domingo, 30 de abril de 2023

MALES DO PRECONCEITO E DA DISCRIMINAÇÃO

A VERDADE:

"Apesar dos efeitos deletérios do pecado (Gn 3.14-24), das suas consequências danosas no mundo antediluviano (Gn 6.1-12) e da hecatombe resultante da ira e do juízo divino (Gn 7.10-24), o texto bíblico mostra claramente que o Criador não desistiu da humanidade (Gn 8.21,22 cf. 3.15; Jo 3.16). Paradoxalmente, Deus ‘procurou’ alguém através da qual daria sequência à raça humana (Gn 6.13-7.9; 9.1-17) e, posteriormente, retirou um dos frequentadores de um panteão caldeu para, a partir deste, abençoar o mundo inteiro (Gn 12.1-3). Nisso fica explicitamente claro que o Criador não compactua e muito menos condescende com a abjeta prática de se fazer acepção de pessoas, discriminação".


A VERDADE EXPLICADA:

Apesar de a chamada “teologia da retribuição” defender uma espécie de “etnia religiosa” a partir de Israel, o propósito divino é diametralmente oposto, pois, desde o início da formação e a libertação dos descendentes de Abraão, Deus planejou que esse povo fosse sacerdotal, isto é, mediador e canal através de quem o Criador estenderia Sua bênção a todas as nações (Ex 19.6). Assim, a despeito das acusações de que a Lei era humana, ao observá-la melhor, é possível verificar que ela é infinitamente superior aos demais códigos legislativos do mundo antigo (Lv 19.9-18; Dt 23.7,8). E era justamente esse o propósito da Lei, formar um povo cujo exemplo inspiraria os demais a quererem ser como Israel (Dt 4.5-8).

A Bíblia condena, por exemplo, todas e quaisquer práticas que atentem contra a dignidade intrínseca da pessoa (Is 47.3; Ml 2.9; Cl 3.25; I Pe 1.17). Em outras palavras, a pessoa não vale pelo que tem ou possui, e sim pelo simples fato de existir (Dt 10.17; 16.19; II Cr 19.7; Jó 34.19; Lc 12.15; At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9). Veja, por exemplo, Tiago (2.1,9) que condena explicitamente o fazer acepção de pessoas. O Dicionário Vine esclarece, acerca do primeiro versículo, que o substantivo grego “prosopolempsia” (...) denota ‘respeito ou acepção de pessoas, parcialidade’, ou seja, favorecimento no tratamento dispensado a pessoas influentes, poderosas, ricas, etc..., a falha de alguém que, quando responsável em dar julgamento, tem respeito à posição, classe, popularidade ou circunstâncias dos homens, em vez das suas condições intrínsecas, preferindo os tipos e poderosos aos que não o são. No caso do versículo nove de Tiago capítulo dois, a mesma obra afirma que o verbo grego prosopolemptéo refere-se a “ter respeito de pessoas, fazer acepção de pessoas”, ou seja, tratar as pessoas com desigualdade, favorecendo os ricos, os poderosos, etc. (pg.368).

Desnecessário seria dizer que ambos os textos condenam tanto o preconceito quanto a discriminação, pois tais práticas aviltam a dignidade humana denotada na antropologia bíblica que diz que a humanidade foi feita “à semelhança de Deus” (Tg 3.9 cf. Gn 1.26). Independentemente das exegeses e das intermináveis discussões em torno do que seja essa “imagem e semelhança de Deus” na humanidade, é preciso entender que o fato da encarnação do Verbo (JESUS) é suficiente para dignificar a raça humana (Mt 1.23; Jo 1.1-14). Na pequena e singela carta de Paulo aos Filipenses, especificamente no hino cristológico (2.6-11), encontra-se um grande leitmotiv da Bíblia que é a reflexão antropológica. Talvez pela forma extremamente natural e despretensiosa em que é colocada, passa despercebido à maioria dos leitores que nessa escritura situa-se uma das melhores definições da antropologia bíblica: o homem é servo. Ao descobrir-se servo o homem deveria fazer o que lhe é próprio, pois Deus tornou-Se servo e, achado nessa forma, “humilhou-Se”! A humilhação não foi o ter se tornado servo, ou seja, humano, mas a morte ignominiosa de cruz. O pensamento de que a encarnação divina ou que o ter Se tornado humano seja algo humilhante, é proveniente de resíduos filosóficos do neoplatonismo, gnosticismo e maniqueísmo que ainda são muito fortes e condicionantes na teologia cristã.

