quarta-feira, 30 de maio de 2018

QUEM SERÁ ARREBATADO?

A VERDADE:
"Aqueles cujas lâmpadas estão acesas e brilhando na congregação em louvor e serviço, serão arrebatados no Dia do Senhor".





























A VERDADE EXPLICADA:
Nós cremos na abençoada promessa de que a Igreja será arrebatada. E tem mais. Esta é uma doutrina expressa nas Escrituras. Por essa razão nós cremos nela. A doutrina aparece em detalhes na Segunda Carta aos Tessalonicenses (4.13-18), onde vemos a Igreja sendo tomada para encontrar o Senhor JESUS nos ares. No verso 17 a palavra aparece no grego harpazo e a tradução em português é arrebatamento. O Novo Testamento Interlinear de Marshall a traduz como ser sequestrado. A tradução Saint James também diz "sequestrar, raptar". Hal Lindsay acredita que esta palavra tem realmente uma conotação literal com sequestro. Ele denomina este evento com o "grande sequestro".

Esta conotação combina com harpazo, tornando simples e excitante o conceito da inesperada transladação da Igreja. Em conexão com o quadro dramático que Paulo apresenta, podemos descobrir uma firme base escriturística para o arrebatamento (I Co 15.51-54; II Ts 2.1). Mas a questão é esta: "Quem será arrebatado"? Os que morreram em Cristo, por certo. Mas, e aqueles que estiverem vivos? A Igreja irá. Mas qual igreja? A resposta para esta questão pode não estar muito clara para efeito do arrebatamento.

Podemos ser entendidos em arrebatamento e errar na essência do Cristianismo. Podemos entender todas as características do arrebatamento e ainda assim omiti-lo. JESUS não nos chamou meramente para sermos arrebatados, porém para sermos Seus discípulos, membros vivos do Seu corpo, Sua Igreja. Estar preparado para o arrebatamento é consequência da comunhão. JESUS disse: "Nem todos os que me dizem Senhor, Senhor, entrarão no reino dos céus, mas aqueles que fazem a vontade de meu Pai que está nos céus..." (Mt 7.21).

JESUS falou de dez virgens. Cinco prudentes e cinco loucas (Mt 25.1-13). Todas dez foram convidadas para ser damas de honra no casamento de pessoas importantes. Todas compareceram com suas lâmpadas acesas para acompanhar o séquito dos noivos até o local do banquete.

Segundo parece, todas elas estavam possuídas de boas intenções. Porém somente cinco agiram prudentemente e se prepararam devidamente para tomar parte na celebração. Estas cinco, além das lâmpadas abastecidas, levavam um suprimento extra de azeite. Elas agiram assim porque sabiam que não poderiam entrar na sala do banquete sem lâmpada para alumiar o caminho. Alguns casamentos eram atrasados por detalhes de última hora que demandavam mais azeite nas luminárias do que se poderia pensar. Assim aconteceu naquele casamento. JESUS disse que o noivo demorou (verso 5).

Contudo, ele chegou tão inesperadamente que somente cinco damas estavam preparadas. As outras haviam partido em busca de azeite e enquanto o procuravam o banquete começou. As loucas (imprudentes) clamavam: "Senhor, Senhor, abre-nos a porta..." (verso 11). Mas a porta do banquete permaneceu fechada.

A lição é clara! O desejo de Deus é que tenhamos azeite em nossas lâmpadas e que elas estejam brilhando. Ninguém cuja lâmpada esteja apagada tomará parte nas Bodas do Cordeiro. Muitos ficarão de fora enquanto buscam azeite. Isto é triste, porquanto existe bastante azeite para todos. E a Escritura nos ensina como adquirir e conservar.

Primeiro, a Escritura mostra que o azeite existe e que ele é condição para o arrebatamento. Somente em real comunhão com JESUS, o óleo do Espírito Santo nos dá condição de alcançar o céu (Jo 14.1-4, 15-23; 15.1-8).

