A VERDADE EXPLICADA:
Se um médico legista examinasse JESUS depois do sacrifício da cruz, qual seria seu laudo pericial? Por que JESUS morreu nove horas depois de pregado à cruz? A crucificação era um sacrifício lento, geralmente demorava de dois a cinco dias. O discípulo Pedro, crucificado anos depois, e de cabeça para baixo, demorou cinco dias para morrer. A revista francesa "Janus" pediu a dois médicos que estudaram a morte na cruz (baseando-se em documentos extraídos de campos de concentração nazista) uma explicação do Grande Martírio. Os doutores Karl Hyneck e Armand Legrand, em seu relado, mostram como a resistência física de JESUS foi destruída mais rapidamente do que seria normal.
SUOR DE SANGUE - Dos quatro evangelistas (Mateus, Marcos Lucas e João), Lucas, que era médico, foi exatamente o único a observar que JESUS suou sangue no Jardim das Oliveiras. O fenômeno se explica por intensa dilatação dos vasos capilares subcutâneos, quando uma pessoa sofre grave crise psicológica, um trauma nervoso e consequente pressão alta. A abertura dos capílares acelera exageradamente a atividade das glândulas produtoras de suor e desencadeia um processo de hemorragias submicroscópicas. O sangue misturado ao suor sai do corpo. Assim, desde aquela noite, JESUS está traumatizado em virtude, provavelmente, de angústia moral. Sua capacidade física de resistir a "agressões" está diminuída e Seus padecimentos físicos serão muitíssimos mais dolorosos.
O "flagrum" (flagelo) romano tinha pelo menos duas tiras de couro na ponta de um pequeno cabo de madeira. Bolas de chumbo ou ossos de carneiro presos à extremidade das tiras atingiam o corpo nu (como mandava a lei), abrindo vincos profundos na pele. A sentença de Pilatos não especificou o número de chibatadas, mas tradicionalmente o mínimo era dez. Vestido de púrpura JESUS é depois coroado com espinhos, ainda hoje encontrados na Judéia, cinzentos e longos, com 4 a 5 centímetros. Em seguida, pessoas desfilam à frente do réu, dando-lhe bordoadas na cabeça, que traumatizam a caixa craniana. Então arrancam a roupa (a essa altura, já colada aos ferimentos da flagelação), vestem o condenado com suas roupas antigas e empurram-no para o morro do Calvário, 800 metros distante.
PATÍBULO - Um tronco vertical, que era fixado ao solo, e uma barra transversal de aproximadamente 40 quilos (o "patibulum"), que o condenado carregava do tribunal ao local do suplício: assim era a cruz. JESUS cai várias vezes: está desorientado por causa dos golpes tomados na cabeça. No alto do Calvário, nu, é estendido ao solo com as costas atravessadas no patíbulo e transfixado por pregos nos pulsos (certamente não nas mãos, que não resistiriam ao peso do corpo). No pulso passa um grosso tronco de nervos, o mediano; uma ferida em qualquer nervo produz dor atroz, que repercute em todo o sistema nervoso. Os carrascos levantam o patíbulo, o corpo pende, apesar da tração nos braços. Começa então uma das piores agonias. Os músculos que sustentam o corpo - dos ombros, peitorais, intercostais - e todos os músculos respiratórios logo se cansam. Para respirar melhor, o condenado levanta-se sobre os pés fixados por um único prego de carpintaria. Nova onda de dor, que anula o momentâneo alívio do peito. A respiração fica entrecortada, os músculos vão arroxeando. É a asfixia: os condenados à morte morrem por lento envenenamento respiratório, quando o pulmão se torna incapaz de oxigenar o sangue. Pilatos fica surpreso com a morte rápida de JESUS, um homem forte, de 33 anos, habituado à vida ao ar livre.
Depois de morto, um soldado ainda lhe dá um golpe de lança e - segundo João - corre água. Isso serve para mostrar que JESUS estava traumatizado: não é água, é soro, separado do plasma sanguíneo pelo choque nervoso que - somado ao excesso de castigo físico - acelerou Sua morte.
(VEJA nº 30-02/04/1969)
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