Dessa forma, se por um lado, tal “alteridade” pode ser considerada um “rebaixamento” do divino, por outro, da ótica e perspectiva humanas, ela elevou e dignificou a humanidade, pois Deus escolheu viver entre nós exatamente como nos criou. Esse decisivo e mais importante acontecimento da história humana deveria ser a única resposta ao preconceito e à discriminação. Se o próprio Deus sujeitou-Se à forma humana dignificando-a, será que há desculpa para alguém estabelecer uma distinção negativa entre seus semelhantes por questões relacionadas à etnia, língua, cor, sexo, religião, ideologia ou quaisquer outros fatores? Penso que não. Todavia, por mais absurdo que pareça, vez por outra se ouve alguma coisa desagradável relacionada a tais práticas.

Nos últimos dias a mídia tem ventilado exaustivamente notícias acerca de preconceito e discriminação envolvendo pessoas ligadas ao esporte. Independentemente de quem seja alvo desse tipo de atitude, o fato é que preconceito e discriminação são práticas nocivas e reprováveis que revelam o quanto ainda estamos longe de sermos civilizados e/ou humanizados. Mesmo que não houvesse uma única objeção legislativa condenando a prática e tornando-a crime, ainda assim, espera-se das pessoas que sejam solidárias e não discriminadoras e preconceituosas. Triste, porém, é saber que infelizmente as coisas não são assim. Daí o porquê de a necessidade da criação de determinadas leis com vista a coibir esses abusos.

Um dos casos mais emblemáticos envolve uma torcedora de um determinado time do Rio Grande do Sul que vem sendo hostilizada e perseguida. Tal se deu após ela ter sua imagem divulgada na televisão no momento em que, juntamente com milhares de outros torcedores, insultava um goleiro. Através da própria mídia ela já pediu perdão diversas vezes, mas tudo indica que sua trajetória não será nada fácil e demorará muito para que seu ato seja esquecido. Se há alguns anos dirigir-se a pessoas negras com adjetivos nada elegantes, seja em programas humorísticos ou informalmente, nada rendia, hoje isso não se tolera. Acredito que nesse aspecto avançamos, pois ninguém deve suportar provocações por conta de sua cor de pele ou mesmo por qualquer outra característica.

Aqui, porém, cabe uma reflexão, e também uma advertência, acerca dos cuidados que se deve ter com o estranho comportamento humano em meio à multidão. Em sua obra Psicologia das Multidões, o médico e sociólogo francês Gustav Le Bom afirma que na “multidão, o exagero de um sentimento é fortalecido pelo fato de que, propagando-se muito rapidamente mediante sugestão e contágio, a aprovação de que se torna objeto aumenta sua força consideravelmente”. (pg. 51). Segue-se ou some-se a isto o fato de que, em meio à multidão, a “certeza de impunidade, tanto mais forte quanto mais numerosa for a multidão, e a noção de um poder momentâneo considerável devido ao número tornam possíveis para a coletividade sentimentos e atos impossíveis para o indivíduo isolado” (pg.52).

Assim, lembrando das muitas injustiças cometidas por indivíduos que, em meio a uma coletividade sem cérebro e insuflada por manipuladores (até mesmo religiosos, vide Lc 22.66-23.25) fazem coisas inimagináveis, penso que esse é um bom momento para se refletir acerca dos cuidados que precisamos tomar quando estamos em grupo. Por outro lado, é preciso advertir igualmente os formadores de opinião, pois estes também devem ser responsabilizados pelos atos que incentivam as pessoas a fazer. Isso porque, como diz Le Bom, os “crimes das multidões geralmente decorrem de uma poderosa sugestão, e os indivíduos que deles tomam parte convencem-se em seguida de ter cumprido um dever” (pg. 151).

Algo muito parecido disse JESUS Cristo em relação aos que passariam a perseguir os Seus seguidores (Jo 16.2). Que tenhamos cuidado com nossa influência.



Por: CÉSAR MOISÉS CARVALHO

(Fonte: MP.1554/Nov.2014)

sábado, 22 de abril de 2023

IRMÃOS, PRIMOS OU DISCÍPULOS DE JESUS?

 A VERDADE:

"Os irmão de JESUS não podem ser os filhos de Alfeu, que eram discípulos do Senhor, pois a Bíblia afirma que Seus irmãos inicialmente não criam n’Ele (Jo 7.3,5), não faziam parte do grupo de Seus discípulos e chegaram mesmo a se oporem ao Seu ministério (Mc 3.21)".


