"...e os que a muitos ensinam a justiça,resplandecerão como as estrelas sempre e eternamente..." (Dn 12.3)
sexta-feira, 15 de dezembro de 2023
O QUE PAULO PRECISAVA SABER
sábado, 25 de novembro de 2023
O QUE OS PROFETAS DISSERAM SOBRE O MESSIAS
A VERDADE:
"A Igreja Primitiva, entretanto, realmente iguala o Messias ao servo sofredor de Isaias, interpretando o real sentido do texto. Os judeus esperavam um guerreiro todo-poderoso como Davi que os levaria para uma batalha contra o poder que dominava sua nação e que iria inseri-los numa posição de poderio mundial. Todavia, JESUS veio como servo".
A VERDADE EXPLICADA:
Antes da queda de Jerusalém em 586 a.C., os profetas de Israel já haviam denunciado os pecados e a complacência moral do povo e diziam que um período de julgamento, o dia de Jeová, vislumbrava no horizonte político. Esse período de julgamento iniciaria através de algum poder estrangeiro. Subsequente à opressão, através desse força alheia, o povo deveria gozar de uma época de felicidade, prosperidade e paz que reproduzisse um elevado grau as glória do passado.
O futuro era frequentemente retratado como uma teocracia – um governo dirigido por Deus – sem a menção de qualquer instrumento humano. Houve vezes em que os profetas esperavam que esse período dourado se realizasse sob o governo de um rei justo e benigno, da dinastia de Davi, no cumprimento da profecia de Natã, que previu que o reino de Davi seria permanente (II Sm 7.11,16; Sl 89.27).
O termo “Messias” equivale ao termo hebraico Mashiah (aramaico, Meshiha) e significa “ungido”. A palavra é empregada no Antigo Testamento com relação aos sacerdotes (Lv 4.5; 6.22; Dn 9.26 RA); aos reis (I Sm 12.3), aos profetas (I Rs 19.16), aos patriarcas (Sl 105.15; I Cr 16.22), e a Ciro, rei da Pérsia (Is 45.1). Ser um Messias (aquele que é ungido) significa ser chamado, consagrado e dotado com poderes para completar uma missão especial para Deus. Os reis eram apontados por Deus para serem líderes em nome do povo e para confirmar as promessas de Deus para a nação. Os profetas eram chamados e consagrados para Deus para proclamarem Sua vontade ao povo. Os sacerdotes eram ungidos para ministrar os rituais concernentes à adoração. Os patriarcas recebiam um chamado divino para revelar Deus às nações. Ciro, um rei pagão, foi apontado por Deus como Seu instrumento para estabelecer uma situação política que seria favorável para a proclamação de Jeová como o Deus do Universo.
As profecias do Antigo Testamento sobre o Messias estão subordinados às seguintes categorias: (1) passagens interpretadas por intérpretes cristãos como material embrionário para o ensino messiânico. (2) passagens que se referem aos descendentes ungidos de Davi que anunciaram um período de paz e prosperidade para Israel. (3) referências bíblicas que descrevem um futuro glorioso sem nenhuma insinuação de algum líder, senão Deus, que cumprirá a tarefa. (4) passagens do livro de Isaías com respeito aos servos.
Passagens interpretadas como material embrionário para o ensino messiânico:
Gênesis 3.15 – Promessa da vitória final do homem
Gênesis 9.26, 27 – Aceitação de Jafé nas tendas de Sem
Gênesis 12.2,3 – A promessa feita a Abraão
Gênesis 26.4 – Uma renovação para Isaque da promessa de Deus a Abraão
Gênesis 28.14 – Renovação para Jacó da promessa a Abraão
Gênesis 49.10 – Uma declaração obscura “...até que venha a ele a quem o cetro pertence...” ou “...até que venha Siló...”
Deuteronômio 18.15,18 – Um profeta se levantará como Moisés
Jó 19.25 – O redentor de Jó
Passagens que se referem ao descendente ungido de Davi que anunciará uma época de paz e prosperidade para Israel:
Amós 9.11-15 – Restauração da monarquia de Davi
Miquéias 4.1-5 – Um glorioso futuro e a restauração do reinado de Davi
Miquéias 5.2-5a – Um rei prometido que governará Israel; Ele não virá de Jerusalém, mas de Belém.
Isaias 4.2-6 – Uma descrição do Renovo como um remanescente justo, mas em 11.1 o Renovo vem da realeza de Davi.
Isaias 9.2-7 – Uma descrição do rei ideal.
Isaias 11.1-9 – Uma descrição do rei da raiz de Davi, que terá as características dos grandes homens de Israel.
Oséias 3.5 – A restauração de Israel através de um descendente de Davi.
Jeremias 23.5-8 – A promessa de Deus de estabelecer um Renovo justo dos descendentes de Davi como rei sobre um Israel restaurado.
Jeremias 22.4 – A preservação da dinastia de Davi (também em Jr 17.25).
Jeremias 30.9 – Um rei da raiz de Davi reinará novamente.
Jeremias 33.19,22 – Sucessão dos governantes da raiz e Davi (ver II Sm 7.16).
Ezequiel 21.17 – Este versículo sugere Gênesis 49.10.
Ezequiel 34.23 – Davi identificado como servo de Deus (ver Ez 37.24).
Zacarias 9.9 – Um monarca humilde e pacífico.
Zacarias 12.7-14 – Um rei ideal da raiz de Davi.
Salmos 2.2-9 – O novo rei entronizado da raiz de Davi cita a promessa de Deus do governo universal.
Salmos 89.4,20,35 – A garantia de que o trono de Davi será estabelecido para sempre.
Salmos 132.11,12 – Outra garantia da promessa de Deus para Davi e seus descendentes.
Referências bíblicas que retratam um futuro glorioso sem menção de algum líder, senão Deus, que cumprirá a tarefa.
Oséias 2.20 – Uma época em que Israel ficará noiva de Deus em termos de fidelidade.
Isaias 28.14-18 – A restauração de Jerusalém.
Isaias 33.14-24 – Um reino de paz.
Isaias 35.1-10 – Uma esperança que brilha para uma nova época.
Isaias 49.22,23 – A restauração de Judá e um futuro próspero.
Isaias 55.1-5 – Uma referência à permanência das alianças de Deus com Davi.
Miquéias 4.4 – Um período de paz e contentamento.
Jeremias 31.23-34 – A restauração de Judá e um novo concerto.