JESUS afirmou que edificaria a Sua Igreja sobre a rocha, que é Ele mesmo. Sua vida, entregue por nós no Calvário, retomada por Ele na ressurreição e derramada pelo Espírito Santo no Pentecostes, promoveria o crescimento da Igreja. Assim, a Igreja é o Seu corpo e todos os que verdadeiramente fazem parte dela são "membros do seu corpo" (Ef 5.30). Se a Igreja é o Seu corpo, então ela vive por Ele. Esta virtude da vida real de JESUS no interior do crente aflora do mesmo modo que o óleo é absorvido pelo pavio para alimentar a chama que ilumina o caminho. A vida interior deve ser manifesta para o exterior. Isto se infere das palavras de JESUS: "Por seus frutos os conhecereis..." (Mt 7.20. O fruto do crente é o que o Espírito Santo produz nele e através dele. A Escritura nos impele a crer que o candidato ao arrebatamento depende de uma mudança interior que o aproxime bastante do céu, de modo que a vida de JESUS se reflita na sua maneira de viver.

J.I. Packer enfatiza este ponto no seu livro ANDANDO NO ESPÍRITO. A única prova, diz ele, de um passado convertido é a conversão atual. Esta deve ser mostrada numa presente união com Cristo evidenciada pela comunhão com a Igreja em louvor e serviço.

Paulo parece afirmar o mesmo quando diz: "Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito..." (Gl 5.25). Como pode alguém andar no ritmo do Espírito? O melhor começo é uma conversão genuína resultante do novo nascimento (Jo 3.7) pelo Espírito de Deus. Fora do novo nascimento não há como andar nos passos do Espírito. A operação do novo nascimento pelo Espírito de Deus no nome de JESUS é essencial como ponto de partida para a vida eterna, que é outorgada a todo o que crê (Jo 3.16). O começo é este e nenhum outro.

Continuando a sua introdução, Paulo relembra: "Vós fostes reconciliados...para apresentar-vos santos, irrepreensíveis e inculpáveis perante ele. Se na verdade permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do Evangelho... (Cl 1.21-23). E inteirou: "Portanto vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, entendendo qual seja a vontade do Senhor..." (Ef 5.15-17). A vontade do Senhor é positiva, uma plenitude. O pecado é negativo, uma futilidade. Paulo continua: "Não vos embriagueis com vinho em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito Santo..." (verso 18). De que maneira?

Paulo instrui: "Falando entre vós com salmos e hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração..." (verso 19). Aqui há o claro sentido da igreja local como contexto.

O profeta escreveu: "Então aqueles que temem ao Senhor falam cada um com seu companheiro e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome. E eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei serão para mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve..." (Ml 3.16,17).

Ninguém pode andar em Espírito, alheio ao contexto de uma igreja local, da união e comunhão com os demais crentes (Sl 133).

Os cristãos não existem como casos isolados, como folhas secas espalhadas pelo campo. Mas em grupo como as uvas numa penca. As vinhas se reproduzem pelo mundo inteiro. Mas as uvas crescem agrupadas em pencas em pontos específicos da vinha. Onde há pencas a vida da vinha encontra razão de ser.

A instrução é inteligível. Esteja certo de que faz parte de uma Igreja viva, a local, visível expressão do corpo de Cristo. Sirva a JESUS neste corpo, na Igreja. Aproprie-se nos seus frutos, adquira seus dons, faça parte do seu ministério.

Aqueles cujas lâmpadas estão acesas e brilhando na congregação em louvor e serviço, serão arrebatados no Dia do Senhor.


Paul C.Guttke
(MP 1200/Abr.1987)




quarta-feira, 23 de maio de 2018

ATUAL SITUAÇÃO DA SÍRIA CUMPRE ISAIAS 17?

A VERDADE:
"Conflito insufla "fakes" na internet que levantam questões bíblicas.






























A VERDADE EXPLICADA:
As consequências do bombardeio sob as ordens do presidente Bashar al-Assad realizado no dia 18 de fevereiro foram devastadoras para os habitantes de Ghouta Oriental (região localizada ao leste e sul de Damasco). A região afetada é o último reduto dos rebeldes contra o governo sírio e o saldo do ataque é assustador: morreram mais de 600 pessoas, entre as vítimas foram contabilizadas muitas crianças. As cenas de abandono e do choro dos pequenos, veiculadas pela mídia, tem comovido o mundo inteiro.

A médica síria Amani Ballour, de 30 anos, trabalha em um hospital na cidade e afirma que a maioria dessas crianças apresenta lesões graves. "Todos os lugares estão sendo bombardeados. Hospitais, escolas, jardins de infância. Na última semana, vimos muitas cenas difíceis e dolorosas. Muitos mortos e feridos, a maioria crianças e mulheres. Todos civis. Famílias inteiras mortas sob os destroços de suas próprias casas...", descreve a médica.

