A VERDADE:
"Condenada à morte no Paquistão, ela tem esperança de reverter sentença".
(A jovem cristã Asa Bibi teve a audiência de apelação para reversão da sua condenação adiada para 2017; cristãos de todo o mundo oram por ela.)
A VERDADE EXPLICADA:
A cristã paquistanesa Asa Bibi (foto) passou seu sétimo Natal na prisão depois que seu apelo à sentença de morte foi suspenso no final do ano passado, quando um juiz se recusou a ouvir o caso. A mãe de cinco filhos foi condenada à morte em 2010 por acusações de blasfêmias depois que duas colegas muçulmanas a acusaram de insultar o profeta Maomé, algo que ela nega.
A alegação de blasfêmia de Bibi vem de um desentendimento ocorrido em junho de 2009 entre ela e um grupo de muçulmanas na cidade de Sheikhupura, na província de Punjab. Bibi e as mulheres estavam colhendo bagas e as muçulmanas ficaram furiosas quando Bibi bebeu da mesma tigela de água que elas bebiam. Como Bibi era cristã, as mulheres a consideravam impura. Depois de uma discussão entre elas, as muçulmanas foram à polícia e acusaram Bibi de dizer algo como "Meu Cristo morreu por mim, o que fez Maomé por você?"
Bibi deveria descobrir na audiência de apelação final no Supremo Tribunal do Paquistão, ocorrida no final do ano passado, se ela seria ou não executada, mas essa decisão foi adiada indefinidamente depois que um dos juízes seniores, que estava prestes a presidir a apelação, renunciou de repente. A mídia local disse que o juiz Iqbal Hameed recusou o caso sem dar uma razão específica.
William Stark, gerente regional da Ásia do Sul da International Christian Concern (ICC), organização que defende os cristãos perseguidos em todo o mundo, disse em entrevista por telefone para o site "The Christian Post" que a luta de Bibi é "o principal caso que mostra os problemas da lei da blasfêmia".
O caso de Bibi está no que eles chamam de "um período de espera". "Esperamos que, em 2017, o Supremo Tribunal paquistanês forme um novo banco que seja capaz de ouvir seu caso", disse Stark. "E, francamente, se o caso for ouvido sobre os méritos, a Suprema Corte não tem outra opção senão liberá-la".
Stark disse ainda que está otimista com o caso de Bibi, baseado em decisões recentes dos tribunais sobre os direitos das minorias religiosas e conversas que teve com seu advogado. Said Mallok, que é muçulmano. Se o tribunal rejeitar seu apelo, no entanto, Bibi seria a primeira mulher no Paquistão a ser executada por blasfêmia.
"O caso de Bibi é um relâmpago dentro do próprio Paquistão", disse Stark, referindo-se ao assassinato em 2011 do governador de Punjab, Salman Taseer (foto abaixo), um defensor de Bibi.
(MP 1581/Fev.2017)
Nenhum comentário:
Postar um comentário