Zacarias 3.10 – Um período de paz.
Zacarias 14.1-21 – A vitória final que trará paz a Jerusalém.
Passagens do livro do profeta Isaias com respeito aos servos:
42.1-4 – O primeiro cântico do servo.
49.1-6 – O segundo cântico do servo.
50.4-11 – O terceiro cântico do servo.
52.13 a 53.12 – O quarto cântico do servo, cuja letra retrata o servo como sofredor. O servo em Isaias é tanto aquele que é fiel em Israel, como o próprio profeta. Os judeus em nenhuma época consideraram a descrição de servo em Isaias como equivalente a um messias. Na mente deles a imagem de um messias sofredor era totalmente estranha. Daí porque rejeitaram a Cristo. A Igreja Primitiva, entretanto, realmente iguala o Messias ao servo sofredor de Isaias, interpretando o real sentido do texto. Os judeus esperavam um guerreiro todo-poderoso como Davi que os levaria para uma batalha contra o poder que dominava sua nação e que iria inseri-los numa posição de poderio mundial. Todavia, JESUS veio como servo.
Por: T.C. SMITH
(MP. 1196 – Dez.1986)
sexta-feira, 10 de novembro de 2023
O QUE MARIA ENSINOU SOBRE JESUS?
A VERDADE:
"Maria foi uma árvore frutífera e por isso deve ser respeitada, mas JESUS, o Fruto bendito daquela árvore, tornou-se para a humanidade o alimento que elimina a inanição espiritual do homem. Um ser humano quando se encontra faminto não se contenta em apenas contemplar uma bela e esplendorosa árvore, mas sim saborear do seu fruto. JESUS asseverou: “...aquele que vem a mim de modo algum terá fome...” (Jo 6.35).
A VERDADE EXPLICADA:
Toda sociedade como conjunto de seres humanos local, nacional ou até internacionalmente ligados entre si por laços sociais e fraternos, precisa, para a sustentação de uma harmoniosa convivência, de preceitos e postulados, às vezes tradicionais, que se tornem nos ditames da conduta uníssona de todos.
Na vida cristã dos homens que abraçaram a Bíblia Sagrada como diretriz maior e regra de fé, o que se tem como básico é o mandamento que emana da plausível voz de Deus grafada nas páginas do Livro dos livros. Ao homem cabe duas atitudes para um viver coerente com o que está registrado ali: crer (antes de tudo!) e obedecer (acima de qualquer sacrifício).
Quando se aproxima o Natal, evidencia-se na mente das pessoas piedosas que não se deixam vencer apenas pelos interesses consumistas do comércio inflacionário, aproveitador da ignorância alheia e oportunista em suas vendas marcadas de acordo com o calendário festivo da humanidade, a imagem do nascimento d’Aquele que mudou o curso da história universal e espiritual da humanidade.
No cenário da manjedoura da estrebaria de Belém, vê-se ao fundo do quadro natalino, a figura daquela que deu à luz um primogênito: Maria, a mãe natural do Salvador. A agraciada de Deus – “...pois achaste graça diante de Deus...” (Lc 1.30).
No sentido maternal, é incontestável o valor e o respeito que se deve dar a Maria que, como tantas mulheres, alcançou a bênção natural da maternidade, participando do processo de reprodução da espécie humana, cumprindo a ordem de Deus: “...enchei a terra...” (Gn. 1.28).
No âmbito espiritual, porém, não devemos inverter os papéis nem tampouco os valores; o Salvador é Cristo: “...é que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador que é Cristo, o Senhor...” (Lc 2.11).
Maria foi uma árvore frutífera e por isso deve ser respeitada, mas JESUS, o Fruto bendito daquela árvore, tornou-se para a humanidade o alimento que elimina a inanição espiritual do homem. Um ser humano quando se encontra faminto não se contenta em apenas contemplar uma bela e esplendorosa árvore, mas sim saborear do seu fruto. JESUS asseverou: “...aquele que vem a mim de modo algum terá fome...” (Jo 6.35).
Maria, como a mãe natural de JESUS, O educou dentro dos princípios divinos que aprendera dos seus ancestrais e, crendo na profecia do anjo, “...este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o seu reino não terá fim...”( Lc 1.32,33), guardava todas as coisas no coração.
Mas qual o mandamento de Maria que ficou registrado nas páginas da Bíblia Sagrada? No casamento em Caná da Galiléia, quando o vinho acabou, a simples e importante figura materna de Maria, humildemente asseverou aos serventes “...fazei tudo quanto ele vos disser...” (Jo 2.5). Todos os Círculos Marianos deveriam pensar e repensar este pequeno e importantíssimo mandamento! Temos nós feito tudo quanto JESUS tem nos dito e orientado?
Abaixo, relacionamos, para nossa observação e reflexão, alguns versículos da Palavra de Deus que foram proferidos por JESUS:
“...vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei...” (Mt 11.28).
“...ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás...” (Mt 4.10).
“...arrependei-vos, porque é chegado o reino de Deus...” (Mt 4.17).
“...vós sois o sal da terra... vós sois a luz do mundo, ...resplandeça a vossa luz diante dos homens...” (Mt 5.13,14,16).
“...seja, porém, o vosso falar, sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do maligno...” (Mt 5.37).
“...amai os vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem...” (Mt 5.44).
“...entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela...” (Mt 7.13).
“...eu não vim chamar justos, mas pecadores...” (Mc 2.17).
“...vós deixais o mandamento de Deus e vos apegais à tradição dos homens... bem sabeis rejeitar o mandamento de Deus, para guardardes a vossa tradição...” (Mc 7.8,9).
“...este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim...” (Mc 7.6).
“...pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios...” (Mc 7.21).
“...eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo...” (Ap 3.20).
“...se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres...” (Jo 8.36).
“...eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim...” (Jo 14.6).
“...pois qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe...” (Mt 12.50).
“...vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando...” (Jo 15.14).
Devemos, como bons servos, atender ao imperativo mariano, porém, adorando a JESUS unicamente e deixando-O reinar em nossos corações!
Por: Deroci da Silva e Silva
(Fonte: MP. 1246/Dez.1990)
sexta-feira, 20 de outubro de 2023
O QUE FALTA AO BRASIL?