A VERDADE EXPLICADA:

A Bíblia é a nossa fonte de revelação e sabedoria e não podemos ir além do que está escrito, qualquer que seja o assunto a ser discutido (I Co 4.6). Os irmão de JESUS são citados nove vezes nos Evangelhos (Mt 12.46; 13.55; Mc 3.31; 6.3; Lc 8.19; Jo 2.12; 7.3,5,10) e uma vez nos Atos dos Apóstolos (At 1.14) e duas vezes são também mencionadas suas irmãs (Mt 13.56; Mc 6.3). A interpretação natural é que sejam filhos de Maria e José. Entretanto, outras possibilidades tem sido propostas, com vistas a resolver este dilema e sustentar alguns dogmas. São estas as principais:

Primos de JESUS – Estes seriam primos e não irmãos de JESUS, filhos de Alfeu e de Maria, a tia de JESUS.

Alguns defendem esta posição argumentando que a palavra hebraica “Ha” é geralmente traduzida para “irmãos” e que os judeus daquele tempo empregavam essa palavra num sentido mais amplo para expressar parentesco, pois não existiam termos em hebraico para expressar os diferentes níveis e graus de parentesco. “Irmão” pode significar os filhos do mesmo pai e todos os membros masculinos do mesmo clã ou tribo.

Entretanto, no grego do Novo Testamento, o termo irmão (adelfós) nunca é usado no sentido de primo. O idioma original do Novo Testamento usa uma palavra diferente para falar de primo ou sobrinho (anepsiós – Marcos, primo de Barnabé – Cl 4.10) e outra ainda para parentes (syngenes –

Isabel prima de Maria – (Lc 1.36), que aparece 14 vezes no Novo Testamento com variações. Quase todos os escritores do Novo Testamento como Lucas e Paulo, escreveram para leitores gentios, que falavam grego. Daí, não faz sentido que eles quisessem preservar o sentido do hebraico ou aramaico, que não seria compreendido por eles. Somente autores que escreveram para um público judeu preservaram as palavras em aramaico, como Marcos.

Para justificar essa posição, assume-se que estes homens eram filhos da tia de JESUS, irmã de Maria (Jo 19.25), também chamada Maria, casada com Clopas, também chamado Cleofas (Mt 27.56; 20.20; Mc 15.40; Lc 24.10). Este seu marido seria o mesmo Alfeu, pai de Tiago menor, José e Judas e, talvez, de Mateus (Mt 10.3; Mc 2.14; 3.18; Lc 6.15; At 1.13). Embora muitas personagens bíblicos tenham dois nomes, não há referência que Clopas seja o mesmo Alfeu. Nomes como Tiago (Jacó), José e Judas (Judá) eram muito comuns, de forma que não passa de especulação dizer que os irmãos de JESUS eram filhos de Alfeu.

Esta teoria é sustentada unicamente para tentar mostrar que Maria não teria outros filhos, além de JESUS, a fim de sustentar o dogma da eterna virgindade de Maria, mas isto não encontra respaldo algum nas Escrituras. Aqueles que afirmam que Maria fez um voto de virgindade baseiam-se num livro apócrifo: o Protoevangelho de Tiago (2.9), com manuscritos datados do III século d.C. Este livro também fala do nascimento de Maria, que teria sido criado no templo (impossível para uma mulher) e outras histórias fantasiosas.

Seriam filhos apenas de José, de um primeiro casamento.

O evangelho do pseudo-Tomé (apócrifo), menciona um filho, Tiago, do primeiro casamento de José (1.16). Também no apócrifo “História de São José”, os quatro irmãos de JESUS (Judas, Simão, José e Tiago), mais duas irmãs (Lídia e Lísia) são mencionados como frutos de um primeiro casamento do pai adotivo de JESUS.

José teria ficado viúvo, tendo quatro filhos. Então, teria casado com Maria, com o objetivo de dar-lhe proteção e para que ela não ficasse sem marido.

São irmãos de JESUS, filhos de Maria e José.

Os irmão de JESUS não podem ser os filhos de Alfeu, que eram discípulos do Senhor, pois a Bíblia afirma que Seus irmãos inicialmente não criam n’Ele (Jo 7.3,5), não faziam parte do grupo de Seus discípulos e chegaram mesmo a se oporem ao Seu ministério (Mc 3.21). Nem eles mesmos se consideravam discípulos. Em diversas passagens das Escrituras, JESUS está com Seus discípulos e então chegam Seus irmãos. Em Mateus (12.46) e Marcos (6.3), JESUS estava em Sua missão, junto com Seus discípulos. Então, Seus irmãos chegam. Portanto, eles não faziam parte do grupo. Em Marcos (3.20,21), eles chegam a querer prendê-Lo, julgando-O insano. Se estes irmãos fossem Tiago menor e outros discípulos, eles estariam no grupo dos discípulos e jamais se oporiam ao ministério de JESUS.

