A VERDADE:
"Quem pratica a vontade de Deus é aquele que deixa tudo para seguir a Cristo. Qualquer outra coisa não passa de religião fútil, e somente pode confirmar a condenação da alma para o inferno".
A VERDADE EXPLICADA:
Ninguém quer ficar sabendo, hoje em dia, que deve deixar o mundo para trás e sair para Cristo “...fora do arraial, levando o seu vitupério...” (Hb 13.13). Não querem fazer como Moisés que recusou ser chamado filho da filha de Faraó: preferiu sofrer aflições com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; por isso, abandonou o Egito! (Hb 11.24,25). Deve haver uma recusa do mundo e uma escolha de seguir a Cristo. O mundo tem de ser deixado para trás!
Trata-se do ímpio deixar o seu caminho; seu caminho de egoísmo, de orgulho, de rebeldia; trata-se do iníquo deixar os seus pensamentos de incredulidade, soberba, concupiscência e obstinação; haverá a conversão a Cristo, com arrependimento genuíno, antes de poder haver perdão, livramento e misericórdia em JESUS (Is 55.7).
Nosso bendito Senhor JESUS disse que Ele teria misericórdia mas somente segundo as condições d’Ele, de entrega total a Ele. Por quê? Porque Ele é Senhor e você não pode entrar no Seu reino, nem participar da Sua salvação sem humilhar-se e entregar a Ele a totalidade de sua vida. Em Salmos (51.17) está escrito que “...sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus”. Trata-se de um coração contrito e de um espírito quebrantado diante de Deus; qualquer coisa menos do que isso não passa de HIPOCRISIA! Como Cristo levará ao céu quem continua sendo rebelde de coração, quem não O ama, quem ainda anseia por outros amores? Que salvação há para aquele que ama o mundo e tudo o que nele há mais do que Aquele que Se entregou para libertá-lo desse mundo vil?!
É essencial que você seja honesto com Deus, que deponha as armas da rebelião, que abra mão deste mundo para não ir para o inferno. JESUS disse pessoalmente: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.21-23). Mateus está explicando, portanto, que somente os participantes da vontade de Deus entrarão no céu.
Que é, pois, a vontade de Deus? JESUS nos diz: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus...” (Mt 5.3). O homem que pratica a vontade de Deus é aquele que vem com humildade de espírito, com coração contrito, confessando-se pecador diante de Deus. E continua: “...bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados...” (Mt 5.4). O homem que pratica a vontade de Deus é aquele que chora seus pecados e lastima sua falta de conformidade à vontade de Cristo, e sua incapacidade de produzir alguma boa obra que seja aceitável diante de Deus para sua salvação e justificação.
JESUS diz: “...bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos...” (Mt 5.6). O praticante da vontade de Deus tem fome e sede daquela justiça que se acha exclusivamente no Senhor JESUS Cristo. Ter fome e sede de Cristo é um dos sinais mais abençoados da verdadeira obra da graça no coração; esse desejo de ser d’Ele, de conhecê-Lo, de ser somente d’Ele numa entrega total a Ele: “Não seja feita a minha vontade, mas a tua...” É pôr em prática aquilo que o apóstolo Paulo disse: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor...” (Fp 3.7,8). Quem pratica a vontade de Deus é aquele que deixa tudo para seguir a Cristo. Qualquer outra coisa não passa de religião fútil, e somente pode confirmar a condenação da alma para o inferno.
Lemos ainda: “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação... Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação...” (I Ts 4.3,7). Se a nossa vida não produz os frutos da santificação e da pureza, não somos salvos! Não passamos de hipócritas com uma camada de tinta, que permanecemos sob o juízo divino!
Podemos passar a mencionar, ainda, que a vontade de Deus é que nos arrependamos (At 17.30); que produzamos os frutos do arrependimento (II Co 7.10,11); que creiamos no Senhor JESUS Cristo e que nos amemos uns aos outros (I Jo 3.23); que, além de crermos n’Ele, soframos por amor a Ele (Fp 1.29); que oremos (Ef 6.18); que ofereçamos continuamente sacrifício de louvor (Hb 13.15); que nos guardemos incontaminados do mundo (Tg 1.27); que procuremos o bem do próximo (Rm 15.2); que sejamos testemunhas d’Ele e da Sua graça salvadora (At 1.8) e que O aguardemos dos céus (I Ts 1.10).
Reconheço que é necessário que todas essas coisas sejam operadas em nosso entendimento e em nossa vontade pelo Espírito Santo, mas, louvado seja Seu santo Nome, é essa a obra a que Ele foi enviado para realizar! (Jo 16.7-11). Confio n’Ele para fazer assim, lembrando-me da Sua Palavra: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados... aquele (Cristo) que não conheceu pecado, ele (Deus) o fez pecado por nós; para que nele (Cristo) fôssemos feitos justiça de Deus...” (II Co 5.19-21).
Essa, pois, é a mensagem de Deus para nosso coração. E quem despreza a mensagem de Deus, Suas advertências e Sua chamada ao arrependimento, não está desprezando o homem, mas a Deus, que nos deu Sua Palavra mediante Seu Espírito Santo (I Ts 4.8). Conclamamos, pois, a um quebrantamento dos corações arrependidos diante do Senhor JESUS, a fim de conformarmos a nossa vocação e eleição (II Pe 1.10).
Por: L.R.Shelton Jr.
(Fonte: MP 1249/Março 1991)
Nenhum comentário:
Postar um comentário