A situação dos sírios que moram na região atacada está cada vez mais complicada desde que Assad e a Rússia decidiram atacar os rebeldes com armamento pesado, com baixas entre os civis também. "Desde que esta campanha brutal do regime em conjunto com a Rússia começou, todos os aspectos da vida foram suspensos em Ghouta.Não há mercados ou lojas abertos. As pessoas se escondem em abrigos sem comida. Esses abrigos não contam com suprimentos básicos...", disse Amani Ballour em entrevista ao R7.

A tragédia que se abate sobre o povo sírio remonta ao ano de 2011, quando aconteceu a Primavera Árabe que levou a população a posicionar-se contra o governo de Bashar al-Assad. A resposta do presidente veio com violência dando origem a um conflito que já dura sete anos. Os opositores do atual governo tomaram diversas cidades, porém a maioria dessas regiões já foi reconquistada pelo exército nacional depois de muitos bombardeios e mortes.

Enquanto o conflito se desenrola no Oriente Médio, o assunto tomou proporções nunca antes vistas nas redes sociais. Os internautas de orientação cristã passaram a compartilhar imagens da Bíblia Sagrada nas narrativas onde é possível identificar profecias relativas a um momento da história do país oriental em que a sua capital, Damasco, seria devastada e sem habitantes. A cidade ficaria em ruínas. 

Os internautas destacaram os versículos de Isaías capítulo 17 cujo conteúdo fala sobre a destruição da capital da Síria. "Advertência contra Damasco: Damasco deixará de ser cidade; e se tornará um monte de ruínas. Suas cidades serão abandonadas; serão entregues aos rebanhos que ali se deitarão, e ninguém os espantará. Efraim deixará de ser uma fortaleza, e Damasco uma realeza; o remanescente de Arã será como a glória dos israelitas, anuncia o Senhor dos Exércitos" (Is 17.1-3).

O capítulo 49 de Jeremias também está sendo compartilhado pelos internautas por trazer a seguinte sentença: "Damasco tornou-se frágil, ela se virou para fugir, e o pânico tomou conta dela; angústia e dor dela se apoderaram, dor como a de uma mulher em trabalho de parto. Como está abandonada a cidade famosa, a cidade da alegria! Por isso, os seus jovens cairão nas ruas e todos os seus guerreiros se calarão naquele dia, declara o Senhor dos Exércitos. Porei fogo nas muralhas de Damasco, que consumirá as fortalezas de Ben-Hadade..." (Jr 49.24-27).

O autor norte-americano Joel Rosenberg declarou que a sua incerteza de que os fatos testificam de um eventual cumprimento das profecias bíblicas. "Estamos vendo o desfecho de Damasco (...) Será esse o prelúdio para o cumprimento dessas profecias? Nós não sabemos, mas Damasco é a cidade mais antiga a ser habitada continuamente no planeta. Ela foi atacada, sitiada e conquistada, mas nunca foi completamente destruída e desabitada...", argumenta o especialista, que se lembra dos últimos dias nos quais os ataques concentraram-se em Ghouta Oriental.

Não satisfeitos com as publicações das profecias e Isaías e Jeremias, os defensores do "cumprimento" dos vaticínios chegaram a publicar um trecho do livro do profeta Ezequiel na qual insistem que a guerra na Síria é cumprimento do texto, principalmente o acordo com a Rússia e uma possível coligação entre Síria, Rússia e Irã contra Israel.

"O profeta Ezequiel escreveu há 2500 anos que, nos últimos dias da História, a Rússia e o Irã vão formar uma aliança militar para atacar Israel a partir do norte...", diz um dos expositores. Essa união a que se referem os defensores da tese pode ser encontrada em Ezequiel 38 e 39 sobre a Guerra de Gogue e Magogue.

Apologistas desmascaram interpretações equivocadas das profecias
Apesar da euforia causada pelas "interpretações" e a divulgação de notícias de conteúdo "apocalíptico", eruditos versados na cultura e na interpretação bíblica não somente discordaram, mas indicaram a realidade descrita nas páginas da Bíblia. Apologistas dizem acreditar que tanto Isaías quanto Ezequiel se reportaram a um acontecimento trágico ocorrido na antiga cidade: o ataque do exército assírio contra Damasco no ano 732 a.C.