Em todas as vezes que estes irmãos são mencionados em conjunto, estão em companhia de Maria. Se esta fosse Sua tia e não Sua mãe, seria estranho ver que, embora Sua mãe estivesse viva, eles prefeririam andar com Sua tia, em lugar de Sua progenitora. Em nenhum texto das Escrituras estes irmãos são mencionados como primos de JESUS, mas apenas como irmãos. Em outros textos, os irmãos de JESUS são distinguidos dos discípulos d’Ele (Jo 2.12; At 1.14; Gl 1.19; I Co 9.5), deixando claro que eram grupos distintos de pessoas.

Quando JESUS foi crucificado, Seus irmãos não estavam lá, apenas Sua mãe, pois eles não criam em Cristo. Por isso, JESUS deixou sua mãe aos cuidados do apóstolo João (Jo 19.26,27). Num momento de dor, quando Maria precisaria de apoio espiritual, certamente os discípulos estavam mais habilitados a isto do que Seus próprios irmãos, que depois se tornaram Seus discípulos, quando viram JESUS ressuscitado (I Co 15.7).

Em Gálatas (1.19), Tiago é chamado de apóstolo e de “o irmão do Senhor”. Se o termo estivesse sendo usado no sentido de discípulo, todos os outros apóstolos estariam na mesma condição. Ele é distinguido assim de Tiago, filho de Zebedeu (Mt 14.21; 10.2; Mc 1.19; 3.17) e de Tiago, filho de Alfeu (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13), que figuravam entre os doze apóstolos. Se Paulo estivesse usando “irmão” no sentido de “primo”, para um grupo de leitores que não compreendiam o sentido semita, ele seria um péssimo comunicador.

Existiam três Tiago’s no Novo Testamento:

Tiago, irmão de João (Mt 10.2), discípulo de JESUS, filho de Zebedeu e de Salomé, este foi assassinado no início do Cristianismo (At 12.2).

Tiago, filho de Alfeu (Mt 10.3; Mc 15.40; I Co 15.7), discípulo de JESUS, também chamado de Tiago o menor para diferenciar do outro discípulo. Este era o filho de Maria que estava presente na crucificação e tinha também um irmão chamado Judas (At 15.40).

Tiago, irmão do Senhor (Mt 13.55; Gl 1.19; At 15.13).

Este era o irmão uterino de JESUS, tinha também um irmão chamado Judas, pois era comum haver muitas pessoas com nomes iguais, como vimos. Este foi o autor da Carta que leva o seu nome.

Ter filhos era uma bênção, notadamente numa época em que o sustento da família dependia do trabalho braçal. E Deus abençoou o casal José e Maria com outros filhos, tornando-os bem-aventurados (Sl 127.3,5). Cremos, pois, que José e Maria eram, de fato, os pais de Tiago, José, Simão e Judas, além de mais duas mulheres. Maria foi agraciada com o fato de ser a mãe de JESUS e também de ter outros filhos, para a glória de Deus.



Por: CARLOS KLEBER MAIA

(Fonte: MP. 1554/Nov.2014)

sexta-feira, 14 de abril de 2023

IMITADORES DE DEUS - (Referência: Efésios 5.1-17)

A VERDADE EXPLICADA:


INTRODUÇÃO

• Vivemos dois extremos quando se trata de imitar a Deus: Primeiro, a teologia de que o homem é um semideus. Ele fala e há poder em suas palavras. Ele decreta e as coisas acontecem. Ele ordena e o mundo espiritual precisa se colocar em movimento em obediência às suas ordens. Segundo, a teologia de que Deus é um ser um desuso. O mundo secularizado não leva Deus em conta. Explica tudo pela ciência. Não há lugar nem espaço para Deus. Não podemos imitar a Deus na Sua soberania, na Sua onipotência, onisciência e onipresença. Não podemos imitar a Deus na criação nem na redenção. A imitação a Deus é um ensino claro das Escrituras (Mt 5.43-48;Lc 6.35;I Jo 4.10,11). Devemos imitar também a Cristo (Jo 13.34;15.12;Rm 15.2,3,7;II Co 8.7,9;Fp 2.5;Ef 5.25;I Jo 3.16). Paulo argumenta que os filhos são como seus pais. Os filhos aprendem pela imitação. Deus é amor (I Jo 4.8), por isso os crentes devem andar em amor. Deus é luz (I Jo 5.8), portanto os crentes devem andar como filhos da luz. Deus é verdade (I Jo 5.6), por isso os crentes devem andar em sabedoria.