A VERDADE:
"Uma única coisa falta ao Brasil: temor a Deus! Alguém poderá argumentar que esta resposta é tão primária que sequer merece ser considerada. A receita da vovó também é primária, mas é eficaz contra cólicas e resfriados. Estamos por acaso em condições de desprezar o dia das coisas pequenas?"
A VERDADE EXPLICADA:
No meu primeiro dia de aula, ouvi a professorinha dizer que o Brasil era o melhor pais do mundo. Com voz rouca e um pouco estridente, ela explicou-nos que a grandeza desta terra está toda estampada em nossa bandeira. O verde simboliza a exuberância das matas. O amarelo, o ouro que tem feito a riqueza de tantas gentes. O azul, este céu já cinza de progresso. E finalmente o branco. O que poderia tipificar o branco a não ser a paz? Naquela época eu ainda não sabia que o branco na China era sinal de luto.
Cresci e passei a frequentar o antigo ginásio. Numa aula de História, o professor narigudo garantiu-nos que outros eram os significados das cores do pavilhão nacional. Elas representam as casas reais europeias com as quais estavam ligados nossos imperadores. Diante de sua explanação, maravilhei-me. Aliás, é justamente com o maravilhar-se, conforme ensinou Aristóteles, que começamos a filosofar.
Quer dizer que aquelas cores tão vivas não simbolizam a prodigalidade de nossa terra? Como uma dúvida puxa outra dúvida, fiquei desorientado. E, terá a nossa terra qualquer prodigalidade? Com o passar dos anos, verifiquei que o Brasil, de fato, é uma terra não somente pródiga, mas igualmente farta. Pródiga e farta como os seios da mãe gentil. Possuímos riquezas que sequer imaginamos existirem num mesmo chão. Foi mais ou menos isso que relatou Pero Vaz de Caminha à coroa portuguesa. Oitenta e sete anos após o descobrimento, Gabriel Soares de Souza, em seu Tratado Descritivo do Brasil, falaria de nosso país como uma terra de grandes merecimentos, qualidades e estranhezas.
Em minha lógica incipiente, alinhei algumas premissas. Armei um silogismo e perguntei-me: “Se possuímos tantas riquezas, por que o Brasil não está pelo menos entre os dez melhores países do mundo?” Outra indagação assomou-me o espírito: “Será que possuímos realmente tantas riquezas?”
Não será esse possuímos uma das maiores mentiras desta terra? Se os brasileiros possuímos as riquezas do pais, por que milhões de conterrâneos estão a morrer de fome? Pode haver maior escândalo do que tombar com a barriga vazia numa terra em ininterrupto cio? Onde, conforme enfatizou o escrivão de el-rey, em se plantando, tudo dá? Longe de ser plural de modéstia, esse possuímos é plural de absoluta e inominável miséria. Também não é plural majestático esse possuímos. Nenhuma majestade pode haver onde a plebeíce moral se agiganta e faz-se soberana. Onde a majestade ignora a nobreza da decência.
É justamente neste momento que sou obrigado a perguntar: “O que falta ao Brasil?” Nada lhe falta, tudo lhe falta! Não é resposta contraditória, nem um vazio de ideias. É a nossa realidade! Ilógica; coaduna-se com nada. Sob o prisma de suas prodigalidades naturais, nada falta ao Brasil. Ele tem tudo; sobeja-lhe tudo. Como explicar, porém, tantos confrontos e contrastes num único pais? Se o Brasil tem tudo, por que a maioria dos brasileiros tem nada, e padece fome num solo considerado o entreposto do mundo? Como estava equivocado Pero Vaz de Magalhães Gandavo ao recomendar o Brasil “...como opção de permanência aos que desejarem viver com fartura num clima onde nunca se sente frio, nem quentura excessiva...”
Afinal de contas, o que falta ao Brasil?
Uma única coisa falta ao Brasil: temor a Deus! Alguém poderá argumentar que esta resposta é tão primária que sequer merece ser considerada. A receita da vovó também é primária, mas é eficaz contra cólicas e resfriados. Estamos por acaso em condições de desprezar o dia das coisas pequenas?
Falta temor a Deus ao Brasil. E, se lhe falta esse temor, também lhe falta o maior de todos os princípios. O princípio do saber de que nos fala o sábio em seus Provérbios. Agora, já começamos a perceber que a resposta não é tão primária, elementar ou pueril. Se não possuímos o princípio do saber, como poderemos administrar um pais tão grande como o nosso?
Aliás, nenhum pais pode ser governado sem este princípio que fez de José um dos maiores administradores de todos os tempos. Que sabia José dos jargões que esbanjam nossos economistas? Que sabia do capitalismo e do socialismo? Que sabia das teorias que proporcionam tantos prêmios mas nenhum resultado satisfatório? O hebreu José, porém, estava ciente de que todos os problemas do mundo podem ser solucionados na eficácia daquele princípio de saber. E foi exatamente isto o que ele fez. Apresentou um plano de emergência ao Faraó. Um plano tão simples que qualquer criança poderia compreendê-lo. Graças à sua atuação o Egito foi salvo e a vida, preservada em toda aquela região do globo. Por que os economistas brasileiros não apresentam um plano como o de José? Simples e plausível. Que não seja utopia, mas que não maltrate os sonhos do menino e da professorinha.
Observando a história do Brasil, temos a impressão de que os políticos aprenderam quase nada com José. Uns dizem que a solução está no sistema socialista e apontam Marx e Lenin como os profetas deste século. Outros vaticinam que o liberalismo econômico é a solução. Louvam David Ricardo e enaltecem a Adam Smith. Quando a socialização da economia toma corpo, a inflação cresce e o desemprego aumenta. O gigantismo do Estado torna-se responsável por todos os males. Então, vem mais um pesadelo. Do mesmo brejo de onde subiram as vacas magras, aparecem os liberalizantes. Garantem que com a abertura de nossa economia os problemas todos serão resolvidos. O pobre, porém, continua mais pobre. A inflação mais virulenta. Vê-se logo que a solução não está com os capitalistas nem com os comunistas.
Até parece que as caravelas dos nossos descobridores continuam a singrar sem direção. Quando pensam ter avistado o norte, chega a tempestade. Do alto o marujo não grita: “Terra à vista...” As embarcações não se aproximam da Terra de Santa Cruz nem da Ilha de Vera Cruz. No Monte Pascoal, nenhuma prece é erguida. Parece ainda que estamos ao sabor de vagas e que jamais seremos descobertos. Do tombadilho, não avistamos nenhuma ave profetizando o chão bendito que se avoluma ou a praia que se desenha nas costas já curvadas de tantas promessas.
