sexta-feira, 24 de junho de 2022

A VONTADE DE DEUS E AS VOCAÇÕES PROFISSIONAIS

 A VERDADE:

"No mundo moderno, o conceito de vocação profissional está bem mais desenvolvido do que nos dias em que a Bíblia foi escrita. Além da densidade demográfica ser bem menor do que é hoje, ainda não se conhecia o que o homem de agora conhece, em termos de tecnologia e de avanços científicos; e, enquanto as profissões eram uma continuação natural das atividades desempenhadas pelo pai de família, hoje cada um tem o direito de fazer a escolha que mais lhe agradar".


A VERDADE EXPLICADA:

“...do trabalho das tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem...” (Sl 128.2)

A Bíblia é um livro completo, pois trata dos interesses do homem, mostrando-lhe caminhos que visam a sua felicidade. Ela se ocupa das experiências comuns da vida como o nascimento, casamento, vocação e morte, revelando o interesse de Deus em atuar em todas essas fases, dando a Sua bênção e oferecendo a Sua orientação.

Muitos homens, cujos nomes foram registrados na Bíblia, fazem-se conhecer a nós com suas respectivas profissões, como Tubal Caim, que era mestre em toda a obra de ferro; Ninrode, que era um caçador; Davi, pastor de ovelhas; Caim, lavrador; José (do Egito), administrador; Bezaleel, hábil artífice; Mateus, cobrador de impostos; Lucas, médico; Pedro, pescador; Paulo, fabricante de tendas; Dorcas, costureira; JESUS, carpinteiro; Lídia, vendedora; Cornélio, comandante de cem soldados, e assim por diante. Desde as mais nobres profissões até as inferiores, como o exercício da magia por Simão (At 8.9) ou a confecção de nichos de prata com a esfinge de Diana (At 19.27), em Éfeso, são-nos apresentados na Bíblia.

Embora apresente várias áreas da atividade humana, tendo por finalidade a manutenção do sustento daqueles cujas vidas são destacadas, a Bíblia tem a sua ênfase na vocação ministerial, por ser o terreno espiritual a sua prioridade. Entretanto, ela faz exigências sobre o trabalho, que devem ser observadas como: “...seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra...” (Ex 20.9), referindo-se ao período de trabalho no decorrer de uma semana; “...se alguém não quiser trabalhar não coma também...” (II Ts 3.10). O apóstolo Paulo lembra aos irmãos de Tessalônica o quanto trabalhou para não depender deles: “...porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós...” (I Ts 2.9).

No mundo moderno, o conceito de vocação profissional está bem mais desenvolvido do que nos dias em que a Bíblia foi escrita. Além da densidade demográfica ser bem menor do que é hoje, ainda não se conhecia o que o homem de agora conhece, em termos de tecnologia e de avanços científicos; e, enquanto as profissões eram uma continuação natural das atividades desempenhadas pelo pai de família, hoje cada um tem o direito de fazer a escolha que mais lhe agradar.

O termo “vocação” está bastante secularizado. O Dicionário de Filosofia, de Nicola Abbagnano, diz que o termo foi originalmente usado pelo apóstolo Paulo, em Primeira aos Coríntios (7.20): “...cada um fique na vocação em que foi chamado...” A palavra vocação é hoje um conceito pedagógico e significa a profissão para qualquer ocupação, profissão ou atividade.

Esta é, aliás, uma preocupação que começa com os pais quando o filho é ainda criança e não tem a mínima noção do que pretenderá ser. A experiência de ter um filho que não optou por uma profissão excessivamente honrosa é consideravelmente frustradora para alguns pais. No passado, o trabalho era uma imitação da natureza; hoje, é uma expressão da livre iniciativa humana.