ANDAR EM AMOR – (v. 1,2)

• O crente é um filho de Deus. O crente é um filho amado de Deus. O crente é comprado por um alto preço.

Definição: A mímica era a parte mais importante para um orador : Teoria – mímica – prática. Se você quer ser um grande orador, então imite os grandes oradores do passado. Mas se você quiser ser santo, então, imite a Deus.

Limites da imitação – Paulo diz que devemos imitar a Deus no amor. Andar em amor denota uma ação habitual. É fazer do amor a principal regra da nossa vida. Esse amor possui duas características distintas: O perdão – Deus nos amou e nos perdoou (4.32). Assim, também, devemos amar e perdoar (5.1). O sacrifício (5.2;I Jo 3.16). Este amor não é mero sentimento. Ele tudo dá pelo irmão, sem levar em conta nenhum sacrifício por aquele a quem é dedicado. O sacrifício de Cristo foi agradável a Deus no sentido de que satisfez Sua justiça e adquiriu para nós eterna e eficaz redenção.


ANDAR COMO FILHOS DA LUZ – (v. 3-14)

• Paulo passa do auto sacrifício, para a autoindulgência. A ordem “andai em amor” é seguida da condenação da perversão do amor. Os crentes são santos – (v.3,4). O crentes são reis – (v.5,6). Os crentes são luz – (v.7-14). Paulo ao tratar do assunto santidade, menciona os pecados dos quais é preciso fugir (v.3,4). Os pecados estão ligados a dois grupos: pecados do sexo (v.3) e pecados da língua (v.4).

• Os pecados do sexo não deviam estar presentes na vida dos crentes. A infidelidade conjugal era espantosamente comum nos dias de Paulo. O homossexualismo vinha sendo por séculos admitido como uma normal maneira de proceder. Dos 15 imperadores romanos, 14 eram homossexuais. Havia o templo de Afrodite em Corinto e o templo de Diana em Éfeso. A imoralidade sexual era uma prática comum nesse tempo. Os pecados da língua não deviam também estar presentes. Conversação torpe, palavras vãs ou chocarrices não devem fazer parte do vocabulário dos crentes. Palavras obscenas, piadas imorais, mexericos fúteis. Porque somos a nova sociedade de Deus, devemos adotar padrões novos, e porque decisivamente nos despojamos da velha vida e nos revestimos da nova vida, devemos usar roupas apropriadas. Agora, Paulo vai acrescentar mais dois incentivos à santidade:

A certeza do julgamento – (v.5-7).  Devemos abster-nos da imoralidade, porque nosso corpo foi criado por Deus, é unido a Cristo e habitado pelo Espírito (I Co 6.12-20). A licenciosidade não convém a santos (Ef 5.3,4). Agora Paulo menciona o temor do julgamento. Os imorais podem escapar do julgamento da terra, mas não do juízo de Deus. a) Não herdarão o Reino de Cristo – (v.5) – O Reino de Cristo é o reino de justiça e será excluída toda injustiça (I Co 6.9,10; Gl 5.21). Aquele que se entrega ao pecado sexual como uma obsessão idólatra e não se arrepende não pode ser salvo. b) O engano dos falsos mestres que tentam silenciar a voz de Deus – (v.6) – Muitas pessoas dizem que a Bíblia é reducionista, que o problema não é o pecado, mas a culpa. O mundo acha natural e aplaude o que Deus condena. Mas quem rejeita essas coisas, rejeita a JESUS não ao homem. Ele é contra todas essas coisas é o vingador (I Ts 4.4-8). c) A manifestação da ira de Deus sobre os filhos da desobediência – (v.6) – Os filhos da desobediência são aqueles que conhecem a lei de Deus e deliberadamente a desobedecem. Sobre esses vem a ira de Deus agora e na eternidade (Rm 1.24,26,28; Ef 4.17-19). d) Não seja participante com os impuros – (v.7) – Porque o Reino de Deus é justo e a ira de Deus sobrevirá aos injustos; não seja participante com eles. Paulo não está proibindo você de conviver com essas pessoas, mas ser coparticipante com elas, parceira de seus pecados. Exemplo: Ló devia sair de Sodoma para não participar da sua condenação.

