quarta-feira, 28 de outubro de 2020

SINAIS DA VOLTA DE JESUS

 A VERDADE:

"Assim como houve sinais preditos e cumpridos sobre o primeiro advento de JESUS, do mesmo modo há inúmeros sinais preditos nas Santas Escrituras sobre o segundo advento do Senhor. Estes sinais estão hoje todos manifestos. Dirá alguém: “Então, por que JESUS ainda não voltou?” É que muitos desses sinais estão manifestos ou cumpridos em parte, segundo a vontade do Senhor, que governa todas as coisas. Daremos, a seguir, alguns sinais da volta de JESUS."


A VERDADE EXPLICADA:

Sinais nos meios políticos

“...e haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas...” (Lc 21.25)  Foi-se o tempo em que as nações internamente tinham paz e tranquilidade. Hoje, até as nações mais adiantadas, de maior capacidade de defesa e que gozam de estabilidade política e econômica, vivem sobressaltadas por suas crises internas e ameaças externas. O termo perplexidade na referência acima, literalmente significa “um beco sem saída”. Isto se intensificará cada vez mais, até que este sinal atinja a sua plenitude, em relação à volta de JESUS. Chegará ao ponto de desespero, quando então as nações suspirarão por um que possa socorrê-las e garantir-lhes a paz e prosperidade interna e externa. Somente JESUS, na Sua vinda e no Seu Reino, fará isso.  

 Sinais nos meios sociais

“...porém, aquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente meu Pai. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem...” (Mt 24.36-39)  O que vemos aí neste sinal é a prevalência do materialismo e a indiferença do homem para com Deus. Consultando o texto paralelo de Lucas (17.26-30), vê-se que o humanismo e o materialismo aumentarão, enquanto o apego a Deus diminuirá; isso, entre os cristãos professos. Estamos vendo isso acontecer. Há inúmeros crentes, famílias e congregações que, enquanto eram simples e humildes, buscavam a Deus, mas hoje, porque melhoraram de vida estão se distanciando cada vez mais d’Ele.  

 Sinais nos meios científicos  

“...e a ciência se multiplicará...” (Dn 12.4)  Quando, a partir da segunda década deste século, começaram a surgir as primeiras obras de ficção científica, o público julgava ser aquilo sempre um passatempo, por julgarem impraticáveis o que liam e viam. Nos dias atuais a ciência atingiu um nível nunca sonhado. Agora já estão prontos para lançamento os aparelhos comandados pela voz do operador. A eletrônica e outros ramos da tecnologia prometem coisas assombrosas para a presente década, juntamente com outras ciências. A passagem de Daniel supracitada  concerne à volta de Cristo.    Sinais nos meios naturais  “...e haverá, em vários lugares, grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais no céu...” (Lc 21.11).  A história registra terremotos e outras catástrofes correlatas desde que o homem começou a registrá-los, na mais remota antiguidade; mas, de tempos recentes para cá, esses fenômenos vêm-se registrando com acelerada frequência e intensidade. Lugares totalmente alheios a terremotos são, hoje, palcos deste fenômeno destruidor que, como aqui abordado, prenuncia a volta de Cristo.  

 Sinais nos meios religiosos   

“...e nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne...” (At 2.17)  Este sinal da volta de Cristo, que começou de maneira limitada no início deste século, avança mais e mais, todos os dias, entre as igrejas da comunidade cristã. Não há hoje ponto do globo que não tenha crentes batizados com o Espírito Santo, conforme relato de Atos dos Apóstolos, capítulo 2.  

 Sinais nos meios domésticos  

“...sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;  porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências...” (II Tm 3.1-6)  Aí vemos a família sendo palco de mutações subversivas e destruidoras, sob vários aspectos. A família é o elo básico da Igreja, da sociedade e do Estado. Uma vez este elo enfraquecido, esfacelado e destruído, tudo o mais relacionado com o gênero humano se arruinará. Estamos vendo isso acontecer por toda parte. Por todo o mundo a família está enfrentando crises as mais desafiantes, à que ela não resiste, e fracassa. A não ser que a família se acerque de Deus, em arrependimento, santidade e temor, observando o que a Palavra prescreve para o pai, a mãe, o marido, a mulher e os filhos, não há esperança de vitória.  

