho completo e não há nenhum outro. 

3) O que isto significa é que você como um crente recebe o Espírito de Deus, que lhe permitirá viver uma viver piedosa e o crescimento espiritual. Ilustração: Quando um bebê nasce, não pode falar, andar ou trabalhar. No entanto, se é normal tem tudo, incluindo a mente e todo o necessário para tornar-se um adulto maduro. No entanto, deve ser ensinado. Deve aprender. Um grupo de turistas estava visitando uma cidade em uma excursão e se depararam com um homem velho. Um dos turistas perguntou ao velho se algum grande homem havia nascido naquela pequena cidade. “Não, ele respondeu, só bebês!” Começamos a aprendizagem da vida e isso significa que a própria essência da vida está crescendo e amadurecendo. A primeira vez que uma mamadeira de leite é colocada em sua boca ele aprende que é bom e começa a mamar.


O crescimento espiritual mede o amor de Deus por nós.

1) O amor de Deus não é dependente de nossa espiritualidade. 2) Ele nos amou quando ainda éramos pecadores. 3) No entanto, para ter as bênçãos de Deus, devemos estar em Sua vontade, cheios do Espírito Santo e viver vidas obedientes aos princípios estabelecidos por Deus. 4) O amor de Deus significa que Ele sempre vai fazer o melhor para nós e isso significa que Ele não vai abençoar aqueles que são infiéis aos princípios bíblicos.


O crescimento espiritual é dependente de longos períodos de tempo.

1) Há muitos crentes que foram salvos há muito tempo e, todavia, cresceram muito pouco. 2) Alguns foram salvos há pouco tempo, todavia cresceram espiritualmente muito rápido. 3) Certamente, se duas pessoas são dedicadas e fiéis igualmente ao Senhor, aquela que foi amadurecendo mais será mais madura espiritualmente. 4) Eu conheci pessoas que foram salvas e dentro de um ano eram capazes de ensinar na Escola Dominical ou realmente usar o dom que Deus lhes deu e ter uma boa compreensão da Bíblia. Eu já vi outros que depois de anos entendiam muito pouco.


Ser espiritualmente maduro não é uma questão de quanto se sabe.

1) O que importa é o que você faz com o que você sabe! “Ora, no tocante às coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que todos temos ciência. A ciência incha…” (I Co 8.1) 2) Nota: O verso adverte que o conhecimento pode inchar. Ele está falando sobre o ORGULHO. 3) Ter um conhecimento dos fatos da Bíblia é importante para o crente, mas não pode ser equiparado à maturidade espiritual. 4) O crescimento espiritual é o que fazemos com o que sabemos sobre a Bíblia, a Palavra de Deus. 5) “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos...” (Rm 8.29)


O crescimento espiritual é uma questão de ser ativo na igreja.

Certamente, os crentes espiritualmente maduros serão ativos em sua igreja local e estarão servindo ao Senhor, onde quer que estejam. Todavia…. 1) Uma pessoa pode ser muito ocupada fazendo coisas na igreja e não estar crescendo espiritualmente. 2) Alguns pensam que se eu estou ocupado o suficiente, então eu sou espiritual. Isso não é necessariamente verdade. “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade...” (Mt 7.22,23). Estar ocupado e fazer um monte de coisas na igreja sequer é qualificação para a salvação.


O crescimento espiritual não tem nada a ver com a prosperidade.

1) Muitas pessoas podem pensar que as posses materiais é uma indicação de maturidade espiritual ou favor especial de Deus. Isso mais uma vez não é verdade. 2) Não pense que porque você está bem ou financeiramente seguro isso signifique que Deus aprova como você está vivendo sua vida e crescendo espiritualmente. 3) O outro lado também é verdadeiro. Ser pobre ou ter muito pouco não significa que Deus desaprova sua espiritualidade.


O que é então maturidade espiritual?

