quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A MULHER DE PILATOS

A VERDADE:
"As palavras da mulher de Pilatos merecem uma cuidadosa atenção, pois embora ela as julgasse fruto de pesadelo, tratavam-se de uma revelação de Deus".




















A VERDADE EXPLICADA:
Uma pesquisa mais acurada na atuação de Pilatos frente ao governo da Judéia parece mostrar que Tibério não se incomodava muito com o modo pelo qual o governador conduzia a nação, desde que ele se demonstrasse um subserviente, pusilânime, sem escolha, capaz de dizer sim e não quando ele ordenasse (Jo 19.12). Seu nome, de origem latina, quase definia o seu caráter: "armado com muito dardo", como querendo significar que Pilatos se utilizava de pequenos argumentos para alcançar o seu alvo. Em muitos casos, as decisões de Pilatos eram regidas pelo maior proveito que pudesse tirar da situação, desde que não se sentisse comprometido com ela (Mt 27.24), mesmo que isso fosse contra a sua consciência (Lc 23.4).

Violência
Os dez anos de governo de Pilatos foram marcados pela crueldade e pelo desrespeito às tradições judaicas (Lc 13.1), e pelo terrorismo, a ponto de haver constantes revoltas e assassinatos (Mt 27.16). A expressão bem conhecido, no texto bíblico citado, dá a entender que os amotinadores eram presos e soltos com frequência para voltarem novamente aos motins, que eram devidos, em muitos casos, à sua dureza contra o povo, em favor do imperador romano e talvez à sua conivência com cobradores desonestos (publicanos, Lc 19.8), além do seu capachismo, querendo ganhar os favores dos seus mandatários. Essa atitude não lhe adiantou muito, pois com a morte de Tibério, foi ele destronado e desterrado, restando-lhe somente os seus inimigos, que ele mesmo fabricara com a sua insídia, e os que também desejavam os favores do imperador, favores que ele impedia com a sua "extrema dedicação".

Seu conceito de justiça deixava muito a desejar, o que se depreende da discussão que manteve com o povo sobre o destino de JESUS. Uma discussão demorada, que, se sugeria algum desejo de libertar o acusado, deixava transparecer que não queria tomar essa decisão por si mesmo (Mt 27.21-23; Lc 23.24). Antes já o havia usado na sua reconciliação com Herodes (Lc 23.7,12). Somente depois do aviso de sua mulher, foi que admitiu que JESUS era justo (Mt 27.24), mas até mesmo neste ato ele demonstrou indecisão e evasiva. Tanto que, antes de entregar JESUS ao povo, mandou açoitá-Lo (Mc 15.15).

Egoísmo de Pilatos
Se Pilatos não tivesse sido o instrumento da História para levar JESUS ao Calvário, ele bem poderia tê-Lo livrado daquele sacrifício, haja vista que em muitas ocasiões O declarara inocente e sem culpa. Além do mais, sua própria mulher, como talvez sempre o fizesse nos muitos casos em que ele se intrometia em questões que lhe poderiam trazer mais notoriedade, poder e lucro, mandara-lhe um aviso para que se eximisse de atuar na condenação do homem que ele chamava justo (Mt 27.19).

Pilatos não convocara nenhum conselho, mas assentara-se, ele mesmo no tribunal, usurpando o direito dos juízes, sendo conivente com os sacerdotes, que haviam iniciado aquela perseguição a JESUS motivados pela inveja. Assim como Saul ofereceu sacrifícios indevidos, no lugar de Samuel, Pilatos sentou-se na cadeira de juiz, achando que poderia resolver o caso. Para ele a coisa daria certo, e ele sair-se-ia bem com o povo e com JESUS. No seu entender, se JESUS fosse libertado, ele passaria à história como o libertador do Rei dos judeus. Mas não demonstrou qualquer conhecimento das leis e das tradições do povo a quem governava.

O aviso da mulher
O aviso que Pilatos recebeu de sua mulher não foi sequer considerado. Ele fez o que não devia, entregando JESUS aos algozes que acirraram ainda mais o povo. Se tivesse ouvido sua mulher daquela vez, levaria deste mundo um crime a menos na consciência.

