A VERDADE EXPLICADA:
A falsa doutrina da reencarnação do ser humano é uma das principais doutrinas falsas do espiritismo; a outra é a da comunicação dos vivos com os mortos.
Para o espiritismo, especialmente o kardecista, o espírito sobrevive à morte do corpo e pode entrar em comunicação com os vivos. Todos os espíritos são criados simples e ignorantes e se instruem e progridem através das lutas e tribulações da vida corporal. O número dessas vidas ou reencarnações não é determinado. Uns espíritos evoluem mais rapidamente do que os outros. De modo geral eles podem ser classificados em quatro categorias:
1 - Os imperfeitos, que são ignorantes e cheios de vis paixões;
2 - Os bons, cheios de desejos do bem, já bastante elevados na sabedoria, ou no domínio das paixões;
3 - Os superiores, com desenvolvimento na ciência, sabedoria e bondade;
4 - Os puros, já sem nenhuma influência da matéria, e com superioridade intelectual e moral absoluta sobre os outros. Só estes últimos não estão mais sujeitos à reencarnações. Todos os espíritos chegam, mais cedo ou mais tarde ao último estágio.
Estes são alguns dos ensinos do espiritismo sobre o assunto. Numa palavra: a doutrina da reencarnação invalida a obra da redenção do pecador, mediante a morte de JESUS Cristo. O homem salva-se a si mesmo. Sim, a reencarnação é uma crença que admite o aperfeiçoamento de cada um por si próprio, em sucessivas encarnações, sem precisar de redentor algum. Nega, portanto, a redenção divina, que é a verdade básica do Cristianismo.
Imagine, um pecador em desespero por salvação, necessitando resposta urgente sobre isso, como o carcereiro de Filipos (At 16.31): "Senhores, que devo fazer para me salvar...?", e tendo como resposta o seguinte: "...daqui a quinze reencarnações (ou existências) você será salvo..."
A reencarnação é uma das doutrinas de demônios; é totalmente antibíblica. Examine as seguintes passagens bíblicas sobre o assunto: João 9.2,3; Hebreus 9.27; Lucas 16.22-29; II Coríntios 5.6-8; Filipenses 1.21-24; Apocalipse 14.13; I Samuel 12.23; Jó 10.21.
Citam João 3.3-6 em favor da reencarnação. JESUS aí não estava tratando do nascimento segundo a carne, isto é, da suposta reencarnação, pois no verso 6 Ele diz "...o que é nascido da carne é carne; o que é nascido do Espírito é espírito...", logo, estava falando do novo nascimento no sentido espiritual, como bem o mostra o verso 5.
Citam João Batista como sendo Elias reencarnado. Para isso, tomam Malaquias 4.5, Mateus 11.14 e Lucas 1.17. Vejamos o assunto de Elias e João à luz das Escrituras.
A missão de Elias e João tinha muitas similaridades, a saber:
- Apareceram perante a nação israelita de modo repentino (I Re 17.1; Mt 3.7).
- Ministraram em época de grande decadência espiritual (I Re 16.29; Mt 3.7).
- Pareciam-se no traje (II Re 1.8; Mt 3.4).
- Seus ministérios foram de caráter nacional (I Re 18.31, 19.16; Mt 3.5).
- Repreenderam reis perversos (I Re 16.17,18; Mt 14.3,4).
- Foram perseguidos por rainhas malvadas (I Re 19.23; Mt 14.6-8).
- Ambos enfrentaram crises espirituais, desânimo (I Re 19.4,5; Lc 7.18-22).
João no "espírito e virtude de Elias" (Lc 1.17)
- Isto tão somente significa que João tinha um caráter como o de Elias: enérgico, positivo, impetuoso, zeloso, espiritual. Este é o sentido.
- O próprio João Batista declarou que ele não era Elias (Jo 1.21). Daí, ou JESUS teve um precursor mentiroso, ou o espiritismo é uma grande impostura. Nesse ponto, ficamos com a Bíblia.
- Para que Elias reencarnasse em João, deveria ter morrido. Ora, Elias não morreu! (II Re 2.11).
- A reencarnação, segundo o espiritismo, promove o aperfeiçoamento da pessoa, entretanto João Batista não foi melhor que Elias. Elias foi para o céu em corpo, sem passar pela morte; João foi decapitado de modo frio e caprichoso. João, segundo a reencarnação, deveria estar mais aperfeiçoado do que Elias. Era de se esperar que tivesse maiores privilégios, o que não se deu...