 Sinais nos meios trabalhistas  

“...eia pois agora vós, ricos, chorai e pranteai por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e os vossos vestidos estão comidos da traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram, e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama, e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos. Deliciosamente, vivestes sobre a terra, e vos deleitastes: cevastes os vossos corações como num dia de matança. Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu..” (Tg 5.1-6).  Aí vemos um sinal que torna-se cada vez mais patente. São os choques e lutas entre empregados e patrões. Os sindicatos e sindicalistas que deviam ser instrumentos moderadores, mediadores e promotores da concórdia, justiça social no sentido correto, e direito, no trio patrão-empregado-governo, cuidam mais da desordem e da subversão, sem se darem conta que estão, desta maneira, servindo a Satanás. Os patrões, por sua vez, cometem desatinos, distorções, usura, lesando empregados e governo. O governo, de igual modo, aprova leis puramente humanistas que o impedem de governar retamente, inclusive no que tange ao que estamos abordando. Deviam todos buscar a Deus, para d’Ele receberem direção sobre como agir e proceder numa área tão vital para uma nação como é a de patrão-empregado-governo.    


Autor: Antonio Gilberto

(Fonte: Mensageiro da Paz nº 1246/Dez.1990)   

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

A ÁGUA NA TERRA

 A VERDADE:

"Nada sobrevive sem água. Num planeta onde não exista esse líquido, é impossível conceber-se um tipo de vida como na Terra. Os animais ingerem as substâncias fabricadas pelas plantas, direta ou indiretamente. Depois de aproveitadas, é a água que elimina as substâncias tóxicas, pela urina e suor, e desempenha papel importante nas reações químicas".


A VERDADE EXPLICADA:

Se de outros planetas é possível ver o nosso, provavelmente a Terra seria chamada Água pelos hipotéticos habitantes que lá existissem. Pois esse líquido, com efeito, predomina na superfície terrestre: ocupa cerca de três quartos do total da área do globo. A vida sobre a Terra começou na água. E alguns seres só puderam conquistar o meio terrestre desenvolvendo no próprio organismo estruturas que mantém soluções aquosas sob forma de sangue, plasma e fluídos intercelulares. Cerca de 72% do peso de um ser humano é constituído de água. Em alguns vegetais, a proporção é ainda maior, alcançando até 98%, como é o caso da melancia.  

Desde sua criação, o homem compreendeu a necessidade desse líquido e uniu sua vida às reservas d’água. Nelas aplacou a sede e descobriu alimentos: os peixes. Junto aos rios encontrou bom solo para cultivo, desenvolvendo a agricultura. Aí, formaram-se agrupamentos humanos. Pouco a pouco, os cursos d’água passaram a servir como ótimas estradas: foram aquáticos os primeiros meios de transporte – o homem viu que, usando os rios para se locomover, podia economizar a energia que dispenderia andando a pé. Foi perto dos rios e do mar que surgiram as grandes civilizações da antiguidade: a egípcia, a fenícia, a cretense, a grega, a etrusca, a romana, a chinesa, a indiana.  

A água e as religiões 

E, à água passou-se a atribuir um poder sobrenatural. No antigo Egito, o Nilo era divinizado. Os gregos imaginavam que as águas fossem habitadas por gênios e ninfas. Os antigos germanos na Europa e os aborígenes da América rendiam culto a esse elemento fertilizador da terra. Os hindus ainda hoje consideram sagrado o rio Ganges, onde se banham, para purificar o corpo e a alma. No cristianismo, a água aparece como símbolo de purificação, especialmente no ato do batismo.  

Uma das histórias religiosas a respeito da água que mais impressiona a curiosidade dos estudiosos, é a que se encontra registrada na Bíblia, acerca do Dilúvio Universal. Esse relato, mais conhecido biblicamente, surge na tradição de vários outros povos, embora distantes entre si – sumérios, normandos, habitantes de ilhas do Pacífico; e foi comprovado pela Arqueologia. As escavações permitiram encontrar uma camada lamacenta, chamada diluviana, que separa duas outras, com vestígios de vida humana. Essa camada data de cerca de quatro mil anos antes de Cristo. O fato torna evidente que a água, fonte de vida, pode ser também instrumento de devastação e morte.  

A água por cima  

A água é a mais abundante das substâncias encontradas na crosta terrestre. Oceanos e mares cobrem aproximadamente 361.000.000 de quilômetros, ou seja, cerca de 71% da superfície total. Em muitos lugares existem profundidades de 8 mil metros (e mais). O volume total é estimado em 1.330.000.000 de quilômetros – o suficiente para cobrir toda a Terra, com 2.800 metros de profundidade.  

