quarta-feira, 8 de maio de 2019

MONOTEÍSMO CRISTÃO - Parte IV

A VERDADE:
"Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR". (Deuteronômio 6.4)
"...mas Deus é um". (Gálatas 3.20)


A VERDADE EXPLICADA:
DEUS É ONISCIENTE
Salmos 139.1-6 nos ensina que Deus sabe todas as coisas, inclusive nossos movimentos, pensamentos, procedimentos, caminhos e palavras. Jó confessou: "Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado..." (Jó 42.2). Deus tem o conhecimento completo de todas as coisas, inclusive o conhecimento antecipado do futuro (At 2.23). Como a onipresença, a onisciência é um atributo que pertence apenas a Deus. Ele é o "Deus único" (I Tm 1.17). A Bíblia não identifica nenhum outro ser (incluindo satanás) que possa ler os pensamentos do homem, prever o futuro com exatidão, ou saber tudo o que há para ser conhecido

DEUS É ONIPOTENTE (=Todo-Poderoso)
Muitas vezes, através da Bíblia, Deus chama a Si mesmo de Todo-Poderoso (Gn 17.1; 35.11; etc). Ele detém todo o poder que existe e nenhum ser pode exercer qualquer poder que não lhe tenha sido outorgado por Deus (Rm 13.1). Apenas Deus é onipotente, pois apenas um ser pode deter todo o poder. I Timóteo (6.15) descreve Deus como "...bendito e único soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores". Os santos de Deus, nos céus, proclamarão "Aleluia; pois reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso" (Ap 19.6). Deus descreve maravilhosamente Sua grande onipotência em Jó, capítulos 38 a 41.

As únicas limitações de Deus são aquelas que Ele voluntariamente colocou sobre Si mesmo, ou aquelas resultantes de Sua natureza moral. Sendo santo e sem pecado, Ele permanece dentro de Suas próprias limitações morais. É impossível, portanto, para Deus mentir ou contradizer Sua própria Palavra (Tt 1.1; Hb 6.18).

DEUS É ETERNO
Deus é eterno, imortal e viverá para sempre (Dt 33.27; Is 9.6; I Tm 1.17). Ele é o primeiro e o último (Is 44.6). Ele não tem começo, nem terá fim; outros seres dotados de espírito, inclusive o homem, são imortais no que se refere ao futuro, mas apenas Deus é eterno no passado e no futuro.

DEUS É IMUTÁVEL (=Não muda)
O caráter e os atributos de Deus nunca mudam: "Porque eu, o SENHOR, não mudo..." (Ml 3.4). É verdade que Deus, às vezes, se arrepende (muda Seu curso de ação em relação ao homem), mas isso acontece apenas porque o homem muda suas ações. A natureza de Deus permanece a mesma; apenas Seu futuro curso de ação se modifica, para corresponder às mudanças do homem. Por exemplo, o arrependimento de Nínive fez Deus mudar Seus planos de destruir aquela cidade (Jn 3.10). A Bíblia também relata, às vezes, o arrependimento de Deus no sentido de comover-Se e entristecer-Se, mais do que no sentido de mudança de Seu pensamento (Gn 6.6).

DEUS TEM INDIVIDUALIDADE, PERSONALIDADE E RACIONALIDADE.
Deus é um ser inteligente, com vontade (Rm 9.19) e capacidade de raciocinar (Is 1.18). Ele tem uma mente inteligente (Rm 11.33, 34). O fato de o homem ser capaz de ter emoções indica que Deus tem emoções, pois o homem foi criado por Deus à Sua própria imagem (Gn 1.27). A natureza emocional essencial de Deus é o amor, mas Ele tem muitas emoções, tais como prazer, piedade ou compaixão, ódio ao pecado e zelo pela justiça (Sl 18.19; 103.13; Pv 6.16; Ex 20.5). Ele demora a Se zangar, mas pode ter Sua ira provocada (Sl 103.8); Dt 4.15). Podemos entristecer a Deus (Gn 6.6), e podemos bendizê-Lo (Sl 103.1). Suas emoções, naturalmente, transcendem nossas emoções, mas somente podemos descrevê-Lo usando os termos que descrevem as emoções humanas.

OS ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS
"Deus é amor" (I Jo 4.6, 16). O amor é a essência de Deus; Ele é Sua verdadeira natureza. Deus tem muitos outros atributos e qualidades, muitos dos quais prolongamentos de Seu amor.

A NATUREZA MORAL DE DEUS
  1. Amor (I Jo 4.8)
  2. Luz (I Jo 1.5)
  3. Santidade (I Pe 1.16)
  4. Misericórdia (Sl 103.8)
  5. Clemência (Sl 18.35)
  6. Justiça (Sl 129.4)
  7. Bondade (Rm 2.4)
  8. Perfeição (Mt 5.48)
  9. Retidão (Is 45.21)
10. Fidelidade (I Co 10.13)
11. Verdade (Jo 17.17)
12. Benignidade (Sl 103.8)

Estes atributos morais de Deus não são contraditórios; antes operam em harmonia. Por exemplo, a santidade de Deus exigiu uma separação imediata entre Deus e o homem, quando o homem pecou. A justiça e a retidão de Deus exigiam a morte como penalidade do pecado, mas o amor e a misericórdia de Deus procuraram o perdão. Deus satisfez tanto a justiça quanto a misericórdia, através da morte de JESUS no Calvário e do plano de salvação que daí resultou.

Gozamos os benefícios da misericórdia de Deus, quando aceitamos a obra expiatória de JESUS e a aplicamos à nossa vida, pela fé. Quando aceitamos, pela fé, o plano de salvação de Deus, e o obedecemos, Deus nos atribui a justiça de Cristo (Rm 3.21 a 5.21). Assim, Deus pode com justiça, nos perdoar do pecado (I Jo 1.9) e restaurar nossa comunhão com Ele, sem violar Sua santidade.

A morte de JESUS, inocente e sem pecado, e atribuição da justiça de Cristo em nós satisfizeram a justiça e a santidade de Deus. Se, entretanto, rejeitarmos a expiação de Cristo, seremos deixados sós, face a face com o juízo de Deus. Nesse caso, Sua santidade exige separação do homem pecador e Sua justiça exige a morte para aquele que pecou. Desse modo, a justiça e a misericórdia são aspectos complementares, não contraditórios da natureza de Deus, assim como o são a santidade e o amor. Se aceitamos o amor e a misericórdia de Deus, Ele nos ajuda a satisfazer Sua justiça e santidade. Se rejeitarmos o amor e a misericórdia de Deus, temos que enfrentar, sozinhos, Sua justiça e santidade (Rm 11.22).

A lista anterior não contém, naturalmente, de modo exaustivo, as qualidades de Deus. Deus é transcendental e nenhum ser humano pode compreendê-Lo completamente, "...porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos". (Is 55.8, 9). "Oh, profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como do conhecimento Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem pois, conheceu a mente do Senhor? ou quem foi o seu conselheiro?" (Rm 11.33, 34).


continua...
(David K.Bernard)


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