- Se Elias estivesse reencarnado em João, na Transfiguração (Mt 7), era João quem devia ter aparecido no monte, não Elias.
- Admira também o fato que o espírito de Moisés, durante mais de dois mil anos ainda não tivesse reencarnado noutro corpo, uma vez que o próprio Moisés apareceu na maravilhosa cena.
- Se houvesse reencarnação o mundo teria sempre o mesmo número de habitantes desde a criação, visto que na reencarnação não há multiplicação; há apenas continuação da vida. Aqui, os espíritas se defendem afirmando que há habitantes noutros planetas. Tal declaração não está na Bíblia, nem a Ciência o tem comprovado. E, se por acaso houver, terão constituição diferente da nossa. Leiamos Atos 17.26; Salmos 115.16.
A falsa doutrina da necromancia (evocação dos mortos)
Os espíritas creem que os espíritos dos falecidos comunicam-se com os vivos aqui na terra. Já temos estudado que tal ensino é falso e muito antigo. O que realmente se passa nas sessões espíritas é a manifestação de demônios personificando os mortos. Os espíritas usam a Bíblia por conveniência, para contradizer os evangélicos. Por exemplo, eles tem uma predileção especial pelos capítulos 28 de I Samuel e de 17 de Mateus, os quais passaremos a apreciar.
I Samuel 28 - Saul consultando a pitonisa de Endor.
- Saul está caído e reprovado por Deus quando consultou a necromante (I Sm 15-31). Estava também endemoninhado (I Sm 18.10).
- Saul, quando fiel ao Senhor, perseguiu o espiritismo (verso 9).
- Saul só buscou a necromante porque Deus não lhe respondeu (versos 5,6), e depois que o Espírito Santo dele se afastara (I Sm 16.14).
- Saul usou de engano, disfarce, ao consultar a necromante (verso 8). A horrível morte de Saul foi em parte por ter consultado a necromante (I Cr 10.13).
- Samuel em vida verberou contra o espiritismo (I Sm 15.23); agora tomaria parte numa sessão espírita? Pura incoerência!
- Se Deus não respondeu a Saul quando O buscou (verso 6), o responderia agora em atenção a uma necromante?
- A necromante não afirma que viu Samuel, e sim "deuses" (verso 13). Ela, ou estava enganando Saul, ou vendo, literalmente, demônios.
- A descrição que a mulher faz de Samuel (verso 14) é porque o conhecia. Samuel, quando juiz e profeta, percorria toda a nação ocupado no trabalho do Senhor (I Sm 7.15-17).
- No verso 12 vê-se uma trama da mulher. Ela, pelo pedido de Saul (verso 11), descobriu que o consulente era o rei. Por que não descobriu antes dele fazer-lhe o pedido?
- Saul não viu a Samuel, apenas "entendeu" que era ele (verso 14).
- As palavras do verso 15 (Samuel disse a Saul), não é uma declaração da Bíblia, e sim um registro de declaração, feito pelo escritor do livro, quanto a cena que ali passou-se. A declaração da Bíblia sobre o caso de I Samuel 28, está em I Crônicas 10.13.
- As palavras de Samuel nos versos 15 a 19, são na realidade da feiticeira, a qual se encontra num compartimento interior (verso 21): "...então veio a mulher..." Quando Saul desmaiou (verso 20), a mulher aproximou-se, provando que estava distante.
- As palavras do verso 19, "...amanhã tu e teus filhos estareis comigo...", não podem ter sido de Samuel e sim do demônio enganador, porque a batalha de Bilbom, em que Saul e seus filhos caíram, travou-se muito tempo depois (I Sm 31.1-6); além disso, os ímpios (como Saul) ao morrerem, não ficam juntos com os justos como Samuel (verso 19).
- O Senhor JESUS mostrou em Lucas 16.26-31, que é impossível os mortos se comunicarem com os vivos aqui na terra.
Conclusão: há três casos a considerar:
- Samuel não apareceu;
- Se a necromante foi sincera, então foi um espírito demoníaco familiar que apareceu e personificou Samuel, enganando a todos. Em I Reis 22.5-23, temos um caso de demônios enganando reis e cortesãos;
- Se a mulher usou de fraude, enganou a Saul e seus criados.