A explicação é de autoria do conhecido pastor norte-americano Hank Hanegraaf, autor de vários livros publicados no Brasil, e apresentador do programa de rádio "Bible Answer Man", onde dúvidas sobre a Bíblia são esclarecidas. Questionado por um ouvinte acerca do texto de Isaías capítulo 17, o teólogo foi enfático: "Usar essa passagem de Isaías para explicar o que está acontecendo atualmente na Síria é um bom exemplo de 'escatologia de imprensa'. É uma vergonha os pastores fazerem isso. Ou eles não conhecem a Palavra de Deus ou querem promover o sensacionalismo e sofismas..."

O apologista e pastor Ciro Sanches Zibordi corrobora com o pastor Hanegraaf, e concorda que ambas as profecias já se cumpriram em um passado remoto no qual muito sangue foi derramado neste conturbado período. "Podemos ver no livro ISAÍAS O PROFETA MESSIÂNICO, de autoria do erudito norte-americano Stanley Horton, que a profecia não seria para estes dias e nem para o futuro, uma vez que o vaticínio já foi cumprido no passado. Agora, devemos ter cuidado em observar o conteúdo das profecias, pois muitas delas trazem um cumprimento parcial e depois, no devido tempo, a sua completude; vamos citar o exemplo de JESUS que leu uma passagem do profeta Isaías capítulo 61, mas evitou ler o restante da narrativa por se tratar de uma profecia que ainda vai se cumprir no futuro, no tocante à tribulação que vai se abater sobre o mundo. Esta perícope encontra-se em Lucas capítulo 4...", explica Zibordi.


(MP 1595/Abr.2018)



quarta-feira, 9 de maio de 2018

VIRGINDADE É TABU?

A VERDADE:
"Do Gênesis ao Apocalipse, a humanidade é exortada a observar a santidade do sexo. Os jovens, por conseguinte, devem chegar virgens ao matrimônio. Na maioria das culturas, apenas as mulheres tem obrigação de se preservar para seu futuro cônjuge. Ante o Senhor, porém todos temos os mesmos direitos e deveres".






















A VERDADE EXPLICADA:
Valquíria é uma linda jovem de 19 anos. Sua aparência, sem quaisquer exageros, é quase angelical. Na faculdade, quase todos a conhecem. Com os seus cabelos loiros, olhos verdes e, um porte mais que gracioso, destaca-se das demais moças. Mas, ela não possui só beleza. Sua inteligência e aplicação conquistaram-lhe um dos primeiros lugares da turma. Tivessem muitas jovens a metade de seus atributos, encher-se-iam de orgulho. Valquíria, porém é toda simplicidade.

Crente fiel, não envergonha-se de suas origens evangélicas. Havendo oportunidade, ei-lá a falar do amor de JESUS. Em virtude de seu maravilhoso testemunho, vários de seus colegas já aceitaram a JESUS. A maioria de suas amigas, entretanto, não consegue entender, como "uma moça tão bonita e tão cheia de vida, ainda conserva-se virgem!" De vez em quando, com ares de incredulidade e espanto, pergunta-lhe alguma colega: "Valquíria, é verdade que você ainda é virgem?" Ela não se perturba. Serenamente, responde: "Sou virgem, sim!"

Este ano, Valquíria conclui o curso de Assistência Social. No próximo, estará se casando com Leonardo, um jovem médico de 26 anos. O objetivo de ambos é um só: Missões" Eles, a propósito, já foram comissionados por uma missão inglesa, para atuarem no Senegal. Tendo em vista seus elevados ideais, Valquíria não incomoda-se com as incompreensões e escárnios dos colegas.

Como nos dias de Noé
À semelhança de Valquíria, muitas jovens evangélicas estão a sofrer o mesmo tipo de pressão. Por causa de sua vida santa, são incompreendidas e escarnecidas. O mundo não as compreende, porque elas representam um protesto, ainda que mudo, contra a licenciosidade do presente século. O mundo as escarnece, porque a sua presença muito o incomoda. O mundo é todo trevas; elas, a mesma luz.

