sábado, 25 de novembro de 2023

O QUE OS PROFETAS DISSERAM SOBRE O MESSIAS

A VERDADE:

"A Igreja Primitiva, entretanto, realmente iguala o Messias ao servo sofredor de Isaias, interpretando o real sentido do texto. Os judeus esperavam um guerreiro todo-poderoso como Davi que os levaria para uma batalha contra o poder que dominava sua nação e que iria inseri-los numa posição de poderio mundial. Todavia, JESUS veio como servo".


A VERDADE EXPLICADA:

Antes da queda de Jerusalém em 586 a.C., os profetas de Israel já haviam denunciado os pecados e a complacência moral do povo e diziam que um período de julgamento, o dia de Jeová, vislumbrava no horizonte político. Esse período de julgamento iniciaria através de algum poder estrangeiro. Subsequente à opressão, através desse força alheia, o povo deveria gozar de uma época de felicidade, prosperidade e paz que reproduzisse um elevado grau as glória do passado.

O futuro era frequentemente retratado como uma teocracia – um governo dirigido por Deus – sem a menção de qualquer instrumento humano. Houve vezes em que os profetas esperavam que esse período dourado se realizasse sob o governo de um rei justo e benigno, da dinastia de Davi, no cumprimento da profecia de Natã, que previu que o reino de Davi seria permanente (II Sm 7.11,16; Sl 89.27).

O termo “Messias” equivale ao termo hebraico Mashiah (aramaico, Meshiha) e significa “ungido”. A palavra é empregada no Antigo Testamento com relação aos sacerdotes (Lv 4.5; 6.22; Dn 9.26 RA); aos reis (I Sm 12.3), aos profetas (I Rs 19.16), aos patriarcas (Sl 105.15; I Cr 16.22), e a Ciro, rei da Pérsia (Is 45.1). Ser um Messias (aquele que é ungido) significa ser chamado, consagrado e dotado com poderes para completar uma missão especial para Deus. Os reis eram apontados por Deus para serem líderes em nome do povo e para confirmar as promessas de Deus para a nação. Os profetas eram chamados e consagrados para Deus para proclamarem Sua vontade ao povo. Os sacerdotes eram ungidos para ministrar os rituais concernentes à adoração. Os patriarcas recebiam um chamado divino para revelar Deus às nações. Ciro, um rei pagão, foi apontado por Deus como Seu instrumento para estabelecer uma situação política que seria favorável para a proclamação de Jeová como o Deus do Universo.

As profecias do Antigo Testamento sobre o Messias estão subordinados às seguintes categorias: (1) passagens interpretadas por intérpretes cristãos como material embrionário para o ensino messiânico. (2) passagens que se referem aos descendentes ungidos de Davi que anunciaram um período de paz e prosperidade para Israel. (3) referências bíblicas que descrevem um futuro glorioso sem nenhuma insinuação de algum líder, senão Deus, que cumprirá a tarefa. (4) passagens do livro de Isaías com respeito aos servos.


Passagens interpretadas como material embrionário para o ensino messiânico:

Gênesis 3.15 – Promessa da vitória final do homem

Gênesis 9.26, 27 – Aceitação de Jafé nas tendas de Sem

Gênesis 12.2,3 – A promessa feita a Abraão

Gênesis 26.4 – Uma renovação para Isaque da promessa de Deus a Abraão

Gênesis 28.14 – Renovação para Jacó da promessa a Abraão

Gênesis 49.10 – Uma declaração obscura “...até que venha a ele a quem o cetro pertence...” ou “...até que venha Siló...”

Deuteronômio 18.15,18 – Um profeta se levantará como Moisés

Jó 19.25 – O redentor de Jó


Passagens que se referem ao descendente ungido de Davi que anunciará uma época de paz e prosperidade para Israel:

Amós 9.11-15 – Restauração da monarquia de Davi

Miquéias 4.1-5 – Um glorioso futuro e a restauração do reinado de Davi

Miquéias 5.2-5a – Um rei prometido que governará Israel; Ele não virá de Jerusalém, mas de Belém.

