quarta-feira, 11 de abril de 2018

ENOQUE - O HOMEM QUE ANDOU COM DEUS!

A VERDADE:
"O cuidado do Espírito Santo em preservar algumas informações básicas, embora sucintas, fala da importância espiritual da vida de Enoque e assim penetramos, no nome do Senhor, na meditação de seus passos, à luz da revelação bíblica".




















A VERDADE EXPLICADA:
"E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Metuselá, trezentos anos; e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não se viu mais porquanto Deus para si o tomou..,." (Gn 5.22-24). "Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porquanto Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus..." (Hb 11.5). "E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos..." (Jd 14).

Introdução ao estudo da vida de Enoque
Deus considerou que cinco versículos eram o suficiente para relatar a história de um dos mais fascinantes personagens da Escritura Sagrada. Existem, milhares de anos após sua passagem por este mundo, lições preciosas que carecem ser sempre meticulosamente estudadas, em benefício de nossa própria edificação espiritual.

O capítulo cinco de Gênesis, escrito por Moisés e inspirado diretamente por Deus, focaliza quatro importantes personagens da história, da época antediluviana, a saber:
-- Adão, o primeiro homem, cabeça da raça humana;
-- Metuselá, o homem cuja vida foi a mais longa neste planeta;
-- Enoque, o homem que andou com Deus;
-- Noé, o varão justo que escapou do dilúvio.

Adão, como sabemos, não somente foi o primeiro homem a existir, mas foi, também, o primeiro a gozar de comunhão e privacidade com Deus. Metuselá foi beneficiado com uma longevidade ímpar na história. Seu nome, talvez, tenha sido este por inspiração profética, posto que apontava para algo especial que aconteceria no tempo de sua morte, o que efetivamente aconteceu. Noé, diz a Palavra, achou graça aos olhos do Senhor (Gn 6.8). 

Introdutoriamente devemos considerar alguns dados especificamente sobre Enoque:
-- A palavra ENOQUE vem do hebraico e significa instruidor, iniciador;
-- Enoque era filho de um homem chamado Jarede (Gn 5.18);
-- Enoque foi o pai de Metuselá (ou Matusalém, Gn 5.21);
-- Enoque viveu trezentos e sessenta e cinco anos, relativamente pouca idade para a média da época;
-- Enoque é mencionado na genealogia de JESUS, conforme encontramos no evangelho que escreveu Lucas (3.37);
-- Enoque é o sétimo nome mencionado na lista genealógica de Gênesis 5;
-- Somente dois homens são citados na Bíblia como tendo escapado à morte, e um deles foi Enoque. O outro foi o profeta Elias.

O cuidado do Espírito Santo em preservar algumas informações básicas, embora sucintas, fala da importância espiritual da vida de Enoque e assim penetramos, em nome do Senhor, na meditação de seus passos, à luz da revelação bíblica.

Enoque, um homem de fé
O segundo nome que ocorre na galeria dos heróis da fé mencionados no capítulo 11 da Carta aos Hebreus é precisamente o nome de Enoque. Apenas Abel o precede. Observando cuidadosamente os textos sagrados, chegamos à conclusão de que houve quatro manifestações de fé na vida de Enoque:

-- Fé na existência de Deus. Em todas as épocas da história, satanás tem tentado arrancar da mente humana a ideia e a crença em Deus. Enoque não somente sabia que Deus existia - e existe - mas estava consciente de que poderia se aproximar de Deus a ponto de privar com Ele, a ponto de andar em Sua companhia. Sabemos quão deleitável é meditar na transladação de Enoque, mas toda a base para aquela "viagem" decorria deste primeiro passo: ele cria em Deus como Alguém, como uma pessoa real.

-- Fé na graça de Deus. A ideia que muita gente tem a respeito de Deus é tão somente a de um juíz implacável, de um soberano inacessível, etc... Enoque conhecia a graça de Deus. A graça de Deus sempre foi propícia ao homem e por sua causa deixamos, todos nós, servos de Deus, de ser condenados para sermos "transportados, afirma a Bíblia, para o reino do Filho do seu amor...". Tudo pela graça!

-- Fé na revelação de Deus. Nosso Deus é o mesmo Deus de Enoque, ou seja, um Deus real, gracioso e que Se revela de diferentes maneiras. Uma delas é através de Sua Palavra, expressão clara de Seu eterno pensar e de seu infinito saber. Deus Se revelou a Enoque ao mesmo tempo em que lhe revelou mistérios de um futuro muito distante. Deus falou a Enoque da segunda vinda do Messias centenas e centenas de anos antes da primeira, porque para Deus não há limitação de tempo, espaço ou distância.

-- Fé na justiça de Deus. Enoque, certamente, viveu em dias tumultuados. Dias aflitivos para a sua alma de homem santo. A certeza da justiça de Deus ajuda cada filho -- ou filha -- de Deus a manter-se fiel em meio à tormenta moral e espiritual que sacode, embriaga e destrói o mundo que o cerca. A justiça de Deus não se revela precipitada ou precocemente. Mas nunca deixa de acontecer. Deus tornou isto conhecido a Enoque e um dia a justiça divina se manifestou duplamente: Enoque foi poupado da destruição e os ímpios foram duramente punidos com o rigor do juízo do Eterno.

Existem alguns fatores e segredos que caracterizam a verdadeira fé bíblica. Fé não é um sentimento de otimismo, leviano muitas vezes, inconsistente quase sempre, que muita gente expõe por aí. Fé é um firme fundamento (Hb 11.1). Alinhemos alguns poucos segredos da verdadeira fé.