Compradas e remidas pelo sangue do Cordeiro, essas bravas e destemidas servas de Deus relevam as incompreensões e ignoram os escárnios. Onde elas encontram tanta força? Na Palavra de Deus! A Bíblia condena a prostituição, mas coroa de benignidade a todos os santos; execra a impureza, mas renova a força dos que esperam em Deus; brada contra a lascívia, mas galardoa os limpos de coração; clama contra a concupiscência, mas livra os justos da inundação da ira vindoura.

O dilúvio sobreveio à Terra por causa da incontinência sexual da humanidade: "E aconteceu que, como os homens se começaram a multiplicar sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas; viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. E viu Deus a terra. e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra. Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra..." (Gn 6.1,2,12,13).

Nessa remotíssima era, a castidade já era considerada algo ultrapassado. O casamento já havia perdido os seus sagrados vínculos e a razão de ser: não passava de mera experiência sexual. Levianamente, casavam-se; com a mesma leviandade, davam-se em casamento. Os jovens viviam para a luxúria; existiam apenas para contrariar a vontade de Deus. Sua vida era o mesmo pecado!

As moças pouca importância davam à virgindade. Entregavam-se, sem qualquer relutância, aos mais desenfreados apetites carnais. Zombavam do piedoso Noé; vituperavam-lhe a pregação. Não possuíam quaisquer noções de recato ou decência, pureza ou dignidade. Como as jovens atuais são-lhe semelhantes! Assemelham-se em tudo; em tudo, são iguais, mas tão diferentes de nossa Valquíria!

Estamos a reviver, atualmente, os dias que antecederam o grande cataclismo: "Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem..." (Mt 24.37-39).

Uma desgraça chamada Revolução Sexual
Com a Revolução Sexual, a virgindade passou a ser considerada incômodo tabu. Dizendo-se protegidas pelos modernos métodos contraceptivos, as jovens lançaram-se à prostituição. O sexo tornou-se o único alvo da juventude deste século. O mundo, parecia, estava erotizado.

Na ocasião, escreveu o psicólogo Gastão Pereira da Silva: "Hoje, tudo está saturado de sexo: os anúncios, os produtos de beleza, a dietética, os remédios, o vestuário, as bebidas, os filmes, as novelas, os programas de televisão, os slogans, os sabonetes, as peças de teatro (nestas o palavrão é o chamariz...) -- tudo enfim que se vê, que se ouve, que se lê é um convite ao sexo". Há algum tempo, era vergonha para uma moça solteira não ser virgem. Hoje, as moças de todos os círculos e camadas sociais -- aqui mais, ali menos, aqui mais declaradamente, ali mais obscuramente  -- parecem desenvolver a ideia de que é vergonhoso ser ainda virgem com 18, 20 e 22 anos.

Chegou a lassidão moral a tal ponto na Suécia, que o governo resolveu armar um esquema especial para educar sexualmente os jovens. Nessa nação nórdica, escreve Irving Wallace, as meninas de dez anos já sabem o suficiente para ter uma vida eroticamente ativa. Os suecos, entretanto, estão enfrentando muitas dificuldades, em consequência de seu extremo liberalismo. O número de mães solteiras cresce de ano para ano. Nos orfanatos, aumenta o coral das crianças que jamais conhecerão seus pais. As autoridades, enquanto isso, dispendem milhões de dólares para manter essa multidão de infelizes.

Foi nessa época que a inglesa Mary Quant lançou a minissaia. Em entrevista ao Manchester Guardian, declarou Quant: "A mulher deve mostrar o seu corpo, pois a moda assim o exige". Essa lasciva indumentária mostra-nos, claramente, ser o diabo o grande causador da avalanche erótica de nosso século. O grande objetivo do maligno, como sabemos, é inverter todas as coisas estabelecidas pelo Senhor. Como, pois, deixaria o tentador de atentar contra nossas vestimentas?

O que a Bíblia diz acerca da virgindade
Praticado fora do casamento, o sexo constitui-se no quebrantamento da lei de Deus. No Decálogo, ordenou o Senhor: "Não adulterarás..." O Espírito Santos diz-nos expressamente na Carta aos Hebreus: "Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros..." (Hb 13.4). No último livro da Bíblia, alerta-nos João: "Fora ficarão os cães, os feiticeiros, os adúlteros e os fornicários..." (Ap 22.14)

Do Gênesis ao Apocalipse, a humanidade é exortada a observar a santidade do sexo. Os jovens, por conseguinte, devem chegar virgens ao matrimônio. Na maioria das culturas, apenas as mulheres tem obrigação de se preservar para seu futuro cônjuge. Ante o Senhor, porém todos temos os mesmos direitos e deveres.