Em relação com tal volume, a quantidade de água doce é relativamente pequena. Não ultrapassa ½.700 do total da salgada. Ainda assim, são quase 500.000 quilômetros, que poderiam cobrir a Terra com mais ou menos um metro de profundidade. Há um constante e intenso intercâmbio entre as águas doces e salgadas que, no fundo, são apenas salgadas, porque recebem depósitos de sal dos rios. Este intercâmbio denomina-se ciclo hidrográfico; sem ele, não haveria a vida tal como a conhecemos.  

Esse ciclo se inicia com a evaporação da água, isto é, sua lenta transformação em vapor. Ao nível do mar, nas regiões tropicais, o ar é quente e conserva grande proporção de vapor. Em maiores altitudes, o ar esfria e diminui a sua capacidade de retenção. Então, uma parte do vapor se condensa, transformando-se outra vez em água. Esta água, constituída de numerosas gotículas, forma então o que chamamos nuvens. As pequenas gotas unem-se nas nuvens formando gotas maiores que, pesadas, dificilmente ficam suspensas. A isso chamamos saturação. As nuvens saturadas desfazem-se sob a forma de chuva. Parte da chuva evapora-se logo que cai; outra, penetra na terra; o restante corre para os rios, lagos e para o mar. As plantas absorvem a água do solo, utilizam-na e a perdem sob forma de vapor, o que nada mais é senão a transpiração das plantas. Assim, completa-se o ciclo hidrológico. Os índices pluviométricos variam bastante. Em certas regiões do Pacífico e da Índia, atingem cifras assombrosas, ao passo que no Saara e outras zonas desérticas praticamente não chove.  

Água quase pura  

Aristóteles, sábio grego, considerava a água um dos elementos fundamentais do mundo. Os outros seriam o ar, o fogo e a terra. A água é composta de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Daí a fórmula H2O. A água não é quimicamente pura. Essa pureza se obtém, em parte, pela destilação. A água destilada a 4 graus centígrados é tomada como unidade de densidade. À pressão atmosférica de 760 mm (nível do mar), ela ferve a 100 graus e solidifica-se a zero grau. Ao congelar, aumenta de volume, diminuindo a densidade (por isso o gelo flutua na água líquida: é mais leve que ela).  

Não há vida sem água  

Nada sobrevive sem água. Num planeta onde não exista esse líquido, é impossível conceber-se um tipo de vida como na Terra. Os animais ingerem as substâncias fabricadas pelas plantas, direta ou indiretamente. Depois de aproveitadas, é a água que elimina as substâncias tóxicas, pela urina e suor, e desempenha papel importante nas reações químicas.    

 

(Fonte: Mensageiro da Paz nº 1203/Jul.1987

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

VASOS CONVENIENTES

A VERDADE:

 Deus pode usar um vaso de ouro em funções humildes e vasos de barro em situações de destaque. Assim todos são honrados, desde que vasos de ouro ou vasos de barro, são todos feitos pelas mãos de Deus.  


A VERDADE EXPLICADA:

Embora a visita de Jeremias à casa do oleiro tivesse uma função específica para o propósito de Deus (Jr 18.4), acreditamos que ele viu naquela oficina muitos outros vasos além daquele em que o artífice trabalhava. Enquanto recebia a mensagem divina, o profeta poderia admirar as belas obras já enfileiradas nas prateleiras ou encostadas a um canto. Algumas polidas, à mostra, talvez coloridas, para chamar a atenção dos pretendentes. Alguns vasos não estariam ainda em condições de uso e outros podiam parecer sem atração, permanecendo na loja mais tempo do que o vendedor pretendesse. Jeremias teria outras lições a colher daquela visita e ele mesmo empregaria a sua própria retórica para o ensino do povo.  Mesmo que fossem apenas objetos de barro, aqueles vasos representavam a natureza humana em sua beleza, em sua utilidade, no seu emprego e no seu valor.  

 Os vasos do templo   

Para o aparelhamento do templo, Salomão encomendou diversas espécies de vasos (I Re 7.48), e diz a Palavra que ele mandou preparar os vasos que convinham à casa do Senhor.  Pressupõe-se que o rei tomava parte ativa na construção do templo e que havia antes planejado com seus conselheiros, desenhistas e artífices e isto após consultar as tradições e as escrituras antigas que falavam de objetos existentes nos templos anteriormente construídos.  

Cremos ainda que ele fez uma cuidadosa triagem entre os vasos que seriam realmente aproveitáveis e outros que estariam apenas ocupando lugar, dando trabalho e juntando poeira. Depreende-se que a sua escolha foi criteriosa, de modo que ficou registrada a sua opção pelos que de fato convinham à casa do Senhor. E a ênfase parece querer demonstrar que nem todos os vasos apresentavam a devida utilidade.  