A bordo, os comandantes traçam mapas e vasculham os céus. O Cruzeiro do Sul lá está. As três Marias, também. Mas, onde está o nosso José? A Ursa Maior não se espanta. E ninguém se habilita a achar o oriente numa bússola já viciada. Todos sabem, no entanto, que é tudo uma questão de princípio. Basta encontrar este princípio para que as coisas melhorem e as velas voltem a inflar. Mas que o vento sopre na medida certa, sem tempestades ou tormentas. Quando o piloto encontrar o leme do verdadeiro princípio, nosso brado será ainda mais retumbante.
Quando a Bíblia Sagrada for colocada em seu devido lugar. Quando os seus ditames forem devidamente considerados. Quando nos apropriarmos do venturoso princípio, o almejado porto estará seguro na intercessão de todos os santos. Do tombadilho, o marujo avistará as aves trazendo as novas de uma terra ainda virgem. No bico de cada pássaro, o verde de uma mata que é toda esperança. E, que o Senhor nos ajude a plantar uma safra de bons homens, para que colhamos alguns Josés. Pois já estamos mais do que cansados de vacas magras e espigas mirradas.
Por: Claudionor Correa de Andrade
(Fonte: MP. 1248/Fev.1991)
sexta-feira, 6 de outubro de 2023
O QUE EXISTE POR TRÁS DAS LEIS QUE QUEREM DESTRUIR A FAMÍLIA E AMORDAÇAR AS IGREJAS
A VERDADE:
"A nossa nação está caminhando para ser uma potência mundial neste século nos próximos trinta anos, e será uma nação majoritariamente evangélica. Eis a nossa pergunta: “É isso que queremos para a nossa nação – comungar com o espírito do anticristo?” Vamos aceitar isso? A Bíblia diz: “...resisti ao diabo e ele fugirá de vós...” Não podemos nos dobrar diante do avanço do mal".
A VERDADE EXPLICADA:
A população brasileira cresce pouco mais de 2% ao ano. O crescimento evangélico ultrapassa os 6% ao ano. Pesquisas indicam que entre 2020 e 2025 os evangélicos ultrapassarão os 50% da população. Seremos maioria absoluta no país. Elegeremos parte dos deputados estaduais em todos os estados e os federais também. Teremos a maioria no Congresso Nacional e poderemos administrar esta nação.
Logo, o medo se apodera de muitos setores por causa dos evangélicos. Nosso crescimento assusta. Então, nos perseguem com leis. Se não tivéssemos elegido uma bancada forte de deputados estaduais e federais na legislatura retrasada, hoje seríamos associação, como determinava inicialmente o novo Código Civil. Graças à atuação dos nossos parlamentares é que conseguimos reverter o que eles haviam feito no Código Civil, enquadrando a Igreja na categoria de associação. Aí teríamos que receber todo tipo de gente como membros em nossas igrejas. Se o pecado entrar na Igreja, este será o seu fim. O que eles queriam, por força da lei, era mudar a Igreja, empurrando o pecado para dentro dela. Nosso empenho e luta foram coroados de sucesso porque conseguimos mudar o Código Civil no que tange à Igreja. Não satisfeitos, inclinaram-se para uma lei do meio ambiente, proibindo que usemos o som acima de 55 decibéis. Isso representa o som dentro de uma sala apenas. Querem que todos os templos religiosos usem 55 decibéis e, por isso, as igrejas estão sendo multadas e tem o som lacrado pelo Ministério Público em todo o território nacional.
O Estatuto da Cidade proíbe a construção de novos templos religiosos ou ampliações sem a participação dos vizinhos. Isso é uma cópia da lei de Mao Tse Tung. Quando o “Grande Timoneiro” quis destruir as igrejas na China, ele elaborou leis semelhantes para seu país. Foi ele também o autor do termo “Partidão”, o partido único onde o governo domina os deputados e os mesmos são obrigados a fazer o que o governo quer. Hoje, eles querem fazer uma lei no Brasil chamada “Reforma Política Partidária”, e não explicam aos brasileiros o que vem a ser isso. Então, o que é? O que é a “Cláusula de Barreira”, que eles não querem dizer? Ela significa acabar com os partidos pequenos, aqueles que não alcançarem 5% dos votos em nove estados do Brasil. Esses partidos serão eliminados, porque temos hoje cerca de 27 partidos. Neles é que surgem as novas lideranças. Eliminando os pequenos partidos, eles tem o segundo golpe guardado, que é o “Voto em Lista”, também não explicado ao povo.
Quem se lembra qual era o partido de Carlos Lacerda, o de Getúlio Vargas e o de Juscelino Kubitschek? Nem todos nos lembramos, mas todos conhecemos esses homens, porque sempre votamos no homem, mas agora querem que se vote no partido. Querem fazer o partido apenas da forma deles, porque no “Voto em Lista” só se vota no partido e não no candidato. O mais incrível de tudo isso é que quem indica o candidato e sua posição é o próprio partido. É ele que diz quem vai ser o número 1, o 2, o 3 e assim por diante. Se, por exemplo, eu e você formos candidatos, e se você tiver um milhão de votos, mas estar embaixo na lista, e eu tiver apenas um voto e estiver no primeiro da lista do partido, eu serei eleito porque o partido me indicou para ser o primeiro. Será que é isso que nós queremos?
Querem fazer uma cúpula de apenas seis ou, no máximo, oito partidos; querem definir quem será eleito por eles; e não querem que os evangélicos participem da política. Querem os votos dos evangélicos para elegerem seus nomes, mas não a participação dos evangélicos na política. Querem o “Voto em Lista” para colocar os evangélicos no final da fila e não na cabeça, porque sabem que a porcentagem de evangélicos está crescendo dentro da população, podendo eleger um número cada vez maior de representantes que defendam os valores desse segmento. Sabem que podemos até mesmo, num futuro breve, alcançar o poder desta nação e administrar a riqueza que Deus deu ao nosso país. Sabem que não queremos comungar com os ideais do espírito do anticristo, por isso querem nos banir da política. O anticristo conhece o Senhor JESUS Cristo. O anticristo conhece a Igreja e sabe que nós jamais aceitaremos os atos e os planejamentos dele. Definitivamente, não!