Consequências das relações pré-maritais
Defendem alguns humanistas serem as relações sexuais antes do casamento vitais para a sobrevivência do casal. Os jovens, argumentam, precisam se conhecer melhor, antes de assumirem as enormes responsabilidades do matrimônio. Essa filosofia, contudo, não passa de artimanha maligna para acabar com a estabilidade de nossa sociedade.

O sexo pré-nupcial tem-se mostrado nocivo e até fatal para o convívio dos cônjuges. A concupiscência, aliás, jamais trouxe quaisquer benefícios ao ser humano. somente uma vida de santidade pode gerar bênçãos e felicidade.

Em primeiro lugar, é falsa a premissa de que o relacionamento pré-marital proporciona maturidade conjugal. Esta só pode ser alcançada através do convívio e experiências, nem sempre agradáveis. As relações sexuais antes do casamento só produzem medo, desconfiança, maldição e instabilidade.

A jovem que se entrega ao namorado ou ao noivo, não desfrutará, mais tarde, da total confiança do esposo. Induzido por uma lógica nem sempre coerente, pensará o marido: "Se ela entregou-se a mim com tanta facilidade, o mesmo fará com outros homens". A mulher, também, será levada a pensar do esposo: "Será que ele continua tão incontrolável quanto antes?"

Essa desconfiança só pode ser vencida com a ajuda do Espírito santo. Há muitos casais que, não obstante suas faltas cometidas no passado, hoje, vivem em harmonia, pois confessaram seus pecados e rogaram as misericórdias do Senhor. Mas, se não houver um concerto, a situação só tende a piorar.

Esses ensaios pré-maritais acarretam sérias consequências às moças. Se a experiência for considerada negativa pelo rapaz, ele simplesmente abandona sua namorada ou noiva que, muitas vezes, além da solidão, é obrigada a assumir a responsabilidade por uma gravidez não desejada. Essas pobres jovens, via de regra, recorrem ao aborto e tornam-se pessoas inseguras e margas.

Vale a pena ser fiel a Deus
Portanto, jovem cristã, observe os mandamentos do Senhor. Ainda que o nosso mundo esteja transtornado com tanto pecado, conserve-se pura. Não tenha vergonha de ser virgem. Não se importe com o que as outras moças pensem ou digam de você. Não tenha vergonha de ser você mesma. Mostre-lhes o seu valor e exponha-lhes sua fé. Este século jaz no maligno. Entretanto, como filhos do Rei, devemos viver com sobriedade e temor.

Jovem cristã, vale a pena ser fiel a Deus!

Faça como Valquíria. Quando alguém perguntar-lhe se você ainda é virgem, responda com firmeza e tranquilidade: "Sou virgem, sim!" Afinal de contas, quem disse que virgindade é tabu?


CLAUDIONOR DE ANDRADE
(J.Cristão 25/Abr.1987)



quarta-feira, 2 de maio de 2018

QUANDO O MEDO BATE À PORTA.

A VERDADE:
"...medo é que ele rasteja nos recônditos e nossa mente, debaixo da superfície de nossos pensamentos, e sai do esconderijo de vez em quando para nos atormentar e nos lembrar de que ele existe".





















A VERDADE EXPLICADA:
A maçaneta da porta da frente chacoalhava com um som ameaçador. Eu e minha irmã mais nova tentávamos nos esconder atrás do sofá da sala; o coração pulsando forte, o corpo retesado. A maçaneta chacoalhou novamente, enquanto nosso vizinho tentava arrombar a porta. Estávamos em casa sozinhas! Não havia nenhuma tranca mais forte, e a maçaneta era daquele modelo simples com apenas um pequeno botão do lado de dentro, que a mantinha travada. O homem empurrou o joelho contra a porta, mas a maçaneta suportou o esforço. Sentindo-se derrotado, ele retornou para sua caminhonete e deu ré pela longa entrada da garagem enquanto nós observávamos, tremendo, enfraquecidas pelo medo.

