A VERDADE EXPLICADA:
INTRODUÇÃO
• Vivemos dois extremos quando se trata de imitar a Deus: Primeiro, a teologia de que o homem é um semideus. Ele fala e há poder em suas palavras. Ele decreta e as coisas acontecem. Ele ordena e o mundo espiritual precisa se colocar em movimento em obediência às suas ordens. Segundo, a teologia de que Deus é um ser um desuso. O mundo secularizado não leva Deus em conta. Explica tudo pela ciência. Não há lugar nem espaço para Deus. Não podemos imitar a Deus na Sua soberania, na Sua onipotência, onisciência e onipresença. Não podemos imitar a Deus na criação nem na redenção. A imitação a Deus é um ensino claro das Escrituras (Mt 5.43-48;Lc 6.35;I Jo 4.10,11). Devemos imitar também a Cristo (Jo 13.34;15.12;Rm 15.2,3,7;II Co 8.7,9;Fp 2.5;Ef 5.25;I Jo 3.16). Paulo argumenta que os filhos são como seus pais. Os filhos aprendem pela imitação. Deus é amor (I Jo 4.8), por isso os crentes devem andar em amor. Deus é luz (I Jo 5.8), portanto os crentes devem andar como filhos da luz. Deus é verdade (I Jo 5.6), por isso os crentes devem andar em sabedoria.
ANDAR EM AMOR – (v. 1,2)
• O crente é um filho de Deus. O crente é um filho amado de Deus. O crente é comprado por um alto preço.
Definição: A mímica era a parte mais importante para um orador : Teoria – mímica – prática. Se você quer ser um grande orador, então imite os grandes oradores do passado. Mas se você quiser ser santo, então, imite a Deus.
Limites da imitação – Paulo diz que devemos imitar a Deus no amor. Andar em amor denota uma ação habitual. É fazer do amor a principal regra da nossa vida. Esse amor possui duas características distintas: O perdão – Deus nos amou e nos perdoou (4.32). Assim, também, devemos amar e perdoar (5.1). O sacrifício (5.2;I Jo 3.16). Este amor não é mero sentimento. Ele tudo dá pelo irmão, sem levar em conta nenhum sacrifício por aquele a quem é dedicado. O sacrifício de Cristo foi agradável a Deus no sentido de que satisfez Sua justiça e adquiriu para nós eterna e eficaz redenção.
ANDAR COMO FILHOS DA LUZ – (v. 3-14)
• Paulo passa do auto sacrifício, para a autoindulgência. A ordem “andai em amor” é seguida da condenação da perversão do amor. Os crentes são santos – (v.3,4). O crentes são reis – (v.5,6). Os crentes são luz – (v.7-14). Paulo ao tratar do assunto santidade, menciona os pecados dos quais é preciso fugir (v.3,4). Os pecados estão ligados a dois grupos: pecados do sexo (v.3) e pecados da língua (v.4).
• Os pecados do sexo não deviam estar presentes na vida dos crentes. A infidelidade conjugal era espantosamente comum nos dias de Paulo. O homossexualismo vinha sendo por séculos admitido como uma normal maneira de proceder. Dos 15 imperadores romanos, 14 eram homossexuais. Havia o templo de Afrodite em Corinto e o templo de Diana em Éfeso. A imoralidade sexual era uma prática comum nesse tempo. Os pecados da língua não deviam também estar presentes. Conversação torpe, palavras vãs ou chocarrices não devem fazer parte do vocabulário dos crentes. Palavras obscenas, piadas imorais, mexericos fúteis. Porque somos a nova sociedade de Deus, devemos adotar padrões novos, e porque decisivamente nos despojamos da velha vida e nos revestimos da nova vida, devemos usar roupas apropriadas. Agora, Paulo vai acrescentar mais dois incentivos à santidade:
A certeza do julgamento – (v.5-7). Devemos abster-nos da imoralidade, porque nosso corpo foi criado por Deus, é unido a Cristo e habitado pelo Espírito (I Co 6.12-20). A licenciosidade não convém a santos (Ef 5.3,4). Agora Paulo menciona o temor do julgamento. Os imorais podem escapar do julgamento da terra, mas não do juízo de Deus. a) Não herdarão o Reino de Cristo – (v.5) – O Reino de Cristo é o reino de justiça e será excluída toda injustiça (I Co 6.9,10; Gl 5.21). Aquele que se entrega ao pecado sexual como uma obsessão idólatra e não se arrepende não pode ser salvo. b) O engano dos falsos mestres que tentam silenciar a voz de Deus – (v.6) – Muitas pessoas dizem que a Bíblia é reducionista, que o problema não é o pecado, mas a culpa. O mundo acha natural e aplaude o que Deus condena. Mas quem rejeita essas coisas, rejeita a JESUS não ao homem. Ele é contra todas essas coisas é o vingador (I Ts 4.4-8). c) A manifestação da ira de Deus sobre os filhos da desobediência – (v.6) – Os filhos da desobediência são aqueles que conhecem a lei de Deus e deliberadamente a desobedecem. Sobre esses vem a ira de Deus agora e na eternidade (Rm 1.24,26,28; Ef 4.17-19). d) Não seja participante com os impuros – (v.7) – Porque o Reino de Deus é justo e a ira de Deus sobrevirá aos injustos; não seja participante com eles. Paulo não está proibindo você de conviver com essas pessoas, mas ser coparticipante com elas, parceira de seus pecados. Exemplo: Ló devia sair de Sodoma para não participar da sua condenação.