A nossa nação está caminhando para ser uma potência mundial neste século nos próximos trinta anos, e será uma nação majoritariamente evangélica. Eis a nossa pergunta: “É isso que queremos para a nossa nação – comungar com o espírito do anticristo?” Vamos aceitar isso? A Bíblia diz: “...resisti ao diabo e ele fugirá de vós...” Não podemos nos dobrar diante do avanço do mal.
Mas, como o anticristo pode dominar uma nação? Corrompendo os políticos, mudando as leis do país no Congresso Nacional, aprovando até cópias de leis de ditaduras comunistas para porem em um país democrático, como querem fazer aprovando a “Cláusula da Barreira” e o “Voto em Lista”. Não podemos aceitar isso. As igrejas crescem? São feitas leis contra as igrejas. Querem empurrar o homossexualismo para dentro dela, fazendo leis que proíbem os pregadores de se manifestar contra esse pecado. Não aceitam nenhum projeto de resgate para o homossexual. Recentemente, fiz um projeto de lei no Rio de Janeiro para que o Estado criasse um programa de ajuda psicológica para as pessoas que quisessem deixar o homossexualismo. A imprensa me apresentou como um inimigo dos gays e um perseguidor, quando a minha proposta estava voltada apenas para pessoas que desejam abandonar o homossexualismo. Eles interferiram no Conselho Federal de Psicologia para punir qualquer psicólogo que ofereça seus serviços para alguém que deseja abandonar a sodomia. Dessa forma, o suicídio acaba sendo a terrível alternativa para essas pessoas, quando não se tornam usuários de drogas por não desejarem mais enfrentar seus problemas.
Querem aprovar a lei do aborto, ou seja, decretar a morte de alguém que sequer tem a capacidade de se defender. Querem tirar-lhes o direito à vida. Eles usam os políticos para esse objetivo. Os defensores da Lei do aborto estão aí. A união civil homossexual é um ataque à primeira instituição criada por Deus, a família. É justamente o espírito do anticristo que está por detrás de tudo isso, com o desejo de dominar as nações por meio da elaboração de leis contra Deus. É nosso dever resistir a esse tipo de pressão. Os cristãos não podem, de forma alguma, aceitar essas leis perversas.
Antes que aconteça o arrebatamento da Igreja, nós não vamos entregar a nossa nação.
Por: Edino Fonseca
(Fonte: MP. 1510/Mar.2011)
sexta-feira, 22 de setembro de 2023
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE A HOMOSSEXUALIDADE?
sexta-feira, 15 de setembro de 2023
O PRONUNCIAMENTO DE SHEVA BRACHOT
A VERDADE:
"A noiva deve preparar-se, purificar-se, ataviar-se, e apresentar-se pronta, sempre apta a iniciar o cortejo nupcial. Quando perguntada se se envolverá com celebrações outras, ainda que bíblica e historicamente importantes, ela declara o seu compromisso em estender a muitos o convite que fazem: Ela, a Consagrada, e o Espírito, chamando a quantos queiram: “Vem!”
A VERDADE EXPLICADA:
Encontrar o seu “bashert” (shert, em ídishe, quer dizer, cortado), ou seja, encontrar alguém que tenha sido cortado sob medida, para então unir-se a ele ou a ela é o desejo da juventude em Israel. “Portanto, deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne...”; palavras registradas em Gênesis, capítulo 2, verso 24, nutrem a esperança de que o compromisso do noivado (irussim) e do casamento (nissu’in) tornem dois em um só, verdadeiramente consagrados (kidushim) diante de Deus. Se possível, casarão em uma terça-feira, evocando o único dia da criação para o qual o Senhor disse “...está bom...” não apenas uma, mas duas vezes. Evitarão as datas religiosas, para que a sua alegria não se confunda com a de outras datas festivas (Talmud, Moêd Catán 8b). Convidarão amigos e conhecidos. O noivo (chatán – lê-se ‘ratan’) incumbirá um amigo especialmente chegado para que providencie os preparativos necessários ao cortejo e à cerimônia. A noiva (calá), provavelmente presenteará seu amado com um talit novo, pois o xale de orações possui 32 franjas, sendo oito em cada ponta, formando o número da palavra ‘lev’ – coração, em hebraico – querendo com isso dizer que entrega a ele todo o seu sentimento, como a suave cobertura das preces que por ele faz ao Eterno. O cerimonial começará na véspera do casamento, com saída do noivo, em direção à casa dos pais da noiva. Ela vem ao seu encontro. Ambos rumam, cada um com seu séquito, à casa dos pais dele, ao lugar do banquete. O dia seguinte será o dia da celebração. Nele as sete (sheva) bênçãos (brachot – lê-se ‘brarrot’) serão pronunciadas pelo celebrante, pelos convidados de honra, ou pela totalidade dos convidados ali presentes.
As bênçãos dizem respeito à gratidão do homem pela concessão da vida e da alegria, do amor, da comunhão, dos filhos, da perpetuidade de Israel. Assim ouvem-se as proclamações: 1. Bendito és Tu, ó Senhor, nosso Deus, Soberano do Universo, que cria o fruto da videira; 2. Bendito és Tu, ó Senhor, nosso Deus, Soberano do Universo, que criou tudo para a Sua glória; 3. Bendito és Tu, ó Senhor nosso Deus, Soberano do Universo, que criou o homem; 4. Bendito és Tu, ó Senhor nosso Deus, Soberano do Universo, que cria o homem à Sua imagem, moldando-o. Bendito és Tu, Senhor, criador do homem; 5. Que a estéril exulte e alegre-se com seus filhos, a ela reunidos. Bendito és Tu, Senhor, que alegra Sião com crianças; 6. Concede perfeita alegria a estes companheiros amorosos, como fizeste com a criação no Jardim do Éden. Bendito és Tu, Senhor, que concede alegria ao noivo e à noiva; 7. Bendito és Tu, ó Senhor nosso Deus, Soberano do Universo, que criou júbilo e alegria, noivo e noiva, música, contentamento, júbilo, amor e harmonia, paz e companheirismo. Logo, Senhor nosso Deus, Poderoso, há sempre de ser ouvido nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém vozes de júbilo e alegria, as vozes do noivo e da noiva, as vozes daqueles unidos em matrimônio sob o pálio nupcial, as vozes dos jovens festejando e cantando. Santíssimo és Tu, Senhor, que faz com que o noivo se alegre com a sua noiva.