Isaias 4.2-6 – Uma descrição do Renovo como um remanescente justo, mas em 11.1 o Renovo vem da realeza de Davi.

Isaias 9.2-7 – Uma descrição do rei ideal.

Isaias 11.1-9 – Uma descrição do rei da raiz de Davi, que terá as características dos grandes homens de Israel.

Oséias 3.5 – A restauração de Israel através de um descendente de Davi.

Jeremias 23.5-8 – A promessa de Deus de estabelecer um Renovo justo dos descendentes de Davi como rei sobre um Israel restaurado.

Jeremias 22.4 – A preservação da dinastia de Davi (também em Jr 17.25).

Jeremias 30.9 – Um rei da raiz de Davi reinará novamente.

Jeremias 33.19,22 – Sucessão dos governantes da raiz e Davi (ver II Sm 7.16).

Ezequiel 21.17 – Este versículo sugere Gênesis 49.10.

Ezequiel 34.23 – Davi identificado como servo de Deus (ver Ez 37.24).

Zacarias 9.9 – Um monarca humilde e pacífico.

Zacarias 12.7-14 – Um rei ideal da raiz de Davi.

Salmos 2.2-9 – O novo rei entronizado da raiz de Davi cita a promessa de Deus do governo universal.

Salmos 89.4,20,35 – A garantia de que o trono de Davi será estabelecido para sempre.

Salmos 132.11,12 – Outra garantia da promessa de Deus para Davi e seus descendentes.


Referências bíblicas que retratam um futuro glorioso sem menção de algum líder, senão Deus, que cumprirá a tarefa.

Oséias 2.20 – Uma época em que Israel ficará noiva de Deus em termos de fidelidade.

Isaias 28.14-18 – A restauração de Jerusalém.

Isaias 33.14-24 – Um reino de paz.

Isaias 35.1-10 – Uma esperança que brilha para uma nova época.

Isaias 49.22,23 – A restauração de Judá e um futuro próspero.

Isaias 55.1-5 – Uma referência à permanência das alianças de Deus com Davi.

Miquéias 4.4 – Um período de paz e contentamento.

Jeremias 31.23-34 – A restauração de Judá e um novo concerto.

Zacarias 3.10 – Um período de paz.

Zacarias 14.1-21 – A vitória final que trará paz a Jerusalém.


Passagens do livro do profeta Isaias com respeito aos servos:

42.1-4 – O primeiro cântico do servo.

49.1-6 – O segundo cântico do servo.

50.4-11 – O terceiro cântico do servo.

52.13 a 53.12 – O quarto cântico do servo, cuja letra retrata o servo como sofredor. O servo em Isaias é tanto aquele que é fiel em Israel, como o próprio profeta. Os judeus em nenhuma época consideraram a descrição de servo em Isaias como equivalente a um messias. Na mente deles a imagem de um messias sofredor era totalmente estranha. Daí porque rejeitaram a Cristo. A Igreja Primitiva, entretanto, realmente iguala o Messias ao servo sofredor de Isaias, interpretando o real sentido do texto. Os judeus esperavam um guerreiro todo-poderoso como Davi que os levaria para uma batalha contra o poder que dominava sua nação e que iria inseri-los numa posição de poderio mundial. Todavia, JESUS veio como servo.



Por: T.C. SMITH

(MP. 1196 – Dez.1986)

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

O QUE MARIA ENSINOU SOBRE JESUS?

A VERDADE:

"Maria foi uma árvore frutífera e por isso deve ser respeitada, mas JESUS, o Fruto bendito daquela árvore, tornou-se para a humanidade o alimento que elimina a inanição espiritual do homem. Um ser humano quando se encontra faminto não se contenta em apenas contemplar uma bela e esplendorosa árvore, mas sim saborear do seu fruto. JESUS asseverou: “...aquele que vem a mim de modo algum terá fome...” (Jo 6.35).


A VERDADE EXPLICADA:

Toda sociedade como conjunto de seres humanos local, nacional ou até internacionalmente ligados entre si por laços sociais e fraternos, precisa, para a sustentação de uma harmoniosa convivência, de preceitos e postulados, às vezes tradicionais, que se tornem nos ditames da conduta uníssona de todos.