Nos primórdios da civilização, os trabalhos desenvolvidos pelo homem eram manuais. Com o tempo passou dos trabalhos manuais para os artesanais. Começou o homem, então, a produzir coisas por conta própria. Nesse período, o instrumento de trabalho era o utensílio. Mais tarde, o homem entrou na era industrial e, a partir daí, utilizou-se da máquina. Começando com o vapor, depois com o petróleo e a eletricidade, avançou à eletrônica. Vivemos na era dos computadores.

No passado, as áreas de implementações trabalhistas eram restritas; hoje elas seguem uma distribuição ampla dentro de cada setor. Assim, o médico, que antigamente tinha de fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para salvar um paciente, hoje cuida apenas de sua especialidade médica; ou cardiologia, ou oftalmologia, ou urologia, ou cancerologia, e assim por diante. O mesmo critério é desenvolvido na engenharia, no direito, na odontologia, na psicologia, como em todas as demais ciências humanas, ampliando o quadro de opções, bem como criando mais oportunidades de trabalho.

Embora não haja na Bíblia nenhuma diretriz para a escolha de uma profissão, de maneira direta, podemos, a partir do bom senso cristão, optar por um caminho coerente, sábio e digno de bênção de Deus. O doutor Trueblood observa: “Se o nosso mundo é de Deus, qualquer trabalho verdadeiro para a melhora da vida do homem é uma tarefa sagrada e deve ser empreendido com este aspecto em mente.”

Há, evidentemente, carreiras que não podem compactuar com a fé cristã. Essas devem ser descartadas, enquanto que outras, nobres, poderão, não apenas trazer realização pessoal, como também servir de ponte para o testemunho ardente de uma vida em Cristo. Médicos tem levado pessoas a Cristo no leito de dor. Professores tem testificado de JESUS aos seus alunos, valendo-se de seu horário de aula. Jornalistas tem-se aproveitado do espaço de sua competência para incluir uma mensagem de Cristo nos jornais. Não há limites para a propagação do Evangelho, e os profissionais crentes, sem pretender roubar o tempo dos seus patrões, podem, de maneira inteligente, valer-se do seu trabalho para comunicarem Cristo ao próximo.

A obra missionária está prejudicada pelo controle imigratório de missionários em muitos países. Eles rejeitam os religiosos, mas clamam por técnicos. Tem sido bom para o Evangelho, técnicos levarem para lá a sua semente. Deus está nisso.

Algumas perguntas que se deve fazer.

Se você está diante de uma escolha e quer saber se esta é a carreira ideal para a sua vida, pergunte a si mesmo:

1. Por que esta profissão?

2. Ela é compatível com a minha fé?

3. Estou escolhendo esta carreira por vocação ou por falta de uma opção melhor?

4. Tenho certeza de que é isto que quero?

5. Sinto que serei uma pessoa realizada nesta profissão?

6. Tenho queda para exercer esta profissão ou apenas acho que posso?

7. Recebo incentivo por esta decisão ou tentam-me desanimar? Por que?

8. Posso fazer desta profissão uma bênção para a minha vida, bem como para a obra de Deus?

9. Costumo interromper tudo o que começo ou sempre vou até o fim?

Tente levantar outras questões em que todas as implicações (positivas ou negativas) possam ser conhecidas, a fim de que não se torne um profissional frustrado, mas feliz e certo de estar no centro da vontade de Deus.


Por: Walter Brunelli

(Fonte: MP 1247/Jan.1991)

sexta-feira, 17 de junho de 2022

A PROFISSÃO DE FÉ SEM A VIDA DE FÉ (O pecado da hipocrisia)

A VERDADE:

"Quem pratica a vontade de Deus é aquele que deixa tudo para seguir a Cristo. Qualquer outra coisa não passa de religião fútil, e somente pode confirmar a condenação da alma para o inferno".


A VERDADE EXPLICADA:

Ninguém quer ficar sabendo, hoje em dia, que deve deixar o mundo para trás e sair para Cristo “...fora do arraial, levando o seu vitupério...” (Hb 13.13). Não querem fazer como Moisés que recusou ser chamado filho da filha de Faraó: preferiu sofrer aflições com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; por isso, abandonou o Egito! (Hb 11.24,25). Deve haver uma recusa do mundo e uma escolha de seguir a Cristo. O mundo tem de ser deixado para trás!

