sexta-feira, 7 de julho de 2017

ATITUDES CONDENATÓRIAS (V)

ATITUDES CONDENATÓRIAS






























A VERDADE:
"Ai de vós, mestres da lei e fariseus, hipócritas!Construís os sepulcros dos profetas, adornais os monumentos dos justos e dizeis: Se estivéssemos vivos no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices no derramar sangue dos profetas... Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração" (Mt 29.29-36)


A VERDADE EXPLICADA:
Os profetas foram veículos da revelação de Deus aos homens, usados por Sua inspiração. Portanto, quando um profeta falava não era meramente um homem que estava transmitindo uma mensagem, era o próprio Deus Quem estava a falar à raça humana. Assim sendo, matar um profeta não era meramente matar um homem, mas era investir contra o próprio Deus. Era tentar impor obstáculos à ação divina.

A revelação obedeceu a um processo que durou séculos porque o homem não tinha condição de assimilá-la de uma só vez. (Veja Gn 49.10, 3.15; Dn 9.24; Hb 2.14; Gl 4.4). Nesta última Paulo menciona textualmente a plenitude dos tempos e, se houve plenitude é porque a revelação obedeceu a um processo evolutivo e crescente que, por sua vez, se condicionou à capacidade humana no sentido de entender essa mesma revelação. É claro que não estamos capacitados a entender o porque de tudo isso, mas a verdade é que se JESUS tivesse vindo antes do tempo em que veio não teria sido entendido nem aceito pela humanidade como um todo.

Deus não força quem quer que seja a aceitar o Seu propósito. Assim sendo deixou que a humanidade caminhasse por si no terreno da descoberta da necessidade do Salvador. Só quando todos os esforços humanos haviam terminados no sentido de resolver o problema da raça enviou Ele a Seu Filho. Quando JESUS veio o mundo estava mergulhado em completas trevas. A filosofia grega estava falida, a mitologia, também grega, não tinham mais nada a oferecer e o judaísmo havia-se esgotado. Nenhum dos três conseguiu oferecer algo em que o homem pudesse se agarrar para alcançar a sua salvação. Foi neste ambiente que o mundo de modo geral clamou aos céus, pedindo um Salvador e a esse tempo Paulo chama de a plenitude dos tempos.

Pois bem, para chegar a esse ponto Deus teve de trabalhar a revelação e os profetas foram Seus instrumentos no sentido de preparar o mundo para a vinda do Senhor JESUS. Todo o esforço feito no sentido de fazer calar esses homens de Deus foi um esforço, em última análise, de impor barreira à ação do próprio Deus. E quem poderia se atrever a tanto senão Satanás? Por conseguinte, aqueles que investiram contra os profetas investiram contra Deus como instrumentos nas mãos do diabo.

O reedificar os túmulos dos profetas ou não era um ato reparatório do que fizeram a seus pais ou não passava de uma grosseira hipocrisia. Se não era um ato reparatório era uma confirmação da ação de seus antepassados e, se era hipocrisia era um pecado a mais que cometiam. Em qualquer das situações o seu procedimento era absolutamente condenável e simplesmente os identificava com seus antepassados, tornando-os passíveis de pena eterna.

Fosse qual fosse sua intenção o Senhor JESUS a classifica de hipocrisia e lhes diz exatamente aquilo que eles precisavam ouvir. Eram descendentes daqueles que perseguiram os profetas não apenas no processo das gerações mas, muito mais, no sentimento e na disposição para cometer erros que aberravam completamente de todo e qualquer sentimento religioso.

"Enchei vós pois a medida de vossos pais..."
O verbo grego 'encher' aqui tem o sentido de encher a ponto de transbordar, de dar plenitude ou acabamento, aperfeiçoar, encher como a um copo que já continha uma parte. Achavam eles que o que haviam feito seus pais no sentido de impor impedimento ao andamento do plano de Deus tinha sido muito pouco cabendo a eles, escribas e fariseus, a responsabilidade de completar a obra inacabada que eles herdaram. Assim sendo, nem sequer se davam ao trabalho de examinar as Escrituras para ver se Cristo preenchia as expectativas ali apresentadas. Viam-se na obrigação de partir contra Ele para impedir Sua obra. E, nessa sanha de por impedimento à obra do Mestre, faziam questão de não apenas fazer igual aos seus pais mas de ir adiante e aperfeiçoar tudo quanto fora feito por eles.

"Serpentes, raça de víboras..."
A víbora é má por natureza. Em identificá-los com esta o Senhor JESUS nada mais queria dizer senão que sua natureza espiritual era péssima, cheia de veneno mortífero. Ao invés de transmitir bem-estar àqueles que deles se aproximavam constituíam-se para estes em perigo. A víbora só instila veneno. E não é verdade que certos líderes religiosos fazem questão de imitar os escribas e fariseus nesse sentido?! Quantos líderes religiosos que infundem medo às pessoas que deles precisam se aproximar! Colocam-se num pedestal tão alto que as pessoas temem até o olhar para cima, para não falarmos que sentem grande dificuldade para palmilhar os degraus da escada que leva até eles! E quantos líderes religiosos que só sabem transmitir para os seus liderados um sentimento de medo, de menosprezo às pessoas, de repulsa, etc! A estes, sem dúvida, JESUS chamaria de serpentes, raça de víboras. Raça aqui quer dizer geração de víboras.

"Como escapareis da condenação do inferno?"
A pessoa, para entrar no céu precisa participar da natureza de Deus que se revela em bondade, pureza e amor. A serpente é pérfida e má. Assim sendo não pode haver nem sombra de harmonia entre aquele que se apresenta com a natureza da víbora e Deus, logo, como haverá ela de escapar da condenação do inferno?!

"...e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade".
A incredulidade, depois de ultrapassar um certo limite não admite mais paradeiro, nem mesmo diante da maior evidência da verdade. Por esse motivo JESUS pode dizer que eles vão continuar perseguindo e matando os servos de Deus a eles enviados. Que triste situação a daqueles a que JESUS Se dirige! E, visto que se identificam na prática da maldade com os que os precederam identificar-se-ão também no castigo a receber.


(Jornal de Oração)



Nenhum comentário:

Postar um comentário