Dessa maneira ficou estabelecido que somente entrariam no serviço do templo os que realmente conviessem. Se há uma lição nesta exposição da preferência do rei, de seus assessores, na aprovação pelos anciãos e sacerdotes, ainda assim, a glória não seria dos vasos úteis que de nada se poderiam orgulhar.  

Vasos sem prazer  

Entre outras, a Bíblia fala duas vezes de “vasos dos quais ninguém se agrada” (Jr 22.28; Os 8.8). Esta especificação não parece muito lisonjeira e até a poderíamos julgar um tanto austera, não fosse ela a exata expressão da verdade, alicerçada na própria Palavra de Deus. Para ser um vaso de que ninguém se agrada, o objeto se qualifica como imprestável em todo e qualquer ponto de vista. Não tem atrativos, apresenta rachaduras, não tem beleza para ser colocado em lugar de destaque e não é maleável, isto é, não pode ser movido de um lado para outro. Não será demais acreditar que esteja sujo por dentro e por fora, cheio de limo, ou de ervas daninhas. Alguns podem mesmo conter águas estagnadas produtoras de insetos doentios. 

Vasos de valor  

Ao falar sobre Saulo de Tarso, o próprio JESUS disse a Ananias que o convertido de Damasco era para Ele um vaso escolhido para levar o Seu Nome aos gentios e aos grandes. Paulo, mais tarde, fala de vasos para honra (Rm 9.21; II Tm 2.21); e retroagindo aos versículos 16 a 18, ele mostra de que o crente se deve purificar para não ser vaso de desonra. E ele alude a vasos de ira, que contrastam com os vasos de misericórdia, preparados com antecedência, entre os quais ele qualifica o crente e, por coletivo, a Igreja.  

O apóstolo cita vasos de ouro, de prata, de pau e de barro, uns para honra, ou seja, para uso mais distinto, mais exposto e outros de uso mais discreto, mais escondido. É defeso, porém, dizer-se que pode haver vasos de ouro que são postos em desonra e vasos de barro que recebem um tratamento mais honroso. Não parece ser a feitura, a matéria prima do vaso que rege o seu uso, mas a importância que o seu sentido lhe dá.  

Deus pode usar um vaso de ouro em funções humildes e vasos de barro em situações de destaque. Assim todos são honrados, desde que vasos de ouro ou vasos de barro, são todos feitos pelas mãos de Deus.  

Vasos preparados  

O importante na vida do crente é colocar-se na condição de vaso conveniente. Aquele que se adapta a qualquer serviço e qualquer posição e apresenta as qualidades suficientes para ocupar o lugar que Deus lhe tem destinado. Não há por que considerar-se mais honroso, se a posição ocupada não o foi pelos próprios méritos, mas por escolha de Deus.  

Na verdade pode haver crentes mais preparados, mais versados e com maiores experiências na vida cristã. E isso lhes dá a oportunidade de apresentar um trabalho melhor na salvação das almas e na doutrinação do rebanho do Senhor. Para isso é preciso somente que os tais obedeçam aos conselhos da Palavra de Deus, às advertências dos apóstolos, para que o seu preparo seja notório aos demais (II Tm 2.15; I Tm 4.11-13; I Pe 3.15). De posse destas condições, é claro que tais crentes serão tidos como mais convenientes ao serviço de Deus. Destes se pode esperar um desempenho especial que, por metáfora, se atribuirá a vasos de ouro e vasos de prata.    


 Autor: Miguel Vaz 

 (Fonte: Mensageiro da Paz nº 1204/Ago.1987)




quarta-feira, 7 de outubro de 2020

O CRISTÃO ATUAL

 A VERDADE:

"O cristão tem que fazer de sua vida uma mensagem que causa impacto nesta geração carente, ter um forte amor para com Deus e refletir um compromisso com Sua pessoa. Viver para fazer a vontade d'Ele acima de todas as decisões mostra que JESUS ocupa em sua vida o lugar que Lhe é de direito".