Trata-se do ímpio deixar o seu caminho; seu caminho de egoísmo, de orgulho, de rebeldia; trata-se do iníquo deixar os seus pensamentos de incredulidade, soberba, concupiscência e obstinação; haverá a conversão a Cristo, com arrependimento genuíno, antes de poder haver perdão, livramento e misericórdia em JESUS (Is 55.7).

Nosso bendito Senhor JESUS disse que Ele teria misericórdia mas somente segundo as condições d’Ele, de entrega total a Ele. Por quê? Porque Ele é Senhor e você não pode entrar no Seu reino, nem participar da Sua salvação sem humilhar-se e entregar a Ele a totalidade de sua vida. Em Salmos (51.17) está escrito que “...sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus”. Trata-se de um coração contrito e de um espírito quebrantado diante de Deus; qualquer coisa menos do que isso não passa de HIPOCRISIA! Como Cristo levará ao céu quem continua sendo rebelde de coração, quem não O ama, quem ainda anseia por outros amores? Que salvação há para aquele que ama o mundo e tudo o que nele há mais do que Aquele que Se entregou para libertá-lo desse mundo vil?!

É essencial que você seja honesto com Deus, que deponha as armas da rebelião, que abra mão deste mundo para não ir para o inferno. JESUS disse pessoalmente: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.21-23). Mateus está explicando, portanto, que somente os participantes da vontade de Deus entrarão no céu.

Que é, pois, a vontade de Deus? JESUS nos diz: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus...” (Mt 5.3). O homem que pratica a vontade de Deus é aquele que vem com humildade de espírito, com coração contrito, confessando-se pecador diante de Deus. E continua: “...bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados...” (Mt 5.4). O homem que pratica a vontade de Deus é aquele que chora seus pecados e lastima sua falta de conformidade à vontade de Cristo, e sua incapacidade de produzir alguma boa obra que seja aceitável diante de Deus para sua salvação e justificação.

JESUS diz: “...bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos...” (Mt 5.6). O praticante da vontade de Deus tem fome e sede daquela justiça que se acha exclusivamente no Senhor JESUS Cristo. Ter fome e sede de Cristo é um dos sinais mais abençoados da verdadeira obra da graça no coração; esse desejo de ser d’Ele, de conhecê-Lo, de ser somente d’Ele numa entrega total a Ele: “Não seja feita a minha vontade, mas a tua...” É pôr em prática aquilo que o apóstolo Paulo disse: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor...” (Fp 3.7,8). Quem pratica a vontade de Deus é aquele que deixa tudo para seguir a Cristo. Qualquer outra coisa não passa de religião fútil, e somente pode confirmar a condenação da alma para o inferno.

Lemos ainda: “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação... Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação...” (I Ts 4.3,7). Se a nossa vida não produz os frutos da santificação e da pureza, não somos salvos! Não passamos de hipócritas com uma camada de tinta, que permanecemos sob o juízo divino!

Podemos passar a mencionar, ainda, que a vontade de Deus é que nos arrependamos (At 17.30); que produzamos os frutos do arrependimento (II Co 7.10,11); que creiamos no Senhor JESUS Cristo e que nos amemos uns aos outros (I Jo 3.23); que, além de crermos n’Ele, soframos por amor a Ele (Fp 1.29); que oremos (Ef 6.18); que ofereçamos continuamente sacrifício de louvor (Hb 13.15); que nos guardemos incontaminados do mundo (Tg 1.27); que procuremos o bem do próximo (Rm 15.2); que sejamos testemunhas d’Ele e da Sua graça salvadora (At 1.8) e que O aguardemos dos céus (I Ts 1.10).