Se não é uma questão de nossa posição em Cristo, ou o amor de Deus, o tempo, o seu conhecimento da Bíblia, seu nível de atividade, ou o quão rico ou pobre você pode ser …. o que é então?. Também não é uma coisa mística, sentimental, devocional ou psicológica. O crescimento espiritual em termos simples é: “Corresponder minha prática com a minha posição”. 1) Se eu sou salvo, e um filho de Deus, então eu estou completo. Tenho tudo o que preciso para viver para o Senhor e para viver uma vida abundante completa de satisfação. Eu posso viver uma vida que glorifique o meu Salvador, o Senhor JESUS Cristo. 2) A maturidade espiritual não é ser capaz de colocar em prática principal da Palavra de Deus …. (Você é capaz!) É uma questão de querer fazer o que Deus quer. É uma questão de compromisso. É uma questão de dedicação. É uma questão de fé! Uma questão de confiar no Todo-Poderoso permitindo que Ele dirija as nossas vidas. É fazer o que Ele diz, obedientemente.

Por que devo crescer espiritualmente? O que é tão importante sobre isso?


É uma questão de estar em harmonia com o plano e criação de Deus.

1) Deus nos criou e criou este mundo! Como todo construtor, Ele tinha um propósito para o que construiu! 2) Suponha que eu construísse uma Ferrari como vi no noticiário outro dia, que custa mais de 1 milhão de reais. Suponha que eu a usasse para ir à minha fazenda em estrada de terra cheia de buracos. Louco, não? Suponha que eu pegasse um trator para levar a minha família para a cidade e o usasse como o carro da família. Esquisito, não é? 3) Em ambos os casos, a Ferrari ou trator foi mal utilizados e não usado como eles foram projetados para serem usados. Você poderia levar a família para a cidade em um trator, mas não seria muito melhor em um automóvel que tem quatro portas, ar condicionado , aquecedor, assentos confortáveis, com muito espaço, e um motor e transmissão feita para fazer o trabalho? Não seria abuso ter um carro projetado para competir e usá-lo como um caminhão da fazenda?


Deus criou você para a glória d’Ele.

1) ”...antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como até o dia da eternidade”. Amém! (II Pe 3.18) 2) Isso é o que você foi criado para fazer … trazer glória a Deus. O problema com o mundo e muitos crentes é que eles não sabem o que são e por que eles foram criados. 3) O mundo perdido certamente não sabe. Está em rebelião contra Deus. Ele não traz glória a Deus. Ele está arruinando-se, abusando-se porque está fazendo o que não foi projetado para fazer. 4) Muitos crentes também caíram na mesma armadilha. Eles confiam em Cristo e vivem vidas que são destrutivas, insatisfeitos e miseráveis. Por quê? Eles são como um carro de corrida caro e turbinado, correndo por uma estrada poeirenta e rochosa, carregando cargas pesadas que não foram projetados para carregar.


Para glorificar a Deus, devemos viver como Deus nos criou para viver.

1) Traz grande honra para seu criador quando um de seus tratores está nos campos, arrastando, arando, quebrando ou lavrando a terra como ele foi projetado para fazer. 2) Que satisfação ver uma peça de equipamento funcionando sem problemas fazendo o que foi projetado para fazer. 3) Para o crente que vive separado do Senhor, vivendo em desobediência a Deus, sendo infiel … isso traz vergonha a Deus que nos criou e também nos destrói. A Bíblia diz que o salário do pecado é a morte.


Ao contrário de um trator, carro ou peça de uma máquina… Deus lhe deu uma vontade.

1) Você não é um robô… mas feito à imagem do próprio Deus, tem uma mente, emoção e vontade. 2) A Ferrari usada em uma fazenda não tem escolha, mas opera como é forçada a fazê-lo. No entanto, Deus não vai forçá-lo a fazer o certo! Você pode fazer o errado. Depende de você.


Quer fazer o certo, então, basta fazê-lo.

Se você é um filho de Deus você tem a capacidade quando foi salvo. Se você ainda não confiou em JESUS Cristo como seu Salvador, então por que não? O que é que te impede de crer n’Ele e colocar sua confiança em Quem o criou? Você não acha que o tempo é agora para começar uma nova vida? Uma vida que Deus fez para você viver? 1) Os crentes são completos em Cristo e eles têm tudo o que é necessário para viver como você deve, mas você deve querer fazê-lo. 2) Nosso amor pelo pecado é um problema. Nós temos uma natureza pecaminosa que tem uma inclinação para o pecado e fazer o errado. No entanto, isso não é uma desculpa. Se eu quiser evitar o pecado e não fazer o que é errado eu posso. Eu posso porque eu tenho uma nova natureza, a própria natureza de Deus, que me dá o poder de fazer o que é certo.