O fruto da luz – (v.8-14) • Três são as responsabilidades decorrentes do conceito de que os crentes são “luz no Senhor”: a) Eles têm de andar como filhos da luz – (v.8) – Antes não apenas andávamos em trevas, mas éramos trevas. Agora não apenas estamos na luz, mas somos luz. Devemos viver de acordo com o que somos. A luz purifica, a luz ilumina, a luz aquece, a luz aponta direção, a luz avisa sobre os perigos, a luz produz vida. b) Aqueles que são luz no Senhor devem produzir frutos luminosos – (v.9) – toda bondade, justiça e verdade estão em contraste com a vida impura e lasciva daqueles que são trevas e vivem nas trevas. c) Os filhos da luz precisam condenar as obras infrutíferas das trevas – (v.11) – Precisamos negativamente não ser cúmplices e positivamente reprová-las, ou seja, desmascarando o que elas são, trazendo-as para a luz. As obras das trevas são indizivelmente más – (v.12) – A indústria pornográfica, os estúdios de Hollywood, explodem em sucesso porque promovem o proibido, escancaram o que é sujo e podre. O pecado não pode ficar oculto diante da luz – (v.13). O versículo 14 é uma conclusão natural. A nossa condição anterior em Adão é vividamente descrita em termos de sono, de morte e de trevas, sendo que Cristo nos liberta de tudo isso. A conversão é nada menos do que despertarmo-nos do sono, ressuscitarmos dentre os mortos, e sermos trazidos das trevas para a luz de Cristo.


ANDAR EM SABEDORIA – (v.15-17)

• Paulo apresenta várias razões para andarmos de forma sábia: 1) A vida é curta – (v.16ª); 2) Os dias são maus – (v.16b); 3) Deus nos deu uma mente – (v.17ª); 4) Deus tem um plano para as nossas vidas – (v.17b) • Os versos 15-17 definem o andar da sabedoria em dois pontos:

Primeiro, as pessoas sábias tiram o maior proveito do seu tempo. O verbo “remir” é comprar de volta. Significa aqui tirar o maior proveito do tempo. “Tempo” refere-se a cada oportunidade que passa. Certamente as pessoas sábias têm consciência que o tempo é um bem precioso. Todos nós temos a mesma quantidade de tempo ao nosso dispor: com 60 minutos por hora e 24 horas por dia. As pessoas sábias empregam o seu tempo de forma proveitosa. Ilustração: 1) Aviso: “PERDIDAS, ontem, nalgum lugar entre o nascer e o pôr do sol, duas horas de ouro, cada uma cravejada com sessenta minutos de diamente. Nenhuma recompensa é oferecida, pois foram-se para sempre!” 2) “RESOLVIDO: nunca perder um só momento de tempo mas, sim, tirar proveito dele da maneira mais proveitosa que eu puder!” (Jonathan Edwards). 3) Os gregos representavam a oportunidade como um jovem com asas nos pés e nas costas, com longo cabelo na fronte e calvo atrás.

Segundo, as pessoas sábias discernem a vontade de Deus – (v.17) – O próprio JESUS orou: “Não se faça a minha vontade, e, sim, a tua...” (Lc 22.42) e nos ensinou a orar: “Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu...” . Nada é mais importante na vida do que descobrir e praticar a vontade de Deus. A coisa mais importante na vida é estar no centro da vontade de Deus. (Exemplo: Ashbell Green Simonton).


CONCLUSÃO

• Como você avalia a sua vida à luz do texto de Efésios (5.1-17)? a) Você tem imitado a Deus quanto ao amor sacrificial? b) Você tem fugido da impureza sexual? c) Você tem fugido dos pecados da língua?

d) Você tem reprovado o que é errado em sua vida e na vida das outras pessoas? e) Você tem produzido frutos luminosos? f) Você tem aproveitado as oportunidades? g) Você está vivendo no centro da vontade de Deus?



(Por: Hernandes Dias Lopes)

sexta-feira, 7 de abril de 2023

HISTÓRIA DE JABEZ E A ORAÇÃO DO CRENTE FIEL A DEUS

A VERDADE:

"Quando oramos, estamos pedindo pela maravilhosa e ilimitada bondade, que apenas Deus tem o poder de conhecer plenamente e nos conceder (Pv 10.22)".


A VERDADE EXPLICADA:

Na Bíblia, o nome das pessoas está muito ligado à sua personalidade, revelando a verdadeira pessoa. Nesta reflexão, desejamos falar de um homem chamado Jabez. Seu nome significa “dor” e “tristeza” (I Co 4.9,10). Em nosso igreja, temos uma família cujo nome do pai é “porta” e a sua filha chama-se “janela”. Imaginem esses irmãos terem que carregar esse estigma por toda a vida? Com certeza, na família de Jabez a situação era ainda pior, pois seu nome era “dor”. Com certeza, todos viam um mau presságio no futuro do menino.

