"Alimpai-vos pois do fermento velho, para que sejais uma nova massa..." (I Co 5.7)
A VERDADE EXPLICADA:
Durante o tempo em que o Senhor JESUS esteve aqui na Terra cumprindo o Seu ministério, usou formas variadas para ensinar aos Seus discípulos. Ministrou longas palestras, pronunciou vários conselhos, proferiu sérias declarações e ainda fez agudas advertências. Os conselhos foram arquivados, as declarações ouvidas, mas as advertências em sua maioria foram esquecidas.
E isto acontece hoje. Pouca gente observa e atenta para as placas de advertência nas autoestradas; entretanto, todos dispensam sua atenção para os grandes outdoors com mensagens comerciais afixados ao longe das estradas.
Entre todas as advertências do Mestre, existe uma que por certo é a mais desprezada, a menos obedecida: "Acautelai-vos do fermento dos fariseus..." (Mt 16.6).
O que Ele queria dizer com isso? Seria por acaso alguma família de comerciantes fariseus que em seu supermercado estaria vendendo fermento contaminado? Ou então estaria JESUS proibindo os discípulos de fabricarem o seu pão com o fermento que os fariseus usavam? Não, absolutamente! Ele estava alertando os Seus ouvintes a não se contaminarem com a doutrina dos fariseus. Mas por que o Mestre comparou esta falsa doutrina com o fermento?
Não é preciso ser nenhum padeiro-chefe para ter conhecimento das propriedades do fermento. Uma pequena quantidade deste pó branco e fino é capaz de alterar todo o resultado que se espera de qualquer receita. Da mesma forma as ideias dos fariseus, por mais que parecessem suaves e refinadas, poderiam influenciar sensivelmente a estrutura espiritual de seus discípulos. Mas que fermento perigoso seria este? Que doutrina, afinal, estava sendo tão combatida por JESUS?
Os fariseus eram os responsáveis por um pernicioso trabalho de inversão de valores. Eles estavam sempre se preocupando com a aparência exterior, com o que as pessoas estariam pensando deles. Como disse JESUS, eles amavam os primeiros assentos nas sinagogas e as saudações nas praças; eram como sepulcros caiados, formosos por fora, mas por dentro apenas imundície e podridão (Mt 23.6,27). Criam apenas no que podiam ver, na aparência, na imagem, no exterior; por este motivo, preocupavam-se em como poderiam influenciar as pessoas através do visual, da fachada; por isso foram chamados de hipócritas sete vezes numa mesma ocasião por JESUS (Mt 23.13,29). Eles estavam invertendo a atuação da fé.
Por mais fermento que se coloque em uma massa, o seu conteúdo nutritivo continua inalterado; porém uma pitada de fermento é poderosa para alterar radicalmente a estrutura da massa, quando esta passar pelo fogo.
E nós, como estamos? Que definição temos dado ao fermento? Como o estamos usando na receita de nossas vidas? Será que estamos sendo conhecidos pelo que somos ou pelo que apresentamos ser? Com tristeza reconhecemos que temos apresentado ao mundo uma ideia errada de nós. Somos conhecidos como as pessoas do "NÃO"!
- Aquele ali é um daqueles que não podem beber...
- Olha só! Aquela lá é um daqueles que não podem dançar!
- Esse aí é um daqueles que não podem entrar em boates. É o que dizem de nós.
Estamos sendo conhecidos pelo que NÃO fazemos e pelo que deixamos de fazer. Na realidade, deveríamos ser conhecidos pelo que somos.
- Lá vai um daqueles que se amam como irmãos.
- Aqueles dois lá são daqueles que só falam a verdade.
- Aquela ali é outra daqueles que estão sempre felizes.
- Esse é outro daqueles que falam bem até dos inimigos.
Que possamos hoje dar a devida atenção à advertência do nosso guia, JESUS, e juntos comecemos a eliminar todo o fermento maléfico dos fariseus existentes em nosso meio. Que o fermento da fé pura e cristalina possa atuar em toda a nossa estrutura e não apenas em nossa aparência. Que possamos transmitir Cristo aos homens pelo que somos e não pelo que aparentamos ser.
"Alimpai-vos pois do fermento velho, para que sejais uma nova massa..." (I Co 5.7)
(MP 1197/Jan.1987)
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