Provavelmente, unir-se-ão sob o céu aberto, sob a luz das estrelas, para que possam lembrar a promessa feita a Abraão, de que sua descendência seria numerosa como as estrelas do céu. A recordação dos propósitos do Altíssimo para a família será evocada. Longe da sensualidade, são evocados os princípios do gozo de uma sexualidade sadia. No casamento, o valor da pureza é ressaltado.
A expressão do valor da união entre um homem e uma mulher alcança seu clímax em que o próprio Senhor tenha escolhido tal celebração como metáfora para os acontecimentos futuros, tratando de Seu retorno para o encontro com a comunidade dos fiéis com a imagem de um casamento, as Bodas do Cordeiro. Há quem queira dispersá-la desse objetivo, mas o coração da noiva sabe discernir seu momento profético. A Israel, o Senhor ordenou as celebrações de Páscoa, Pentecoste, Tabernáculos, tendo todas elas uma dimensão memorial e, no que diz respeito à última, uma dimensão futura, quando o Reino Milenial se estabelecer. Também à Igreja cabe um ato memorial, quando celebra a carne e o sangue de Seu Senhor, ao mesmo tempo em que anuncia Seu breve regresso. No que diz respeito às festas judaicas os remidos nutrem por elas o carinho e atenção de todos os que aprendem com as Escrituras sobre a fidelidade de Deus, sobre o fiel cumprimento das profecias, sobre a beleza das verdades bíblicas, extraindo de suas narrativas as lições para sua própria caminhada. A Igreja vê JESUS como Sua Páscoa, o derramar do Espírito como seu Pentecoste e a presença divina em seu meio como o precioso tabernacular d’Aquele que afirma: “...onde estiverem dois ou três em meu nome, aí estarei...”
A noiva, vivendo a dimensão do Eterno, foge aos calendários e celebra sua libertação, seu revestimento e sua comunhão sempre e constantemente. Ela também despreza as celebrações pagãs que não fazem parte de seu chamamento e de sua verdade. A Igreja desloca-se do cristianismo histórico para unir-se indelevelmente à trajetória dos separados para Deus desde o Cenáculo, seu nascedouro.
A noiva deve preparar-se, purificar-se, ataviar-se, e apresentar-se pronta, sempre apta a iniciar o cortejo nupcial. Quando perguntada se se envolverá com celebrações outras, ainda que bíblica e historicamente importantes, ela declara o seu compromisso em estender a muitos o convite que fazem: Ela, a Consagrada, e o Espírito, chamando a quantos queiram: “Vem!”
Por: SARA ALICE CAVALCANTE
(Fonte: MP. nº 1554/Nov.2014)
sexta-feira, 1 de setembro de 2023
O PROFETA DA GALILÉIA
A VERDADE:
O povo não via em JESUS apenas um profeta; via o elenco de todos os atalaias de Jeová. Confundiam-No com o Batista, por causa do ímpeto da mensagem e das constantes referências ao “Reino de Deus”. Tinham-No como Elias, em virtude dos milagres. Achavam-No parecido com Jeremias, porque como Jeremias desmanchava-Se em lamentos em consequência da pertinácia de Jerusalém. Para os judeus, JESUS poderia ser, também, Samuel, Natã ou mesmo Habacuque. Como o Filho de Deus, porém, era superior a todos eles.
A VERDADE EXPLICADA:
Durante Sua vida, exerceu Cristo plenamente o ministério profético. Ele exortou e consolou como Isaías. Como Zacarias, anteviu a tristeza da Cidade Santa. Realizou sinais e maravilhas como Elizeu. Como Daniel falou sobre a ressureição e discorreu sobre os dias derradeiros. Sofreu as afrontas de Amós e experimentou o amargor de Oséias.
Como duvidar de Sua atuação como profeta? Atestam-no as Escrituras: “...Jesus Nazareno, varão profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo...” (Lc 24.20). Em primeiro lugar, vejamos o Seu público reconhecimento como o mensageiro de Jeová.
O reconhecimento público
Da declaração de Pedro em Cesaréia, concluímos que o Senhor JESUS foi muito popular como profeta em Israel. Repassemos uma vez mais o maravilhoso texto: “...e, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipo, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns João Batista, outros Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas...” (Mc 16.13,14). Concluímos, também, desta passagem que o Senhor JESUS exerceu o mais completo de todos os ministérios proféticos. Se Moisés foi o profeta modelo, Cristo é um modelo de profecia. N’Ele cumprem-se todos os vaticínios e as predições todas tornam-se plenas em Seu sacrifício.
O povo não via em JESUS apenas um profeta; via o elenco de todos os atalaias de Jeová. Confundiam-No com o Batista, por causa do ímpeto da mensagem e das constantes referências ao “Reino de Deus”. Tinham-No como Elias, em virtude dos milagres. Achavam-No parecido com Jeremias, porque como Jeremias desmanchava-Se em lamentos em consequência da pertinácia de Jerusalém. Para os judeus, JESUS poderia ser, também, Samuel, Natã ou mesmo Habacuque. Como o Filho de Deus, porém, era superior a todos eles.
O ministério profético de Cristo jamais foi posto em dúvida. Quando de Sua entrada triunfal em Jerusalém, diziam os hebreus: “...este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia...” (Mt 21.11). Pode haver chancelamento mais legítimo do que este? Que profeta teve as credenciais mais prontamente aceitas? Mesmo na crucificação, sabiam os israelitas estarem levando ao madeiro o profeta anunciado no Deuteronômio.
Mais tarde, em Seu discurso no Templo, Pedro identifica o Senhor com o profeta que havia de vir, e não foi contestado por nenhum dos presentes. Disse o apóstolo: “...porque Moisés disse: O Senhor vosso Deus levantará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim: a ele ouvireis em tudo quanto vos disser. E acontecerá que toda a alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo. E todos os profetas, desde Samuel, todos quantos depois falaram, também anunciaram estes dias. Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez com nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra...” (At 3.22-25). Ao ouvirem estas palavras, compungiram-se os hebreus, porque não havia homem ou mulher em Israel que não considerasse JESUS como o profeta predito no quinto livro do Pentateuco – Deuteronômio. Mesmo assim, a empedernida nação judaica não quis receber o Príncipe da Vida.