Conclusão: Você observou que crescer em Cristo, e crescer espiritualmente é uma questão de exercer sua vontade, fazer o que Deus manda?

Crescimento espiritual é uma questão de corresponder minha prática com a minha posição.

Se sou um filho de Deus, eu posso viver uma vida abundante e maravilhosa servindo a Deus. Isso é eu posso se eu quiser. Eu posso se eu estiver comprometido e simplesmente fazendo um esforço para fazê-lo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

CRESCE O NÚMERO DE JUDEUS NO MUNDO QUE CREEM EM JESUS

A VERDADE EXPLICADA:

Maioria é de judeus messiânicos, que tem comunidades com práticas e crenças mais judaicas, mas também há muitos judeus evangélicos.


Cresce cada vez mais no mundo o número de judeus que creem em JESUS como o Messias. Acredita-se que há hoje quase meio milhão de judeus nesta situação, o que representa cerca de 4% dos judeus do mundo. A maioria, porém, ainda é de judeus messiânicos, que tem algumas comunidades com práticas e crenças mais judaicas que cristãs, mas há também muitos judeus evangélicos.

As estatísticas mais completas são sobre os judeus messiânicos. Levantamento do final de 2013, revelou que o número de judeus messiânicos em todo o mundo já passava de 300 mil. Destes, aproximadamente 20 mil viviam em Israel. Fala-se hoje de quase 25 mil. Segundo os registros oficiais israelenses, este número é um recorde, uma vez que existiam em Israel menos de 100 judeus messiânicos em 1948; em 1967, eles eram 250; em 1987, chegaram a 3 mil, e em 1997, a comunidade de judeus messiânicos chegou a 5 mil. Desde 2008, o número ultrapassou a casa dos 15 mil e continua crescendo vertiginosamente.

Nas últimas décadas, o movimento de judeus que aceitam “Yeshua” (JESUS) como Messias vem crescendo principalmente, e de forma constante, nos Estados Unidos. A maioria deles, como ocorre em Israel, continua mantendo as tradições do judaísmo, mas outros são menos presos às tradições judaicas. Especialistas afirmam que o movimento de judeus messiânicos se fortaleceu quando Israel se tornou uma nação novamente em 1948. Porém, a atuação desse grupo em solo israelense sempre foi difícil. Mesmo assim, há hoje diferentes ministérios que tem sido bem-sucedidos no alcance de judeus.

Algumas das missões focadas em apresentar JESUS como Messias aos judeus existem há décadas, e iniciativas desse tipo vem se multiplicando. Algumas delas são King of Kings, Centro Caspari, Judeus para Jesus, The Christian Jew Foundation, Chosen People Ministries, Joseph Storehouse, Christian Witness to Israel, Fundação Jewish Christian e Maoz, entre outros menos conhecidas. A maioria desses grupos existe há pelo menos 20 anos.

O trabalho evangelístico em Israel está sendo realizado através de congregações messiânicas locais. As maiores estão nas cidades de Tiberias, K’far Saba, Netanya, Jerusalém e Joffa. Existem hoje mais de 150 congregações messiânicas. O maior índice de conversão de judeus à fé em JESUS como Messias está entre os que imigraram de países da antiga União Soviética. O crescimento do número de judeus que tem “voltado para casa” faz com que messiânicos de diferentes países fortaleçam as comunidades já existentes.

Esse aumento no número de participantes não passou despercebido pelos grupos religiosos tradicionais da nação israelense. Seu trabalho de ação social, incluindo apoio aos que tiveram perdas durante as guerras com o Líbano e com o Hamas, por causa da doação de alimentos, roupas, remédios e outros suprimentos, faz com que eles sejam bem aceitos pelos judeus em geral.

