A VERDADE:
"Em tempos de tanta violência, de tanto ódio, de tanto desamor, minh'alma não te esqueças de agradecer, ao teu Deus, pelas bênçãos do amor!"
A VERDADE EXPLICADA:
Minh'alma, não te esqueças de agradecer ao teu Deus as bênçãos, os benefícios do amor.
Mas não quero, aqui, pensar naquele amor, cujo sentido foi esvaziado pelos dramalhões frívolos, pelas novelas baratas cujo epílogo precisa ser contemplado e julgado pelos órgãos de censura e de costumes. Não! Não quero pensar nesse amor inconsequente com que esta geração enferma, que é a nossa geração, vai sendo obrigada a conviver.
Quero pensar naquele amor da Palavra de Deus. O amor recomendado pelo apóstolo Paulo. Amor que tudo crê. Amor que tudo suporta. Amor que tudo espera. Amor que tudo sofre. Amor que é o dom supremo. Amor que nunca acabará. Amor que é essência divina. Permanecerá para sempre. Maior que a esperança. Maior que a fé. Maior que profecias. Maior que o tempo.
Quando João, o amigo dileto do Nazareno, procurou definir o Deus que o consolava e guardava nas sombras do segredo em que curtia a sua velhice, ele escreveu: "Deus é amor..." Essa é a mais feliz definição que se conseguiu de Deus. "Deus é amor!" Amor que nos resgatou; amor com que fomos arrancados do poder do pecado e da morte. Amor que abriu, de par em par, as portas dos céus, no mistério da plena reconciliação de Deus com o homem.
Em tempos de tanta violência, de tanto ódio, de tanto desamor, minh'alma não te esqueças de agradecer, ao teu Deus, pelas bênçãos do amor.
Aquele amor verdadeiro que nos faz estender a mão ajudadora ao nosso próximo, necessitado, carente, para arrancá-lo do seu fracasso e de seus desencantos, mostrando-lhe caminhos de esperança, de paz interior, de vitória completa.
Aquele amor verdadeiro que nos faz servos responsáveis de uma cruzada irresistível da transformação do mundo, pela maravilha da regeneração de homens e de mulheres, que tiveram um encontro soberano com o Deus que ama.
Aquele amor verdadeiro que nos dá forças para enfrentar e vencer instantes decisivos de nossa própria vida. E quantos foram eles! E quantas marcas foram deixando em nosso coração, em nossa maneira de ser!
Aquele amor verdadeiro que nos faz encher os olhos de lágrimas na contemplação de uma geração jovem, a geração dos nossos filhos, aviltada pelos vícios, pelas drogas, pelo amor livre, pela imoralidade, agredida por uma onda maldita de informações malsãs que, apenas, deformam e envilecem.
Aquele amor verdadeiro que nos leva a chorar com os que choram, e a sorrir com aqueles que estejam sorrindo. E como são poucos, hoje, aqueles que estão podendo sorrir...
Minh'alma, nestes tempos inseguros e perigosos que testemunhas, não te esqueças de agradecer pelas bênçãos insuperáveis do verdadeiro amor, fonte única do verdadeiro entusiasmo para a vida, presença consoladora e luminosa de Deus dentro do coração daqueles que tiveram uma experiência real e regeneradora com Ele.
Minh'alma, porque amas e porque és amada, no tempo e na eternidade, nos caminhos do hoje e nos caminhos do sempre, não te esqueças de agradecer!
IVAN ESPÍNDOLA DE ÁVILA
(J.de Oração/Jun.1984)
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