Cristo, o espírito da profecia
Como o Verbo, que se fez carne, o Senhor JESUS é a ação executiva da criação. Por Seu intermédio, todas as coisas foram feitas; sem Ele nada existiria. Ele insuflou vida à natureza. Deu verdor à flora e movimento à fauna. Ordenou o Universo e distribuiu sentido à cada instância da existência. As Sagradas Escrituras, como Palavra de Deus, é a mais perfeita e distinta manifestação do Verbo.
E, o que é a Palavra de Deus senão a profecia das profecias? Até mesmo nesta quadra das coisas celestes, a figura de JESUS é mais do que ímpar. No Apocalipse, Seu ministério é assim designado: “...o testemunho de Jesus é o espírito da profecia...” (Ap. 19.10). Diante desta declaração, só podemos exclamar: Quanta autoridade confiou-Lhe o Pai!
Mas, em que sentido o testemunho de Cristo é o espírito da profecia?
Em primeiro lugar, porque todas as profecias, direta ou indiretamente, referem-se a Ele. Ainda que pareçam arredadas de temática messiânica, tiveram-No como essência. Embora se mostrem tão distantes do Nazareno, a sua essência continua a ser o Cordeiro de Deus. Apesar de exibirem outras cores, o carmesim do sacrifício de JESUS, qual fita de Raabe, pode ser visto encimando o colosso profético. Ora, se o objetivo da Escritura foi preparar o caminho do Filho de Deus, poderiam as profecias abandoná-Lo como o seu principal assunto?
Todas as mensagens proféticas foram enunciadas visando o ministério do Senhor JESUS. Quando os profetas, por exemplo, antecipavam a queda de reinos e a desdita de nações, estavam versando sobre Cristo. Se Jeová não tivesse abatido a soberba da Assíria e o orgulho de Babilônia, os povos gentílicos teriam destruído Israel e, com Israel, a ascendência humana do Senhor. Para dar mais um exemplo, falemos do ardoroso Elias. Quando o profeta do fogo censurou Acabe por ter-se apossado da vinha de Nabote, nada mais estava fazendo do que manter a pureza dos pactos que testemunhavam do Filho do Homem.
O testemunho de Cristo é o espírito de profecia, porque todo enunciado profético é palavra e, da boca do próprio Deus, suscitada. E, quem é JESUS senão a própria Palavra? Até mesmo nas mudas mensagens de Ezequiel divisamos o Senhor JESUS. Ousasse o profeta encerrar-se no mais silencioso dos ministérios e não poderíamos deixar de ouvir o Verbo. Quando os mensageiros do Altíssimo vaticinavam, o Verbo fazia-Se dinâmica presença em seus lábios. Afirmou o apóstolo Pedro: “...da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir. Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem atentar...” (I Pe 1.10-12).
Não há como dissociar o Senhor JESUS da profecia!
A Sua vinda foi precedida de profecias. O Seu nascimento foi a coroação do movimento profético. Quanto ao Seu ministério, foi todo profético e exercício profético. Na Sua morte, houve presença profética. Ele ressuscitou e as profecias tornaram-se mais eloquentes. O seu retorno está sendo precedido por formidáveis cumprimentos proféticos. Enfim, sem Cristo, o profetismo inexistiria! Todas as Suas palavras eram legítimas e provadas profecias. Ele é o profeta dos profetas. Sem o Seu ofício, a redenção anunciada pelos mensageiros do Pacto Antigo tornar-se-ia vã. Aliás, nem os próprios mensageiros alcançariam a redenção sem o Seu ministério vicário. Seu sacrifício é a mais bela das mensagens proféticas.
Assim, ouvirás tú as palavras do profeta da Galiléia? É tempo de ouvir o Seu clamor!
Por: Claudionor Correa de Andrade
(Fonte: MP.1247/Jan.1991)
sexta-feira, 25 de agosto de 2023
O PODER DO SANGUE DE JESUS
A VERDADE EXPLICADA:
O PODER DO SANGUE DE JESUS
O sangue de Cristo é o que de mais precioso poderia existir, pois é o único elemento em todo o universo que limpa o homem do pecado (I Pe 1.18-20). Seu valor é imensurável, pois é sangue divino (At 20.28). Assim como o organismo humano depende do sangue para a sua existência, o cristão depende do sangue de JESUS para a sua existência e sobrevivência espirituais. Se fôssemos projetar arquitetonicamente as realidades da Bíblia como uma cidade, a avenida principal e central seria o sangue de JESUS, uma vez que a salvação, a redenção, a justificação, a reconciliação, a purificação, a santificação, a propiciação, a cura divina, o batismo com o Espírito Santo, os dons espirituais, o fruto do Espírito, a libertação vem todos através do sangue de JESUS.
O que o sangue de animais não podia fazer na antiga aliança, pois somente expiava e cobria os pecados dos santos, aguardando o sacrifício maior e perfeito do Cordeiro de Deus, o sangue redentor de JESUS fez, uma vez para sempre. Este sangue fala e intercede junto a Deus em nosso favor (Hb 12.22-24). Todo cristão verdadeiro confia no sangue de JESUS (Rm 3.23-25).
Quais são os benefícios que o precioso e imaculado sangue de JESUS provê ao crente? Aqui estão alguns, fundamentados na Palavra de Deus:
A redenção pelo sangue (Ef 1.7; Rm 5.9,10) A justificação pelo sangue (Rm 5.9) A purificação do pecado pelo sangue (I Jo 1.7) A reconciliação através do sangue (Cl 1.20; Rm 3.25) A paz através do sangue (Cl 11.20) O acesso a Deus pelo sangue (Ef 2.13) A consciência limpa pelo sangue (Hb 9.13) A santificação através do sangue (Hb 13.12) A comunhão com Deus através do sangue (I Co 10.16) A inclusão no concerto eterno, efetuado pelo sangue (Hb 13.20) A condição de rei e sacerdote para com Deus através do sangue (Ap 1.5,6) A vitória sobre Satanás pelo sangue (Ap 12.11) A vida eterna através do sangue (Jo 6.53-57,63)
Todos os benefícios que o cristão recebe de Deus é através dos méritos e do valor do sangue de Cristo, presentes diante do trono de Deus. Não percamos a visão do Calvário e da obra expiatória do Senhor JESUS e do supremo valor do Seu precioso sangue.