Reconheço que é necessário que todas essas coisas sejam operadas em nosso entendimento e em nossa vontade pelo Espírito Santo, mas, louvado seja Seu santo Nome, é essa a obra a que Ele foi enviado para realizar! (Jo 16.7-11). Confio n’Ele para fazer assim, lembrando-me da Sua Palavra: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados... aquele (Cristo) que não conheceu pecado, ele (Deus) o fez pecado por nós; para que nele (Cristo) fôssemos feitos justiça de Deus...” (II Co 5.19-21).

Essa, pois, é a mensagem de Deus para nosso coração. E quem despreza a mensagem de Deus, Suas advertências e Sua chamada ao arrependimento, não está desprezando o homem, mas a Deus, que nos deu Sua Palavra mediante Seu Espírito Santo (I Ts 4.8). Conclamamos, pois, a um quebrantamento dos corações arrependidos diante do Senhor JESUS, a fim de conformarmos a nossa vocação e eleição (II Pe 1.10).


Por: L.R.Shelton Jr. 

(Fonte: MP 1249/Março 1991)

sexta-feira, 10 de junho de 2022

A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO

 A VERDADE:

"Aquele filho era abençoado na casa do pai e tinha a verdadeira liberdade, mas seu coração estava sempre inquieto. Ele achava que somente as outras pessoas eram felizes e que o pai o estava privando de tantas coisas, quando na verdade ele estava protegendo-o. Então ele achou melhor ouvir a 'voz do seu coração' e foi experimentar os prazeres do mundo, sem medir as consequências..."


A VERDADE EXPLICADA:

JESUS contou nessa parábola que um pai tinha dois filhos. Certo dia, o filho mais novo quis receber sua parte da herança que tinha por direito e pediu ao pai, que lhe concedeu. Ao receber, ele saiu de casa e foi cuidar da sua própria vida de forma irresponsável. O outro filho também recebeu sua parte da herança, mas ficou ao lado do pai.

Como o filho caçula queria se sentir livre e 'curtir a vida', ele viveu cada dia como se fosse o último e conheceu novos amigos, passou a frequentar todas as festas, envolveu-se com prostitutas, bebedeira etc. Porém, como qualquer jovem cheio de vigor e vontade de viver, ele jamais imaginaria que um dia toda essa 'farra' poderia se tornar um pesadelo. O seu dinheiro acabou e com isso seus 'amigos' o abandonaram, as garotas de programa não puderam mais acariciá-lo, e ele se viu na pior situação que um ser humano pode chegar – no fundo do poço, sem nenhuma dignidade. Como se não bastasse, a fome chegou em sua região e ele começou a passar necessidades. Um dos cidadãos daquela terra o mandou para os campos para cuidar dos porcos, e seu desespero foi tão grande que ele desejava comer a comida dos porcos, mas ninguém lhe dava nada!

Que situação trágica! JESUS quis mostrar, através dessa parábola, que o povo de Israel também estava assim. Ele tinha de tudo junto do Pai, mas preferiu virar as costas para Deus e viver da sua própria maneira. Mas hoje, será que nós também não temos agido assim? Pensamos que somos fortes o bastante, temos o direito de sermos abençoados, sabemos como dirigir a nossa vida, mas tudo, porém, sem a ajuda de Deus. Se você estiver construindo sua vida dessa maneira, cuidado: uma hora tudo pode dar errado. JESUS disse que aqueles que ouvem as Suas palavras, mas não praticam, são pessoas insensatas que construíram sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda. (Mt 7.26,27).

Aquele filho era abençoado na casa do pai e tinha a verdadeira liberdade, mas seu coração estava sempre inquieto. Ele achava que somente as outras pessoas eram felizes e que o pai o estava privando de tantas coisas, quando na verdade ele estava protegendo-o. Então ele achou melhor ouvir a 'voz do seu coração' e foi experimentar os prazeres do mundo, sem medir as consequências. Até que os tempos difíceis vieram e ele viu a grande besteira que cometeu. O inimigo (satanás), estava por trás de tudo e conseguiu humilhá-lo e tirar tudo de bom que ele havia aprendido em sua casa com o pai. Mas, graças a Deus, o inimigo não conseguiu roubar daquele jovem a sua fé e esperança. Ele então, lembrou-se dos tempos bons de fartura que viveu com seu pai, em que nada lhe faltava! Veja como foi o momento do seu arrependimento e reencontro com seu pai:

"E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés.” (Lc 15.17-22).