As palavras da mulher de Pilatos merecem uma demorada atenção, pois embora ela as julgasse fruto de um pesadelo, tratava-se de uma revelação de Deus, para que Pilatos fosse mais cuidadoso. Ela resolveu contar ao marido o que vira em sonho, porque bem conhecia o caráter belicoso e metediço do esposo, que muitas vezes o levava a extrapolar dos seus direitos de governante. Sua atitude fora muito corajosa, tentando livrar o marido daquela armadilha em que os príncipes, os sacerdotes e os anciãos do povo o estavam enfiando e que ele julgara um meio de alcançar mais destaque. O sonho (ou pesadelo) da mulher era fruto de sua preocupação, não somente com o marido, mas também com Aquele homem que ela considerava justo. A mulher de Pilatos bem poderia  ter conhecido JESUS não apenas por informações, mas talvez O tivesse encontrado, e visto alguns de Seus milagres. 

Pelo menos, para que tivesse tal opinião a respeito de JESUS, seria preciso que tivesse inquirido severamente sobre o Seu modo de viver e Seu caráter.

A dedicação da mulher
O "pesadelo" era uma demonstração de que não estava alheia aos acontecimentos do governo de seu marido, mas que acompanhava todos os fatos. Quem sabe quantos outros pesadelos tivera, devido aos galileus que Pilatos mandara matar, a opressão que ele exercia contra o povo e a sua conivência com ladrões e assassinos. Ela demonstrava amor pelo marido -- com quem estava casada há pelo menos dez anos. Durante o governo de Pilatos, não devia ser este o único conselho que ela lhe dera. Possivelmente fosse mais idosa do que ele e mais experiente, para que se atrevesse a alertá-lo, mesmo estando ele em reuniões decisivas. Por muito menos Vasti, a mulher de Assuero, fora destronada (Et 1.11,12,19). A mulher de Pilatos demonstrava ser:

Ponderada -- Achava que o marido não devia levar todo o peso de sua participação nas questões judaicas. Ele era um governante romano, e não um magistrado judeu. Sua vida era repleta de reprovações e não estava ele em condições de julgar quem quer que fosse.

Ativa -- Ela não ficara como simples espectadora. Seguira cada passo do julgamento de JESUS, até o momento que lhe pareceu propício tomar uma atitude pessoal. Na verdade não podia influir no resultado, mas não se furtara de fazer o que achara correto.

Participante -- Não sabemos se ela teve realmente um encontro pessoal com JESUS ou com Seus seguidores. Mas somos levados a crer que ela se inteirou sobre Ele, a ponto de reconhecê-Lo um homem justo. Talvez, durante todo o dia do julgamento de JESUS, ela tenha procurado saber os pormenores e o andamento do processo a que o nazareno estava sendo submetido.

Honesta -- Estava casada há pelo menos dez anos com Pilatos, e de suas palavras depreendemos a sua fidelidade conjugal e interesse no seu bem estar.

Destemida -- Ela não se intimidou pela presença dos príncipes, dos sacerdotes e dos anciãos, mas, como em outras ocasiões, tentou livrar o marido daquela enrascada. Talvez o seu recado fosse o máximo que ela conseguira transmitir ao marido, esperando que ele procurasse falar com ela e então lhe pudesse dizer mais. Fora um recado objetivo e urgente. Pudesse ela tentar dissuadi-lo mais concretamente, certamente o teria feito.

Crente -- Sobretudo, a mulher de Pilatos era crente. Ao receber por meio do sonho aquela mensagem do Senhor, ela creu na sua veracidade a ponto de impressionar-se o suficiente para alertar o marido. Podemos vê-la ansiosa por transmitir-lhe o fato e vendo fugir-lhe as oportunidades durante o dia inteiro. Sentimos a sua angústia em não poder tirá-lo daquele laço. Com certeza tentara pela manhã, à hora do almoço, pela tarde e não conseguira. A sua esperança era aquele recado, que, para sua tristeza, fora desprezado pelo marido e passado aos que estavam com ele à mesa do tribunal.

Alguém presente àquela reunião, mandara insuflar ainda mais o povo; e certamente foi dessa mesma pessoa que Pilatos ouviu a última provocação: "Se libertas a este, não és amigo de César". Então ela viu o marido pedir uma bacia com água e lavar as mãos diante do povo, como se aquele gesto o pudesse eximir do maior crime que a humanidade assistira através dos tempos. Talvez ela balançasse a cabeça, e desse o marido como um caso perdido. Não sabemos se ela viveu o bastante para ver, anos mais tarde, a sua derrocada total e o seu suicídio.