- A declaração da própria Bíblia sobre o caso de Saul aqui em tela, está em I Crônicas 10.13, onde o original deixa claro que Saul consultou um espírito demoníaco.
A declaração da Bíblia sobre o caso de Saul, em I Samuel 28.
A declaração que a Bíblia mesma dá no caso de Saul (isto é, a declaração da própria Bíblia), quanto ao caso em apreço é a que está em II Crônicas 10.13, isto é, mostrando (inclusive no original torna-se mais claro) que a mulher de fato consultou um espírito demoníaco.
Isaías 8.19 - os espíritos familiares da antiga feitiçaria
Por que esses espíritos demoníacos são chamados "espíritos familiares"?
1 - Porque a operarem entre os homens, imitam seres humanos falecidos e conhecidos. Em hebraíco, "familiar" que é "owb" igual a chilrear (imitando o falecido). São os "espíritos enganadores" de I Timóteo 4.1.
2 - Porque ficam habitando onde estavam os seres humanos falecidos que eles ocupavam (Lc 11.24-26), como em família.
3 - Porque não são espíritos de violência e destruição física, e sim do tipo aparentemente brando, pois podem habitar no corpo de suas vítimas, como em família. Há demônios que não são do tipo violento, imoral, destruidor. Sua função é outra, enganar, isto é apresentar o falso como sendo verdadeiro (I Tm 4.1).
4 - Mais passagens sobre "espíritos familiares": Deuteronômio 18.11; II Reis 21.6; 23.24; I Crônicas 10.13; II Crônicas 33.6; Isaias 19.3; 29.4
Mateus 17 - A Cena da Transfiguração
Os espíritos ensinam que a maravilhosa cena da transfiguração do Senhor JESUS, foi uma autêntica sessão espírita. Jamais! Vejamos:
- Moisés falecido há mais de 2000 anos ainda não estava reencarnado, pois apareceu na ocasião.
- Elias apareceu, quando era João Batista quem devia aparecer, pois dizem os espíritas que Elias reencarnara em João. Entretanto, Elias nem sequer morreu...
- Se os espíritas estivesse certos, JESUS estaria participando do espiritismo, coisa que Deus condena tão claramente nas Escrituras (veja Êxodo 22.18; Deuteronômio 18.9-12; Isaias 8.19,20).
- Na cena da Transfiguração houve muita luz no ambiente. O rosto de JESUS brilhou; Suas vestes também; uma nuvem de glória iluminou o local. Onde, nas sessões espíritas os rostos brilham com a luz do céu, os vestidos resplandecem e nuvem de glória divina dominam o ambiente?
- Há mais: na Transfiguração, Deus falou com voz audível. Moisés e Elias falaram com JESUS assuntos celestiais. Nas sessões espíritas a voz que se fazia ouvir é a do príncipe das trevas ou de seus acólitos.
Portanto, qualquer transação com o espiritismo significa contaminação ou mancha (Lv 19.31). O atual avanço do espiritismo sob tantos nomes e formas é um sinal dos tempos do fim, que culminarão com a Grande Tribulação, ocasião em que o próprio satanás manifestar-se-á personificando o Anticristo (II Ts 2.6-10). Uma das últimas mensagens da Bíblia é uma advertência aos praticantes da espiritismo, mostrando que os mesmos irão para o inferno se não abandonarem suas práticas, para seguirem a JESUS (Ap 22.15; 9.21).
Não é só o espiritismo em ponto grande que Deus condena, mas também as práticas consideradas inofensivas e sem importância, mas ligadas a feitiçaria como leitura do futuro, da sorte, adivinhação, horóscopo, hipnotismo, ioguismo, faquirismo, manuseio de serpentes, meditação transcedental, Hare Khrisna, etc (Dt 18.10-12).
Os dois pontos capitais do espiritismo são, repetimos, a reencarnação e a comunicação com os espíritos (ou demônios). Toda a doutrina espírita vem dessa "revolução", isto é, a pretensa comunicação com os espírito (ou demônios).
A base doutrinária do espiritismo não é bíblica; está nessa pretensa comunicação com os espíritos (ou demônios).
(Autor: Antonio Gilberto/MP 1197/Jan.1987)