Quero dizer algo a você que está lendo essa mensagem: Se você se identificou com a história desse filho que estava disposto a ser feliz acima de tudo, mas se esqueceu que a verdadeira felicidade só podia ser vivida junto ao pai, saiba que Deus ainda te espera de braços abertos! Ele quer te dar um abraço muito apertado e dizer o quanto Ele te ama! Ele é um Deus de segunda chance! Ele não te acusa nem joga pedras quando você erra. Pelo contrário, a Bíblia diz que Deus colocou todos nossos pecados sobre JESUS na cruz, para que hoje, nós pudéssemos ser perdoados e aceitos novamente por Deus.

“Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (II Co 5.21)

Agora, tudo o que você precisa fazer é arrepender-se de seus pecados, aceitar pela fé o perdão e voltar para os caminhos de Deus. Ele tem uma herança eterna para você e promessas para sua vida muito maiores do que você jamais imaginou!

“Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós...” (Ef 3.20)

Talvez você nunca saiu da casa do Pai… Porém, mesmo estando na igreja, você tem se afastado de Deus e não tem valorizado o sacrifício que Cristo fez por você. Você deixou de buscar as coisas do Alto e sua vida perdeu o sentido. Você não sente mais a alegria de servir a Deus e parece que seu coração se esfriou, pois suas orações são vazias e sem fé. Saiba que você precisa estar em comunhão com Deus não só quando as dificuldades vêm, mas para que o Senhor possa cumprir tudo o que Ele quer fazer na sua vida e através de você. O tempo de se arrepender é hoje! Na casa do Pai tem fartura para você! Por isso, tenha a mesma atitude deste filho pródigo. Arrependa-se e volte. Deus devolverá suas vestes, seu anel e as suas sandálias. Ele é o Deus da restituição!


(Fonte: Toque em Cristo)

sexta-feira, 3 de junho de 2022

A NATUREZA MISSIONÁRIA DA IGREJA

 A VERDADE:

"A revelação do invisível Senhor Soberano, Criador de todas as coisas, foi patente em JESUS de Nazaré. O Filho Unigênito trouxe a glória real do Único Deus verdadeiro e a fez brilhar através de Sua vida e palavras". 


A VERDADE EXPLICADA:

A Igreja é o agente de Deus no mundo para cumprir a Sua vontade. Essa vontade se resume em sua missão. Quando se fala de Igreja, trata-se de todos os salvos que pertencem ao Corpo vivo de Cristo, os que pelo poder do Espírito Santo foram regenerados e incorporados nesse único Corpo de Cristo na terra (I Co 12.12,13). Falar da natureza missionária da Igreja significa falar da responsabilidade que Deus passou para Seus escolhidos. Ficará evidente a natureza missionária desse povo sempre que ela fica orientada pela Palavra inspirada por Deus. Não é por raciocínio humano que se descobre essa natureza missionária. H.Kraemer escreveu em The Christian Message in a NonChristian World, 1938, “A igreja [...] unicamente de todas as instituições no mundo é fundada numa comissão divina”.

A natureza missionária da Igreja tem sua fonte, modelo e continuação na missão de JESUS Cristo.


JESUS Cristo veio revelar Deus aos cegos e ignorantes. O Apóstolo João fala claramente que a encarnação do Verbo (Jo 1.14) ocorreu para tornar Deus conhecido à criatura humana (Jo 1.18). A revelação do invisível Senhor Soberano, Criador de todas as coisas, foi patente em JESUS de Nazaré. O Filho Unigênito trouxe a glória real do Único Deus verdadeiro e a fez brilhar através de Sua vida e palavras. João, um dos Seus seguidores, comentou: “...e o Verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos a sua glória, como do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14).

