sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A GARANTIA DO AMOR DE DEUS






























A VERDADE EXPLICADA:

Jônatas, filho de Saul, era um homem muito amado e possuía uma grande fé. Ele era capacitado a suceder seu pai como dirigente do povo de Deus. Mas, Jônatas jamais viria a ser rei. Seu pai, Saul, afastou-se de Deus e não seguiu Seus decretos. Por tal motivo, Deus rejeitou a Saul e o pastorzinho Davi foi ungido para ser o futuro rei de Israel.

Portanto, aparentemente, havia duas pessoas na linha de sucessão para ocupar o trono de Saul: Jônatas, o príncipe herdeiro e Davi, o pequeno pastor de ovelhas. Certamente os dois entrariam em conflito. Como Deus resolveria tal problema?

Quando Davi derrotou em batalha a Golias, o gigante filisteu, a reação de Jônatas foi excepcional. Aparentemente impressionado pelo grande amor que Davi nutria por Deus e por sua fé ao defender a honra de Deus, Jônatas teve sua atenção dirigida para o pastorzinho de Belém e tomou um passo muito importante: "Jônatas e Davi fizeram uma aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma..." (I Sm 18.3).

SUBLIME AMOR
A realização de uma aliança, é considerada um assunto muito sério na Bíblia. As causas e origens de tais pactos, sempre foram o amor. Jônatas amava Davi como a si mesmo. Porém ao fazer tal aliança na presença de Deus, a amizade deles passou a ser calcada em lei, colocando-o em um novo tipo de relacionamento.

Alianças evocam garantias sagradas. O amor em si mesmo pode ser temporário e descompromissado. Em determinada época, você poderá amar alguém, a ponto de fazer qualquer coisa por ele (ou ela). Porém em outras oportunidades, o amor nutrido por tal pessoa e a motivação de fazer sacrifícios, poderão diminuir. No entanto, quando existe uma aliança, apesar das bases terem sido firmadas no amor e o acordo haver sido voluntário, cada uma das partes conta com a fidelidade da outra. Um relacionamento firme requer amor contínuo.

Tanto Davi como Jônatas foram beneficiados com a aliança que realizaram. Quando Saul perseguiu a Davi e tentou matá-lo, este recebeu ajuda do príncipe herdeiro, o que normalmente, seria impossível, não fosse a aliança por eles firmada. Davi não precisou chegar até Jônatas e clamar por uma piedade sem fundamentos, ao invés disso, apelou à fidelidade do príncipe. 

Mais tarde, os papéis inverteram-se, na ocasião em que Jônatas percebeu que Davi se tornaria rei em seu lugar. Naquela época, quando uma nova família chegava ao poder, era costume exterminar completamente a descendência do antigo rei. Estando dessa vez  ao lado mais fraco, Jônatas também apelou à fidelidade de Davi e ao juramento de amizade mútua que haviam feito em nome do Senhor (I Sm 20.14,15,41). Davi concordou em não destruir a Jônatas e nem à sua família. A aliança de Davi e Jônatas foi reafirmada "perante o Senhor" (I Sm 23.18). Isto significava que, caso houvesse uma quebra de palavra de uma das partes, Deus permaneceria ao lado daquele que fosse prejudicado.

FOI REALMENTE NECESSÁRIO?
Foi realmente necessária a realização de tal aliança? Não era suficiente para Jônatas e Davi saberem que se amavam? Não! A prática de uma aliança envolve mais que amor; tal sentimento pode esfriar, mas um apelo pode ser feito, evocando a bondade, fidelidade e lealdade da outra pessoa. Devido ao pacto por eles firmado, haveria "shalom" (paz) entre a descendência de Davi e a casa de Jônatas. Tal paz, representava mais do que a ausência de guerra. Significava confiança, relacionamentos edificantes e uma atitude de respeito no trato de um para com o outro.

Do poto de vista bíblico, a aliança propicia um belo quadro do casamento. O amor é a causa e a origem do matrimônio. O próprio amor é a motivação que leva ambos os lados a entrarem num acordo especial, num relacionamento estabelecido em lei, com garantias sagradas. Após a cerimônia de casamento, cada cônjuge, poderá a qualquer momento, contar com a fidelidade do outro. Perdão é sempre possível, visto que marido e mulher prometeram, na presença de Deus, cuidado e apoio mútuos. Com tal segurança, é possível viver em paz.

A idéia da aliança encerra ainda o tipo de relacionamento que Deus almeja conosco. Ele também deseja elevar Seu amor para a segura esfera da lei. Por exemplo, Ele fez aliança com Abraão. Imagine só -- o Deus eterno realizando uma aliança com o homem! Deus não disse: "Confie em meu amor. Confie em mim". Não, Deus elevou Seu relacionamento de amor a um pacto que envolvia garantias sagradas. Abraão poderia apelar para a fidelidade de Deus sempre que necessário.
































QUEBRA DA ALIANÇA
Mais tarde, Deus firmou uma aliança com os filhos de Israel, após Moisés tê-los conduzido ao Monte Horebe. Deus assegurou-lhes que sempre poderiam contar com a Sua fidelidade. Ele tornou-se o "Deus da Aliança". Haveria paz permanente entre Deus e Israel, se Israel permanecesse fiel à aliança feita entre eles. Para tanto, deveriam evidenciar tal fidelidade guardando a lei; aqueles que o fizessem, seriam chamados "retos" e "fiéis".

Mas, "deu tudo errado". Israel foi repetidas vezes, infiel ao Senhor. Deus enviou profeta atrás de profeta, para advertir Seu povo, mas, sem resultados. No entanto, através do profeta Jeremias, o Deus de amor fez uma nova aliança, mais rica e preciosa que a anterior. Essa promessa cumpriu-se quando JESUS veio à Terra.Na noite de Seu nascimento, os anjos proclamaram "shalom" - paz na Terra entre Deus e aqueles que viessem a participar da nova aliança: as pessoas de boa vontade.

JESUS ao oferecer o cálice de vinho a Seus discípulos na última ceia, disse: "Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados..." (Mt 26.28). Esta é a nova aliança, da qual podemos vir a fazer parte, através da fé em JESUS Cristo.

APELO À FIDELIDADE DE DEUS
Deus não quer que duvidemos de Seu amor e em Cristo novamente elevou-o a um relacionamento estabelecido em lei. Quando, através de JESUS Cristo, nos aproximamos de Deus apelamos à Sua fidelidade. N'Ele não há volubilidade e nem tampouco respostas arbitrárias, sendo este o principal temor dos pagãos em relação a seus deuses.

Com esta percepção a passagem em I João 1.9 ganha aos nossos olhos um novo significado: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça...," Deus sabia que havia realizado uma aliança com pessoas fracas e pecadoras. Exatamente por esse motivo, Ele incluiu no pacto, medidas que tornassem possível nosso relacionamento com Ele, como a promessa de perdão e purificação ao confessarmos nossos pecados.

A nova aliança possui muito mais promessas e garantias do que possamos reivindicar. Por exemplo: I Coríntios 10.13 nos diz que não sofreremos tentação além do que pudermos suportar e isto baseia-se no fato de que "Deus é fiel". Na carta aos Hebreus (4.16), temos a promessa de que em Cristo, podemos nos aproximar "confiadamente" de Deus e receber "socorro em ocasião oportuna". À esta lista, inúmeras outras promessas poderão ser acrescentadas -- todas, garantidas em Cristo, através do amor e fidelidade de Deus.

Que maravilhosa aliança é o Novo Testamento! Contém em suas páginas, de forma clara, todas as implicações de seu "casamento" com o Senhor!


(Gert Doornenbal)

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