Apesar das sombrias perspectivas, Jabez cresce e descobre uma saída. Ele aprendeu a confiar no Deus de seus pais, o Deus que ainda faz milagres acontecerem e que pode modificar todas as coisas. Jabez, então, orou: “Ah, Senhor abençoe-me muitíssimo, e aumenta as minhas terras! Que a tua mão esteja comigo, guardando-me dos males e livrando-me das dores...” A síntese da sua oração no hebraico era: “...abençoe-me muito mesmo...”

Você já se encontrou diante de um grande portão fechado precisando que ele fosse aberto, e aí você levanta a sua voz em oração a Deus, e vê, antes de terminar a oração, o portão se abrir milagrosamente? Isso é bênção de Deus, é Deus mudando o rumo da nossa vida. À luz da Bíblia, bênção é um favor sobrenatural de Deus. Suplicamos quando não podemos alcançar com os nossos esforços. Quando oramos, estamos pedindo pela maravilhosa e ilimitada bondade, que apenas Deus tem o poder de conhecer plenamente e nos conceder (Pv 10.22).

Em sua oração, Jabez deixou inteiramente nas mãos de Deus a natureza da bênção, onde, quando e como ela seria lhe dada. Essa confiança nada tem a ver com a Teologia da Prosperidade. Jabez pede a Deus que lhe dê nada mais e nada menos do que Ele tem reservado para nós: Sua bênção!

Quando buscamos as bênçãos de Deus como valor máximo para nossas vidas, estamos nos jogando de corpo inteiro no rio da vontade de Deus, de Seu poder e do Seu propósito para nós.

Então, se caminhamos na mesma direção, orando para que aconteça o que Deus deseja fazer, logo o poder de operar de Deus começa a realizar a perfeita vontade d’Ele em nós. A bondade de Deus não tem limites. É o desejo do Seu coração dar as bênçãos que Seus filhos precisam. Abençoar faz parte da natureza de Deus. Há pessoas que se conformam com uma vida de sofrimentos, cheia de problemas, por entenderem ser essa definitivamente a modalidade de vida que Deus reservou para elas, uma vida sempre em dificuldades.

Esse tipo de pensamento é mentiroso. Todos nós sofremos nesta vida, o crente sofre nesta vida, mas sua vida não é só sofrimento e ele não deve se render à aflição, ele não deve se entregar à dificuldade, mas encará-la e superá-la pela graça de Deus.

Aprendamos com Jabez.



Por: José Wellington B.da Costa

(Fonte: MP. 1554/Nov.2014)


sábado, 1 de abril de 2023

GRANDES TERREMOTOS EM VÁRIOS LUGARES

A VERDADE EXPLICADA:

(Tragédia do Haiti impacta o mundo e lembra profecia de JESUS).


Um terremoto de 7 graus na Escala Richter, seguido de dois tremores menores, transformou em escombros a cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti. Até 19 de janeiro, o governo haitiano já falava de “centenas de milhares de mortos”.

Em seu célebre sermão profético, JESUS afirmou que um dos sinais da proximidade de Sua segunda vinda seriam “grandes terremotos” que ocorreriam “em vários lugares” (Mt 24.7; Lc 21.11). Ora, nos primeiros anos do século 21, terremotos de grande magnitude tem sido cada vez mais frequentes e letais.


Terremotos letais no século 21

Em 13 de janeiro e 13 de fevereiro de 2001, dois violentos terremotos (de 7,6 e 6,6 graus respectivamente) matam mais de 3100 pessoas em El Salvador. Em 26 de janeiro de 2001, mais de 20 mil pessoas morreram após tremor de 7,9 graus em Gujarat, Índia. Em 25 de março de 2002, um sismo deixou 1800 mortos no Afeganistão. Em 22 de junho de 2002, um tremor no Irã matou 235 pessoas. Em 24 de fevereiro de 2003, um abalo de 6,8 graus matou 268 pessoas na China. Em 1 de maio de 2003, 176 mortos em terremoto na Turquia. Em 21 de maio de 2003, um terremoto em Argel deixou cerca de 2300 vítimas fatais. Ainda naquele ano, em 26 de dezembro, 31.884 mortos no terremoto de 6,7 graus no Irã.