A VERDADE EXPLICADA:

A mensagem do Evangelho de JESUS Cristo deve alcançar o homem como um todo. Estamos passando por um período dentro da igreja de Cristo em que o verdadeiro cristão deve estar preparado e pronto para enfrentar os ataques de satanás e as investidas deste sistema egoísta contra a pessoa que, decididamente, vive uma vida correta com Deus. Gostaríamos de fazer algumas considerações a respeito deste assunto:

I - Consiste na falsidade deste sistema. O princípio que rege a sociedade é o de "levar vantagem em tudo"., sendo assim, as pessoas tornam-se desconfiadas e tudo para elas gira em torno da falsidade. Embora o sistema seja corrupto, no que dizemos e em nossa maneira de viver, devemos ter a mesma ousadia que Cristo teve para enfrentar o sistema hipócrita de Sua época.

II - Está no exemplo. Nossa geração precisa de exemplos. Hoje em dia não temos bons modelos para seguir; as crianças tem como exemplos artistas de cinema e televisão cheios de conflitos interiores mal resolvidos. Muitos deles, incentivados apenas pela fobia financeira, são capazes de vender sua própria alma por um contrato milionário; os jovens tem como exemplos grupos de rock que na verdade (em sua grande maioria) são inspirados por satanás, propagando músicas que incentivam à violência, ao abuso sexual e ao culto a demônios; os adultos são influenciados pelas novelas e outros que tais. As senhoras e senhores brasileiros recebem muito mais influência da televisão em seus lares do que qualquer outro instrumento. Uma coisa interessante é que esta mesma sociedade que pratica tais coisas não está contente com este padrão de vida, nem com o sistema vigente. A sociedade precisa de exemplos: está atrás de vidas corretas e honestas em quem possam confiar e até imitar de uma certa forma.

O cristão tem que fazer de sua vida uma mensagem que causa impacto nesta geração carente. O cristão atual precisa saber no que crê; muitos hoje em dia não sabem explicar sua fé. Muitas pessoas estão nas igrejas apenas por causa de sentimentos ou procurando respostas para suas frustrações pessoais ou algum tipo de doença. Pessoas que não estão interessadas em saber no que creem, não são capazes de explicar sua fé. Temos que entender JESUS, precisamos crer e saber em que cremos. Creio em JESUS porque Ele é o próprio Deus encarnado, que nasceu de forma humana e viveu entre nós, foi morto e crucificado por meus pecados e pelos de toda a humanidade. Como já dizia um famoso0 pregador: "Crer também é pensar...". Não acreditamos em JESUS apenas porque sentimos Sua presença, mas sim por aquilo que podemos entender d'Ele e por aquilo que Ele fez em nossa vida.

ZELANDO PELA CONSCIÊNCIA

O cristão atual deve ser altamente rigoroso consigo mesmo com respeito aos aspectos básicos da vida cristã. Paulo, o apóstolo, já disse que devemos nos esforçar diante de Deus e dos homens para ter uma consciência limpa.

Devemos zelar por nossa consciência, vivendo de tal maneira que nada possa nos acusar. Caso venhamos a cometer um mal contra alguém, coisa que pode acontecer a qualquer um, devemos voltar e corrigir o erro. A Bíblia também diz que se queremos oferecer no altar uma oferta e lembrarmos que nosso irmão tem alguma coisa contra nós (Mt 5.23,24), devemos voltar e nos reconciliar com ele. Geralmente, o homem ou a mulher que zela por sua consciência tem grande autoridade para ministrar a Palavra de Deus.

Os grandes pecados que produzem impacto negativo em vários níveis da sociedade começam com um pequeno. Adultério começa com um pequeno pensamento impuro em sua mente; o roubo com uma pequena cobiça. Devemos ser auto-exigentes a respeito deste assunto: zelar por nossa consciência para podermos enfrentar este sistema egoísta. Se errar, volte e conserte. Seja com quem for, e dependa do que depender.

O cristão atual deve ter um forte amor para com Deus e refletir em sua vida um compromisso com Sua pessoa. JESUS mesmo disse: "Ama a Deus de todo o coração, de toda a alma, de toda a força e todo o entendimento...". Este tipo de vida demonstra a intensidade do amor para com o Senhor, tal qual Abraão o demonstrou quando ofereceu seu filho, Isaque, em sacrifício. 

Viver para fazer a vontade d'Ele acima de todas as decisões mostra que JESUS ocupa em sua vida o lugar que Lhe é de direito. Que Ele exerce o senhorio sobre você e predomina em todas as áreas de sua vida. Ama mais a Deus do que os valores deste mundo? Ama mais a Deus do que a seus projetos pessoais? Como já dizia um antigo pregador: "Acho que não há expressão mais adequada para explicar este tipo de devoção do que morrer para si mesmo".


Por: Cícero Manoel Bezerra

(Fonte: A Seara 311/Abril 1991)