A VERDADE:
O conceito de família estava confuso hoje. Há confusão de papéis. O novo código civil parece não reconhecer a diferença de papéis. Reconhece-se a legitimidade de relações que a Bíblia chama de adultério. As relações homossexuais estão se tornando cada vez mais aceitáveis. A infidelidade atinge mais de 50% dos casais. O índice de divórcio aumenta assustadoramente. A cultura pós-moderna está voltando às mesmas práticas reprováveis nos tempos primitivos.
A VERDADE EXPLICADA:
“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.” (Ef 5.22,23).
O Contexto Histórico • Um dos maiores problemas da civilização antiga era o pequeno valor que era dado às mulheres. Elas eram vistas não como pessoas, mas como propriedade do pai e depois do marido.
Cultura judaica • Os judeus tinham um baixo conceito das mulheres. Os judeus pela manhã agradeciam a Deus por ele não lhes ter feito: “um pagão, um escravo ou uma mulher.” As mulheres não tinham direitos legais. Elas eram propriedade do pai quando solteiras e do marido quando casadas. Na época em que a igreja cristã nasceu, o divórcio era tragicamente fácil. Um homem podia divorciar-se da sua mulher por qualquer motivo, pelo simples fato da mulher ter colocado muito sal em sua comida, ao sair em público sem véu. A mulher não tinha nenhum direito ao divórcio mesmo que seu marido se tornasse um leproso, um apóstata ou se envolvesse em coisas sujas. “O marido podia divorciar-se por qualquer motivo enquanto a mulher não podia divorciar-se por nenhum motivo.” Quando nasceu a igreja cristã, o laço matrimonial estava em perigo dentro do judaísmo.
Cultura grega • A situação era pior dentro do mundo helênico. A prostituição era uma parte essencial da vida grega. Demóstenes disse: “Temos prostitutas para o prazer; concubinas para o sexo diário e esposas com o propósito de ter filhos legítimos.” Xenofonte disse: “A finalidade das mulheres é ver pouco, escutar pouco e perguntar o mínimo possível”. Os homens gregos esperavam que a mulher cuidasse da casa e dos filhos, enquanto eles iam buscar prazer fora do casamento. Na Grécia não havia processo para divórcio. Era matéria simplesmente de capricho. Na Grécia o lar e a vida familiar estavam próximos de extinguir-se, e a fidelidade conjugal era absolutamente inexistente.
Cultura romana • Nos dias de Paulo a situação em Roma era ainda pior. A degeneração de Roma era trágica. A vida familiar estava em ruínas. Sêneca disse que: “As mulheres se casavam para divorciar e se divorciavam para casar.”
Os romanos ordinariamente não datavam os anos com números, mas com os nomes dos cônsules. Sêneca disse que: “As mulheres datavam seus anos com os nomes de seus maridos.” O poeta romano Marcial nos fala de uma mulher que teve dez maridos. Juvenal fala de uma que teve oito maridos em cinco anos. Jerônimo afirma que em Roma vivia uma mulher casada com seu vigésimo terceiro marido. A fidelidade conjugal em Roma estava quase em total bancarrota. Paulo escreve Efésios (5.22-33) nesse contexto de falência da virtude e desastre da família. Paulo estava apontando para algo totalmente novo e revolucionário naqueles dias.
Cultura Pós-Moderna • O conceito de família estava confuso hoje. Há confusão de papéis. O novo código civil parece não reconhecer a diferença de papéis. Reconhece-se a legitimidade de relações que a Bíblia chama de adultério. As relações homossexuais estão se tornando cada vez mais aceitáveis. A infidelidade atinge mais de 50% dos casais. O índice de divórcio aumenta assustadoramente. A cultura pós-moderna está voltando às mesmas práticas reprováveis nos tempos primitivos.
O PAPEL DA ESPOSA – (versos 22 a 24)
O que não é submissão - Submissão não é inferioridade – Devemos desinfetar a palavra “submissão” de seus sentidos adulterados. A mulher não é inferior ao homem. Ela é tão imagem de Deus quanto o homem. Ela foi tirada da costela do homem e não dos pés. Ela é auxiliadora idônea (aquela que olha nos olhos) e não uma escrava. Aos olhos de Deus ela é co-igual ao homem (Gl 3.28; I Pe 3.7). Submissão não é obediência incondicional – A submissão da esposa ou de cada crente a JESUS é uma submissão absolutamente exclusiva. Todos nós somos servos de Cristo (doulos). Nunca se afirma, porém, que a esposa deva ser escrava ou serva do marido. Nossa relação com JESUS é uma relação de submissão completa, inteira e absoluta. Não é essa a exortação dirigida às esposas. Se a submissão da esposa ao marido implicar na sua insubmissão a Cristo, ela precisa desobedecer ao marido, para obedecer a Cristo.
O que é submissão? É ser submissa ao marido por causa de Cristo – A submissão da esposa ao marido não é igual a Cristo, mas por causa de Cristo. É uma expressão da submissão da esposa a Cristo. A esposa se submete ao marido por amor e obediência a Cristo. A esposa se submete ao marido para a glória de Deus (I Co 10.31). A esposa se submete ao marido para que a Palavra de Deus não seja blasfemada (Tt 2.3-5). A submissão da esposa ao marido é sua liberdade. A submissão não é escravidão, mas liberdade. A verdade liberta. Exemplo: Eu só sou livre quando obedeço às leis do meu país. Um trem só é livre quando corre em cima dos trilhos. A submissão da esposa ao marido é sua glória – (Ef 5.24) assim como a glória da igreja é ser submissa a Cristo, assim também com a esposa. A igreja só é bela quando se submete a Cristo. A submissão da igreja a Cristo não a desonra nem a desvaloriza. A igreja só é feliz quando se submete a Cristo. Quando a igreja deixa de se submeter a Cristo ela perde a sua identidade, seu nome, sua reputação, seu poder. A submissão não é a um senhor autoritário, autocrático, déspota e insensível, mas a alguém que a ama ao ponto de dar sua vida. A submissão da esposa não é a um tirano, mas a um marido que a ama como Cristo ama a igreja. O cabeça do corpo é o salvador do corpo; a característica da sua condição de cabeça não é tanto a de Senhor quanto a de Salvador.