Esposas abençoadas
Felizmente, em nossos dias, vemos esposas que bem poderiam espelhar a mulher de Pilatos. Pessoas dedicadas, preocupadas, que acompanham o trabalho profissional e ministerial de seus maridos, procurando ajudá-los, orientá-los, segundo a visão de Deus, cooperando com eles para o bom desempenho de suas funções. Devemos crer em centenas e milhares de irmãs, cuja palavra sábia e oportuna foi levada em conta por seus maridos, o que lhes proporcionou uma saída honrosa nas horas mais turbulentas do seu trabalho material ou espiritual.

Fiéis esposas que, desde a sua mocidade conjugal, vem acompanhando a carreira dos obreiros de Deus, lado a lado, ombro a ombro, sugerindo e amparando, como verdadeiras ajudadoras constituídas por Deus.

Oxalá os esposos de hoje sejam mais sensatos do que o antigo governante da Judéia e recebam, na hora aprazada, as palavras inspiradas de suas dignas esposas.


Miguel Vaz
(A Seara nº 228/Mar.1984)

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

PROVAS DA UNICIDADE DE DEUS.

A VERDADE:
"Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim, não há Deus..." (Is 45.5)





















A VERDADE EXPLICADA:
Deus revela-Se como Único - O Nome de Deus nas Escrituras.
Deus é Espírito, infinito, eterno e imutável em Seu ser. Sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade são conceitos bíblicos da natureza de Deus manifestos em Seus nomes (títulos). O nome de Deus nas Escrituras, representa o Seu caráter revelado. Deus revela-Se a Si mesmo, fazendo-Se conhecer ou proclamando o Seu Nome (Ex 6.3; 33.19; 34.5,6). Os nome de Deus mais comuns encontrados nas Escrituras, são os seguintes (nomes e títulos):

-- ELOHIM (=Deus). É forma plural e significa "O Deus Todo-Poderoso). Este nome era também usado para os deuses das nações, da mesma forma como hoje também todo mundo diz  crer em Deus, falam de Deus, sem contudo conhecer quem é Deus. Este nome nada tem a ver com a ideia trinitária, que procura achar na forma plural deste nome, as três pessoas da, chamada, santíssima trindade. A forma plural de ELOHIM significa "plural de majestade, e indica a totalidade da força divina, a soma dos poderes enfeixados em Deus", ou seja: "ELOHIM, DEUS TODO-PODEROSO".

-- JEHOVAH (=Senhor). Jehovah tem sua origem no verbo SER, e inclui os três tempos deste verbo: passado, presente e futuro. O nome JEHOVAH, portanto, significa: "Aquele que é, que era e que há de ser..." Em outras palavras, o Eterno, o que é por si mesmo, o EU SOU. Por este nome maravilhoso, o Senhor JESUS Se identifica à Sua Igreja (Ap 1.8): "Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso..." O nome JEHOVAH surgiu de uma adaptação do nome impronunciável de Deus, o temível nome do Senhor. O nome compunha-se de quatro letras (consoantes), "IHVH". Era costume entre os hebreus, quando o liam, pronunciar em substituição, "Adonai" (Senhor), ou "Elohim" (Deus). Desde o tempo em que os sinais massoréticos vieram a juntar-se às consoantes do texto hebraico, as vogais dos nomes "Adonai" e "Elohim" foram juntadas ao tetragrama "IHVH" dando lugar à pronuncia do nome "JEHOVAH", originalmente "YEHOVAH" ou "YAHVEH", também abreviado para "Jah".

-- EL (=Deus). Este nome de Deus é usado em certas combinações: "El-Elyom" (o Deus Altíssimo; Gn 14.18-20). "El Shaddai" (o Deus que é suficiente para as necessidades do Seu povo (Ex 16.13); "El-Olam" (o eterno Deus; Gn 21.33); "Emanu-El" (Deus conosco; Is 7.14).

-- ADONAI, literalmente, Senhor. JESUS Cristo identifica-Se como Adonai: "Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque Eu o sou..." (Jo 13.13). 

-- PAI. este título descreve Deus como sendo a Fonte de todas as coisas e Criador do homem.

