"Nós que conhecemos as Escrituras Sagradas, todavia, não devemos ficar surpresos por nenhum destes fatos, pois, como profeticamente predisse o Senhor JESUS, chegaria um tempo em que os homens não seriam assaltados apenas pelo medo relativo às guerras, mas haveria sofrimentos associados apenas a 'rumores de guerras'".
A VERDADE EXPLICADA:
Há um país, até pouco tempo desconhecido por grande parte do mundo ocidental, que nos últimos meses tem se tornado presença constante em nossos noticiários: a Coréia do Norte. A origem deste país remonta ao período posterior à Segunda Guerra Mundial; com a polarização do mundo sob a influência dos conflitos políticos-ideológicos entre Estados Unidos e a extinta União Soviética, houve um cisma no interior da então unificada Coréia. O paralelo 38º foi assumido como limite geográfico separando os dois novos territórios nascentes: o sul capitalista e o norte socialista.
A formação das duas novas nações deu-se mediante forte conflito que perdurou naquela área entre os anos de 1950 e 1953, mas desde 1948, sob a influência direta dos Estados Unidos e da China -- grande apoiadora dos soviéticos na região, as tensões já estavam estabelecidas. Somente após a morte de mais de 4 milhões de pessoas, entre militares e civis de ambos territórios, os países resolvem assinar um armistício, o qual persiste precariamente até hoje como sendo o único instrumento legal que impede a eclosão de um conflito que de fato nunca cessou na região.
O regime político-econômico de Pyongyang é a síntese de um marxismo socialista com um nacionalismo extremado que encontra no culto à imagem de seus líderes a faceta mais obscura. Com a decadência do socialismo no planeta, a morte de Mao Tse Tung na China e o esfacelamento da União Soviética, a economia norte-coreana -- que chegou a ter maior destaque do que a sul-coreana na década de 1970 -- entrou em profunda crise. O ápice deste processo de desmonte econômico estabeleceu-se nos anos 90, quando uma profunda crise alimentícia colaborou diretamente para a morte de mais de um milhão de pessoas.
Com a morte do segundo ditador da história norte-coreana, Kim Jong Il, deu-se a ascensão ao poder de seu filho Kim Jong-un. É a imagem deste jovem ditador e suas declarações polêmicas que quase diariamente estampam nossos meios de comunicação.
Os direitos humanos são sistematicamente atacados na Coréia do Norte. Não há liberdade de expressão, a população não tem acesso à internet ou canais de televisão internacionais. Um dos objetivos de tais restrições é o controle e a manipulação social, uma vez que a ausência de informações sobre outros modelos sociais impede qualquer comparação, a população é induzida à ilusão de que vive no melhor país do mundo.
Como se pode perceber, não são novos nem simples os problemas na Coréia do Norte. Entretanto, recentemente, o país envolveu-se num projeto de enriquecimento de material atômico para o desenvolvimento de armamentos capazes de ataques ao mesmo tempo longos e devastadores.
A reação da comunidade internacional, como não poderia deixar de ser, foi de apreensão e de fortes sanções contra o governo norte-coreano. Todavia, a cada endurecimento de medidas promovido pelas nações mundo afora, o regime de Kim Jong-un faz novos testes, com novos mísseis, no intuito de amedrontar as nações vizinhas, ou não especialmente o Japão e Estados Unidos, por meio da demonstração do poderio bélico-armamentício de seu país. É bem verdade que, para alguns analistas, as reações aparentemente irresponsáveis e incontroladas do ditador da Coréia do Norte fazem parte de uma estratégia de sobrevivência político-militar, por meio da qual assume-se uma postura de ameaçadora com o intuito de conquistar-se o respeito, e até mesmo o medo dos declarados inimigos políticos.
Nós que conhecemos as Escrituras, todavia, não devemos ficar surpresos por nenhum destes fatos, pois, como profeticamente predisse o Senhor JESUS, chegaria um tempo em que os homens não seriam assaltados apenas pelo medo relativo às guerras, mas haveria sofrimentos associados apenas a "rumores de guerras".
JESUS discorre sobre este nível de conflito em Mateus 24.6, durante Seu sermão escatológico. Ao prever o acirramento das relações bélico-militares entre as nações no fim de todas as coisas, o Senhor alerta-nos que não devemos nos desesperar, apesar de todo o sofrimento que virá ao mundo em um futuro próximo através deste contexto bélico, mas ainda não será o fim. Deste modo, é necessário que acolhamos as palavras de JESUS com a devida atenção, segundo alguns aspectos importantes que se podem concluir a partir dela.
Em primeiro lugar, é necessário reconhecermos que, contrário a todos os prognósticos otimistas, os conflitos estão cada vez mais presentes e diluídos em nossa sociedade. No momento histórico que vivemos, não são apenas ditadores com surtos de divindade que nos assustam, mas em nosso país, por exemplo, há conflitos estabelecidos e prestes a serem deflagrados, promovidos pelos mais diversos atores: facções criminosas, milícias policiais corruptas, grupos sociais ou religiosos extremistas. Infelizmente, como apontou JESUS, este quadro só tende a piorar, causando mais insegurança e pânico naqueles que já não possuem paz e esperança.
Em segundo lugar, e esta é uma questão ao que se remete a nós diretamente, aqueles que conhecem a verdade não tem o que temer. Tendo sido antecipadamente orientados por JESUS, precisamos analisar contextos como esse da Coréia do Norte, e de todos quantos surgirem, sob a perspectiva triunfante da Igreja. Sabemos que seremos perseguidos e afligidos pelo mundo ao nosso redor (Mt 5.18-20; Jo 16.33; At 14.22), mas devemos estar convictos de que nada nem ninguém poderá nos separar do amor eterno de Deus por nós, de modo que devemos dar crédito às palavras de JESUS, e não temer o que podem fazer contra nós, pois, no máximo, tocarão em nosso corpo físico, nossa vida material -- a qual já é efêmera e instável por essência -- entretanto, estas forças da maldade, que tentam nos afligir, são incapazes de macular a obra eterna construída em nossas almas e na qual já temos crido (Mt 10.28).
Quantas Coréias do Norte ainda se levantarão até o dia glorioso do arrebatamento?! Inúmeras! Quantos Kim-Jong-un manifestar-se-ão como arrogantes forças contrárias a Cristo tentando implantar medo e pavor em nossas almas? Incontáveis! Porém, não é para estes cenários ou personagens que devemos voltar nossos olhares; ao contrário, nossa fé nos impulsiona a acreditar na esperança do Reino vindouro, no qual as injustiças e mazelas desta sociedade serão todas destruídas para dar espaço ao reinado d'Aquele que é Justo e cheio de toda bondade e amor.
A verdade da Palavra de Deus deve apaziguar nosso ser. Daqui para frente, enquanto os personagens deste enredo da trajetória humana começarem a ser finalmente nomeados, não devemos nos atemorizar, pois tais acontecimentos já foram preditos, assim como os efeitos destes sobre a população da Terra. Enquanto alguns tremerão de medo diante da possibilidade dos efeitos de uma guerra nuclear, nós -- os salvos em JESUS -- permaneceremos lutando pelo Evangelho do Reino, crédulos de que o fim certamente não virá enquanto cada um dos detalhes anunciados pelo Senhor não se cumprir.
Se alguém deve temer todo este contexto, certamente não seremos nós!
(Thiago Brazil/MP 1590/Nov.2017)
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