Medo. Todos já tiveram essa sensação, a menos que você seja meu amigo, Bill. Corria um boato de que ele nunca havia sentido medo. Eu achava difícil acreditar nisso, porque sempre fui uma garota medrosa. Então, decidi escrever uma carta para o Bill e checar se o boato era verdadeiro. Agora, ele tem 76 anos, mas, quando jovem, serviu como piloto missionário entre os esquimós nas planícies nevadas do Canadá. Ele respondeu à minha carta:

"Realmente não me lembro de algum dia ter sentido medo. Já estive sobressaltado, e houve situações em que não tinha certeza de como as circunstâncias iriam se desenrolar - quer fosse voando ou quando tive de passar dois verões num barco na baía Hudson rebocando suprimentos para a missão. Naquela vez, o clima ficou muito tempestuoso e não havia como prever o que aconteceria. Mas, mesmo quando jovem, não me lembro de ter sentido medo"

Obviamente, Bill é uma exceção. A maioria das pessoas sente medo. A prova disso é a ordenança mais frequente na Bíblia: "Não temas...!" O medo não é necessariamente ruim; é uma sensação criada por Deus para garantir nossa sobrevivência, para nos impedir de saltar na frente de um carro em movimento ou pegar uma cobra venenosa. A reação de "fugir ou lutar" que temos diante de uma situação perigosa é uma maneira de o Senhor nos ajudar a reagir ao perigo. Substâncias liberadas em nossa corrente sanguínea nos capacitam a lutar para defender a vida ou fugir em busca de segurança.

Entretanto, nem sempre o medo está relacionado com a sobrevivência. Existem tipos nocivos de medo que nos limitam e debilitam; que, em vez de nos ajudarem a sobreviver, nos aprisionam. Esse tipo de medo, às vezes, é chamado de fobia -- "um medo intenso e persistente que não está baseado em nenhuma sensação racional de perigo iminente e previne o envolvimento em atividades que podem estimulá-lo".  Estive às voltas com esse tipo de medo nocivo pouco depois que nossa filha mais nova, Patrícia, nasceu. Pelo fato de não termos planejado a gravidez, imediatamente comecei a procurar motivos de Deus nos ter enviado outro bebê. E os encontrei bem rápido! Ela parecia muito com nossa filha mais velha, Reesha, quando pequena. Então pensei um pouco e cheguei a uma conclusão errônea: Patrícia havia nascido para substituir Reesha, pois ela iria morrer!

Meu medo começou como um pensamento simples -- Por acaso... Será que... -- e cresceu à medida que eu lhe dava mais espaço na mente. Espiritualizar a situação deixou o sentimento ainda mais forte: "Será que Deus está me dizendo isso?" Um medo irracional cresceu dentro de mim como um tumor e comecei uma vigília incessante -- não apenas para com Reesha, mas também, com Patrícia, esforçando-me para prever e evitar qualquer acidente. E o pior, não compartilhei o que eu estava passando com ninguém.

Uma característica desse tipo de medo é que ele rasteja nos recônditos de nossa mente, debaixo da superfície de nossos pensamentos, e sai do esconderijo de vez em quando para nos atormentar e nos lembrar de que ele existe. E então torna a se esconder, pois não deseja ficar exposto muito tempo.

Como podemos nos livrar desse medo paralisante? A seguir, apresento algumas sugestões.

1. Descubra a afirmação falsa por trás da verdade.
Você se lembra daquelas questões de "verdadeiro ou falso" que respondia nos tempos de escola? Elas eram capciosas, porque sempre havia uma parte da verdade incluída na pergunta. Essa foi a estratégia da serpente com Eva. O diabo começou inquirindo: "É assim que Deus disse...", e então deturpou as palavras de Deus, misturando porções da verdade com suas mentiras para enganar a mulher. 

Em seu livro Help Yourself to a Healthy Mind (Desenvolva uma mente saudável), meu cunhado, LeRoy Dugan, apresenta uma estratégia simples que pode nos ajudar a discernir pensamentos falsos. Escreva ou fale sobre seu medo, começando cada frase assim: "O Pai celeste me disse..." Por exemplo, se você tem muito medo de estar com câncer, diga: "O Pai celeste me disse que vou morrer de câncer", ou então: "O Pai celeste me disse que meu filho irá falecer em um acidente de carro", ou ainda: "O Pai celeste me disse que estou ficando louco". Agora, pense: por acaso nosso Deus amoroso nos atormentaria com tais pensamentos? Você, como pai ou mãe amoroso que é, alguma vez disse algo assim para seus filhos? Traga seus medo à luz espiritual do amor de Deus. Os pensamentos falsos serão revelado facilmente.