-- FILHO. Por este título, Deus revelou-Se aos homens para os salvar, dando Sua vida na cruz.

-- ESPÍRITO SANTO. Deus em emanação, ou seja, "a virtude Deus". A relação entre Jehovah e Israel resume-se no uso dos nome encontrados nos concertos entre Deus e Seu povo, daí surgirem nomes compostos: 
"JEOVÁ JIREH' - "O Senhor proverá" (Gn 22.14)
"JEOVÁ RAFA" - "Eu sou o Senhor que te sara" (Ex 15.26)
"JEOVÁ NISSI" - "O Senhor é nossa bandeira" (Ex 15.26; Is 59.19)
"JEOVÁ SHALOM" - "O Senhor é nossa paz" (Js 6.24)
"JEOVÁ RAAH" - "O Senhor é meu pastor" (Sl 23.1)
"JEOVÁ TSIDKENU - "O Senhor é nossa justiça" (Jr 23.5)
"JEOVÁ SHAMMAH" - "O Senhor está ali" (Ez 48.35)


Keven Moura
(IPUB Manaus/AM)



terça-feira, 16 de janeiro de 2018

SEIS PALAVRAS E A LIBERDADE!

A VERDADE:
"A santificação implica em compreender, de todo o coração, que gozamos de uma união total com o Salvador vivo..."






















A VERDADE EXPLICADA:
Às vezes uma frase da Palavra de Deus ou um pensamento que nos vem dele pode revolucionar nossa vida. É possível até que já conheçamos aquela verdade, mas no momento em que ela fala ao nosso coração, por atuação do Espírito do Senhor JESUS, com Sua onipotência, modifica tudo. No meu caso, a frase era constituída de apenas seis palavras: "...Cristo que é a nossa vida..." (Cl 3.4)

UM NOVO COMEÇO DE VIDA
Conheci um médico que com apenas quarenta anos de idade estava esgotado, nervoso, frustrado e cheio de temores. Ele já lera diversas vezes aquele texto de Sofonias: "O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para salvar-te..." (3.17). Mas, de repente, entendeu-o com o coração, ou seja, Cristo vivia realmente em seu corpo. Então obteve o descanso espiritual, e dali por diante gozou uma nova vida, de modo que quando chegou aos 70 anos gozava mais saúde física, mental e espiritual do que quando tinha 40. Cristo se tornara sua vida.

Outro conhecido meu, um pastor inglês, estava passando um período de monotonia em seu ministério, fazendo visitas cansativas, pregações exaustivas e orando sem obter resultados. Certo dia, estava dando uma volta a pé ao entardecer, desesperado com o grande contraste que via entre sua vida e as grandes promessas de Deus que sempre lia na Bíblia.

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DUAS MANEIRAS DE VIVER A VIDA CRISTÃ: TER UMA EXISTÊNCIA DE DERROTAS NO DESERTO OU ENTRAR NA TERRA PROMETIDA.
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Naquele instante estava recitando o capítulo 3 de Colossenses, e quando chegou ao verso 4 ocorreu um milagre. As palavras "...Cristo, que é a nossa vida..."caíram diretamente em seu coração, e ele nunca mais foi o mesmo.

VELEJAR EM VEZ DE REMAR
Pouco depois que me converti compreendi que poderia escolher entre duas maneiras de viver a vida cristã: ter uma existência de derrotas no deserto ou entrar na terra prometida, do outro lado do Jordão, e obter vitórias. Os comentários bíblicos não me ajudaram em nada. Alguns tinham sido escritos no deserto; outros, já em Canaã. Mas o Senhor usou os anuários da Conferência de Keswick como uma balsa para que eu transpusesse aquele rio espiritual. Nesses livros, aprendi que só em Cristo eu poderia realizar-me a ponto de ser o osso de seus ossos e a carne de Sua carne (Ef 5.30). Parei de trabalhar para Deus, e deixei que Ele passasse a operar por intermédio de minha pessoa. Parei de remar, e icei minhas velas para que fossem impelidas pelos ventos de Deus.

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DEIXEI DEUS REALIZAR SEU PERFEITO PLANO E SUA BOA VONTADE EM MIM.
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Descobrira um descanso mais profundo, pelo qual cessei com todo esforço pessoal, e deixei Deus realizar Seu perfeito plano e Sua boa vontade em mim. Foi algo que ia além do convite de JESUS: "Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei..." (Mt 11.28). Esse é o descanso que encontramos na regeneração: o perdão dos pecados, a purificação do coração, uma nova vida interior. Mas a nova vida que recebi superava o alívio experimentado no novo nascimento.