Para Filipe, que queria ver o Pai, JESUS respondeu: “...quem me vê a mim vê o Pai... não crês tú que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo,não as digo de mim mesmo, mas o Pai que está em mim, é quem faz as obras” (Jo 14.9,10).

Na Sua oração sacerdotal, JESUS declarou “...eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer (...) revelei teu nome àqueles que do mundo me deste. Eles eram teus: tu os deste a mim, e eles tem obedecido à tua palavra” (Jo 17.4,6).

Ver a JESUS, portanto, e aceitar Sua missão como a revelação genuína e única do Pai, significa receber vida eterna. JESUS recebeu autoridade sobre toda a humanidade para conceder vida eterna aos que o Pai lhe deu. Essa vida é explicada em termos de “...conhecer o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem ele enviou” (Jo 20.31). No evangelho de João, crer, ver e conhecer são termos sinônimos no que diz respeito à vida espiritual. A cegueira imposta pelo ‘deus’ deste século e a ignorância espiritual são vencidas pelo relacionamento com JESUS Cristo marcado pela fé e amor.


JESUS Cristo veio para salvar os perdidos – Os outros evangelistas descrevem a missão de JESUS em termos de salvação. O nome de JESUS, que o anjo mandou José dar ao filho de Maria logo depois de nascer, significa, Jahweh salva, “...porque ele salvará seu povo dos seus pecados”. Salvação quer dizer “livramento”, “libertação” ou “cura”, como podemos notar em Marcos (5.28). Aí a mulher com a hemorragia pensava “...se eu tão-somente tocar em seu manto, ficarei curada...” A palavra de JESUS para ela foi “...filha, tua fé te salvou...”. Lucas encerra sua narrativa sobre Zaqueu, chefe dos publicanos com a seguinte declaração abrangente: “...pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido...” (Lc 19.10; Mc 10.45). Claramente, JESUS teve a missão de salvar pecadores.

JESUS leu Isaias (61) na sinagoga de Nazaré, o que Lhe deu uma abertura para declarar Sua missão em termos de pregar Boas Novas aos pobres, proclamar liberdade aos presos, recuperar a vista aos cegos e libertar os oprimidos. Anunciava a chegada do ano da graça do Senhor (Lc 4.18,19). A missão de JESUS, confirmada neste texto, mostra que salvação se direciona em favor dos necessitados e oprimidos.

Examine os ensinamentos, inclusive as parábolas. JESUS deixou bem claro que esta salvação não idealizava uma rebelião contra o Império Romano, visando à liberdade política, mas uma mudança mais duradoura, mais profunda e espiritual. Seria nada menos do que perdão dos pecados e afastamento da ira divina. Houve uma ocasião em que JESUS curou um paralítico que quatro amigos trouxeram, e baixaram, com sua maca, numa abertura no telhado. A este JESUS declarou, “...filho, os teus pecados estão perdoados...” (Mc 2.5). O Reino de Deus que JESUS encarnava em Si próprio incluía a cura para o corpo e perdão para a alma. Onde quer que JESUS andava, Ele demonstrava que o Reino que se manifestava em Si transformava corpos, mas principalmente almas.

A missão de JESUS também, deu muita importância ao ensino dos Seus discípulos. A escola de JESUS tratou o caráter do discípulo no Sermão do Monte, a natureza e centralidade do Reino e da graça de Deus nas parábolas, a necessidade de arrependimento, o negar-se a si mesmo, o carregar a cruz e seguir a JESUS para alcançar a vida. O Mestre não Se omitiu de ensinar pela prática, enviando os discípulos na missão de anunciar a proximidade do Reino, expulsar demônios, curar os enfermos e viver pela fé.


Autor: RUSSEL PHILIP SHEDD

(Fonte: MP. 1554/Nov.2014)