Em 2004, em 24 de fevereiro, um terremoto de 6,1 graus matou 628 pessoas em Marrocos. Em 24 de dezembro de 2004, um terremoto na costa de Sumatra (Indonésia) provocou um tsunami que ceifou a vida de cerca de 300 mil pessoas em 11 países do sudeste asiático. Em 22 de fevereiro de 2005, 270 pessoas morreram em mais um terremoto no Irã. Um mês depois, em 28 de março, mil pessoas morreram na Ilha de Nias, na Indonésia, após terremoto de 8,7 graus. E em outubro do mesmo ano 75 mil pessoas morreram no Paquistão e na Índia em decorrência do terremoto de 7,6 graus que acometeu a região de Caxemira.

Em 27 de maio de 2006, 6 mil pessoas morreram devido ao sismo de 7,5 graus na Indonésia. Em 16 de julho de 2007, um abalo de 6,8 graus deixou dez mortos no Japão. Em 15 de agosto de 2007, um sismo de 8 graus matou mais de 500 pessoas no Peru. Em maio de 2008, um terremoto de 7,9 graus na China matou mais de 20 mil pessoas e, em abril do ano passado, um terremoto de 6,3 graus na Itália matou mais de 300 pessoas. Ainda no ano passado, em maio, um terremoto de 5,9 graus abalou o México, ferindo dezenas de pessoas e causando enormes prejuízos patrimoniais. Felizmente, ninguém morreu neste abalo, já que os mexicanos, depois do grande terremoto de 1985 que matou mais de 10 mil pessoas, tem se precavido estruturalmente nos últimos anos para suportar grandes abalos.


Tremor está entre maiores da História

Confirmando-se esse número enorme de vítimas previstas pelo governo haitiano, o terremoto naquele país já entrará na lista dos 10 maiores terremotos de todos os tempos. Antes do sismo no Haiti, os 10 tremores mais letais da humanidade eram o de Shensi, na China, em primeiro lugar, que matou 830 mil pessoas em janeiro de 1556; em segundo, o de Calcutá, na Índia, em outubro de 1737, que deixou 300 mil mortos; em terceiro, o do tsunami de dezembro de 2004, que matou cerca de 300 mil pessoas; em quarto, o de Tangshan, na China, que matou 250 mil pessoas em julho de 1976; em quinto, o de Kansu, também na China, que ceifou a vida de 200 mil pessoas em dezembro de 1920; em sexto, o de Kwanto, no Japão, que matou 143 mil pessoas em setembro de 1923; em sétimo, o de Messina, Itália, com 120 mil mortos em dezembro de 1908; em oitavo, o de Chihli, na china, que deixou 100 mil mortos em setembro de 1290; em nono, o de Shemakha, no Azerbaijão, que matou 80 mil pessoas em novembro de 1667, e em décimo, o da região da Caxemira, que matou, em outubro de 2005, 75 mil pessoas no Paquistão e na Índia. Em décimo primeiro, está o famoso terremoto de Lisboa, Portugal, em novembro de 1755, que deixou 70 mil mortos; e em décimo segundo, está o de Yungay, no Peru, que em maio de 1970 fez 66 mil vítimas fatais.

O terremoto no Haiti deve se tornar ou o terceiro, ou o quarto ou o quinto mais letal terremoto de toda a História. Sendo assim, três dos dez mais terríveis terremotos de todos os tempos teriam ocorrido nos primeiros 10 anos do século 21 (o do tsunami de dezembro de 2004; o da Caxemira, em 2005, e o do Haiti, em 2010).

Considerando que JESUS falou que os terremotos que ocorreriam “em vários lugares” (Mt 24.7) sinalizando a proximidade de Seu retorno seriam “grandes terremotos”, chama ainda mais atenção a quantidade de grandes terremotos ocorridos nos primeiros anos deste século.

Os sismólogos consideram um terremoto como sendo de grande porte somente quando ele atinge, pelo menos 5,9 graus na Escala Richter. De 5,9 a 6,9 graus, o terremoto é considerado “forte”. De 7 a 7,9, é considerado “grande”. De 8 a 8,9, é classificado como “importante” e de 9 a 9,9, como “excepcional”. A Escala Richter termina em 9,9 porque nunca foi registrado um terremoto na História que chegasse a atingir 10 graus, o que é considerado um “terremoto extremo”, de letalidade incomensurável.

Simplesmente, nos primeiros 10 anos deste século, ocorreram 19 terremotos devastadores, dos quais três já estão entre os 10 mais letais de toda a história e todos estes 19 mataram, juntos, cerca de meio milhão de pessoas. Alguém tem dúvida de que a volta de JESUS se aproxima?



(Fonte: MP./Fev.2010).