Por: Bernhard Johnson
sexta-feira, 18 de agosto de 2023
O PODER DE DESTRUIR E EDIFICAR O LAR
sexta-feira, 11 de agosto de 2023
O EXEMPLO DE EZEQUIAS
A VERDADE EXPLICADA:
Certas datas históricas destacam-se entre os eventos mundiais no destino da humanidade. Por exemplo, no ano 490 ªC. travou-se a batalha de Maratona. Os gregos, embora dispondo de número de soldados muito inferior, repeliram os persas, evitando assim que seus exércitos penetrassem mais na Europa.
No ano 732, na batalha de Tours, no sul da França, Carlos Martel fez recuar os mouros, seguidores de Maomé. Se ele tivesse fracassado, é bem possível que a religião islâmica viesse a dominar todo o continente europeu. Nos Estados Unidos, o ano de 1.776 marcou o nascimento dessa nação.
Outra data que precisamos lembrar é 713 ªC., que foi um ano de grande triunfo e de grande tragédia, de milagres e de erros. Foi um ano que influenciou decisivamente a história do povo de Deus. Essa data tem uma mensagem simbólica, especialmente para os membros das Assembleias de Deus.
Ezequias tornou-se rei de Judá 14 anos antes dessa data. Ele era um homem de destaque. Segundo o livro de II Reis (18.15), ele era o melhor rei que Judá teve até essa data. Mas ele também falhou. Seu exemplo e queda é o que encontramos na história dos avivamentos. Convém que nós observemos bem a triste história de Ezequias e aprender as lições que nos ensinam, a fim de não repetirmos seus erros. O reinado de Ezequias iniciou-se com avivamento. O templo do rei Salomão havia caído em desuso. O mesmo não era mais o centro do culto a Deus. O lixo cobria as áreas sagradas. Só uma liderança enérgica poderia melhorar as coisas.
No primeiro mês do seu reinado, o rei mandou fazer uma limpeza geral em torno do templo. O lixo foi jogado no rio Jordão e os serviços religiosos foram novamente restabelecidos. Ezequias também fez a nação voltar aos princípios e às doutrinas de sua fé. A grande festa da Páscoa, que celebrava a libertação do Egito, havia sido abandonada. Ezequias restituiu a sua observância. As Escrituras afirmam que foi a maior Páscoa celebrada desde os dias de Salomão, quase 300 anos antes.
O ano 713 ªC., o 14º ano do reinado de Ezequias foi um ano de milagres. Foi nesse ano que Senaqueribe, rei da Assíria, trouxe seu exército para diante da cidade de Jerusalém, ameaçando destruí-la. Em resposta à oração de Ezequias, Deus enviou um anjo que em uma noite matou 185.000 soldados do exército assírio.
Também nesse mesmo ano, Ezequias foi curado. Doente para morrer, o rei pediu a Deus que prolongasse a sua vida e o Senhor lhe deu mais 15 anos de vida (II Re 20.1). Ainda mais dramático do que a cura de Ezequias foi o sinal que Deus lhe deu. O profeta Isaías perguntou ao rei qual o sinal de libertação da doença que desejava: que a sombra do sol se adiantasse 10 graus ou voltasse 10 graus para trás, no relógio de Acaz. Neste relógio de sol havia uma coluna perpendicular no topo de uma série de graus. Normalmente a sombra adiantava-se com o movimento do sol, mas o rei pediu que o sol alterasse o seu curso para o oposto do normal. Levantar-se-ia no oeste e não no leste. Foi este o sinal que Deus deu ao rei Ezequias.
Todo o mundo, então conhecido, tomou conhecimento dos milagres realizados naquele ano. Souberam da derrota de Senaqueribe, se bem que, provavelmente, não ficaram sabendo que um só anjo havia causado a derrota! Souberam também da cura de Ezequias, mas os dirigentes do Império Babilônico teriam se interessado especialmente no milagre do relógio de sol. Os caldeus estudavam muito a astronomia e certamente foram os primeiros a notar o estranho funcionamento solar. Para verificar o fenômeno de perto, alguns embaixadores da Babilônia foram enviados à Jerusalém. Ficaram sabendo, então, que o Deus dos hebreus é que havia operado aquele estupendo milagre.
Que excelente oportunidade teve o rei Ezequias para falar aos embaixadores babilônicos acerca de Jeová, o verdadeiro Deus, que ama a todos os seres humanos! Grandes coisas poderiam ter acontecido. Seu testemunho poderia ter influenciado os líderes babilônicos a aceitarem a Deus e um avivamento poderia ter sido produzido em todo o Império Babilônico. Infelizmente, a Bíblia nada informa acerca de Ezequias ter testemunhado para os embaixadores caldeus sobre o poder de Jeová. O rei falhou tristemente. Ele não soube aproveitar a grande oportunidade que Deus lhe dera e nem correspondeu ao benefício que recebeu porque “...o seu coração se exaltou...” (II Cr 32.25). Em vez de lhes mostrar as coisas de Deus, ele “...lhes mostrou a casa do seu tesouro, a prata e o ouro, e as especiarias, os melhores unguentos, e a sua casa de armas...coisa nenhuma houve que lhes não mostrasse, nem em sua casa nem em todo o seu domínio.” (II Re 20.13)
Ezequias também falhou quanto às coisas do seu futuro. Deus enviou-lhe o profeta Isaías para lhe comunicar o seguinte aviso: “Eis que virão dias em que tudo quanto houver em tua casa, com o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado para Babilônia. E não ficará coisa alguma...e dos teus filhos tomarão para que sejam eunucos no palácio do rei de Babilônia.” (Is 39.6,7). Qual foi a resposta de Ezequias a esta profecia de juízo? Foi a seguinte: “Boa é a palavra do Senhor que me disseste. Disse mais: E não haverá, pois, em meus dias paz e verdade?” Esta resposta revelou a dureza do seu coração, a sua irresponsabilidade e egoísmo. Depois disso, nasceu o seu filho Manasses, o mais ímpio de todos os reis de Judá.
Em menos de 100 anos após a morte de Ezequias, os babilônios haviam dominado Judá. Vinte anos depois, a cidade de Jerusalém era um monte de ruínas e o belo templo de Salomão estava completamente destruído. Milhares de judeus foram levados cativos. Os tesouros do domínio de Judá vieram a adornar os templos dos falsos deuses de Babilônia.
Oremos, pois, ao Senhor para que não venhamos a cometer os mesmos erros que o rei Ezequias praticou e que venhamos a compreender a importância de tributar toda a glória Àquele que criou todas as coisas.
Por: RALPH HARRIS
(Fonte: MP. 1236/Jan.1990)