Os pastores dessas igrejas messiânicas em Israel contam das dificuldades que passam, mas acreditam que está acontecendo uma transformação nos dias de hoje. Isso porque aumentou o reconhecimento e a aceitação dos messiânicos. Eles relatam ainda que tantos conflitos políticos e religiosos na região geram uma busca por respostas, que abrem portas para que a Boa Nova de JESUS seja espalhada.

O grupo “Judeus para Jesus” formado por judeus evangélicos, desenvolve um grande trabalho de evangelização nas cidades com grande concentração de judeus no mundo.

O rabino messiânico Barry Rubin relata que “hoje, os cidadãos israelitas estão mais abertos para falar sobre Yeshua e considerar seriamente a possibilidade de que Ele realmente é o Messias. Ele acha difícil estabelecer com certeza o número de judeus que seguem a JESUS, pois em muitas famílias a pressão continua grande e ainda há casos de perseguição severa.


Os polêmicos e diversos judeus messiânicos

De todos os grupos, os mais polêmicos para os cristãos são os judeus messiânicos, que se dividem em vários segmentos, com alguns com práticas mais cristãs do que outros. De forma geral, os judeus messiânicos são um movimento que objetiva converter os judeus ao cristianismo. Entretanto, esse movimento defende a manutenção de costumes judaicos tradicionais.

Eles também não gostam muito de usar o termo “cristão”, para evitar trazer à memória os séculos de perseguição e anti-semitismo que os judeus receberam na Europa por pessoas e grupos que se diziam “cristãos”. Além disso, eles creem que enfatizar a designação “cristã” significaria dar a ideia, para os judeus, que ser seguidor de JESUS implica em perder a identidade judaica, que é considerada muito importante para os judeus de forma geral.

A Bíblia permite, no caso de judeus convertidos ao cristianismo, que se guarde costumes judaicos, mas faz determinadas ressalvas. O judeu cristão, por exemplo, pode, conforme sua cultura, guardar dias e evitar certas comidas (Rm 14; Cl 2.16,17), mas ele não pode de forma alguma estabelecer que seus irmãos em Cristo não-judeus devam fazer a mesma coisa. É preciso também deixar claro que determinados aspectos da Lei não podem ser impostos como condição para salvação. Infelizmente, nem todas as congregações de judeus messiânicos vê dessa forma. Muitos insistem em guardar, como se fosse importantes para salvação, mandamentos mosaicos que, após Cristo, tornaram-se obsoletos.


Judeus para Jesus

Nos Estados Unidos, um dos grupos de judeus cristãos mais conhecidos e atuantes é o chamado Judeus para Jesus (Jews for Jesus). Eles são um grupo mundial de judeus evangélicos com sede na cidade de San Francisco, na Califórnia. Sua teologia é totalmente cristã evangélica, e eles são muito atuantes na área da evangelização, tendo se tornado destaque no jornal “The New York Times”, edição de 4 de julho de 2006, pela sua atuação evangelística na cidade de Nova York.

Todos os seus componentes são crentes com linhagem judaica. Com mais de 40 anos de história, o grupo costuma enviar centenas de missionários seus às ruas das cidades do mundo fora de Israel que tenham mais de 25 mil judeus. Há também campanhas destinadas a judeus de língua russa, judeus israelenses e hassídicos.

Suas campanhas de evangelização giram, cada uma, em torno de 1,5 milhão de dólares de gastos. Os “Judeus para Jesus” já enviaram mailings para mais de meio milhão de lares judaicos nos Estados Unidos e dvd’s em Yiddish sobre JESUS para mais de 80 mil casas de judeus ortodoxos. Eles também usam campanha de marketing com spots de rádio e anúncios em metrô e em jornais que se caracterizam pelo slogam “Jesus para os judeus”.

A sua principal atividade, no entanto, é nas ruas, onde os membros do grupo, usando camisetas coloridas estampadas “Judeus para Jesus” e adornadas com a Estrela de Davi, distribuem literatura evangelística e tentam, através de uma conversa pessoal, levar a Cristo tanto judeus como não-judeus.

