quarta-feira, 30 de maio de 2018

QUEM SERÁ ARREBATADO?

A VERDADE:
"Aqueles cujas lâmpadas estão acesas e brilhando na congregação em louvor e serviço, serão arrebatados no Dia do Senhor".





























A VERDADE EXPLICADA:
Nós cremos na abençoada promessa de que a Igreja será arrebatada. E tem mais. Esta é uma doutrina expressa nas Escrituras. Por essa razão nós cremos nela. A doutrina aparece em detalhes na Segunda Carta aos Tessalonicenses (4.13-18), onde vemos a Igreja sendo tomada para encontrar o Senhor JESUS nos ares. No verso 17 a palavra aparece no grego harpazo e a tradução em português é arrebatamento. O Novo Testamento Interlinear de Marshall a traduz como ser sequestrado. A tradução Saint James também diz "sequestrar, raptar". Hal Lindsay acredita que esta palavra tem realmente uma conotação literal com sequestro. Ele denomina este evento com o "grande sequestro".

Esta conotação combina com harpazo, tornando simples e excitante o conceito da inesperada transladação da Igreja. Em conexão com o quadro dramático que Paulo apresenta, podemos descobrir uma firme base escriturística para o arrebatamento (I Co 15.51-54; II Ts 2.1). Mas a questão é esta: "Quem será arrebatado"? Os que morreram em Cristo, por certo. Mas, e aqueles que estiverem vivos? A Igreja irá. Mas qual igreja? A resposta para esta questão pode não estar muito clara para efeito do arrebatamento.

Podemos ser entendidos em arrebatamento e errar na essência do Cristianismo. Podemos entender todas as características do arrebatamento e ainda assim omiti-lo. JESUS não nos chamou meramente para sermos arrebatados, porém para sermos Seus discípulos, membros vivos do Seu corpo, Sua Igreja. Estar preparado para o arrebatamento é consequência da comunhão. JESUS disse: "Nem todos os que me dizem Senhor, Senhor, entrarão no reino dos céus, mas aqueles que fazem a vontade de meu Pai que está nos céus..." (Mt 7.21).

JESUS falou de dez virgens. Cinco prudentes e cinco loucas (Mt 25.1-13). Todas dez foram convidadas para ser damas de honra no casamento de pessoas importantes. Todas compareceram com suas lâmpadas acesas para acompanhar o séquito dos noivos até o local do banquete.

Segundo parece, todas elas estavam possuídas de boas intenções. Porém somente cinco agiram prudentemente e se prepararam devidamente para tomar parte na celebração. Estas cinco, além das lâmpadas abastecidas, levavam um suprimento extra de azeite. Elas agiram assim porque sabiam que não poderiam entrar na sala do banquete sem lâmpada para alumiar o caminho. Alguns casamentos eram atrasados por detalhes de última hora que demandavam mais azeite nas luminárias do que se poderia pensar. Assim aconteceu naquele casamento. JESUS disse que o noivo demorou (verso 5).

Contudo, ele chegou tão inesperadamente que somente cinco damas estavam preparadas. As outras haviam partido em busca de azeite e enquanto o procuravam o banquete começou. As loucas (imprudentes) clamavam: "Senhor, Senhor, abre-nos a porta..." (verso 11). Mas a porta do banquete permaneceu fechada.

A lição é clara! O desejo de Deus é que tenhamos azeite em nossas lâmpadas e que elas estejam brilhando. Ninguém cuja lâmpada esteja apagada tomará parte nas Bodas do Cordeiro. Muitos ficarão de fora enquanto buscam azeite. Isto é triste, porquanto existe bastante azeite para todos. E a Escritura nos ensina como adquirir e conservar.

Primeiro, a Escritura mostra que o azeite existe e que ele é condição para o arrebatamento. Somente em real comunhão com JESUS, o óleo do Espírito Santo nos dá condição de alcançar o céu (Jo 14.1-4, 15-23; 15.1-8).

JESUS afirmou que edificaria a Sua Igreja sobre a rocha, que é Ele mesmo. Sua vida, entregue por nós no Calvário, retomada por Ele na ressurreição e derramada pelo Espírito Santo no Pentecostes, promoveria o crescimento da Igreja. Assim, a Igreja é o Seu corpo e todos os que verdadeiramente fazem parte dela são "membros do seu corpo" (Ef 5.30). Se a Igreja é o Seu corpo, então ela vive por Ele. Esta virtude da vida real de JESUS no interior do crente aflora do mesmo modo que o óleo é absorvido pelo pavio para alimentar a chama que ilumina o caminho. A vida interior deve ser manifesta para o exterior. Isto se infere das palavras de JESUS: "Por seus frutos os conhecereis..." (Mt 7.20. O fruto do crente é o que o Espírito Santo produz nele e através dele. A Escritura nos impele a crer que o candidato ao arrebatamento depende de uma mudança interior que o aproxime bastante do céu, de modo que a vida de JESUS se reflita na sua maneira de viver.

J.I. Packer enfatiza este ponto no seu livro ANDANDO NO ESPÍRITO. A única prova, diz ele, de um passado convertido é a conversão atual. Esta deve ser mostrada numa presente união com Cristo evidenciada pela comunhão com a Igreja em louvor e serviço.

Paulo parece afirmar o mesmo quando diz: "Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito..." (Gl 5.25). Como pode alguém andar no ritmo do Espírito? O melhor começo é uma conversão genuína resultante do novo nascimento (Jo 3.7) pelo Espírito de Deus. Fora do novo nascimento não há como andar nos passos do Espírito. A operação do novo nascimento pelo Espírito de Deus no nome de JESUS é essencial como ponto de partida para a vida eterna, que é outorgada a todo o que crê (Jo 3.16). O começo é este e nenhum outro.

Continuando a sua introdução, Paulo relembra: "Vós fostes reconciliados...para apresentar-vos santos, irrepreensíveis e inculpáveis perante ele. Se na verdade permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do Evangelho... (Cl 1.21-23). E inteirou: "Portanto vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, entendendo qual seja a vontade do Senhor..." (Ef 5.15-17). A vontade do Senhor é positiva, uma plenitude. O pecado é negativo, uma futilidade. Paulo continua: "Não vos embriagueis com vinho em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito Santo..." (verso 18). De que maneira?

Paulo instrui: "Falando entre vós com salmos e hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração..." (verso 19). Aqui há o claro sentido da igreja local como contexto.

O profeta escreveu: "Então aqueles que temem ao Senhor falam cada um com seu companheiro e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome. E eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei serão para mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve..." (Ml 3.16,17).

Ninguém pode andar em Espírito, alheio ao contexto de uma igreja local, da união e comunhão com os demais crentes (Sl 133).

Os cristãos não existem como casos isolados, como folhas secas espalhadas pelo campo. Mas em grupo como as uvas numa penca. As vinhas se reproduzem pelo mundo inteiro. Mas as uvas crescem agrupadas em pencas em pontos específicos da vinha. Onde há pencas a vida da vinha encontra razão de ser.

A instrução é inteligível. Esteja certo de que faz parte de uma Igreja viva, a local, visível expressão do corpo de Cristo. Sirva a JESUS neste corpo, na Igreja. Aproprie-se nos seus frutos, adquira seus dons, faça parte do seu ministério.

Aqueles cujas lâmpadas estão acesas e brilhando na congregação em louvor e serviço, serão arrebatados no Dia do Senhor.


Paul C.Guttke
(MP 1200/Abr.1987)




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