Na vida cristã dos homens que abraçaram a Bíblia Sagrada como diretriz maior e regra de fé, o que se tem como básico é o mandamento que emana da plausível voz de Deus grafada nas páginas do Livro dos livros. Ao homem cabe duas atitudes para um viver coerente com o que está registrado ali: crer (antes de tudo!) e obedecer (acima de qualquer sacrifício).

Quando se aproxima o Natal, evidencia-se na mente das pessoas piedosas que não se deixam vencer apenas pelos interesses consumistas do comércio inflacionário, aproveitador da ignorância alheia e oportunista em suas vendas marcadas de acordo com o calendário festivo da humanidade, a imagem do nascimento d’Aquele que mudou o curso da história universal e espiritual da humanidade.

No cenário da manjedoura da estrebaria de Belém, vê-se ao fundo do quadro natalino, a figura daquela que deu à luz um primogênito: Maria, a mãe natural do Salvador. A agraciada de Deus – “...pois achaste graça diante de Deus...” (Lc 1.30).

No sentido maternal, é incontestável o valor e o respeito que se deve dar a Maria que, como tantas mulheres, alcançou a bênção natural da maternidade, participando do processo de reprodução da espécie humana, cumprindo a ordem de Deus: “...enchei a terra...” (Gn. 1.28).

No âmbito espiritual, porém, não devemos inverter os papéis nem tampouco os valores; o Salvador é Cristo: “...é que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador que é Cristo, o Senhor...” (Lc 2.11).

Maria foi uma árvore frutífera e por isso deve ser respeitada, mas JESUS, o Fruto bendito daquela árvore, tornou-se para a humanidade o alimento que elimina a inanição espiritual do homem. Um ser humano quando se encontra faminto não se contenta em apenas contemplar uma bela e esplendorosa árvore, mas sim saborear do seu fruto. JESUS asseverou: “...aquele que vem a mim de modo algum terá fome...” (Jo 6.35).

Maria, como a mãe natural de JESUS, O educou dentro dos princípios divinos que aprendera dos seus ancestrais e, crendo na profecia do anjo, “...este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o seu reino não terá fim...”( Lc 1.32,33), guardava todas as coisas no coração.

Mas qual o mandamento de Maria que ficou registrado nas páginas da Bíblia Sagrada? No casamento em Caná da Galiléia, quando o vinho acabou, a simples e importante figura materna de Maria, humildemente asseverou aos serventes “...fazei tudo quanto ele vos disser...” (Jo 2.5). Todos os Círculos Marianos deveriam pensar e repensar este pequeno e importantíssimo mandamento! Temos nós feito tudo quanto JESUS tem nos dito e orientado?

Abaixo, relacionamos, para nossa observação e reflexão, alguns versículos da Palavra de Deus que foram proferidos por JESUS:

“...vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei...” (Mt 11.28).

“...ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás...” (Mt 4.10).

“...arrependei-vos, porque é chegado o reino de Deus...” (Mt 4.17).

“...vós sois o sal da terra... vós sois a luz do mundo, ...resplandeça a vossa luz diante dos homens...” (Mt 5.13,14,16).

“...seja, porém, o vosso falar, sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do maligno...” (Mt 5.37).

“...amai os vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem...” (Mt 5.44).

“...entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela...” (Mt 7.13).

“...eu não vim chamar justos, mas pecadores...” (Mc 2.17).

“...vós deixais o mandamento de Deus e vos apegais à tradição dos homens... bem sabeis rejeitar o mandamento de Deus, para guardardes a vossa tradição...” (Mc 7.8,9).

“...este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim...” (Mc 7.6).

“...pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios...” (Mc 7.21).

“...eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo...” (Ap 3.20).

“...se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres...” (Jo 8.36).

“...eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim...” (Jo 14.6).

“...pois qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe...” (Mt 12.50).

“...vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando...” (Jo 15.14).

Devemos, como bons servos, atender ao imperativo mariano, porém, adorando a JESUS unicamente e deixando-O reinar em nossos corações!




Por: Deroci da Silva e Silva

(Fonte: MP. 1246/Dez.1990)