Curiosamente, a maioria das pessoas que aceitam JESUS através do trabalho dos missionários dos movimento “Judeus para Jesus” é de não-judeus, de acordo com estatísticas da própria organização. Mas, há muitos judeus também sendo alcançados e se convertendo a Cristo. O grupo envia mensalmente um boletim a mais de 100 mil famílias de judeus nos Estados Unidos e fora do país que creem em JESUS.

O grupo sofre também muita oposição pela sua atividade, principalmente de líderes das comunidades judaicas locais. Na grande evangelização de Nova York em julho de 2006, que levou às ruas mais de 200 missionários do movimento “Judeus para Jesus”, foram colocados anúncios em mais de 60 jornais alertando os judeus para a “campanha de proselitismo” do grupo e incentivando-os a “aprender mais sobre o judaísmo e tomar parte nas suas práticas”, em vez de se deixar levar pela pregação do movimento.

Na ocasião, Craig Miller, que trabalha no braço “antimissionário” do Conselho de Relações da Comunidade Judaica de Nova York, se apôs ao trabalho dos “Judeus para Jesus”, dizendo: “Esta não é uma campanha de judeus contra cristãos. É sobre a decepção pura e simples. Os grupos que estão chegando estão trazendo uma mensagem enganosa que se pode ser cristão e parte da comunidade judaica ao mesmo tempo...”. O rabino Joseph Potasnik, vice-presidente executivo do Conselho de Rabinos de Nova York, acrescentou: “Não acredito que você possa ser um vegetariano carnívoro”, referindo-se a judeus que são cristãos.

Em resposta, os seguidores do movimento “Judeus para Jesus” afirmou: “Um judeu é definido na Bíblia e na sociedade por ter nascido de pais judeus. Judeus hoje tem uma variedade de pontos de vista em relação à religião, incluindo não crer em Deus, e ainda são considerados judeus. Você pode se tornar um mau judeu, mas você não pode tornar-se um não-judeu”.

Entre os membros do grupo “Judeus para Jesus” há os que frequentam igrejas cristãs evangélicas, mas também há aqueles que pertencem a sinagogas messiânicas, congregações que ensinam que os judeus podem acreditar em JESUS sem renunciar o judaísmo, e onde se comemora feriados judaicos, embora com um enfoque cristão. Cerca de metade dos missionários que participam das campanhas evangelísticas nas cidades é de membros de tempo integral da equipe missionária da organização. Os demais são voluntários que usam os seus dias de férias para evangelizar.

O respeitado rabino Yitzak Kaduri escreveu antes de falecer aos 108 anos, uma carta que foi aberta após sua morte e na qual afirmaria que JESUS é o Messias.

Em maio de 2014, a conversão de um famoso rabino israelense surpreendeu a todos. Ela foi narrada na obra “The Rabbi Who Found Messiah” (O rabino que encontrou o Messias), lançada pelo escritor evangélico Carl Gallups naquele ano, levando alguns judeus e muçulmanos à conversão ao Cristianismo. O livro conta a história do rabino Yitzak Kaduri, que faleceu em 2006 aos 108 anos de idade, e era considerado um exemplo para todos.

Kaduri era considerado por muitos “...o mais venerado líder espiritual de Israel...” e, quando faleceu, deixou uma carta com instruções para abri-la um ano após sua morte. No documento, o rabino afirmava que durante sua vida chegou à conclusão de que o Messias era JESUS.


Conversão futura dos judeus a Cristo

A Bíblia afirma que, no futuro, todos os remanescentes dos judeus se converterão ao Evangelho de JESUS. São vários os textos bíblicos que falam desse acontecimento futuro.

Em Zacarias (12.10), o profeta fala dessa conversão, quando os habitantes de Israel verão Aquele “a quem traspassaram” – JESUS – e se converterão. O apóstolo Paulo fala sobre essa conversão futura da nação israelita a Cristo em Romanos (11). O profeta Isaias falou sobre isso também (em 51.11 e 52.8), por exemplo. Assim, oremos pelo povo judeu e por seu encontro com o Messias.



(Fonte: MP. 1556/Jan.2015)