O fruto da luz – (v.8-14) • Três são as responsabilidades decorrentes do conceito de que os crentes são “luz no Senhor”: a) Eles têm de andar como filhos da luz – (v.8) – Antes não apenas andávamos em trevas, mas éramos trevas. Agora não apenas estamos na luz, mas somos luz. Devemos viver de acordo com o que somos. A luz purifica, a luz ilumina, a luz aquece, a luz aponta direção, a luz avisa sobre os perigos, a luz produz vida. b) Aqueles que são luz no Senhor devem produzir frutos luminosos – (v.9) – toda bondade, justiça e verdade estão em contraste com a vida impura e lasciva daqueles que são trevas e vivem nas trevas. c) Os filhos da luz precisam condenar as obras infrutíferas das trevas – (v.11) – Precisamos negativamente não ser cúmplices e positivamente reprová-las, ou seja, desmascarando o que elas são, trazendo-as para a luz. As obras das trevas são indizivelmente más – (v.12) – A indústria pornográfica, os estúdios de Hollywood, explodem em sucesso porque promovem o proibido, escancaram o que é sujo e podre. O pecado não pode ficar oculto diante da luz – (v.13). O versículo 14 é uma conclusão natural. A nossa condição anterior em Adão é vividamente descrita em termos de sono, de morte e de trevas, sendo que Cristo nos liberta de tudo isso. A conversão é nada menos do que despertarmo-nos do sono, ressuscitarmos dentre os mortos, e sermos trazidos das trevas para a luz de Cristo.
ANDAR EM SABEDORIA – (v.15-17)
• Paulo apresenta várias razões para andarmos de forma sábia: 1) A vida é curta – (v.16ª); 2) Os dias são maus – (v.16b); 3) Deus nos deu uma mente – (v.17ª); 4) Deus tem um plano para as nossas vidas – (v.17b) • Os versos 15-17 definem o andar da sabedoria em dois pontos:
Primeiro, as pessoas sábias tiram o maior proveito do seu tempo. O verbo “remir” é comprar de volta. Significa aqui tirar o maior proveito do tempo. “Tempo” refere-se a cada oportunidade que passa. Certamente as pessoas sábias têm consciência que o tempo é um bem precioso. Todos nós temos a mesma quantidade de tempo ao nosso dispor: com 60 minutos por hora e 24 horas por dia. As pessoas sábias empregam o seu tempo de forma proveitosa. Ilustração: 1) Aviso: “PERDIDAS, ontem, nalgum lugar entre o nascer e o pôr do sol, duas horas de ouro, cada uma cravejada com sessenta minutos de diamente. Nenhuma recompensa é oferecida, pois foram-se para sempre!” 2) “RESOLVIDO: nunca perder um só momento de tempo mas, sim, tirar proveito dele da maneira mais proveitosa que eu puder!” (Jonathan Edwards). 3) Os gregos representavam a oportunidade como um jovem com asas nos pés e nas costas, com longo cabelo na fronte e calvo atrás.
Segundo, as pessoas sábias discernem a vontade de Deus – (v.17) – O próprio JESUS orou: “Não se faça a minha vontade, e, sim, a tua...” (Lc 22.42) e nos ensinou a orar: “Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu...” . Nada é mais importante na vida do que descobrir e praticar a vontade de Deus. A coisa mais importante na vida é estar no centro da vontade de Deus. (Exemplo: Ashbell Green Simonton).
CONCLUSÃO
• Como você avalia a sua vida à luz do texto de Efésios (5.1-17)? a) Você tem imitado a Deus quanto ao amor sacrificial? b) Você tem fugido da impureza sexual? c) Você tem fugido dos pecados da língua?
d) Você tem reprovado o que é errado em sua vida e na vida das outras pessoas? e) Você tem produzido frutos luminosos? f) Você tem aproveitado as oportunidades? g) Você está vivendo no centro da vontade de Deus?
(Por: Hernandes Dias Lopes)
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