-- Toda fé verdadeira se centraliza em JESUS (At 20.21)
Não faz diferença se a pessoa que possui a fé está vinculada ao Antigo ou no Novo Testamento. JESUS é sempre o objeto final de nossa fé. Os servos de Deus do Antigo Testamento, todos eles, mantinham sua fé fixa em um horizonte distante, milênios, séculos ou anos à sua frente. Os cristãos do Novo Testamento fixam sua fé no mesmo horizonte, e divisam sempre JESUS em uma cruz, dois mil anos atrás. A dimensão elementar da fé é sempre esta: fé verdadeira tem de ser cristocêntrica!

-- Toda fé verdadeira é gerada pela Palavra de Deus (Rm 10.17).
Não prospera a fé que não se baseia na Palavra. Carece de raízes legítimas. Peca por ausência de fundamento. Não tem consistência, pois, o patriarca Abraão, o salmista Davi, a ex-prostituta Raabe, Naamã o leproso, o general Josué, o apóstolo Paulo, e assim todos os servos de Deus de antes e de agora, viram sua fé emergir de uma Palavra que se identifica com a própria verdade: "...santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade..." (jo 17.17).

-- Toda fé verdadeira é perseverante e vencedora (At 14.22).
 Cada homem e cada mulher de fé neste mundo está sempre em luta. A fé nos é provida por Deus para que a cultivemos, desenvolvamos e a utilizemos no campo de batalha. A própria Bíblia fala da "batalha da fé". Enoque precisa de tal fé para uma época de avançada corrupção e padrões de vida desregrados e levianos. Igualmente, hoje, carecemos de uma fé autêntica, com a qual possamos vencer o mundo.

-- Toda fé verdadeira glorifica a Deus (Rm 4.20).
Os pentecostais sentem-se bem à vontade em companhia de Abraão. Ele foi fortificado na fé quando deu glória a Deus! Assim, também vivemos a dizer "aleluia" e "glória a Deus" como expansão e expressão de fé que uma vez foi entregue (Jd 3). A fé genuína se recusa a glorificar o homem. A fé triunfante transfere sempre os aplausos para Deus. Até que um dia, como na vida de Enoque, Deus resolve chamar a si aquele que tanto O glorificou.

Fé é um assunto capital nas Escrituras e nenhum crente desejoso de vitória deve deixar de dedicar tempo suficiente ao estudo e meditação deste tema na Palavra de Deus. Nunca nos esqueçamos de que "...sem fé é perfeitamente impossível agradar a Deus..." (Hb 11.6).

A fé deve ser guardada dentro do nosso coração como um mistério (I Tm 3.9). Paulo não está falando de uma qualidade de fé que se pode receber de Deus cotidianamente. Tal fé não existe. Ele não está se reportando a um vaso de água que pode encher-se e esvaziar-se a cada instante. Ele está falando de uma fé que a pessoa recebe no dia em que vem a Cristo e O recebe por Salvador. A partir daí, toda sua vida cristã se baseia na utilização dessa fé original. "A fé que uma vez foi entregue aos santos..." (Jd 3). Guardar a fé, então, não significa isolá-la, neutralizá-la, senão entesourá-la para uma preservação constante e um uso perene. Garante-nos a Palavra que isto é possível, pois ao final de seu longo e abençoado ministério, o mesmo Paulo afirmou: "...guardei a fé..." (II Tm 4.7)

A fé nos incentiva quanto ao futuro (Hb 11.1). Trata-se de um fundamento espiritual que nos garante que o futuro prometido por Deus acontecerá. Enoque talvez não entendesse o sentido de sua própria profecia (Jd 14), mas a fé que possuía o levava a descansar na certeza de que Deus nunca falha. Não importa quando ou como Deus há de cumprir Suas promessas. Verdade é que as cumprirá!

A fé supera os sentidos naturais.
A fé não necessita da visão material de nossos olhos, nem da audição literal de nossos ouvidos, nem do toque de nossas mãos. Estes são recursos que Deus nos concedeu, para o homem físico, natural. Como servos e filhos de Deus, "...andamos por fé e não por vista...". A fé é, sempre, o elemento de prova (II Co 4.18; I Co 2.9; I Pe 1.8). Assim, o melhor que devemos fazer é buscar diligentemente a graça, a direção e a plenitude de Deus para nossas vida, a fim de que, como Enoque, vivamos também uma vida de fé.

Nunca esqueçamos as medidas da fé.
Foi o Mestre amado Quem nos ensinou tais lições e sempre devemos tê-las em mente. Quais são as diferentes medidas de fé?
-- Sem fé, a posição que torna a pessoa incapaz de agradar a Deus (Hb 11.6)
-- Fé como um grão de mostarda (Mt 17.20)
-- Pouca fé, a fé que não desenvolveu suficientemente, fé que não foi posta em uso (Mt 6.30; 8.26; 17.20; Lc 12.28). Ninguém será posto fora do rebanho de Deus a propósito de ter pouca fé, mas, talvez, nunca consiga realizar obras sobrenaturais no Reno de Deus.
-- Grande fé (Mt 15.28)
-- Fé acrescentada, o resultado de uma busca perseverante de Deus (Lc 17.5)
-- Tanta fé, aquela que nos permite realizar o impossível aos olhos e à compreensão humana (Mt 8.10)
-- O estágio final da vida de fé: cheio de fé (At 6.5)

Que o Senhor JESUS nos ajude a alcançar os degraus de uma vida de profunda fé.


Geziel Gomes
(MP 1198/Fev.1987)







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