A VERDADE:
"Deus tem um padrão e um princípio bíblico inalterável para o casamento (Hb 13.4). O propósito de Deus é que o casamento atenda aos anseios emocionais, sexuais, psicológicos e sociais de homem e mulher. Na visão de JESUS Cristo, é uma união indissolúvel e monogâmica (Mc 10.9). O padrão de normalidade é que o casal viva a vida inteira juntos, para isso o vínculo do amor é fundamental. JESUS foi bem claro ao dizer que o divórcio não foi instituído por Deus, foi apenas permitido a Moisés (Mt 19.8; Ml 2.16). Na construção de relacionamentos conjugais sólidos, é importantíssimo que o casal atente para os princípios e regras criadas por Deus, e cultive o vínculo do amor. A escuta e o diálogo são fatores fundamentais para um casamento duradouro e feliz. Abaixo, explico resumidamente comportamentos que são armas fatais na desconstrução e destruição de famílias e casamentos".
A VERDADE EXPLICADA:
A independência conjugal fatalista.
É um comportamento das pessoas compromissadas com o mundanismo e a leviandade. A independência apregoada pelas sociedades liberais e desprovida da graça de Deus não suporta a base bíblica de Gênesis (2.18). Os cônjuges não podem viver independentes um do outro. Sonegar informações um ao outro não é recomendável à luz da Bíblia, pois a vida a dois exige informações mútuas, satisfações e decisões que devem sempre ser tomadas em comum acordo. Está se tornando comum aos casais viverem a “filosofia da independência absoluta”, achando que não precisam dar satisfações e explicações a ninguém. Biblicamente, estão redondamente errados. O que deve permanecer entre os cônjuges são as interdependências. O casal deve partilhar as mesmas causas, planos, sonhos e projetos, a fim de não prejudicar o seu casamento.
A questão da autonomia do corpo.
A sociedade atual fala muito em autonomia, que é um princípio antropocêntrico que coloca o sujeito a ter uma vida autônoma e independente. Essa autonomia dos cônjuges é causa forte de muitos casamentos fracassados. Quando o casal demonstra separação dos bens materiais, carros, dinheiro, casa, ou seja, “...esse é meu e esse é seu...”, é forte indício e demonstração de que já perdeu o vínculo de compartilhar. Na prática, esse casamento está no fundo do poço, precisando ser revisto. Os laços estão quebrados, pois houve a quebra do vínculo do amor.
Portanto, a autonomia não invalida o espírito da cooperação, da união, do diálogo. Porém, essa autonomia com sentido de isolamento é muito perniciosa, é uma filosofia “antropocêntrica”. A Bíblia é clara ao afirmar que o marido e a mulher não tem autonomia sobre os seus corpos (I Co 7.4).
A falta de comunicação.
Casamento sem comunicação é reino dividido (Ec 4.9-13; Mt 12.25). São unânimes os estudiosos da matéria em afirmarem que a falta de diálogo leva ao distanciamento dos cônjuges e à cultivação de “ervas daninhas” e até mesmo de outros comportamentos que são aprendidos, como ódio, rancor, mágoa, tristeza e todas as “raízes de amargura” (Hb 12.15; Pv 15.23). A falta de diálogo pode levar o casamento ao fim. O casal que não se comunica está fadado ao fracasso (cf Pv 18.21). Os vínculos afetivos e emocionais são fortalecidos através da comunicação sadia, dinâmica e aberta.
A questão da escuta.
Escutar é ouvir o outro. Os casais precisam reservar um momento, ou tornar propício momentos, para a escuta, o ouvir, dialogar, trocar ideias, se perdoarem; separar um momento para ficar a dois e refletir sobre erros e acertos, falar abertamente sobre o que incomoda e resolver as pendências emocionais, espirituais, financeiras, etc... Isso evita que os problemas criem asas e tomem proporções gigantescas de difícil reparação. A escuta é o “pronto para ouvir” (Tg 1.19). A maioria dos seres humanos gosta de ser ouvida, porque isso valoriza a pessoa e cria um diálogo de mão dupla envolvendo ouvir, sentir e falar. Muitos problemas são resolvidos com a escuta, muitos conflitos são resolvidos com o ouvido durante uma boa conversa. O diálogo passa pela atenção. O importante é unir a escuta ao ouvir, entender e prestar toda atenção.
A falta de atenção.
A rotina e o comodismo levam à falta de interesse entre os cônjuges, sobretudo aqueles que tem menos equilíbrio espiritual e emocional. Os hábitos, convivência, tempo e as atividades rotineiras diárias costumam psicologicamente diminuir a atenção de forma natural. Temos que estar atentos para não fracassarmos nesta área. Os cônjuges precisam de atenção toda especial, precisamos ter cuidado porque às vezes damos mais atenção às outras coisas do que ao cônjuge. Ouvir com atenção é uma maneira clara de demonstração que você está interessado(a) no outro e na conversa.
Fala destrutiva.
São muitas as reclamações e as queixas em relação à linguagem falada, críticas, xingamentos, provocações, humilhações e ironia que dominam entre muitos casais. (Pv 18.21; 15.1). Os cônjuges devem ter muito cuidado, principalmente durante alguma discussão que acontece naturalmente, porque uma palavra pronunciada de forma errada à base de ódio traz grandes malefícios e é fator gerador de mágoa e ressentimento. Palavras ofensivas causam traumas profundos emocionais e abrem feridas na alma que demoram tempo para serem cicatrizadas, e algumas podem levar anos. Além disso, surge o descontrole emocional, provocando doenças psicoemocionais, o que piora de forma significativa os relacionamentos. É preciso cuidar com a fala destruidora (Tg 1.19). A fala é um dos componentes da comunicação mais poderosos (Pv 25.11).
A língua é um pequeno instrumento que pode ser fonte geradora de vida ou de morte (Pv 18.21). A analogia em Salmos (52.2) refere-se à língua como “navalha afiada”. Em Jeremias (9.8), ela é apontada como “flecha mortífera”. Lamentavelmente, muitos casamentos foram e estão sendo desfeitos através da fala destrutiva.
Temperamento descontrolado.
O temperamento é um comportamento herdado, é um conjunto de traços psicofísicos que definem reações emocionais e regulamentam os estados do humor na vida dos seres humanos, mas que pode perfeitamente ser controlado pelo fruto do Espírito, a “temperança” (Gl 5.22). Na verdade, a temperança tem como função primordial controlar os diversos tipos de comportamentos temperacionais dos indivíduos. As pessoas tem em seu repertório comportamental herdado chamado temperamentos. Há pessoas abertas, extrovertidas, fechadas introvertidas, dinâmicas, operativas, seletivas, etc... Os indivíduos tem temperamentos diferentes que condicionam suas reações psíquicas. Os psicólogos que trabalham na área familiar comprovam que um temperamento agressivo é causa de destruição de muitos casamentos. Esses temperamentos devem ser controlados (Pv 10.12; Ef 4.26; Pv 29.22). Quando a pessoa não controla o temperamento, corre o risco de se tornar um iracundo socialmente descontrolado. Isso compromete a área do casamento profundamente. O caráter pode ser modificado, já o temperamento, não; ele pode ser controlado à medida que o Espírito Santo passa a ter domínio sobre a pessoa (Mt 5.5). Ele deve submeter o temperamento ao controle e domínio do Espírito Santo (Gl 5.16).
Por: MAURÍCIO BRITO
(Fonte: MP. 1554/Nov.2014)
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