O PAPEL DO MARIDO – (versos 25 a 33)
Se a palavra que caracteriza o dever da esposa é submissão, a palavra que caracteriza o do marido é amor. O marido nunca deve usar sua liderança para esmagar ou sufocar a esposa ou para frustrá-la de ser ela mesma. A ênfase de Paulo não está na autoridade do marido, mas no amor do marido (v. 25,28,33). O que significa ser submisso? É entregar-se a alguém. O que significa amar? É entregar-se por alguém. Assim submissão e amor são dois aspectos da mesmíssima coisa.
Os cinco verbos que definem a ação do marido • Amar – O amor de Cristo pela igreja foi proposital, sacrificial, santificador, altruísta, abnegado e perseverante. Entregar-se – Um amor não egoísta, mas devotado à pessoa amada. Santificá-la – O amor visa o bem da pessoa amada. Purifica-la – O amor busca a perfeição da pessoa amada.
Apresentá-la – O amor visa a felicidade plena com a pessoa amada. O casamento judaico tinha quatro etapas: noivado + preparação + procissão + núpcias.
O marido deve cuidar da vida espiritual da esposa – (versos 25 a 27). O marido é o responsável pela vida espiritual da esposa e dos filhos. Ele é o sacerdote do lar. O marido precisa buscar a santificação da esposa. Deve ser a pessoa que mais exerça influência espiritual sobre ela. Deve ser uma bênção na vida dela (Pv 31).
O marido deve cuidar da vida emocional da esposa (versos 28 e 29). O marido fere a si mesmo ferindo a esposa. Crisóstomo acentuou: “O olho não trai o pé colocando-o na boca da cobra”. Mas como o marido cuida da esposa? Como o homem deve tratar a sua esposa? 1) Ele não deve abusar dela – Um homem pode abusar do seu corpo, comendo em excesso, bebendo em excesso. Um homem que faz isso é néscio, porque ao maltratar o seu corpo, ele mesmo vai sofrer. O marido que maltrata a esposa é néscio. Ele machuca a si mesmo ao ferir a esposa. Exemplo: Um marido pode abusar da esposa: sendo rude, não dando tempo, atenção, carinho, usando palavras e gestos grosseiros, sendo infiel. 2) Ele não deve descuidar dela – Um homem pode descuidar do seu corpo. E se o faz é néscio e vai sofrer por isso. Exemplo: Se você tiver com a garganta inflamada não pode cantar nem pregar. Todo o seu trabalho é prejudicado. Você tem ideias, mensagem, mas não pode transmiti-la. O marido descuida da esposa com reuniões intérminas, com televisão, com internet, com roda de amigos. Há viúvas de maridos vivos. Maridos que querem viver a vida de solteiros. O lar é apenas um albergue. 3) O marido deve zelar pela esposa – alimenta e dela cuida. Como o homem sustenta o corpo? a) A dieta – Um homem deve pensar em sua dieta, em sua comida. Deve tomar suficientes alimentos e tomá-los regularmente. Assim também o marido deveria estar pensando no que ajudará sua esposa . b) Prazer e deleite – Quando ingerimos nossos alimentos não só pensamos em termos de calorias, ou proteínas. Não somos puramente científicos. Pensamos também naquilo que nos dá prazer. Desta maneira o marido deve tratar a esposa. Ele deve estar pensando no que a agrada. O marido deve ser criativo no sentido de sempre alegrar a agradar a esposa. c) Exercício – A analogia do corpo exige mais este ponto. O exercício é fundamental para o corpo. O exercício é igualmente essencial para o casamento. É o diálogo. É a quebra da rotina desgastante. A comunicação no casamento é vital = saber ouvir + saber falar + transparência + perdão + verbalizar amor. d) Carícias – A palavra cuidar só aparece aqui em I Tessalonicenses (2.7). Significa acariciar. O marido precisa ser sensível às necessidades emocionais e sexuais da esposa. 98% das mulheres reclamam da falta de carinho. O marido precisa a aprender a ser romântico, cavalheiro, gentil, cheio de ternura.
O marido deve cuidar da vida física da esposa – (verso 30). O marido deixa todos os outros relacionamentos para concentrar-se na sua esposa, ou seja, deve amar a esposa com um amor que transcende todas as outras relações humanas – Ele deixa pai e mãe. Sua atenção se volta para a sua mulher. Seu propósito é agradá-la. O marido se une à sua mulher – uma união heterossexual, monogâmica monossomática e indissolúvel. Os dois se tornam uma só carne – O sexo é bom e uma bênção divina na vida do casal. Deve ser desfrutado plenamente em santidade e pureza. I Coríntios (7.3-5) e Provérbios (5.15-19) mostram como deve ser abundante essa relação sexual.
CONCLUSÃO
Numa época como a nossa de falência da virtude, enfraquecimento da família e explosão de divórcio, esta ideia cristã do casamento deve ser com mais frequência difundida entre o povo. O dever da esposa é respeitar e o dever do marido é merecer o respeito – (verso 33).
(Por: Hernandes Dias Lopes)
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