2. Substitua os pensamentos falsos pela verdade.
Se há uma afirmação falsa, o oposto dela também tem de existir. Empregue a mesma estratégia do item anterior e complete a frase com alguma verdade presente na Palavra de Deus. "O Pai celeste me disse que (não estou morrendo de câncer, mas sim que) para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro". (Fp 1.21). É necessário mencionar que, se você receia estar doente, consulte um médico. Devemos ser bons mordomos de nosso corpo e nem sempre a solução será "espiritual". Por exemplo, quando perguntei à minha mãe se ela tinha alguma experiência relacionada ao medo para compartilhar comigo, ela disse que, quando criança, tinha muito receio de usar o banheiro durante a noite, pois ele ficava fora de casa. "Mas isso", acrescentou ela, "podia ser resolvido facilmente levando uma lanterna!" Você tem medo de ficar louco? Então afirme: "O Pai celeste me disse que não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação" (II Tm 1.7). Procure verdades nas Escrituras a respeito daquilo que você teme.

3. Compartilhe seus temores com alguém em quem confia.
Creio que esse é o passo mais importante. Trazer seus temores à luz os deixa expostos, e contar seu problema a outra pessoa anula o poder do medo. Foi exatamente o que eu fiz. Após guardar por muito tempo o medo de perder minha filha, Reesha, por fim reuni coragem e contei tudo ao meu marido. Não foi algo fácil. O diabo lutou contra a revelação de nosso medo, porque sabe que a verdade fará com que ele perca o controle sobre nós. Satanás tenta nos impedir de contar a outros sobre nosso medo, afirmando que as pessoas vão pensar que somos tolos. Não dê ouvidos ao diabo! Meu marido me ajudou a perceber que meu temor era totalmente contrário ao caráter de Deus Aquela verdade me libertou e eu fiquei tão aliviada que desejei compartilhar minha experiência. Talvez alguém mais estivesse passando pelo mesmo problema. O primeiro aniversário de Patrícia estava se aproximando e decidi contar meu testemunho durante a festa. Pouco depois uma das convidadas me confessou que estava  sentindo o mesmo com relação à sua filha. Naquela noite celebramos uma segunda vez, agora pela libertação de minha amiga de seus temores que eu e meu marido oramos por ela. Em quem você confia? Conte a essa pessoa sobre seu medo e seja liberto.

4. Rejeite a mentira
Essa deve ser uma atitude deliberada e consciente de sua parte. Ore da seguinte maneira: "Em Nome de JESUS, rejeito essa mentira, pois é contrária ao caráter de Deus e escolho crer na verdade".

Nossos pensamentos errôneos não vão nos abandonar facilmente. Talvez o mau hábito de cultivar  ideias erradas seja antigo, mas podemos substituí-lo com persistência. Devemos rejeitá-las sempre que se manifestarem: hoje, amanhã e sempre. Isso exige disciplina, mas, quando fazemos nossa parte, Deus faz a d'Ele. II Coríntios (10.4,5), afirma: "As armas com as quais lutamos não são humanas; ao contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo". (NVI)

Imagine uma gaiola imensa no céu onde Deus lança todos os falsos pensamentos que lhe entregamos. Ele é o único que tem as chaves do cadeado! A nós cabe entregar-lhe qualquer temor -- que na verdade são mentiras. Ao levarmos a Deus as mentiras nas quais temos acreditado, frustramos o plano de satanás. Isso nos liberta da prisão que o medo constrói! Você não deseja entregar seus temores a Deus agora mesmo?

O tempo provou que o medo que eu sentia de perder minha filha estava baseado em uma mentira. Reesha e Patrícia cresceram e se tornaram belas mulheres. E elas, por sua vez, estão aprendendo a lidar com o medo em sua própria experiência. Em vários períodos de minha vida, novos temores surgiram e tive de enfrentá-los com base nessas mesmas diretrizes.

Ao longo de toda nossa existência às vezes o medo baterá à porta -- como meu vizinho ameaçador -- mas, se seguirmos estas instruções simples, sempre conseguiremos manter a porta bem trancada.


NEDRA DUGAN
(M.da Cruz 149/Abr.2010)