A descoberta espiritual que eu fazia me revelou o segredo do "...tomai sobre vós o meu jugo..." (Mt 11.29). Era uma rendição total, era receber Cristo não apenas como Salvador, mas como Senhor. (Deveria ter feito isso no início, mas desconhecia o fato.) Compreendi então que na cruz havia duas pessoas -- eu fora crucificado com Cristo.

O convite de JESUS... "...e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para vossas almas..." ganhou um novo significado. Ele queria ser tudo para mim; queria assumir tudo por mim, e operar através de mim. Agora, Cristo era minha vida.

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A SANTIFICAÇÃO IMPLICA EM COMPREENDER, DE TODO O CORAÇÃO, QUE GOZAMOS DE UMA UNIÃO TOTAL COM O SALVADOR VIVO!
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A VIDA TRANSBORDANTE
Um homem que também experimentou esse descanso, explica isso da seguinte forma: "É melhor não pensar na santificação como uma bênção. Na verdade, implica em compreender, de todo o coração, que gozamos de uma união total com o Salvador vivo, pelo poder do Seu Espírito que em nós habita".

Não devemos entender a santificação como um estado que atingimos, mas como uma situação, ou seja, JESUS, o Deus Todo-Poderoso, vivendo em nosso coração, dando-nos vida com Seu poder, momento a momento, libertando-nos de nossos próprios planos e nossas obras. Em nosso coração brota um hino de louvor; nossa vida torna-se um transbordar, e quando nos sobrevém alguma tristeza ou problema escrevemos sobre ele: "JESUS é Poderoso!"

Na antiga criatura, a semana começava com trabalho e terminava em descanso. Agora, ela começa com descanso e depois passa ao trabalho -- mas quem executa esse trabalho é o JESUS vivo, com a energia d'Ele. E embora possamos até efetuar maior volume de trabalho que antes, esse agora traz estampado nele o fruto do Espírito. E tudo por causa de... "...Cristo, que é a nossa vida..."


CAM THOMPSON
M.da Cruz 79/Mar.1988 



quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

NÃO VIVA COMO VIVE O MUNDO

A VERDADE:
"Se escolhermos seguir o JESUS da Bíblia, certamente não acompanharemos a multidão".






















A VERDADE EXPLICADA:
"Não imitem a conduta e os costumes deste mundo, mas seja, cada um, uma pessoa nova e diferente, mostrando uma sadia renovação em tudo quanto faz e pensa. E assim vocês aprenderão, de experiência própria, como os caminhos de Deus realmente satisfazem a vocês..." (Rm 12.2 - Novo Testamento Vivo)

O que é o mundo? Não é o planeta Terra que Deus nos deu para desfrutarmos dele. Em toda a Sua Palavra, Deus nos adverte para que não vivamos de acordo com o mundo que nos cerca. "A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai é... guardar-se incontaminado do mundo..." (Tg 1.27). "O qual (JESUS) se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso..." (Gl 1.4). "Na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo..." (Gl 6.14).

Pela leitura da Bíblia, vemos que o mundo é um sistema de idéias e modos de viver que são maus, contrários a Deus, dirigidos pelo diabo, e tem como destino o inferno. O verdadeiro discípulo de JESUS já foi salvo do mundo, e deve recusar-se a viver de acordo com ele, deve afastar-se e permanecer sempre contrário a ele. Não existe o que se chama por aí de "crente mundano". Deus diz que "...se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele". (I Jo 2.15).

Viver de acordo com o mundo não tem nada a ver com coisas. O viver mundano é um atitude do coração. É a prática de ceder sempre a atitudes egoístas. É imitar os princípios de vida dos perdidos, em vez de viver como JESUS. O verdadeiro discípulo de JESUS não vive igual ao mundo que o cerca. Se você deseja realmente servir a JESUS, não deve imitar as atitudes e modismos dessa sociedade egoísta. Nossos princípios devem ser tirados da pessoa de JESUS e de Seu livro, a Bíblia.

Resistamos à tentação de fazer o que está "na moda" neste momento. O que a maioria faz, geralmente, é errado. O discípulo de JESUS foi chamado para ser contrário à maioria. O mundo é contrário a Deus. Se quisermos seguir o Senhor JESUS, temos que andar em sentido contrário aos caminhos do mundo. Lembremo-nos de que, se todas as pessoas egoístas desse mundo são favoráveis a determinada coisa, geralmente Deus é contra ela.

Não procuremos fazer a obra de Deus à maneira do mundo. Existem muitas coisas que podemos utilizar para realizarmos a obra de JESUS da melhor maneira possível. CD's, DVD's, televisão e filmes, todas essas coisas tem sido utilizadas pelo Senhor para ganhar os perdidos. Ninguém pode querer que, nesse mundo moderno, estejamos a utilizar carros de bois e carroças para chegarmos aos lugares onde Deus deseja nos enviar, em vez de usar aviões e carros. Esses meios podem ser empregados para facilitar a nossa tarefa de pregar a mensagem ao mundo. Mas não existe nenhum método especial que simplifique a obra de falar ao coração das pessoas e transformar-lhes a vida. Isso custou a vida de JESUS, e falar d'Ele ao mundo também sempre nos custará alguma coisa. Não adotemos as maneiras mundanas de fazer as coisas. Não devemos baratear o precioso dom de Deus fazendo uso de métodos mundanos.

Às vezes, os discípulos de JESUS adotam os métodos do mundo sem o saber. Se uma nova ideia entra em moda, eles fazem todo o possível para provar que JESUS já expressara aquelas mesmas palavras. Se a moda do momento são as drogas, então eles dizem: "JESUS também é uma boa!" Ele também pode proporcionar-lhe uma "curtição". É certo empregarmos termos que as pessoas compreendem. Aliás, nós temos que usar palavras que os perdidos possam entender facilmente. Mas não devemos colocar JESUS e Seus princípios dentro dos moldes humanos. Ele é o padrão com que todas as vidas devem ser comparadas. Servir a JESUS não é uma "curtição", não é uma forma de se sentir "legal", ou de fugir dos problemas. Está na moda ter cabelos compridos? Então todos se apressam em dizer que JESUS tinhas cabelos compridos, e fica nisso; não se importam em ler o Seu Livro para ver o que ele diz. O que faremos se vier a moda da cabeça calva? Não atemos o Deus eterno a modismos que passam. Ele não muda nunca. Ele é sempre o mesmo.

Muitos jovens de hoje prefeririam vender a alma por qualquer coisa a ficar de fora de seu grupo social. Preferem juntar-se a um grupo corrupto do que fazer o que é certo, se isso implicar em ficar sozinho. A cultura jovem revela constantes mudanças de uma ideia para outra, uma série de buscas com o objetivo de uni-los, mas sem Deus. Quase que o único fator que essas pessoas possuem em comum é que todas elas são atividades que os jovens podem praticar em grupo. A maioria das ideias simplesmente se tornaram moda por um certo período, porém não foram realmente levadas a sério.

A necessidade que o ser humano tem de se sentir aceito pode ter uma influência muito grande nessa questão. Ela pode se tornar tão decisiva como as drogas ou o sexo. E satanás sabe disso. Se ele puder fazer com que JESUS seja mais um modismo, se ele puder fazer com que o Evangelho seja apenas uma forma de aproximar as pessoas, sem que elas tenham uma mudança de vida, ele obterá grande êxito nisso, usando esse "evangelho" para prejudicar o Evangelho. Se os jovens puderem unir-se em torno de JESUS, não porque realmente creem em Suas palavras e as praticam, mas porque Ele está servindo para atrair as pessoas, ele poderá enganar o mundo.

Olhemos ao nosso redor. JESUS está sendo apresentado ao mundo por motivos errados, e está sendo muito bem aceito. Ele não está sendo apresentado como o fim de uma vida ímpia, nem como um compromisso com a verdade, mas simplesmente como mais um passo no processo evolutivo que culminará com a união de todos. Não! Vejamos isso com muita clareza. Se seguirmos o JESUS da Bíblia, certamente não acompanharemos a multidão. O caminho que ela segue é o caminho da morte e do inferno. Só o discípulo de JESUS é capaz de nadar contra a correnteza. 


Winkie Pratney
(M.da Cruz/Jul.1986)